quinta-feira, 28 de dezembro de 2006

Se tiver de partir não digo adeus
Se tiver de o dizer não vou olhar
Se meus olhos se prenderem aos teus
Não mais direi adeus, irei ficar!

Se tiver de te deixar… ai meu Deus,
Fá-lo-ei pelas sombras do luar
Tornando todos os escuros meus
Anoitecendo, ai meu Deus, sem cessar

Se tiver de partir, irei partir
Em sete ondas sem tocar a areia
Recuadas na força do sentir

Sem Deus no adeus cerrado na traqueia
Serei penumbra do negro a fluir
Se tiver de partir p’la lua cheia...

Abílio Bandeira Cardoso