domingo, 31 de dezembro de 2006

Devido aos festejos de fim de ano, o BLOGÓIS fica com as actualizações suspensas, regressando no início de 2007.
Aproveitando esta mensagem, que leva a minha saudação a todos e, em particular, para os goienses, envio calorosos votos de bom final de ano.

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Perdido nas horas
nos ponteiros que são braços
de uma prostituta que dança
e que não param
Avançam pressas que nao existem
Tic tac..tic...tac...
O tempo não volta e tenho de me desprender
rasgar-me desses abraços que são ponteiros
perder-me noutros ponteiros.. noutros tempos
...noutros compassos...
Tic... tac...
Perder-me todas as vezes necessárias
...para me encontar
Tic... tac...
Subir as escadas do vento e despenhar-me
como última rosa sobre uma caixão
que entra na terra e se confunde com ela
Tic...tac...
Partir sem olhar para trás
apenas ficam ponteiros
e números
e momentos
Tic...tac...
à frente ficam voltas e voltas
num relógio infinito
que não para
nem um segundo
nem um ponteiro
tic...tac...
Procuro novas tabernas
enebrio-me no vinho do esquecimento
apalpo franjas de xaile soltas
que se prendem a vidas sem pudor
...como a minha
Tic...tac...
Danço breves passos em calçadas gastas
canto novos fados em cordas gastas
sinto espasmos de prazer em camas gastas
fundo-me entre pernas gastas
perco-me em horas gastas
e choro... lágrimas... gastas
Tic...Tac...
Um novo dia e novos passos
pelas calçadas do costume
com os sapatos do costume
nas horas do costume
Tic..tac..
O tempo é uma máquina infernal
que nos aprisiona
que nos acorrenta à rotina
e nos puxa
e nos empurra
ao som de ponteiros que nem sempre escolhemos
...e nos desgasta
Tic...tac...
Tudo se resume a amor e sucesso
um amor cada vez mais facil
um sucesso cada vez mais dificil
Tic..tac...
Os ponteiros empurram-nos para camas
fáceis, corrompidas, apressadas...
ou aprisionadas a outras rotinas de amor e sucesso
Tic ...Tac...
Não há tempo
abreviam-se seduções
abreviam-se rosas
abreviam-se copos de vinho à luz de velas
Abreviam-se fusões de corpos
em rápidos orgasmos
proporcionados por rápidas aberturas de braguilhas
e outras tantas aberturas de pernas
cujos joelhos teimam em facilmente se separar
Tic...tac...
Perde-se magia
cedem-se momentos
a favor dum sucesso
que nao liberta
mas prende
acorrenta em voltas repetidas de ponteiros
e aguilhotina toda a a magia
da vida
Tic...tac..tic...tac...

Abílio Bandeira Cardoso

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Notícias de "As Sachadeiras"

Com o final do ano de 2006 é chegada a hora de fazer o balanço deste ano folclórico, e o balanço é sem dúvida positivo, contra "marés e tempestades", contra opiniões e maledicência e contra alguns percalços, que fomos encontrando e contornando, chegámos ao final do ano com a certeza do dever cumprido, dever esse que assumimos ao ganhar as eleições no dia 11 de Fevereiro de 2006.
Recordando um pouco o que foi a nossa actividade depois das eleições:
- Começamos com o desfile de Carnaval dia 28 de Fevereiro, um desfile muito divertido e onde não faltou o concurso de máscaras e os prémios (verdadeiros Óscares). Em Abril fizemos um serão cultural para crianças de Montemor-o-Novo e Sintra a convite do departamento de Turismo de Góis para a divulgação das nossas tradições, usos e costumes.
- Em Maio, no Adro da Igreja recriámos uma festa do início do Séc. XX, com as famosas barracas do chá, e as sardinhas e filhós lapeiras, assim como a boa música e animação que ficou a cargo de uma Tuna Coimbrã de seu nome Kapa e Batuna e que foi um êxito estrondoso.
- Em 3 de Junho actuámos no Festival Regional, em Vilarinho do Alva.
- Em 10 de Junho, a convite do Tiago Soares, com o apoio da empresa Lusitânea, e o som cedido gratuitamente pela Discosom Rosa Pedroso, animámos o encontro de jovens de III Idade dos concelhos de: Castanheira de Pêra e Góis, onde todos mostraram a sua verdadeira "raça", entre marés de recordações, nunca antes navegadas e com toda a certeza, Camões ficou orgulhoso destas "gentes" Lusitanas.
- Em Junho, mais propriamente no dia 24, depois de algumas confusões ocorridas pela manhã, devido ao atraso do autocarro, rumámos a Espanha, para actuarmos num Festival de Folclore Internacional, no concelho de Oroso, em Galiza, Espanha. Foi uma viagem deveras apressada para conseguirmos chegar atempadamente, mas tudo correu a contento, fomos recebidos pelo Sr. Adido Cultural, D. Pedro Vilaverde, com todas as honras de embaixadores culturais, em representação do concelho de Góis, mais tarde, durante a actuação fomos cumprimentados e agraciados pelo Sr. Alcaide de Oroso, D. Manuel Fanqueira. Fomos aplaudidos retumbantemente, tanto durante as danças, como na apresentação dos usos e costumes. Depois de servido o jantar fomos convidados a animar o serão ao som de música popular portuguesa, tal como fizeram questão. Os "nuestros hermanos" foram uns verdadeiros anfitriões à boa maneira Lusa, pois para além do jantar tivemos ainda direito a visita guiada pela vila feita pelo próprio Adido Cultural, ao alojamento e ainda fizeram questão de nos ser servido o pequeno almoço antes da partida, na volta passámos em Santiago de Compostela, onde fizemos uma paragem turística, não faltando a viajem de comboio. Seguimos para a ilha de Atocha, onde almoçámos, visitámos a ilha e aproveitámos para comprar algumas recordações. Pela tarde, com muita pena nossa, havia que regressar, foi então o que fizemos. Resumindo: foi uma viagem calma, alegre e divertida, que vai ficar na lembrança de todos por muitos e muitos anos...
- A 28 de Junho animámos a noite de S. Pedro, tendo como convidados o Grupo de Músicas e Cantares Tradicionais da Várzea.
- A 5 de Agosto participámos na Festa de Vilarinho do Alva.
- A 6 de Agosto animámos as festas em Troviscal, Sertã.
- A 15 de Agosto participámos nas festas de N.ª Sr.ª da Candosa, em Vila Nova do Ceira
- A 17 de Agosto, a convite do Jornal O Varzeense, animámos o seu lanche.
- A 26 de Agosto, fomos convidados por Ermelindo Alves, do Juncal, a animar a festa de Santa Bárbara, no Barreiro.
- Em 3 de Setembro, foi na Festa da Rainha Santa Isabel, na Várzea Pequena, que o nosso rancho animou a noite de Domingo.
- Em 9 de Setembro, participámos num Festival de Folclore em S. João da Talha, do distrito de Lisboa.
- Dia 16 de Setembro, foi a homenagem à secretária Cristina Ferreira, no seu casamento.
- Dia 17 de Setembro, voltámos a participar nas Festas de Vilarinho do Alva.
- A 24 de Setembro, inserido num intercâmbio cultural, fomos retribuir a presença do Rancho Folclórico a Chafé, Viana do Castelo.
- No dia 28 de Outubro, modoficando um pouco a tradição do Folclore, e para que não fosse sempre um festival, promovemos uma escapelada à boa maneira antiga, onde não faltaram nem os figos, nem a águardente.
- Dia 1 de Novembro, a convite do pelouro da Cultura, da Cãmara Municipal de Góis, animámos a feira do dia de Todos os Santos, em Góis. É costume dizer que "santos da casa não fazem milagres", mas nós conseguimos fazer o milagre de animar todos os presentes.
Para finalizar o ano em beleza recebemos o II volume da enciclopédia de Folclore, onde estamos também inseridos.
in O Varzeense, de 30/12/2006

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Catequese de Vila Nova do Ceira de mãos dadas com o idosos

A catequese de Vila Nova do Ceira, realizou no passado dia 16 de Dezembro, a sua habitual festa de Natal, com a prticularidade que este ano o cenário escolhido foi o Lar de Idosos.
Este encontro veio dar sentido a todo um caminho percorrido pelos grupos de catequese, pois levou os mais jovens a conviverem com os mais idosos e a fazê-los compreender que devemos sempre levar um sorriso a quem precisa.
As crianças da catequese acompanhadas pelas respectivas catequistas e pelo pároco local levaram a efeito uma festa que contou com um programa um tanto ao quanto apetecível.
A animar a tarde foram cantadas lindas canções de Natal, e cada criança entregou aos idosos um postal, por elas elaborado, e com uma mensagem natalícia.
Entre troca de beijinhos puderam assim conviver as diferentes faixas etárias propagando pelo ar a mensagem de paz trazida ao mundo pelo Criador.
Os pais das crianças também contribuiram com uma pequena importância permitindo a compra de alguns géneros alimentícios.
Desta forma, a catequese varzeense conseguiu transformar a festa de natal numa grande lição catequética, pois se Jesus é símbolo de amor, em tempo de Natal, nada melhor que ensinar os mais novos a espalharem pelo mundo a grande magia do amor.
Parabéns às catequistas que têm acompanhado ao longo de todo o ano as crianças da sua paroquia e que lhes têm tentado transmitir os ensinamentos de Deus quer pelas palavras quer pelas acções.
in O Varzeense, de 30/12/2006

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Enriquecimento curricular sem verba

O Sindicato de Professores da Região Centro anunciou na última sexta-feira que 44 autarquias daquela área geográfica não receberam ainda do Governo a verba para as actividades de enriquecimento curricular, informação desmentida pela tutela.
Um levantamento provisório realizado pelo Sindicato dos Professores da Região Centro junto de 44 das 89 autarquias abrangidas por aquela medida apurou que nenhum dos municípios contactadas até 22 de Dezembro recebeu as verbas correspondentes àquelas actividades, que podem ir até 250 euros anuais por aluno. No entanto, fonte oficial do Ministério da Educação disse que todas as autarquias na área de influência da Direcção Regional de Educação do Centro receberam a primeira tranche trimestral a 19 de Dezembro, tendo sido já adiantada também uma parte da verba correspondente ao segundo trimestre. Mário Nogueira, dirigente do SPRC, disse que, das 44 autarquias contactadas, Coimbra, Belmonte e Góis ainda não tinham pago qualquer valor aos docentes, enquanto as restantes adiantaram verbas próprias.
O vice-presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, António José Ganhão, com o pelouro da Educação, afirmou não ter dados a nível nacional, mas reconheceu as dificuldades das autarquias. O responsável, edil de Benavente, disse que a sua autarquia recebeu a verba correspondente ao mês de Outubro, mas não foi ainda transferido valor correspondente ao mês de Novembro. “É inaceitável que haja professores sem receber. A associação não pode pactuar com situações desta natureza”, frisou. Amanhã a Associação Nacional de Municípios Portugueses reúne-se com a ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, “para tentar encontrar uma solução”. Segundo o levantamento do SPRC, “confirma-se grandes diferenças” e “inúmeras e acentuadas desigualdades” na forma como cada município decidiu concretizar as actividades de enriquecimento curricular.
Relativamente à contratação de docentes e monitores, o sindicato refere que “não há regras definidas, encontrando-se desde contratos de prestação de serviços a contratos individuais de trabalho”. O pagamento aos docentes varia entre oito euros à hora, em Estarreja ou Cantanhede, e 15 euros, em Montemor o Velho ou na Pampilhosa da Serra, sendo que o valor pode variar dentro dos próprios concelhos, dependendo da entidade que promove a actividade. De acordo com o sindicato, “o Ministério da Educação desresponsabilizou-se da tarefa de coordenar as diversas actividades, e por isso não impôs regras de contratação nem vínculos laborais. Há autarquias que pagam a deslocação dos docentes, mas também há outras que não o fazem. A verba é sempre a mesma, independentemente das condições”, adiantou o presidente da estrutura sindical.
in O Primeiro de Janeiro, de 31/12/2006

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Presépio na Igreja Matriz de Vila Nova do Ceira

Na quadra de Natal as igrejas também se transfiguram adaptanso-se ao espírito Natalício de forma a interpelar mais fortemente os Cristãos. A Paróquia de Vila Nova do Ceira também não fugiu à regra e eleborou uma decoração adaptada à época.
Os arranjos florais e o bonito presépio, levavam algumas pessoas a entrar várias vezes na casa sagrada para apreciarem e rezarem aos pés de um singular presépio.
Fruto do trabalho de alguns varzeenses, conseguiram que a igreja de Vila Nova do Ceira tivesse exposto um presépio que, não sendo reproduzido ao vivo, parecia manter vivo o Natal em cada um de nós.
O presépio é uma das mais antigas formas de caracterização do Natal e significa o nascimento do Menino Jesus num estábulo, por isso Natal sem presépio, não é Natal.
in O Varzeense, de 30/12/2006

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sábado, 30 de dezembro de 2006

Piaes

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Último Tango, de Abílio Bandeira Cardoso

Hoje dançarei meu último tango, à luz da lua,
dispo-me de todo o teu cheiro e, da canção
afasto teus compassos... com convicção!
danço uma musica que jamais será tua

Hoje tua sombra nao se verá no meu chão
Hoje danço novos passos, numa nova rua
sozinho, com passos breves, numa dança crua
desenho na calçada, a final, um coração...

Corro para casa, lavo-me, limpo-me de ti
escorre na água todo o teu fogo bravo...
todas as emoções que contigo...já esqueci!

Enterro-te no último tango que cavo...
No ultimo passo de tango onde te vivi
Não sentirás nem o punhal que cravo

Abílio Bandeira Cardoso

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Festa de Natal nas escolas de Vila Nova do Ceira

O ano estava quase a chegar ao fim e a época natalícia parecia trazer uma linda mensagem que reuniu os professores, os funcionários e os alunos das escolas varzeenses, numa tarde de convívio, realizada no último dia de aulas do primeiro período lectivo, na sede da Associação dos Amigos da Várzea Pequena.
Era o dia 15 de Dezembro, uma tarde que fez deslocar não só familiares dos alunos, mas também muitos varzeenses, para assistirem ao espectáculo, o que já se torna um hábito, ofertado anulamente pelas escolas.
Desde o teatro, às diversas danças, desde as músicas tradicionais, ao "rock da pesada" nada faltou numa tarde de variedades que mais parecia eleborado por profissionais.
Todos sabemos que não é fácil ensaiar os actores mais jovens, mas as escolas de Vila Nova do Ceira conseguiram provar que as várzeas têm enormes talentos entre as suas crianças.
A euforia foi no momento em que o Pai Natal chegou carregadinho de presentes: um para a Ana, outro para a Maria, e agora é o Pedro, e o José, e mais este, e para aquele também... desta forma ninguém ficou esquecido, parece que o "amigo do saco" sabia mesmo o nome de todos.
Mas este Pai Natal trouxe bons presentes porque contou também com a contribuição da Cooperativa Silvo Agro Pecuária que lhe ajudou a encher o saco.
A festa terminou com um lanche e com o segredo confessado aos alunos de que aproveitem bem as férias, para recuperarem todas as energias para o próximo período.
in O Varzeense, de 30/12/2006

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Exposição de arranjos de Natal

Conforme foi noticiado, esteve patente no Posto de Turismo de Góis uma exposição de arranjos de Natal da autoria de Pedro Pinto.
Conforme também foi referido, já não é a primeira vez que Pedro Pinto expõe trabalhos em decorações de Natal, e mais uma vez, o artista voltou a surpreender-nos com os arranjos que puderam ser apreciados ao longo da quadra natalícia.
Desde as tintas utilizadas, até ao material que transforma fazendo verdadeiras obras de arte, os trabalhos expostos são fruto da sua imaginação, habilidade e do enorme gosto que o Pedro nutre pela arte.
in O Varzeense, de 30/12/2006

Azeite com história

Com mais de um século de história, o lagar da Cabreira ainda funciona como no início. E são muitos os que querem saber como se fazia o azeite antigamente.
Na Cabreira, concelho de Góis, o tempo parece que parou. As casas ainda são de pedra, o verde ainda marca a paisagem e o rio, o Ceira, ainda corre livremente, abraçando a aldeia. Aqui, as tradições ainda são o que eram. O dia–a–dia vive–se com tranquilidade, longe das confusões da grande cidade. Os cerca de 100 habitantes vivem, essencialmente, da agricultura, que praticam para consumo próprio. Mas, além da paisagem única, a Cabreira tem ainda mais qualquer coisa de especial. O seu lagar comunitário é ainda dos poucos (talvez o único no país) que continua a trabalhar segundo a maneira tradicional, através de um sistema de varas.
A produção é feita de forma artesanal. A vara, um tronco de uma árvore, geralmente grande é que, “com o seu peso”, esmaga a azeitona, tal e qual como se fazia há mais de um século.
Ao certo não se sabe quantos anos tem o lagar. O registo mais antigo é de uma venda em hasta pública, datada de 1876. Antes disso, o lagar pertencia à Igreja, calculando–se que já se encontrava em funcionamento há algumas dezenas de anos. Assim, o lagar da Cabreira já terá, certamente, mais de 150 anos de existência. Mas voltemos a 1876. Na altura, o comprador decidiu oferecer o lagar ao povo, a quem ainda hoje pertence. Há cerca de 50 anos atrás, o espaço foi recuperado, mantendo–se em actividade até hoje.
Sendo um lagar comunitário, são vários os populares que optam por fazer o seu próprio azeite. O processo é, todo ele, feito pelas pessoas da terra, que apanham a azeitona das suas oliveiras, levam–na para o lagar, esmagam–na e retiram o azeite.
Mas, além dos filhos da terra, são muitos os que vão até à Cabreira, ver como funciona o seu lagar. Desde 2002 que a empresa Transserrano realiza as Rotas do Azeite. Trata–se de um programa que dura um dia inteiro e em que as pessoas podem acompanhar, de bem perto, todo o ciclo de produção do azeite. O programa inclui ainda um almoço, com a refeição tradicional dos lagareiros - a tibornada - e uma amostra do azeite produzido durante a visita, para que não mais se esqueça o dia em que aprenderam a fazer a mais saudável das gorduras.
As visitas são feitas durante o Outono e Inverno, geralmente em Novembro e Dezembro, mas podem–se estender até mais tarde. Nas visitas turísticas são utilizadas azeitonas da Beira Baixa ou do Alentejo, uma vez que os produtores da região “não produzem em quantidade suficiente” para fornecer a empresa, explica Fernando Romão, da Transserrano.
Segundo este responsável, a maioria das pessoas que visita o lagar “são turistas, muitos de Lisboa, que vêm passar o fim–de–semana” e aproveitam para aprender como se faz azeite. Para Fernando Romão, “as pessoas ficam satisfeitas”, até porque, garante, “a nível nacional, não se vê outro programa deste género”.
Lagares como o da Cabreira, não existem muitos - talvez mais nenhum - em Portugal. Além dos motivos óbvios da destruição ao longo dos anos, os aspectos financeiros também pesam, na hora de manter estes equipamentos a funcionar: “o lagar está sempre a precisar de obras”, refere Fernando Romão. No entanto, “a tradição tem que se preservar”, afirma o responsável. E, por enquanto, a tradição vai sendo mais forte que os números e o lagar comunitário da Cabreira preserva a história de século e meio de produção do liquido indispensável à dieta mediterrânea.
in Diário As Beiras, de 30/12/2006

sexta-feira, 29 de dezembro de 2006

Igreja de Santa Maria Maior da Vila de Góis

A igreja de Santa Maria Maior, matriz da vila de Góis e Monumento Nacional desde 1910, foi instituída a 10 de Abril de 1415, como sede de colegiada, depois de firmado compromisso entre o prior, Fernão Gil, e o então senhor da vila, Estevão Vasques de Pedra Alçada. O templo viria a ser bastante modoficado por várias campanhas de obras executadas nas centúrias seguintes, que lhe deram as actuais feições. Uma das mais significativas, foi executada nos primeiros anos da década de 30 do século XVI, depois de D. Luís da Silveira, conde de Sortelha e morgado de Góis, Esporão e Graciosa, ter fixado residência na vila. Em Abril de 1529, o conde firmaria contrato com Diogo de Castilho para que o arquitecto executasse a obra de uma nova capela-mor na matriz, onde pretendia fazer o panteão dos Silveira. Para além das obras no templo, Diogo de Castilho obrigava-se a executar a edificação de um novo paço para os senhores de Góis, "com beirado sobre o rio", de gosto ao romano, atestando a cultura humanística do encomendante.
O templo possui planta simples, de uma nave, com duas capelas laterais, tendo sido a do lado do Evangelho instituída no século XVII pela família Barreto. A actual fachada e a torre sineira, que se encontra separada do corpo da igreja, foram executadas na segunda metade do século XIX, devido ao estado de ruína em que se encontrava o templo depois do terramoto de 1755.
A capela-mor foi executada pela oficina de Diogo de Castilho, sendo a primeira obra documentada onde laborou Diogo de Torralva. É um espaço amplo, repleto de referências ao mecenas da obra, uma vez que tanto no túmulo do senhor de Góis como na abóbada e na pia baptismal, foram esculpidos os escudos de família de D. Luís da Silveira: o dos Góis, o dos Lemos e o dos Silveiras. A capela é coberta por abóbada de nervuras, que possui um curioso programa decorativo nas suas chaves; aqui foram esculpidas diversas figuras, uma figura masculina identificada como Holofernes, ladeada por um busto de criança, um rosto com toucado oriental ao lado de um busto feminino, junto da zona do altar, dois homens, um velho e um jovem. Neste espaço foi também colocada a pia baptismal, executada na época de edificação da capela-mor, que possui o brasão de armas do Conde da Sortelha, gravado do avesso, o que se deve ao facto de o brasão ter sido retirado directamente do anel-sinete do senhor de Góis. Do lado da Epístola foram abertos dois arcosólios que albergam arcas tumulares, e no espaço da capela, em campa rasa, está sepultado D. Nuno Martins da Silveira, pai do instituidor.
Do lado do Evangelho foi edificado o túmulo de D. Luís da Silveira, havendo no entanto alguma controvérsia em relação à sua autoria; se alguns autores atribuem o conjunto tumular a João de Ruão, outros afirmam que a estátua orante do conde terá sido executada por Filipe Odarte. Com arca tumular inserida num arco ladeado por pilastras e rematado por fresta, possui no centro da composição a estátua orante de D. Luís da Silveira. O conjunto tumular tem um programa decorativo repleto de motivos grotescos de raiz romana, medalhões com bustos e figuras de anjos. A escultura funerária mostra-nos D. Luís da Silveira ajoelhado em oração, envergando a sua armadura de cavaleiro, com o elmo aos pés, e um livro aberto sobre uma banqueta, com uma inscrição retirada do Livro dos Salmos. Por trás da estátua foi esculpida em relevo a imagem de Nossa Senhora da Assunção. Apresentando evidentes semelhanças com o túmulo de D. Duarte de Lemos, da Trofa do Vouga, o monumento funerário do conde de Sortelha apresenta-se como uma obra de linguagem bastante erudita, demonstrando "um sentido de purismo clássico".
O retábulo da capela-mor possui tábuas do século XVI, com figurações de S. Pedro, S. Paulo, Nossa Senhora da Assunção, e uma Adoração dos Magos, havendo autores que afirmam existir nesta última composição um retrato de D. Luís da Silveira.
Fonte: IPPAR

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Eras Vénus
E virgem.
Faltavam-te os braços
Tamanha era a imensidão do que querias agarrar.
Os mamilos saltavam-te
Como se todo o desejo estivesse naqueles dois pequenos pontos.
E o desejo…
Era escondido por uma túnica que se soltaria a qualquer momento.
E caíam flores,
Caíam flores em cachos dos teus cabelos em cachos desprendido.
E todas as flores eram de teu cabelo
E ele cheirava a flores
Como se todo o perfume estivesse enfrascado neles.
E eras luz
E de tão iluminada pela luz do teu próprio olhar e pelo desejo do meu…
Tudo antes de ti foi cinzento
Tudo depois de ti será cinzento
Mas agora
Até o cinzento
Tem mais cor
…e mais luz…

Abílio Bandeira Cardoso

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Propostas para o fim de ano

Realizam-se na vila de Góis duas festas para dar as boas vindas ao novo ano. São elas:

- no Pé Escuro Bar há Dj numa sala e karaoke na outra;

- no salão dos Bombeiros Voluntários há baile e espumante.

Memória do Verão



O Varzeense

Fundado em 15 de Março de 1963, pelo padre Fernando Ribeiro, o Varzeense é um jornal quinzenal de inspiração cristã, que leva aos quatro cantos do mundo a informação religiosa e regionalista das freguesias do concelho de Góis, com saídas a 15 e 30 de cada mês.
É propriedade da Fábrica da Igreja Paroquial da Freguesia de Vila Nova do Ceira e tem como director o padre António José Calixto de Almeida.

Para mais informações e assinaturas:
Redacção: O Varzeense
Largo do Adro da Igreja, n.º 3
3330-460 Vila Nova do Ceira

Telefone: 235 772 487

Fax: 235 772 487

E-mail: varzeense@sapo.pt / varzeense@gmail.com

EURES - o portal europeu da mobilidade profissional

O EURES (Serviços de Emprego Europeus) é o portal europeu da mobilidade profissional e uma rede de conselheiros especializados que o apoiam.

Presta informações, aconselhamento e serviços de emprego, permitindo aos candidatos a emprego procurarem emprego e aos empregadores recrutarem trabalhadores em 29 países europeus. Foi concebido para tornar realidade o direito de viver e trabalhar em qualquer desses países.

A rede, criada em 1993, liga a Comissão Europeia e os serviços públicos de emprego dos países participantes:

Alemanha, Áustria, Bélgica, Chipre, Dinamarca, Eslovénia, Espanha, Estónia, Finlândia, França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Países Baixos, Polónia, Portugal, República Checa, República Eslovaca, Suécia e Reino Unido, Islândia, Listenstaine, Noruega e Suiça.

O EURES abre-lhe a porta do mercado de trabalho, dando-lhe acesso a:
- centenas de milhar de empregos;
- informações sobre as condições de vida e de trabalho noutro país europeu;
- aconselhamento especializado, que dará resposta a todas as suas perguntas sobre mobilidade profissional.

O portal EURES permite-lhe procurar emprego, publicar em linha o seu CV, para o disponibilizar aos empregadores e aos conselheiros EURES, e registar-se no portal, para receber correios electrónicos de alerta quando são anunciadas no sítio novas ofertas de emprego que lhe possam interessar.

http://eures.europa.eu

quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Aldeia da Pena

A aldeia da Pena, a 15 km de Góis, enquadra-se num ambiente natural de rara beleza entre o Trevim (ponto mais alto da Serra da Lousã) e o Penedo de Góis. Bem ao fundo do vale, a Ribeira da Pena, ora se despenha em cascatas apressadas, ora se aconchega aos rochedos em lagoas serenas, criando recantos paradisíacos.

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Finalistas de Góis organizam passagem de ano

Os finalistas do 9.º ano da Escola de Góis vão organizar a passagem de ano (31 de Dezembro), no salão nobre dos Bombeiros Voluntários locais. A festa inicia-se às 22 horas, com marcação de mesas (ao preço de 7,50 euros cada, com uma garrafa de espumante e passas) pelos contactos 914342877 e 917024772.
in Jornal de Arganil, 28/12/2006
Se tiver de partir não digo adeus
Se tiver de o dizer não vou olhar
Se meus olhos se prenderem aos teus
Não mais direi adeus, irei ficar!

Se tiver de te deixar… ai meu Deus,
Fá-lo-ei pelas sombras do luar
Tornando todos os escuros meus
Anoitecendo, ai meu Deus, sem cessar

Se tiver de partir, irei partir
Em sete ondas sem tocar a areia
Recuadas na força do sentir

Sem Deus no adeus cerrado na traqueia
Serei penumbra do negro a fluir
Se tiver de partir p’la lua cheia...

Abílio Bandeira Cardoso

A ribeira do Tarrastal

No mês de Outubro, o rio Ceira teve uma cheia e um mês depois houve outra ainda maior que a primeira.
Tanto no rio Ceira, como na ribeira do Tarrastal situada no lugar da Cabreira, as cheias causaram estragos inestimáveis que podiam ter sido evitados na dita ribeira, com os terrenos a ficarem cheios de cascalho devido ao desvio do seu leito por causa da extracção de xisto feita ilegalmente, sem nenhuma precaução.
Por isso, a questão que se coloca é a seguinte aos presidentes da Junta de Freguesia e da Câmara Municipal de Góis: quem é que vai desentulhar os terrenos, construir os muros destruídos, pagar os prejuízos às pessoas que ainda cultivam os terrenos?
As autarquias foram avisadas já lá vão dois anos, o Ministério do Ambiente também e nada feito!
Temos uma aldeia tão bonita, com o rio Ceira aos pés, uma visita maravilhosa, ainda estamos num cantinho do Céu sendo uma pena deixar-se degradar.
As imagens imagens falam por si e quem tiver olhos para ver, que veja.
in A Comarca de Arganil, de 28/12/2006

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Tempos Livres 2006/2007

Se tens entre 8 e 18 anos e gostas de desporto vem ao Pavilhão Gimnodesportivo ocupar o teu tempo livre.



Terça, Quarta, Quinta e Sexta-feira

Pavilhão Gimnodesportivo


INSCRIÇÕES GRÁTIS



Contacto:
Telefone: 235 778 908
E-mail: gimnodesportivo@cm-gois.pt

Datas das reuniões ordinárias do Executivo em 2007

JOSÉ GIRÃO VITORINO, PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DO CONCELHO DE GÓIS:

FAZ PÚBLICO QUE, de harmonia com o disposto no artigo 62º. da Lei nº. 169/99, de 18 de Setembro, com a nova redacção operada pela Lei nº. 5-A/2002, de 11 de Janeiro e em conformidade com a deliberação desta Câmara Municipal de 14 de Dezembro p.p., que as datas fixadas para realização das reuniões ordinárias do Executivo sejam realizadas às segundas Terças-Feiras de cada quinzena e de cada mês, sendo a primeira reunião de cada mês privada e a segunda pública., com a seguinte excepção:

Que a segunda reunião de Dezembro se realize a 26 daquele mês.

Para melhor esclarecimento, a seguir se descriminam as datas das referidas reuniões propostas para ano de 2007, que terão lugar no Salão Nobre do Edifício dos Paços do Concelho, pelas dez horas.

Mês ................ Dias
Janeiro .............. 09 e 23
Fevereiro ......... 13 e 27
Março ............... 13 e 27
Abril ................. 10 e 24
Maio ................. 08 e 29
Junho ............... 12 e 26
Julho ................ 10 e 24
Agosto ............. 10 e 23
Setembro ........ 12 e 26
Outubro .......... 11 e 25
Novembro ...... 13 e 27
Dezembro ....... 11 e 26

Mais se torna público que as datas, local e hora das reuniões, acima referidas, estão sujeitas a alterações, mediante edital a afixar nos locais habituais.

Para constar se lavrou este e outros de igual teor, os quais vão ser afixados nos locais públicos do costume.

E eu, , Chefe da Divisão Administrativa e Financeira, o subscrevi.

PAÇOS DO CONCELHO DE GÓIS, AOS QUINZE DIAS DO MÊS DE DEZEMBRO DO ANO DOIS MIL E SEIS.

Posto de Turismo de Góis

O Posto de Turismo de Góis surgiu com a necessidade de fornecer informações turísticas, disponibilizando folhetos turísticos, entre outros esclarecimentos de toda a região, para que fique a conhecer melhor as nossas potencialidades turísticas.
Situa-se num edifício localizado em pleno centro da Vila de Góis, na Praça da República, junto ao edifício da Câmara Municipal.


Morada

Praça da República

3330-310 Góis

Telefone e Fax: 235 770 113

E-Mail: turismo@cm-gois.pt


Horário de Funcionamento:

09:00 - 12:30

14.00 - 17:30

Fim de Semana (Julho, Agosto e Setembro)

09:00 - 19:00

Origem do Ano Novo

No início do século XVI, o Ano Novo era festejado a 25 de Março, data que marcava, também, a chegada da Primavera. O fim da comemoração era a 1 de Abril. O Papa Gregório XIII estabeleceu o dia 1 de Janeiro como o primeiro do ano, o que teve grande oposição por parte dos franceses, que teimam em manter a tradição. Esta guerra de datas provocou a ridicularização dos conservadores que passam a ser alvo de partidas e convites para festas inexistentes. Então, o 1.º de Abril começou a ser designado como o Dia da Mentira.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2006

Rali de Góis em 18 e 19 de Maio de 2007

O novo Campeonato Open de Ralis já tem calendário para as 10 provas agendadas e tem algumas novidades relativamente à Promoção. Desde logo, não cumpre primeiro a fase de asfalto e depois a de terra, como sucedia com as duas séries da anterior competição. Depois, regista-se uma entrada e, consequente, uma saída de provas. Mantêm-se, em termos de calendário, os Ralis de Montelongo, SC Porto, Pinhais do Centro, Góis, Vila Verde, Loulé, Murça, Vila Real e EVS. A novidade é o Rali de Cerveira, em substituição do Rali Portas de Ródão.
Em termos de viaturas admitidas, são todas as que possuem homologação FIA em vigor (A ou N), mas cuja cilindrada nominal seja igual ou inferior a 2000 cc e não disponham de quatro rodas motrizes e ainda todos os veículos cuja homologação FIA já caducou, mas que estejam autorizados, em 2007, a participar em ralis nacionais ou internacionais ao abrigo da alínea a) do Artº 21º do CDI, incluindo, neste caso, os de quatro rodas motrizes.
É também aberto a todas as viaturas do grupo VSH, viaturas sem homologação, com a cilindrada limitada a 3500 cc (incluindo já o factor de correcção dos motores equipados com turbo compressor), que estejam de harmonia com o Código da Estrada, que nunca tiveram homologação FIA/FISA ou que, tendo-a tido, esta tenha perdido a validade; e a todas as viaturas Clássicas, tais como definidas no Regulamento do Campeonato Nacional FPAK de Clássicos Ralis 2007.
Em termos competitivos, há três classes em disputa, sendo a 1 para veículos de duas rodas motrizes, a 2 para Clássicos e a 3 para os 4x4. No que respeita à pontuação, o esquema é idêntico ao dos Regionais, pois, em termos gerais, o primeiro classificado recolhe 20 pontos, o segundo 17 e o terceiro 15, seguindo-se 14, 13, 12, até 1 ponto para os classificados de 16º em diante.
Há ainda a acrescentar pontos para os quatro primeiros das duas rodas motrizes, que recebem, respectivamente, 5, 4, 3, 2. Para os Clássicos, aplica-se também a regra, enquanto para os 4x4 apenas primeiro e segundo recolhem pontos, no caso, 3 e 2. Acresce dizer que nos três casos, a partir dos pontos descritos, todos os classificados recebem 1 ponto.

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Calendário
9 e 10 de Fevereiro Rali Montelongo (Asfalto)
9 e 10 de Março Rali SC Porto (Asfalto)
20 e 21 de Abril Rali Pinhais do Centro (Asfalto)
18 e 19 de Maio Rali de Góis (Terra)
8 e 9 de Junho Rali VN Cerveira (Asfalto)
29 e 30 de Junho Rali de Vila Verde (Asfalto)
15 e 18 de Setembro Rali de Loulé (Terra)
12 e 13 de Outubro Rali de Murça (Terra)
9 e 10 de Novembro Rali de Vila Real (Terra)
1 e 2 de Dezembro Rali do EVS (Terra)

É noite em Góis

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Promessa das "Noites Velhas", de Abílio Bandeira Cardoso

Gastamos todo o sabor nascido em nossas bocas
todos os nossos brilhos de olhar foram trocados
E todas as palavras foram ditas... algumas roucas!...
Todos as hesitações e embargos de voz... desbocados

Nada ficou por dizer, gritar, silenciar...poucas...
as poucas palavras faltadas, depois de esgotados,
eram silêncios.... silêncios necessários às ocas...
e vazias mãos que apertavam os lenços molhados

Nada mais havia a trocar entre nós os dois
nem as palavras salgadas que trocamos depois
ou a troca de passeios... fingindo nao reparar

Nada mais havia a dar, tudo seria mundano
Das ondas recolhemos todo o azul do oceano
e da praia esgotamos todo o som do mar...

Abílio Bandeira Cardoso

Caminhada - "Ascenção aos Penedos de Góis"

Dia 6 (sábado) JANEIRO

Os Penedos de Góis são uma serra escarpada, em plena Serra da Lousã, que tomou desníveis únicos, com quedas de água e ribeiras impetuosas. Um local deslumbrante com miradouros sobre a paisagem beirã. Trata-se portanto de uma caminhada de ascensão, por encostas inóspitas e de declives acentuados, ao ponto mais alto do concelho de Góis (1048m), pelo que se exige alguma resistência por parte dos participantes.
Encontro: em frente aos Bombeiros Voluntários de Góis, pelas 9h30m.
Duração: cerca de 4/5h.
Preço: 10,00 euros/pax. Inclui guias e seguro.

Mais informações em: www.transserrano.pt

Góis - Espaço internet para todos

Góis colocou ao serviço da população um espaço “recheado” de novas tecnologias. De realçar a garantia de oportunidades para cidadãos com necessidades especiais.
No âmbito do Programa Operacional Sociedade da Informação, criado pelo Ministério da Ciência e da Tecnologia, foi instalado na vila de Góis, junto à escola EB 2 e 3 e jardim-de-infância, um espaço público de acesso gratuito à Internet e às novas tecnologias de informação. No referido espaço estão já a funcionar sete postos de acesso, um deles devidamente adaptado a deficientes físicos e invisuais, contemplando equipamentos específicos e necessários para os cidadãos com necessidades especiais.
Este Espaço Internet, cujo horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 10H00 às 22H00, e aos sábados, das 10H00 às 20H00, constituiu um investimento no valor de cerca de 31 mil euros, tendo sido comparticipado financeiramente pelo Programa Operacional Regional do Centro no montante de 69.412,28 euros e cabendo ao munícipio de Góis assegurar o montante de 30.894,48 euros.
Durante a cerimónia de inauguração, o presidente da Câmara Municipal realçou que a existência de um espaço adaptado aos deficientes foi “uma prioridade da autarquia e do próprio projecto”, explicando que também houve o intuito de localizar este espaço numa zona estratégica, “um sítio aprazível e de passagem para quem queira usufruir dele”. Visivelmente satisfeito com este projecto, José Girão Vitorino revelou que a partir de agora está ao dispor de toda a população do concelho, gratuitamente, um equipamento “que vai ser uma mais-valia para todos”, sendo os postos de acesso monitorizados por dois animadores.
Em representação do Governo Civil de Coimbra, Paulo Valério marcou presença nesta cerimónia reconhecendo que este espaço representa sobretudo “a igualdade de oportunidades” para os cidadãos que desta forma têm condições para desenvolver os seus projectos, combatendo também “as assimetrias que existem”. “Esta é a melhor prenda de Natal que a Câmara Municipal de Góis pode dar aos seus munícipes e ao concelho”, referiu Paulo Valério, acrescentando que este investimento vem colmatar um “lapso” que existia relativamente às oportunidades.
O presidente da Assembleia Municipal de Góis congratulou-se igualmente com a inauguração deste espaço, uma vez que complementa o já existente na Biblioteca Municipal, apelando que “jovens e menos jovens” o utilizem. “Espero que a câmara municipal dote e continue a dotar este espaço de tudo o que seja necessário em termos logísticos, porque hoje os PC’s são as máquinas de escrever do nosso tempo”, finalizou José Carvalho, considerando este novo equipamento uma “mais-valia” para a vila e para o concelho de Góis.
in Diário As Beiras, de 27/12/2006

segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

Dia de Natal, de António Gedeão

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros – coitadinhos – nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos,
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais adiante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra – louvado seja o Senhor! – o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
o doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.
Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.

António Gedeão, 1961

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domingo, 24 de dezembro de 2006

Kyrie, de José Carlos Ary dos Santos

Em nome dos que choram,
Dos que sofrem,
Dos que acendem na noite o facho da revolta
E que de noite morrem,
Com a esperança nos olhos e arames em volta.
Em nome dos que sonham com palavras
De amor e paz que nunca foram ditas,
Em nome dos que rezam em silêncio
E falam em silêncio
E estendem em silêncio as duas mãos aflitas,
Em nome dos que pedem em segredo
A esmola que os humilha e os destrói
E devoram as lágrimas e o medo
Quando a fome lhes dói.
Em nome dos que dormem ao relento
Numa cama de chuva com lençóis de vento
O sono da miséria, terrível e profundo.
Em nome dos teus filhos que esqueceste,
Filho de Deus que nunca mais nasceste,
Volta outra vez ao mundo!

José Carlos Ary dos Santos

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sábado, 23 de dezembro de 2006

Mensagem de Natal

Para todos que me visitam e também para os outros, para quem gosta de mim e também para quem não gosta, para quem me elogia e também para os meus detractores, embuído de algum espírito de Natal, envio a seguinte mensagem:
Este Natal quero que toda a gente seja feliz, mesmo quem não queira ser. Que todas as pessoas aceitem as diferenças dos outros, mesmo daquelas que são diferentes duma maneira que não foi ainda estilizada pela televisão. Que se respeitem as ideologias de todos, sem se procurar semelhanças com as suas. Que as crianças possam continuar a ser crianças, que não sejam expostas a telenovelas sexualizadas, muito menos a participar nelas. Que se perceba que proteger o ambiente é mais do que dizer que se gosta muito dos animaizinhos. Que se acabe com a fome no mundo não com esmolas, mas com educação e formação. Que todas as pessoas de todas as raças e etnias deixem de ser racistas e xenófobas. Que o Pai Natal possa mesmo chegar a todas as crianças, deixando-as acreditar enquanto podem sem as aborrecer com a história da Coca-Cola. Que quem critique o Natal como um pretexto forçado para reunir familiares distantes se lembre que é um melhor motivo que o seu próprio funeral. Que quem não quiser dar prendas, não dê, mas que não nos faça aturar a mesma conversa do consumismo. Que em vez duma mesma história deprimente se conte uma história engraçada, ainda que seja mais difícil, porque no humor também se esconde sabedoria. Que toda a gente prospere, imagine e seja feliz. Bom Natal!!!
BLOGÓIS

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Devido à época natalícia, irão ficar suspensas as actualizações no Blogóis. Pelo facto, pedimos a melhor compreensão.

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Estrada da Beira divide autarcas PSD

O futuro da EN-17, face à construção do futuro IC3, para ligação de Coimbra ao interior do distrito, está a gerar polémica na Lousã e em Poiares.

A Estrada da Beira, que une Coimbra ao interior do distrito, está a dividir autarcas do PSD, por causa da apresentação de uma proposta de construção de uma via alternativa, anunciada esta semana pelos vereadores social-democratas da Lousã.
Os vereadores do PSD da Lousã defenderam esta semana uma via alternativa à Estrada da Beira, a entroncar no futuro traçado do IC3, entre Tomar e Coimbra, cujo trajecto definitivo será conhecido no final do primeiro trimestre de 2007.
“A construção do IC3 com passagem nas Torres do Mondego será fundamental para se poder viabilizar uma alternativa à Estrada da Beira, que se encontra estrangulada”, considera o vereador social-democrata Pedro Curvelo, que enquanto candidato à autarquia da Lousã já tinha defendendo esta solução.
O autarca social-democrata defendeu que “esta alternativa é uma via estruturante para resolver os problemas de acessibilidade rodoviária a Coimbra, não só da Lousã mas também de todo o interior do distrito, incluindo Góis, Arganil e Pampilhosa da Serra”.
“Consideramos que a construção do IC3 associada à variante de Foz de Arouce e o seu prolongamento com a via alternativa da Estrada da Beira poderá alavancar definitivamente o nosso desenvolvimento”, sustentou.
Segundo Pedro Curvelo, o projecto que propõe permitirá um trajecto com cerca de 21 quilómetros (desde as rotundas da Lousã à da Portela), “rápido, seguro e sem atravessamento de povoações até Coimbra, a uma velocidade de 90 quilómetros por hora se fará em cerca de 14 minutos”.
Para isso, acrescentou, basta que o novo traçado do IC3 contemple um nó de ligação na margem esquerda do Mondego, “que permita posteriormente ligar uma nova via alternativa da Estrada da Beira, entre o final da futura Variante de Foz de Arouce (Lousã) e as Torres do Mondego”.
O presidente da Câmara de Poiares, Jaime Soares (PSD), lamentou, por seu turno, que o autarca social-democrata da Lousã tenha avançado com uma proposta alternativa sem debater o assunto com a autarquia.
“Não conheço a proposta, mas entendo que é uma atitude pouco ética o PSD da Lousã não ter tido previamente uma conversa com quem tem procurado soluções e feito propostas sobre a Estrada da Beira”, argumentou Jaime Soares, presidente da Câmara de Poiares e da Distrital do PSD de Coimbra.
O presidente da autarquia de Poiares afirmou que, “se a proposta tiver viabilidade e valor”, não terá problemas de a “apreciar e apoiar”, mas não deixou de criticar a atitude dos seus companheiros de partido.
“O PSD da Lousã não descobriu nada. Todos sabemos que a actual estrada está esgotada e não tem hipóteses, mas é uma atitude inqualificável divulgar uma proposta sem, no mínimo, termos conversado, já que somos altamente interessados”, criticou Jaime Soares.
Na opinião do autarca de Poiares, as soluções deveriam ser discutidas entre as autarquias atravessadas pela Estrada da Beira, mas Jaime Soares reconhece “liberdade aos vereadores social-democratas da Lousã para apresentarem projectos”.
“Este é o pior caminho para procurar protagonismos partidários e pessoais e esgrimir argumentos políticos”, considerou no entanto Jaime Soares.
O presidente da Câmara Municipal da Lousã, o socialista Fernando Carvalho, referiu, por seu turno, que “é desfasado estar a discutir a proposta do PSD, quando se está ainda a discutir o novo traçado do IC3”.
“Esse é um assunto de interesse para a Lousã”, disse, por seu turno, a presidente da autarquia de Miranda do Corvo, a social-democrata Fátima Ramos, instada a comentar a proposta dos companheiros de partido do concelho vizinho.
Para a autarca, que é também vice-presidente da distrital do PSD de Coimbra, “o que interessa neste momento é a construção do IC3, porque vai permitir melhor acesso à auto-estrada, a Coimbra e ao IP3”.
“O importante é que o Governo opte pelo novo IC3, com o traçado previsto entre Penela e Miranda do Corvo, e avance com a sua concretização o mais rapidamente possível”, acrescentou.
O estudo prévio da solução final do IC3 deverá ser apresentada pela Estradas de Portugal no final do primeiro trimestre de 2007, seguindo-se o envio para Avaliação de Impacte Ambiental (AIA) no Instituto do Ambiente, documento que deverá estar concluído até ao final do próximo ano.
Já as fases seguintes do processo (calendarização do projecto e da respectiva obra) não possuem ainda data definida.
Estão em discussão dois traçados possíveis que divergem, entre outros aspectos, na extensão (respectivamente 67,6 e 72,5 quilómetros) e na implantação no terreno.
“Há um consenso muito largo à volta de dois traçados, que podem ainda sofrer alguns acertos”, referiu no início da semana Henrique Fernandes, governador civil de Coimbra, explicando que o trajecto final, que será decidido pela empresa Estradas de Portugal, poderá resultar “da escolha de um deles ou de uma solução combinada”.
Segundo Henrique Fernandes, uma das hipóteses é a estrada passar a poente da localidade de Alvaiázere (Leiria) e a nascente de Coimbra, ligando Tomar, pelo interior centro, ao IP3 (a norte de Coimbra, em Souselas).
in Diário As Beiras, de 23/12/2006

Promessa de Serenidade, de Abílio Bandeira Cardoso

Prometo partir quando nao puder mais chegar
prometo abandonar-me num raio de sol morno
dum por-de-sol fundido... afogado no mar
Prometo extinguir-me nesse ultimo contorno

Quando o vermelho o azul salgado tocar
não haverá lágrimas de dor ou transtorno
no sol, cumprida a promessa de acabar,
deixarei a forma de meu coração em adorno

E por nao conseguir mais chegar,... partirei
Olhando nos olhos toda a gente que amei
deixando-lhes sorrisos numa lágrima escondida

Pois todo o amor que no peito carregarei
será consolo da dor crua que,... eu sei,
irei sentir no momento da partida...

Abílio Bandeira Cardoso

sexta-feira, 22 de dezembro de 2006

Cepo de Natal no Largo do Pombal

Retoma-se em Góis, uma antiga tradição, de na próxima noite de 24 de Dezembro, no Largo do Pombal, se queimar o cepo de Natal. Ocasião para reunir todos os goienses e festejarem esta quadra natalícia.

A ponte e o Ceira

Restaurante A Tranca da Barriga

Rosa Paula Henriques nasceu em Leiria mas hoje é umas das mais fiéis guardiãs da cultura e da tradição da aldeia da Cabreira, no concelho de Góis.

Sempre que um homem sonha

O próprio nome do restaurante evoca uma expressão que a protagonista desta história se habituou a ouvir aos habitantes da aldeia da Cabreira. A "tranca da barriga" era, então, para Paula Rosa, a sopa que saciava a fome depois de um dia de trabalho. Hoje é um sonho feito de pedra de xisto e de muita garra.

Foi o casamento que a fez trocar Leiria por este recanto do distrito de Coimbra, rodeado de verde e abraçado pelo rio Ceira. Uma casa sempre cheia habituou-a a cozinhar para muita gente e revelou-lhe um jeito especial para as lides gastronómicas, cuja fama se foi alastrando. Começaram a chegar os pedidos de refeições por encomenda, que Rosa conciliava com os trabalhos artesanais (como casinhas de pedra) com que representava a Câmara Municipal de Góis em feiras e outros eventos. Até que a edilidade a escolheu para preparar uma Tibornada, a refeição típica dos lagareiros, para um programa de televisão.

Quando a Transserrano, empresa de formação e serviços na natureza, começou a organizar as Rotas do Azeite - desde a apanha da azeitona à dita Tibornada -, a parceria estabeleceu-se naturalmente. Os resultados foram tão positivos que, reunidas uma série de circunstâncias favoráveis, Rosa Paula Henriques decidiu deixar de andar "com a casa às costas" e, conjuntamente com o marido, Armando Alves Henriques, abrir um restaurante. A inauguração teve lugar em Abril de 2005.


Água na boca

O edifício que alberga "A Tranca da Barriga" tem três andares. A entrada faz-se pela zona de cafetaria. Segue-se a sala de refeições, no primeiro andar, e a esplanada, no segundo, antecedida por uma sala que receberá, em breve, exposições de objectos antigos e artesanato regional.

O restaurante só encerra à segunda-feira. Durante os dias de funcionamento, as regras são as seguintes: de terça a sexta ao almoço há um prato do dia e algumas opções de preparação rápida. Já ao sábado e domingo, ao almoço, conte com Chanfana, Lombo de Porco Assado e Bacalhau à Casa. Depois acrescente-lhes, conforme a inspiração da chef e a disponibilidade dos ingredientes (grande parte de proveniência caseira), Arroz de Pato, Arroz de Cabidela, Meia Desfeita, Favas "Aporcalhadas", Entrecosto e Feijoada.

Mas a ementa não se fica por aqui. Mediante encomenda prévia, poderá ainda saborear Cabrito no Forno, Bacalhau à Lagareiro, Sopa da Avó (enriquecida com enchidos), Sopa de Peixe à moda de S. Pedro de Moel (em memória dos tempos de infância, quando ainda se comprava peixe directamente aos barcos dos pescadores) e a famosa Tibornada. Para quem não conhece, passamos a explicar em que consiste este prato típico.


A tradição ainda é o que era

Já referimos que a Tibornada é o manjar por excelência dos lagareiros, que assim provavam o azeite acabado de fazer. A preparação original consistia em cozer bacalhau, batatas e couve portuguesa separadamente. Depois de escorridos, os ingredientes eram colocados num alguidar de barro de forma quase cónica: primeiro as batatas, depois o bacalhau desfeito em grandes lascas e, por fim, a couve. Regava-se com azeite e alho (previamente fervidos em conjunto) e levava-se ao lume só até levantar fervura. Tapava-se durante cerca de 15 minutos e pronto. O mestre, o moço e as pessoas que tivessem levado as azeitonas até ao lagar comunitário saboreavam a refeição (comendo todos do mesmo alguidar, acrescente-se).

As diferenças entre esta versão e aquela que se serve n' A Tranca são poucas - já não existe o alguidar de barro, porque a legislação a isso obriga, e todos os comensais têm direito ao seu próprio prato!

Até agora só falámos de almoços. Isto porque os jantares só se servem com marcação prévia. Aliás, a marcação prévia serve precisamente para contornar todas as regras da casa. Por isso, organize-se com alguma antecedência (um dia basta) e junte um grupo de familiares ou amigos para descobrir esta aldeia viva. Aproveite e peça ao casal Henriques que lhe mostre o Moinho de Água e o Lagar Comunitário da Cabreira. E depois deixe-se contagiar pelo incansável entusiasmo de Rosa Paula a desvendar as tradições do passado e os seus projectos para o futuro.
Telefone: 235 772 063
in www.lifecooler.com

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Pelourinhos

Símbolo da autonomia administrativa concelhia, o pelourinho recorda o que foi esse poder local tão característico da tradição política portuguesa e definido nas Cartas de Foro.
O pelourinho elevava-se em destacado sítio normalmente fronteiro à Casa da Câmara, centro cívico da vila ou cidade e, além de ser como que padrão jurisdicional, era instrumento de expiação de delitos. A ele se acorrentavam os condenados, presos pela cintura a cadeias suspensas de argolas, expondo-se assim à população. Também ali se aplicavam castigos maiores, como flagelação e amputação, mas só raramente serviu de patíbulo. A aplicação da sentença de pena de morte não competia às autoridades locais e para sua execução existiam as forcas erguidas em locais isolados, fora das povoações.
Apesar das destruições de pelourinhos devidas ao liberalismo oitocentista, numerosas sedes concelhias - e muitas deixaram de o ser - conservam felizmente esses monumentos arquitectónicos e históricos levantados desde a Idade Média até aos fins do século XVIII. Os pelourinhos obedecem a um esquema compositivo geral - uma coluna com capitel e remate cimeiro, guarnição de ferro e base sobre degraus que dão mais proeminências ao monumento. Da evolução dos estilos arquitectónicos resulta a diversidade decorativa que vai da singeleza românica às elegâncias gótica e manuelina, ao classicismo renascentista, ao barroco, ao rocaille, ao neoclássico. Naturalmente as épocas de mais concessões de forais - como as de D. Dinis e de D. Manuel I - assinalam-se com maior número de pelourinhos ou picotas, como também foram chamados.
Proporções e ornatos de colunas definem os estilos, mas os pelourinhos identificam-se pelos coroamentos que se agrupam, segundo a classificação de Luís Chaves, nos tipos de: gaiola, elemento decorativo normalmente de secção quadrada com janelas entre colunelos; roca, esférico ou prismático; tabuleiro, com profusão de colunelos; coluço, bloco prismático, piramidal ou fantasioso; pinha, picota ou chapéu, remate cónico ou piramidal, com ou sem esfera armilar; bola, remate de simplificação dos anteriores; extravagante, de influência etnográfica, histórica ou de fantasia.
Cada pelourinho constituiu um forte desafio à capacidade criativa dos artistas chamados a fazer tão singelo esquema - base e coluna - uma obra bela, digna e original.

Cartão do Idoso e Cartão Jovem Municipal

O Governo acabou com uma medida que existia para os idosos, que era uma medida digna, equilibrada e justa, falo da redução da taxa do telefone. E era digna porque todos sabemos que os idosos, sobretudo os das nossas terras, há muito ficaram sozinhos vendo partir os seus para as grandes cidades ou para outras paragens economicamente mais vantajosas, sendo o telefone por vezes a única forma de combate à solidão; equilibrada porque bem sabemos que a principal empresa de comunicações continua a ter lucros muito acima do razoável; e justa porque era aplicada aos idosos cujo rendimento era inferior ao ordenado mínimo.
Parecer-me-ia justo que a nossa Câmara Municipal, na defesa dos interesses dos seus munícipes, e contrariando esta medida governamental inadequada e contrária aos interesses gerais e solidários que o poder central não deveria ignorar, criasse, à semelhança do que vários municípios já fizeram neste país, o cartão do idoso. No fundo, tal cartão, é um cartão destinado aos residentes no concelho, com mais de 65 anos e cujo rendimento não ultrapasse o salário mínimo, ou dois salários mínimos no caso do casal. Cartão que daria aos munícipes alguns descontos nas taxas municipais (por exemplo isenção de pagamento das taxas de água e redução de 50% no preço da água que se situe nos gastos normais domésticos; outro exemplo seria a redução em 50% nas taxas de obras nas habitações), alguns privilégios ao nível dos transportes (exemplo isenção no pagamento de transportes rodoviários colectivos em circuitos a definir); e promoção de convívios a articular com as capacidades financeiras da autarquia.
Outra iniciativa a defender seria, atraindo e patrocionando a juventude do concelho, em articulação com o IPJ, a criação do cartão-jovem de dupla face, numa face o cartão-jovem normal e na outra o cartão-jovem municipal.
Espero que a nossa autarquia, dentro das possibilidades financeiras que possui, não feche os olhos a estas duas ideias e as venha a acolher em breve. E, porque a época é de Natal, talvez fosse a altura certa para, desta forma, prendar os nossos jovens e os nossos idosos, apoiando o nosso futuro e respeitando o nosso passado.
Abílio Manuel Bandeira Cardoso, Advogado
in O Varzeense, de 15/12/2006

Serra do Açôr - Associação de Desenvolvimento Regional


A Serra do Açor é uma associação de direito privado constituída por seis municípios da região da Serra do Açôr - Alto Distrito de Coimbra - e por mais algumas instituições regionais e locais representativas dos órgãos da Administração e da sociedade civil.

Os municípios constituintes são os de Arganil, Oliveira do Hospital, Góis, Pampilhosa da Serra, Tábua e Penacova e foi constituída em 22 de Março de 1995.

Constitui objecto principal da Associação, "...a promoção do desenvolvimento global e integrado, na Região da Serra do Açôr, através de uma integração adequada com os espaços e entidades de âmbito regional, nacional ou internacional...".

Para a prossecução destes objectivos, a Associação fez um grande esforço desde a sua constituição no sentido de levar por diante alguns dos projectos de que a região mais necessidade sentia e que na sua maioria tinham a ver com a preservação das potencialidades naturais da região, em especial da sua floresta e com a dinamização das actividades mais rentáveis e com um efeito reprodutor desenvolvidas no seio das comunidades rurais.

E é assim que hoje a Serra do Açôr, associação também conhecida por ADESA, pode orgulhar-se de ter desenvolvido e mantido com grande êxito alguns dos projectos em que de forma determinada se envolveu.

Destacam-se, entre todas as actividades já desenvolvidas, a criação do Parque de Máquinas para Prevenção e Combate a incêndios Florestais, através do qual foi possível apoiar as autarquias com equipamento pesado destinado à realização de trabalhos de prevenção da floresta combate directo a incêndios, designadamente abertura e beneficiação de aceiros, caminhos florestais e linhas de corta-fogo, limpeza de matos em bermas, taludes e perímetros dos aglomerados integrados em espaços de floresta e ainda no apoio a operações de combate a incêndios e de rescaldo pós-extinção.

Ao mesmo nível, a concepção e implementação do Centro Rural da Serra do Açôr, projecto integrado no âmbito do PPDR envolvendo a realização de investimentos em dez freguesias dos concelhos de Oliveira do Hospital e Arganil.

Morada
ADESA - Associação de Desenvolvimento Regional
Edifício das Piscinas Municipais
Rua da Eirinha
Sala 11 Piso -1
3360-191 PENACOVA

Telefone: 239 476 083
Fax: 239 476 085
Email: adesa@iol.pt

Inauguração do Espaço Internet de Góis

Promessa de Chegada, de Abílio Bandeira Cardoso

Nao te vejo nas ruínas do tempo,e procuro...
tuas pégadas o mar teima nao apagar
marcadas na areia quente que não seguro
escapa-se entre dedos... fitando o mar...

Como se em galé d'ausencia pudesses chegar
...do horizonte, meu olhar, nao descuro...
entre dedos, a areia do tempo a escapar
entre o sal,... lágrimas... de sal mais puro...

Pégadas marcadas na alma, nao no chão
areia molhada, nao pelo sal do mar...
areia escapada... sem um unico olhar...

Só o horizonte prende, sem ventos de feição...
Virás numa onda, na espuma de ilusão...
presa na pégada que o tempo marcar

Abílio Bandeira Cardoso

quinta-feira, 21 de dezembro de 2006

Sobral

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ADIBER, DUECEIRA e CCAM Beira Centro assinam Protocolo de Implementação do Microcrédito

Com a celebração do Protocolo de adesão da CCAM Beira Centro ao SIM – Sistema de Microcrédito para o Auto-Emprego e Criação de Empresas, é lançada mais uma oportunidade de apoio ao desenvolvimento sócio-económico dos Concelhos de Arganil, Góis, Lousã, Tábua e Vila Nova de Poiares.
Com efeito, a parceria estabelecida entre esta instituição bancária e as Associações de Desenvolvimento Local, ADIBER e DUECEIRA, irá possibilitar a disponibilização dos instrumentos necessários para apoiar os empreendedores e explorar novas oportunidades de emprego, facilitando a criação de empresas em territórios desfavorecidos, através da aplicação de formas de financiamento alternativas.
A iniciativa GLOCAL, a partir da qual foi criado o SIM, surgiu em 2001 no Vale do Douro, apresentou a sua actividade enquanto laboratório de alternativas de financiamento, com o objectivo de facilitar o acesso ao financiamento por parte dos empreendedores, democratizando desta forma o acesso ao crédito, sobretudo por parte de quem tinha mais dificuldade em conseguir aceder a este tipo de empréstimos, encontrando-se neste momento numa fase de disseminação por outras regiões do País, através de uma parceria com a Minha Terra – Federação das Associações de Desenvolvimento Local.
O SIM assume-se como um sistema integrado que concilia formação empresarial, consultoria especializada e financiamento, factor essencial ao sucesso desta experiência, na medida em que, o acompanhamento e orientação prestados, reduzem significativamente o risco inerente ao desenvolvimento da actividade empresarial.
A implementação de um projecto com estas características é positivo para as Entidades financiadoras, já que existe uma triagem dos negócios, a realização de um estudo de viabilidade através do Plano de Negócios, uma taxa de juro preferencial e uma decisão no prazo máximo de 15 dias, bem como para os empreendedores tendo em consideração que o sistema irá permitir aumentar as suas competências, passando estes a terem informação e formação empresarial. O acompanhamento na consolidação do negócio, após a sua criação, é igualmente uma solução que ajuda a ultrapassar os problemas que sempre ocorrem no início destes processos.
Ao integrarem esta parceria, a ADIBER e a DUECEIRA assumem as suas responsabilidades enquanto entidades dinamizadoras dos processos de desenvolvimento local nos seus territórios, pretendendo atingir os seguintes objectivos:
- Permitir o acesso ao financiamento a públicos desfavorecidos;
- Dinamizar a criação de empresas nos Concelhos da sua área de intervenção;
- Adequar as soluções de financiamento à especificidade de cada empresa;
- Acelerar os processos de decisão nos micro-financiamentos bancários;
- Derrubar as barreiras constituídas pelas garantias, aquando dos financiamentos;


Poderá beneficiar do SIM qualquer pessoa, ou pessoas, cujo objectivo seja a criação de uma micro-empresa, sob qualquer forma jurídica, no território abrangido e que se constituam associadas da CCAM Beira Centro, a qual disponibiliza uma linha de crédito no montante de 500.000,00 € a aplicar nos Concelhos referidos.
A aplicação deste sistema permite a disponibilização de crédito até 75% do montante do investimento a realizar pela empresa, num limite máximo de 25.000,00 €, com um prazo de reembolso do empréstimo que será de 5 anos com carência de 6 meses, em rendas mensais de capital e juros, em que a taxa de juro protocolada será equivalente à Euribor a 6 meses acrescida de um spread de 2%.
O acompanhamento em proximidade que é conferido aos empreendedores permite estabelecer uma relação de confiança e de responsabilidade entre os diferentes intervenientes.
Pelo conhecimento que possuem dos territórios, dos seus problemas e suas oportunidades, as Associações de Desenvolvimento Local, neste caso a ADIBER e a DUECEIRA, serão um parceiro privilegiado para a dinamização desta iniciativa, que surge como complemento e reforço do trabalho que vêm desenvolvendo a outros níveis, como seja a implementação de outros regimes de incentivos, onde se destaca o PIC LEADER +, a aplicação das várias medidas do Mercado Social de Emprego, dirigidas a públicos desfavorecidos, o desenvolvimento de acções de formação, com a consequentemente necessidade de inserção no mercado de trabalho dos formandos, entre outras iniciativas.
As oportunidades estão criadas. Têm a palavra todos quantos pretendem desenvolver a sua ideia de negócio e deste modo contribuir para o desenvolvimento da sua Região.

José Cabeças justifica a importância do microcrédito

Com a celebração deste Protocolo, visando a implementação do SIM – Sistema de Microcrédito para o Auto-Emprego e Criação de Empresas está a ser dado mais um importante passo para o combate à exclusão social, promovendo atitudes empreendedoras dos mais desfavorecidos e para a concretização de projectos que sustentem o seu auto-emprego.
Começamos por citar Muhammad Yunus, o pai do Microcrédito, recentemente galardoado com o Prémio Nobel da Paz, em resposta a uma jornalista do Jornal Público:
“Sabe porque falham muitas medidas de combate à pobreza?
Porque se olham os pobres como gente diminuída, pouco esperta, forçosamente preguiçosa, a precisar de seguir os conselhos dos que se consideram mais sábios, só porque são mais ricos. Isso é totalmente falso. Os pobres sabem melhor do que ninguém do que precisam exactamente para sair da pobreza. Podem até ter muito mais vocação para o negócio e inteligência do que você. Quase sempre tiveram apenas menos sorte e menos instrução, mas não são menos inteligentes. Sabem, aliás, muito melhor rentabilizar os seus talentos e lutar pela sobrevivência. Tal como um rico que queira tornar-se empresário, precisam de crédito, mas dispensam subsídios e esmolas.”
Tal como Yunus, acreditamos que todas as Pessoas têm potencial. Desta forma, esta é uma oportunidade decisiva que estamos a disponibilizar aos mais desfavorecidos e a todos os que, querendo dar um novo rumo à sua vida, não têm tido acesso a simples ajudas que podem ser decisivas para a melhoria do seu próprio bem-estar familiar.
Mais do que a possibilidade de concessão de um empréstimo bancário, este Protocolo revela a forte vontade e empenho dos vários Parceiros, em darem o seu contributo para a promoção da cidadania e para o reforço da própria democracia, ao possibilitar que todos os cidadãos tenham acesso ao crédito para poderem materializar os seus projectos de vida, associados ao desenvolvimento de iniciativas de carácter empresarial e económico.
Da parte da ADIBER, consideramos natural o nosso envolvimento nesta parceria, na medida em que os contactos que vamos mantendo com os potenciais promotores de projectos, permitem-nos observar que a grande dificuldade para a concretização das suas ideias, está na obtenção de pequenos empréstimos que complementem os apoios disponibilizados pelos regimes de incentivos financeiros que estejam em vigor, pelo que o microcrédito, desenvolvido de acordo com esta metodologia, é uma ferramenta essencial para dar resposta a esses constrangimentos.
A aposta que temos vindo a efectuar ao nível da formação profissional, enquanto factor decisivo a valorização e qualificação das pessoas, só é coroada de êxito pleno no caso de garantir a obtenção de elevados índices de empregabilidade aos formandos, pelo que o incentivo e a motivação para que sejam capazes de assumir responsabilidades ao nível da criação do auto-emprego, tem sido uma atitude permanente da ADIBER.
Ao assinarmos este Protocolo, na nossa qualidade de Organização da Sociedade Civil, estamos também a assumir as nossas próprias responsabilidades perante as populações que dedicadamente servimos, colocando-nos do lado das soluções face aos inúmeros problemas de ordem social que se lhes colocam e possibilitando que sejam criadas novas estruturas que fomentem o desenvolvimento económico do nosso Território.
Terminamos como começámos, citando Muhammad Yunus: “… o acesso ao crédito deve ser considerado entre os Direitos Humanos”.
“Criámos um Mundo movido pelo dinheiro e o sistema financeiro rejeita, pelo menos, de da população. Isto é ‘apartheid’ financeiro”.
“Se não somos dignos de crédito, somos praticamente condenados à morte”.

Inauguração do Espaço Internet, em Góis

Amanhã, dia 22, irá realizar-se a cerimónia de fundação do «Espaço Internet Góis», pelas 15 horas.
Deverá presidir ao acto, o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, dr. Laurentino José Monteiro de Castro Dias, e em representação do Governador Civil do Distrito de Coimbra, dr. Paulo Valério.
in A Comarca de Arganil, de 21/12/2006

Magusto da Comissão de Roda Fundeira e Relva da Mó

A Comissão de Melhoramentos de Roda Fundeira e Relva da Mó realizou um almoço convívio no dia 11 de Novembro, que teve lugar pelas 13 horas, na sua casa de convívio local. A refeição foi servida com a ajuda de muitos "rodafundeirenses", e que bem confeccionada que estava!... Entremeada e febras na brasa, acompanhado de broa, filhós, arroz de feijão e outras iguarias à moda da Roda Fundeira.
Pela tarde houve muita música tradicional, ao som das concertinas de Mário Vítor e António Bernardo, que foram acompanhadas por cantores da terra, os quais, não por serem muitos.
Com muita alegria, amizade e amor, todos em convivência participaram neste evento, cerca de oitenta pessoas, entre as quais crianças e jovens.
Foi um tarde de muita animação recordando-se com muita alegria os tempos da nossa mocidade, com o fado tocado pelo Mário Vítor e cantado por Maria Alda Neves, a "rodafundeirense" de 85 anos. Foi realmente motivo para nos orgulharmos com a nossa conterrânea que nos fez recordar os tempos passados. Maria Alda apesar do seu sofrimento, pois caminha com o apoio de canadianas, teve força para cantar o fado e recordar o tempo de outrora com versos que nos ficaram no coração.
Pelas 18 horas realizou-se o magusto onde não faltarm as castanhas acompanhadas pela jeropiga, uma convivência que permaneceu até às 22 horas e que terminou com o desejo de que todos se venham a encontrar num próximo encontro.
É de louvar todos os que colaboraram neste evento e que trouxeram aperitivos para a mesa, à moda de antigamente, fazendo recordar os tempos de crise, em que os encontros se realizavam com a prata da casa. Estas acções são um ensinamento para todos nós.
Os nossos parabéns aos órgãos sociais da Comissão de melhoramentos e a todo o povo de Roda Fundeira, pela sua boa vontade.
António Bernardo
in O Varzeense, de 15/12/2006

Ponte pedonal de Góis

Troca de Livretes atribuídos pelas Câmaras Municipais

Segundo o artigo 33.º do Decreto-Lei N.º 128/2006, todas as matrículas válidas atribuidas pelas Câmaras Municipais devem ser canceladas e substituídas, a requerimento dos interessados, dentro dos seguintes prazos:

- No ano de 2006, para os veículos matriculados até 31 de Dezembro de 1989;
- - No ano de 2007, para os veículos matriculados entre 1 de Janeiro de 1990 e 31 de Dezembro de 1999;
No ano de 2008, para os veículos matriculados entre 1 de Janeiro de 2000 e 31 de Dezembro de 2005.

Quatro poemas de Natal, por Miguel Torga

Miguel Torga é o nome literário do médico Adolfo Rocha. Poeta, ensaísta, dramaturgo, romancista e contista. Em 21 de Novembro de 1948, a convite do Dr. Fernando Vale que na altura exercia o cargo de Director Clínico do Hospital Condessa das Canas, o médico Adolfo Rocha especialista em otorrinolaringologia, começou as suas consultas nesse hospital. Com o médico Adolfo Rocha foi também o poeta e escritor, Miguel Torga.
Em 1992 doou o espólio do seu consultório em Coimbra ao Hospital da Misericórdia de Arganil, que o expôs em espaço acessível ao visitante, junto ao antigo consultório do médico. São vários os testemunhos da passagem de Miguel Torga pela Beira Serra.
Mas agora, diante do clima natalicio, nada melhor que conhecer alguns poemas de Natal que o poeta nos legou.

Natal
Ninguém o viu nascer.
Mas todos acreditam
Que nasceu.
É um menino e é Deus.
Na Páscoa vai morrer, já homem,
Porque entretanto cresceu
E recebeu
A missão singular
De carregar a cruz da nossa redenção.
Agora, nos cueiros da imaginação,
Sorri apenas
A quem vem,
Enquanto a Mãe,
Também
Imaginada,
Com ele ao colo,
Se enternece
E enternece
Os corações,
Cúmplice do milagre, que acontece
Todos os anos e em todas as nações.
Miguel Torga

Natal
Devia ser neve humana
A que caia no mundo
Nessa noite de amargura
Que se foi fazendo doce...
Um frio que nos pedia
Calor irmão, nem que fosse
De bichos de estrebaria.
Miguel Torga

Natal
Leio o teu nome
Na página da noite:
Menino Deus...
E fico a meditar
No milagre dobrado
De ser Deus e menino.
Em Deus não acredito.
Mas de ti como posso duvidar?
Todos os dias nascem
Meninos pobres em currais de gado.
Crianças que são ânsias alargadas
De horizontes pequenos.
Humanas alvoradas...
A divindade é o menos.
Miguel Torga

Natal
Nem pareces o mesmo,
Deus menino
Exposto
Num presépio de gesso!
E nunca foi tão santa no teu rosto
Esta paz que me dás e não mereço.

É fingida também a neve
Que te gela a nudez.
Mas gosto dela assim,
A ser tão branca em mim
Pela primeira vez.
Miguel Torga

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Grupo de Violas e Cantares de Vila Nova do Ceira animou o Lar

O Grupo de Violas e Cantares de Vila Nova do Ceira deslocou-se, na tarde do dia 10 de Dezembro, ao Lar varzeense, com a finalidade de proporcionar aos utentes desta valência momentos de alegria, ajudando que cada idoso possa ver nesta quadra natalícia uma esperança e um sorriso, que lhes coloque no coração um pouco de calor humano.
São muitos os idosos que diariamente ocupam este espaço, e a vertente humana com vista a uma melhor forma de ocuparem o seu tempo é um dos factores que sempre preocupou os dirigentes da Santa Casa, bem como todos os funcionários que lidam com este grupo de pessoas.
O Grupo de Violas, a fim de colmatar esta lacuna, tem feito algumas visitas ao Lar de Vila Nova do Ceira, e já não é a primeira vez que consegue trazer uma vitalidade de tal forma aos idosos, que acaba o espectáculo com todos a dançarem e a cantarem.
Também nesta quadra em que o amor, carinho e afecto são tão apregoados, entre os povos, este grupo disponibilizou-se dando aos mais idosos uma tarde de animação.
Foi realmente gratificante ver a alegria que, de um momento para o outro, ficou estampada nos seus rostos.
Alguns recordavam o Natal das suas infâncias, chegando mesmo a afirmarem que o dia que estavam a viver era ainda melhor, pois, por vezes, nesse tempo, até no dia de Natal tinham que trabalhar, para fazerem face à pobreza, e hoje que não lhes faltava nada.
Era bom que todos os idosos do país pudessem expressar frases deste teor, mas infelizmente isso nem sempre acontece.
O Varzeense associa-se a este bonito gesto e deseja a todos os idosos um Natal com muito amor, paz e saúde.
in O Varzeense, de 15/12/2006

Promessa de Eternidade, de Abílio Bandeira Cardoso

Teu corpo, meu amor, de fé santuário,
rasgados os paramentos do teu altar
atravessa-se na luz, consome o ar
respiro-o na intensidade do calcário

Teu corpo, meu amor, meu sacrário
de benditas hóstias que quero tomar
com o vinho que tua boca gotejar
segundo teu rito... doutrinário

Teu corpo, meu amor, entre hinos
desenvolto de alvas vestes de fé
será meu sem repicar de sinos

E o meu corpo, amor, teu que é
entrega-se em ti, fundindo destinos
sem castiçais nem arras de sé...

Abílio Bandeira Cardoso

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Noites de karaoke

Realiza-se sexta-feira e sábado à noite, mais umas animadas noites de karaoke no Clube de Ténis.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2006

Posto Territorial da Guarda Nacional Republicana de Góis deseja um Feliz Natal e um Próspero 2007

Normas de Segurança

ANTES DE INICIAR A VIAJEM
TOME AS PRECAUÇÕES NECESSÁRIAS
PARA EVITAR ACIDENTES

1 - VERIFIQUE:
* Estado dos pneus, luzes, órgãos de direcção e travagem, níveis de óleo e água.
* Modere o consumo de bebidas alcoólicas.
* Estabeleça pontos de paragem para descanso.

2 - DURANTE A CONDUÇÃO:
* Use e obrigue todos os passageiros a usar o Cinto de Segurança; em particular as crianças (devem ser transportadas em cadeiras adequadas à idade/peso).
* Modere a velocidade, especialmente em vias molhadas, com nevoeiro, neve ou gelo.
* Não use o telemóvel.
* Não fume, aproveite para o fazer nos locais de paragem.
* Não pratique manobras perigosas.

O seu contributo é importantíssimo para diminuir o número de acidentes e minorar as suas consequências.
Ao agir de forma assertiva está a defender a sua segurança e a dar um importante passo para o bem estar geral dos seus entes queridos e amigos.

ADIBER promove Cabaz de Natal

A exemplo do ano transacto, a ADIBER - Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra está a promover a venda de cabazes de Natal, compostos exclusivamente por produtos produzidos na Região da Beira Serra - Concelhos de: Arganil, Góis, Oliveira do Hospital e Tábua.
Integram este Cabaz vários produtos de qualidade, que já se cosntituem como especialidades locais, como sejam: o mel, o queijo, os doces e compotas, os enchidos, a doçaria tradicional, o vinho do Dão, a cestaria, as casas de Xisto, entre muitos outros produtos, os quais se spresentam como objecto de oferta ou consumo, por parte de Instituições, Empresas e indivíduos.
Esta iniciativa insere-se na sequência do trabalho que a ADIBER tem vindo a desenvolver na área da valorização do artesanato da Beira Serra, nomeadamente no reforço do apoio aos artesãos em termos da divulgação e comercialização das suas produções.
Com a promoção e venda do Cabaz de Natal, é dado mais um importante contributo para a preservação e promoção dos sabores da Beira Serra.
Para informações e encomendas, contactar: ADIBER - Telef. 235 772 538 ou Fax 235 778 057 (Eng.ª Elvira Costa ou Eng.ª Ana Duarte)
Dr. José Cabeças, Presidente da ADIBER
in O Varzeense, de 16/12/2006

Travessa da Rua do Forno em Góis

Juventude Social Democrata é constituída em Góis

No dia 17 de Novembro último foram entregues ao presidente da Distrital da JSD, Paulo Leitão, em sessão informal, em Góis, as fichas de militantes que permitem ao PSD local contar com esta importante estrutura.
Nas palavras do Dr. Abílio Bandeira Cardoso, um dos impulsionadores deste marco para o PSD, foi salientada a importância "que os jovens devem ter na definição dos destinos autárquicos. É sabido que os jovens estão descrentes com a política, contudo não podemos esquecer que são os homens que a fazem e que lhe dão conteúdo. Se não estamos contentes com o que temos, é a todos nós, jovens e menos jovens, a quem compete alterar o actual estado das coisas."
Apontou, o Dr. Abílio, "uma clara ausência de política local para a juventude da parte da Câmara Municipal, o que é tanto mais grave num concelho envelhecido como o nosso. É altura de também os partidos políticos integrarem gente nova nas suas fileiras, que exijam constantemente aos seus representantes mais actos que palavras, sobretudo mais actos durante os mandatos e menos palavras nas promessas incumpridas das campanhas eleitorais. Aos jovens está reservado um papel mais importante do que o de meramente colar cartazes." Sublinhou ainda, que o seu "papel nesta fase, foi apenas o de impulsionar a criação da Jota. Esta estrutura, autónoma, que é, do PSD, há-de agora caminhar por si, levando a cabo as suas próprias acções e reivindicações, mesmo no seio do partido a que está politicamente ligada. Abrimos as portas do PSD à juventude, todos os jovens são bem-vindos, não apenas para fazer campanhas eleitorais, mas também para exigirem mais deste partido e para exigirem mais espaço nos orçamentos e planos da Câmara e das juntas de freguesia. Foi meu desígnio não deixar Góis para último, porque só dois concelhos do distrito não tinham constituída a JSD, neste momento Góis já a tem."
Pelo Dr. Gonçalo Capitão, elemento do conselho nacional do PSD, convidado nesta sessão, foram reforçadas as palavras do Dr. Abílio, deixando toda a sua "disponibilidade para toda e qualquer acção da JSD de Góis, pelo carinho que tem por Góis, um concelho de charme, pelo amigos que tem em Góis (realçando o Dr. Abílio, amigo desde os tempos de combate político da associação académica da escola secundária Infanta Dona Maria, em Coimbra, onde, então, ambos com 17 anos, já partilhavam dos mesmos ideais de Sá Carneiro), e pelo carinho que tem pela JSD, da qual, também já foi presidente da Distrital."
A sessão foi encerrada por Paulo Leitão, presidente da Distrital da Jota, alertando para a importância "deste momento, pela capacidade e combatividade que a juventude sempre tem na defesa dos seus ideais e pela minha satisfação em que, não escondo, um dos mais belos concelhos do distrito, possa contar também, a partir de agora, com a força da juventude social-democrata."
O processo de cosntituição dá agora entrada na Nacional, sendo designada uma Comissão Instaladora, e em breve, e pela primeira vez, a juventude de Góis irá a votos.
in O Varzeense, de 15/12/2006

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Campo de Futebol de Góis com relva um sonho anunciado no Jantar de Natal

A secção de futebol da Associação Educativa e Recreativa de Góis levou a efeito, no passado dia 10 de Dezembro, no Restaurante Beira Rio, em Góis, o tradicional jantar de Natal.
O mega encontro que contou com um elevado número de presenças, teve como principal objectivo reunir jogadores, treinadores, dirigentes da Associação, representantes das entidades bancárias, da G.N.R., da Junta de Freguesia local e da autarquia (seus líderes e pessoal que anualmente desempenha funções de apoio às equipes), entre outras instituições que também estiveram representadas, e que, num alegre convívio antecipadamente se despediram do 2006 e desejavam mutuamente bons sucessos para o próximo ano.
O ambiente tinha sido escolhido a dedo: num final de dia que teve o seu início com um jogo de futebol onde a equipe Goiense conseguiu oferecer onze golos ao adversário em troca de zero, e com futebol no ecrã da televisão, o jantar só podia ser para amantes deste desporto.
As camadas mais jovens, formadas por trinta crianças, divulgavam facilmente em "Góis e arredores" que estavam muito felizes... Eles riam, cantavam, gritavam, contavam anedotas e com uma super-actividade pareciam verdadeiros "bonequinhos" articulados, o que explica a enorme vitalidade com que habitualmente correm atrás da bola.
Os vinte e quatro seniores, discutiam entre si o jogo da manhã e o que a televisão mostrava no momento, preocupados em conseguirem o melhor lugar para a equipe Goiense, parece não se contentarem com o terceiro lugar, que os caracteriza no momento.
Entre toda a alegria e boa disposição que fizeram deste jantar uma ocasião de convívio surgiu um momento onde quase ninguém conseguiu ficar sem deixar cair uma lágrima, foi quando o presidente da secção de futebol, João Simões recordou o vice-presidente desta secção, Armando Simões Bandeira, que recentemente os tinha deixado.
A recordar, Armando foi um goiense que no passado dia 22 de Agosto, com apenas 42 anos deixou não só o futebol, mas todas as instituições onde se houvera integrado e nas quais lutava pelo desenvolvimento da sua terra.
João Simões agradeceu ainda a presença de todos e desejou os maiores sucessos para a vida do futebol de Góis, construindo dessa forma um dos sonhos do "querido Armando".
José Sanches, o actual vice-presidente da secção de futebol, também não ficou sem dizer algumas frases. Palavras simples, improvisadas, sem discurso preparado, mas o mais aplaudido pelas crianças, pois, confessou aos mais pequeninos que, gostava muito do futebol, mas também adorava o convívio com a "rapaziada".
Todavia, o melhor estava ainda por dizer: "beijinhos para vocês todos, bom Natal, boas prendas, beijinhos para as vossas namoradas a aplausos para os mais pequeninos".
Foi deveras engraçado, porque, desta forma, "Zé Sanches" conseguiu que os mais jovens estivessem também atentos ao seu discurso, e pelo meio foi referindo frases mais a sério como: "Não há campo nenhum no distrito de Coimbra com uma paisagem como a nossa e acredito que com o apoio da Câmara vamos ter instalações em boas condições". Aplaudiu o jogo do dia, que terminou com o resultado de 11-0 e disse: "Isto não se vê em lado nenhum, felicidades para o futebol e para todos".

Campo de Góis com Relva - Um sonho próximo da realidade
O presidente da Câmara Municipal de Góis, José Girão trouxe a "Boa Nova" em quadra natalícia. Desta vez parace que Góis vai mesmo ter um campo relvado e com melhoramentos nos balneários.
O líder da autarquia afirmou que uma candidatura no valor de 300 mil euros poderia vir a dotar o campo de relva sintética e era "uma esperança que na próxima época o campo já estaria relvado".
O jantar trouxe ainda mais surpresas, afinal os jogadores também têm jeitinho para cantar, basta um ensaio de poucos minutos e aí está uma claque das melhores.
O jantar estava quase terminado, mas faltava uma coisa, para que, o momento fosse exemplar, principalmente para os mais pequeninos; surgiu então a D. Helena Sanches, com uma savada de chocolates e chupas. Depois de todos tirarem sobrou ainda para os de mais idade, e afinal, como "o que é doce nunca amargou", os adultos também não se fizeram rogados pois um docinho sabe bem a qualquer um.
O encontro encerrou com felicitações para a Associação Educativa e Recreativa de Góis, para o futebol e para todo o pessoal que apoia este desporto.
A.E.R. de Góis tem mostrado uma vitalidade de grande envergadura pela quantidade de actividades que oferece aos jovens do seu concelho, nomeadamente através da sua filarmónica, grupo de dança e futebol.
in O Varzeense, de 15/12/2006

Assembleia Geral da Associação Florestal do Concelho de Góis

Estão convocados os associados da Associação Florestal do Concelho de Góis para a Assembleia Geral a realizar no dia 28/12/2006, nas instalações da Junta de Freguesia de Góis, pelas 17H00, com a seguinte ordem de trabalhos:
1. Leitura e aprovação da Acta da anterior Assembleia Geral;
2. Discussão e votação do Plano de Actividades/Orçamento proposto pela Direcção para o ano 2007;
3. Alteração de Estatutos - Artº 11 (Regras Eleitorais) Alínea 3;
4. Outros assuntos de interesse para a Associação.

Se à hora marcada não se encontrar representada a maioria dos associados a Assembleia reunirá uma hora depois com qualquer número de presenças.