sábado, 29 de dezembro de 2007

Até para o ano!

É tempo de promover mais um breve hiato neste blog para celebrar a festa de final de ano. Devo eu também fazer parte da magia que envolve esta época, renovando as minhas esperanças. Este período é isso: Renovação, uma época onde se ganham forças para continuar sempre em frente o nosso caminho.
Antes das despedidas - o Blogóis volta nos primeiros dias de Janeiro -, gostaria de agradecer a todos os que acompanharam este blog, a todos os que tiveram paciência para deixar, quando entenderam, os seus comentários (às vezes pouco propositados, mas enfim), e a todos os novos amigos que fiz nesta vida blogueira. Para eles e para todos os goienses os meus votos de um Novo Ano de 2008 cheio de prosperidade e realizações pessoais.
Até para o ano!


Receita de Ano Novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor de arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?).

Não precisa fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar de arrependido
pelas besteiras consumadas
nem parvamente acreditar
que por decreto da esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

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Aos que partiram e não voltaram à Aldeia

Todos nós, ou quase todos, um dia tivemos de partir. "Partir, partir e sonhar...". (1) Mas toda a partida implica um regresso de corpo presente, se assim não acontecer, não estamos a falar de partida, mas sim de abalada, de fuga ou simplesmente de abandono de alguém ou de alguma coisa.
Com esta abordagem, acode-nos à ideia a situação daqueles que, como nós, engrossaram a longa lista dos beirões que tiveram de deixar o seu torrão natal, em busca duma vida melhor. Adivinhamos que esse lista, se tivesse havido registo, seria hoje enorme e, mais completa seria, se contivesse a localização e a sua actividade profissional. Mau grado a invasão da privacidade individual que isso acarretaria...
Acontece que não sabemos se esta ideia, a nível concelhio dentro da região da Beira Serra, teria pernas para andar. Mas que seria um projecto interessante e com longo alcance, disso não temos dúvidas. Pode ser que, no entanto, alguma entidade queira agarrar a ideia.
Retomando a linha inicial destas simples palavras, gostaríamos de situar o início da diáspora beirã, na décadas de 30 e 40 do século passado, mas o grosso da coluna terá acontecido nas décadas de 50 e 60 o que nos dá a ideia que hoje já existirão muitos beirões de segunda e terceira gerações dispersos por aí. Entre os quais, muitos deles, perderam os laços afectivos com as origens dos seus antepassados. O que de resto se nos apresenta como uma enorme pena.
Desenvolvendo este raciocínio e estendendo-o aos mais recônditos lugares, acreditamos perfeitamente que houve, ou há muitas famílias beirãs, cujos progenitores nunca mais voltaram à sua terra-natal e quantos deles chegaram ao fim das suas vidas com o pensamento na sua aldeia. Sem querermos ser paternalistas, entendemos que isto nunca fez parte das preocupações de todos nós. Acontece que o retorno às terras de origem ainda com vitalidade, como forma de repovoamento, devia ser um método a considerar por quem de direito.
Como exercício mental deixamos, ao cuidado dos nossos leitores, o trabalho de imaginarem quantos beirões já perderam o contacto com a sua aldeia de origem, por mil e uma razões, entre as quais, o facto de já não possuírem um "poiso" tido como herança, ou algo que o pudesse substituir. Mais fácil se torna falar de desertificação, ou despovoamento.
Aos que partiram e não voltaram à sua aldeia podem assistir razões de peso, quiçá plausíveis, o que só eles o poderão saber, porém, algo deveria ser feito para trazer aqueles que gostassem de voltar.
(1) In poema de Manuel Alegre
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 27/12/2007

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Reuniões ordinárias do executivo camarário

Em 2008, as reuniões ordinárias do Executivo serão realizadas, segundo edital, nas segundas terças-feiras de cada quinzena e de cada mês, sendo a primeira reunião de cada mês privada e a segunda pública, com as seguintes excepções:
- A primeira reunião de Junho realiza-se no dia 11 daquele mês;
- A segunda reunião de Julho é levada a efeito a 22 deste mês;
- A primeira reunião de Agosto realiza-se no dia 5 do mês em apreço.

Para melhor esclarecimento, a seguir se descriminam as datas das referidas reuniões propostas para o ano de 2008, que terão lugar no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho, pelas 10 horas.

Janeiro - dias 8 e 29
Fevereiro - dias 12 e 26
Março - dias 11 e 25
Abril - dias 8 e 29
Maio - dias 13 e 27
Junho - dias 11 e 24
Julho - dias 8 e 22
Agosto - dias 5 e 26
Setembro - dias 9 e 23
Outubro - dias 14 e 28
Novembro - dias 11 e 25
Dezembro - dias 9 e 23

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Praga ataca palmeira em Vila Nova do Ceira

Uma praga de bichos ainda não identificados atacou uma palmeira em Vila Nova do Ceira. A árvore centenária situada junto à Igreja Matriz começou a apresentar um acelerado processo de destruição: com a queda das suas folhas de grande porte e o amarelecimento quase total da espécie exótica.
Aquando da montagem da iluminação de Natal foi descoberta a causa da apressada destruição da árvore. Mário Carvalho ao subir a escada para colocar as lâmpadas deparou-se com uns bichinhos encarniçados, longos e tipo um escaravelho que se apoderaram da palmeira transformando-a no seu hotel. Ali dormem, permanecem, esvoaçam nas suas imediações e como se não bastasse, provavelmente com falta de alimento, vão roendo e alimentando os seus estômagos com a encantadora árvore que o povo de Vila Nova do Ceira considerava já um ex-libris da Várzea Grande. Resumindo: o bicho detectado tem dizimado grande parte da palmeira.
Visto a árvore se encontrar em terreno da Igreja, os elementos que compõem o conselho económico, nomeadamente a Ilda Garcia diligenciou no sentido de adquirir medicamento para eliminar a praga. Mas... Pelo que parece, nada incomodou os bichos que continuam a reproduzir-se e a trabalharem cada vez com mais força.
É caso para se dizer: ou os bichos se mudam ou a palmeira tem a morte anunciada para breve.
in O Varzeense, de 15/12/2007

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"A Importância da Leitura em Contexto Familiar"

Partindo do pressuposto que a leitura constitui uma prática social indispensável e ratificando a importância dos pais no processo de incentivo à leitura dos jovens, decorreu no passado dia 7 de Dezembro, na Biblioteca da Escola Básica 2,3 de Góis uma sessão intitulada "a importância da leitura em contexto familiar".
Direccionada para os pais e dinamizada pelas docentes Filomena Pedroso e Paula Almeida (professoras que têm trabalhado mais concretamente na vertente da Língua Portuguesa) a sessão visou a sensibilização dos pais dos alunos do pré escolar, 1.º, 2.º e 3.º Ciclo, no intuito de esclarecer e motivar à leitura no contexto familiar.
Cientes de que "toda a aprendizagem passa necessariamente pela leitura" e de que "um bom leitor é quase sempre um bom aluno" há uma necessidade enorme de serem criados hábitos de leitura nos mais jovens. Mas... uma vez que, o gosto pela leitura está intrinsecamente associado aos estímulos que desde muito cedo se proporcionam à criança no contexto familiar é de grande importância fazer sentir aos pais a vantagem que estas têm em crescer no meio de livros e poderem ver à sua volta as pessoas a lerem, o que poderá ser um excelente início na formação de um leitor. A sessão realizada na escola pretendeu então transmitir esta mensagem aos pais dos alunos do concelho de Góis.
Contou com a interpretação de histórias que retratam grande parte das famílias portuguesas, tendo as dinamizadoras alertado para a frequente má gerência do tempo, esquecendo, por vezes, a importância que devemos dar aos nossos filhos, nomeadamente no momento que deveríamos reservar para a leitura em família.
As Prof. Filomena Pedroso e Paula Almeida transmitiram aos pais algumas formas que podem permitir que estes consigam despertar nos seus filhos o gosto pelos livros, bem como alguns "truques" que incentivem ao vício da aquisição deste grande amigo do homem, que é o livro.
Foram também apresentadas algumas sugestões práticas com a finalidade de influenciarem à leitura, formas de saber escolher um livro e o local mais apropriado para o ler.
Foram ainda focados alguns hábitos que se podem adquirir, nomeadamente o acompanhamento dos filhos a bibliotecas e livrarias, a eventos culturais, feiras do livro, oferta do livro como prenda de anos ou de Natal, etc.
As professoras dinamizadoras da sessão também exemplificaram como se deve ler correctamente, de forma a permitir a quem nos escuta uma interpretação correcta do texto, desde a expressividade, à entoação, leitura pausada e imitação dos sons reais.
Focaram ainda a desvantagem que a Internet trouxe. Admitiram que é um bem essencial, todavia afirmaram que o uso abusivo que os alunos fazem das novas tecnologias em detrimento dos livros não é saudável, pois segundo as docentes é necessário que os alunos pesquisem navegando na Internet mas não esquecendo também os insubstituíveis livros.
Foi também distribuído a todos os pais um folheto informativo com algumas sugestões de leitura e técnicas para o incentivo ao uso dos livros.
A sessão contou ainda com uma conversa informal em que todos os pais puderam participar expondo dúvidas e partilhando experiências, no sentido de se conseguir colaborar activamente com os professores para uma melhor facilidade em se alcançar o sucesso, construindo bons leitores.
in O Varzeense, de 15/12/2007

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Assembleia Geral da Liga de Melhoramentos de Chã de Alvares

A Assembleia-Geral da LMCA está convocada para reunir em sessão ordinária, às 14,00 horas, no dia 5 de Janeiro de 2008, na sede da Liga de Melhoramentos em Chã de Alvares, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

1) Aprovação da Acta da última reunião da Assembleia-Geral;
2) Análise, discussão e votação do Relatório e Contas do ano de 2007;
3) Comemorações do 70.º Aniversário: balanço final;
4) Proposta da Direcção ao abrigo do n.ºs 2 e 3 do Art.º 5.º dos Estatutos:
5) Outros assuntos;
6) Eleição dos Corpos Gerentes.

Se à hora marcada não se verificar a presença da maioria dos Associados, a Assembleia-Geral funcionará meia hora depois, no mesmo local, com a mesma Ordem de Trabalhos e com qualquer número de Associados presente.

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Colmeal


Mais uma fotografia antiga para o nosso "Álbum de Recordações".
Foi-nos cedida recentemente aquando de uma passagem nossa pelo Colmeal.
Reconhecemos alguns deles com certa facilidade. Quase todos.
Falámos pessoalmente com dois, mas as suas memórias e os seus olhos cansados por vezes já se recusam a colaborar.
Pedimos ajuda a outra das "caras bonitas" da foto e aqui estão os nomes destes "jovens", passados quase sessenta anos desde que um dia se lembraram de parar um pouco, no caminho para o rio, para que alguém os fixasse numa fotografia a fim de os podermos agora recordar. Alguns já nos deixaram.
Assim, de cima para baixo, temos:
Silvina Costa, Aires Joaquim da Costa (que foram marido e mulher, já falecidos), Alzira Reis (filha de Adelaide e António Nunes dos Reis, a viver no Brasil), Maria do Carmo Neves, Artur Neves, Maria do Patrocínio (do Carvalhal, que ao tempo "servia" em casa de António Brás, já falecida), Eduardo Santos Ferreira e Silvina Santos Nunes.
O caminho tal como se vê na fotografia... é também ele e apenas... uma recordação.
in O Varzeense, de 15/12/2007

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sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Painel junto ao Ceira, em Góis








Fotografias de Paulo Afonso

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Desemprego no concelho de Góis - estatísticas do mês de Novembro/07

No final do mês de Novembro de 2007, a procura de emprego por parte de habitantes do concelho de Góis, registava um total de 126 inscrições. Neste mês registaram-se 23 novas inscrições. Estes desempregados dividia-se da seguinte forma:

- Desemprego registado segundo o género
Homens: 48
Mulheres: 78

- Desemprego registado segundo o tempo de inscrição
Até 1 ano: 88
1 ano e mais: 38

- Desemprego registado segundo a situação face ao emprego
1.º emprego: 13
Novo emprego: 113

- Desemprego registado segundo o grupo etário
Menos de 25 anos: 23
25-34 anos: 35
35-54 anos: 51
55 e mais anos: 17

- Desemprego registado segundo os níveis de escolaridade
Inferior ao 1.º Ciclo EB: 10
1.º Ciclo EB: 35
2.º Ciclo EB: 24
3.º Ciclo EB: 28
Secundário: 18
Superior: 11

- Desempregados inscritos ao longo do mês de Novembro
Homens: 14
Mulheres: 9

- Ofertas de emprego recebidas no mês de Novembro para o concelho de Góis
Número de ofertas: 4

- Colocações efectuadas durante o mês de Novembro
Homens: 1
Mulheres: 0

- Desempregados inscritos por motivos de inscrição (movimento ao longo do mês)
Ex-inactivos: 8
Despedido: 1
Despediu-se: 3
Despedimento por mútuo acordo: 0
Fim trabalho não permanente: 9
Trabalho por conta própria: 0
Outros motivos: 2

Fonte: IEFP,I.P.

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A acessibilidade ao medicamento na Beira Serra

Como leitora regular do Jornal de Arganil e conhecendo a realidade particular na área do medicamento, por força da profissão e que me dedico, não pude deixar de prestar uma especial atenção ao artigo publicado no dia 29 de Novembro, neste Jornal, da autoria do Dr. Fernando Bandeira da Cunha.
Logo no primeiro parágrafo deste artigo, tropeço numa constatação pouco rigorosa no que diz respeito ao acesso ao medicamento no Concelho de Góis. O autor do artigo menciona a obrigatoriedade das populações de Alvares, Cortes e Chã de Alvares se deslocarem à sede do Concelho e inclusivamente a outros Municípios para poderem aceder ao medicamento, o que não corresponde de todo à verdade. Alvares tem um Posto de Medicamentos, que ao longo dos anos tem permitido evitar às populações desta área as penosas deslocações que o Dr. Fernando da Cunha descreve e supõe que existam. Note-se inclusivamente que o próprio Posto de Medicamentos ultrapassa largamente em horário de abertura o período de funcionamento da extensão do Centro de Saúde local (tive o cuidado de o confirmar), acrescentando a isto que havendo essa necessidade, não me parece que o alargamento do horário de funcionamento do mesmo fosse recusado.
O enquadramento legal para a abertura de Farmácia de Oficina contempla para além dos aspectos mencionados pelo Dr. Fernando Bandeira, requisitos que em determinadas circunstâncias são especialmente difíceis de reunir, desde a área necessária para as suas instalações, à exigência, agora, de dois Farmacêuticos por Farmácia. Estes requisitos fazem com que em inúmeras situações os Postos de Medicamentos sejam a solução mais eficaz para o acesso de qualidade ao medicamento, situação que uma Farmácia sem viabilidade económica por certo não conseguiria garantir.
Precisamente por existirem locais que, mesmo não tendo Farmácia a menos de 2 Km, têm assegurada uma boa acessibilidade ao medicamento, o legislador, ao redigir a Portaria n.º 1430/2007 de 2 de Novembro, para além do ponto 2 do Artigo 3.º, onde é referido que "as administrações regionais de saúde ou as autarquias locais têm legitimidade para requerer ao INFARMED, I.P., a abertura do procedimento concursal", transcrito no artigo do Dr. Fernando Cunha, inclui também, no mesmo Artigo 3.º, um ponto 1, que imagino não ter sido transcrito no artigo deste jornal de 29 de Novembro apenas por lapso do autor.
O supracitado ponto 1 do Artigo 3.º da Portaria 1430/2007 de 2 de Novembro, acrescenta aos requisitos transcritos pelo Dr. Fernando da Cunha, como condição para a abertura de concurso para uma nova farmácia, que "o interesse público na acessibilidade dos cidadãos à dispensa de medicamentos o justifique".
Assim, ao contrário do que é dado a entender pelo artigo do Dr. Fernando da Cunha a abertura de uma Farmácia não se trata de um processo dependente do exercer de "influência politica-administrativa" como referiu, mas sim de uma análise das necessidades efectivas das populações.
Quanto ao número de residentes na freguesia de Alvares, infelizmente, seguindo a tendência demográfica das últimas décadas não se cifra nos 1279 habitantes mencionados pelo Dr. Fernando da Cunha, sendo sim de 1007 habitantes dispersos pelas várias aldeias dos seus extensos 9866 hectares (ANMP).
Ao analisarmos com rigor a Cobertura Farmacêutica do Concelho de Góis, podemos mesmo verificar que se encontra muito acima do resto do País. Vejamos em concreto, para uma população residente de 4499 habitantes (INE, 7 de Agosto de 2007) estão instaladas no Concelho duas Farmácias e um Posto de Medicamentos, considerando como referência os 3500 habitantes por Farmácia, não me parece abusivo concluir que existe uma excelente Cobertura Farmacêutica. Se tivermos o cuidado de analisar, a este nível, os vários Concelhos da Beira-Serra como Arganil, Penacova e tantos outros, a conclusão será a mesma, nenhum deles perfaz os 3500 habitantes por Farmácia.
Como Farmacêutica de Oficina, a minha opinião poderá parecer ferida de parcialidade, porém como profissional de saúde que exerce a sua actividade na Beira-Serra, não tenho dúvidas que as populações que servimos reconhecem a dedicação e esforço que imprimimos ao trabalho que dia após dia desenvolvemos junto dos nossos utentes.
Não posso inclusivamente deixar de manifestar a minha surpresa, face ao modo como o Dr. Fernando da Cunha invoca a distribuição domiciliária de medicamentos, como se de admirável mundo novo se tratasse; há vários anos que os nossos doentes não deixam de ter a sua terapêutica assegurada por não terem a sua receita atempadamente ou até mesmo por o vale postal da reforma tardar em chegar. Os Farmacêuticos da Beira-Serra têm sabido responder com generosidade e dedicação às especificidades do meio em que trabalham, praticando horários muitas vezes superiores aos exigidos, sempre presentes, sempre disponíveis, 24 horas por dia 365 dias por ano para que os medicamentos possam chegar a quem deles precisa.
Resta-me elogiar a vontade do Dr. Fernando da Cunha, de pensar as dificuldades das populações da Beira-Serra, sendo importante porém que este exercício seja feito de forma rigorosa, informada e construtiva, evitando a apresentação de propostas de natureza puramente eleitoral em vez da definição de soluções úteis e responsáveis.
Paula Dinis
in Jornal de Arganil, de 27/12/2007

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Estrada do Inviando

O órgão executivo da Junta de Freguesia ao ler o artigo Carta Aberta de Isabel Neves no Jornal O Varzeense de 30 de Novembro do corrente ano, ficou estupefacto com o teor da notícia.
Por vezes, ao ler-se uma determinada notícia onde só é ouvida uma das partes, as pessoas podem, ou não, naquilo que está induzido na leitura, tomarem uma posição. Muitas das vezes há uma fuga aos problemas, vestindo o papel de vítimas. Dentro do contexto Estrada do Inviando, passaremos a transcrever uma carta que foi escrita pelo Sr. Alberto Neves e dirigida ao Sr. Presidente da Câmara Municipal de Góis. Por sua vez a Câmara Municipal de Góis enviou para a Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira, uma cópia dessa mesma carta. A carta diz o seguinte:
Ex.mo Senhor Presidente
da Câmara Municipal de Góis
Ex.mo Senhor

Na sequência do processo verbal e escrito que se arrasta desde o Ano de 2005, depois de muito se ter escrito até nos órgãos de comunicação locais, sem nunca se ter esclarecido o fundamento real deste processo, pois, nunca percebi se defendem um benefício público ou se defendem o interesse de particulares.
No decorrer deste tempo houve sempre abuso de poder, tentativa de ocupação abusiva das minhas propriedades, desrespeitando-me mesmo como cidadão consciente e ciente dos meus direitos. Este processo provocou mesmo um agravamento do meu estado de saúde já então precária, tomando-o mesmo irreversível, tantos foram os abusos morais, a pressão psicológica, as injúrias que ouvi.
Face ao desgaste que este processo me tem provocado, perante a pressão que mais uma vez exerceram sobre mim venho apresentar 2 propostas como me foi pedido pelo Dr. Mário Garcia na tentativa de resolver este conflito que não foi decididamente originado por mim.
1.ª Proposta apresentada em 14 de Dezembro de 2005 mantenho e passo a recordar:
1) Cumprimento do projecto inicial, de modo a preservar os 4 sobreiros da minha propriedade, abatendo unicamente uma árvore (sobreiro) jovem para permitir desfazer a curva
2) Documento enviado pelo Município em como se compromete a não cortar mais nenhum sobreiro da minha propriedade, na construção da estrada do Inviando.
3) Reabertura da serventia e regadio na primeira propriedade da qual pretendem ocupar 76m mais 11m "a posteriori" pelo que receberei € 5.00 (cinco Euros) por cada metro ocupado na globalidade.
4) Reposição do turbo de água que atravessa a via pública com autorização municipal e que a máquina arrancou quando veio fazer o saneamento e não foi reposto com a devida protecção como estava anteriormente.
5) Pagamento da factura de um tubo de regadio que tive que implantar para poder regar a propriedade, apresento factura de despesa.
6) Indemnização por danos não patrimoniais causados e abate do sobreiro referido no ponto 1 no valor de €5.000,00 (cinco mil Euros), em virtude de "a posteriori", após ocupação efectiva de mais metros do que os vendidos, virem alterar projectos, o traçado marcado da estrada, após terem obtido a minha anuência e venda de 76m2, virem então dizer que tinham que cortar os sobreiros, ocupando mais 11 metros de terra.
2.ª Proposta
Depois de grande pressão moral aceito alterar os pontos 1 a 3 da proposta 1, ou seja:
1) Para procederem ao abate de 4 dos sobreiros da minha propriedade mais a ocupação do respectivo terreno a indemnização por danos patrimoniais e não patrimoniais causados, tem o valor de € 80.000,00 (oitenta mil Euros).
2) Os restantes pontos mantêm-se.
P.S. Não autorizamos qualquer prossecução da obra na nossa propriedade enquanto o presente diferendo não estiver resolvido. Estas propostas não são negociáveis e aceito estas condições durante 30 dias a contar desta data.
Atentamente
(Alberto Neves)

Como puderam acabar de ler, no mínimo os valores pedidos são caricatos e inegociáveis.
Perante este cenário e quando 4 sobreiros podem ter um valor de 80 000 € (oitenta mil euros), na moeda antiga 16 000 000$00 (dezasseis mil contos), a única vontade que qualquer leitor pode demonstrar é o riso.
Por favor, D. Isabel, não fale em negociações fora do bom-senso. Perante este cenário deveria no mínimo admitir que as obras estão paradas por falta de uma proposta viável de negociação por parte do seu pai. A esta hora estarão certamente centenas de pessoas de Vila Nova do Ceira a pensar, no bom que seria, terem árvores com esses valores...
Mais se informa que deu entrada na Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira um abaixo assinado também subscrito pela D. Isabel Neves, datado de 18 de Maio de 2007, onde se pode ler o seguinte:
Ex.mo Sr. Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira
Somos um grupo de moradores do lugar do Inviando que queremos, sabendo que estão connosco a grande maioria deles, dizer da nossa profunda indignação pelo que se está a passar com as obras da estrada. Sofremos na pele as consequências dum problema que não criamos. Lamentamos que não tenham sido encontradas soluções atempadas para evitar este perfeito caos em que há tantos meses, já se contam anos, a estrada se transformou. Os prejuízos têm sido muitos e as explicações inexistentes. Fala-se muito mas, de concreto, nada se sabe e é por essa razão que vimos perante V.ª Ex.ª na esperança de receber uma proposta que, pelo menos, nos crie alguma esperança.
Com os melhores cumprimentos
Inviando, 18 de Maio de 2007
C/ conhecimento ao Sr. Presidente da Câmara de Góis

Também julgamos conveniente informar todos os leitores que o Sr. Alberto Neves autorizou a venda de 76 metros quadrados do artigo n.º 4748 com vista à construção da estrada projectada para o local de Inviando, pelo preço de 5 euros por metro quadrado, conforme documento arquivado na Junta de Freguesia.
Afinal de quem é a culpa da obra permanecer parada?
António Alberto Ferreira Monteiro, Paulo Manuel Nogueira Santos e Nuno Miguel Figueiredo Marta Ferreira
in O Varzeense, de 15/12/2007

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Simantorta

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Intempéries provocam estragos

Primeiro o frio, depois o vento. Os Bombeiros da Beira-Serra não tiveram dias fáceis antes do Natal.
Entre Góis e Vila Nova do Ceira e Góis e Ponte do Sótão, também o vento provocou alguns estragos, essencialmente o derrube de árvores. Em declarações ao nosso jornal, Francisco Dias, comandante dos Bombeiros Voluntários, referiu que houve dias "muito complicados", sendo que nas duas noites de maior ventania, a operação de obstrução da via foi constante.
in Jornal de Arganil, de 27/12/2007

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Campeonato Distrital de Iniciados - Série A - 12.ª Jornada

Resultados da 12.ª Jornada

Brasfemes 1-2 Atl. Arganil
Lousanense 2-7 A. Gândaras
Góis 2-6 União FC
Tourizense 3-0 Adémia
Mirandense 3-1 C.O.J.A.
Eirense 1-2 Cernache
Vilela 1-1 Condeixa


Classificação

1. Tourizense 34 pontos
2. Condeixa 29
3. Adémia 28
4. Atl. Arganil 27
5. Vilela 24
6. Lousanense 20
7. Mirandense 19
8. C.O.J.A. 16
9. União FC 15
10. Cernache 12
11. Brasfemes 8
12. Eirense 5
13. A. Gândaras 3
14. Góis 1


Próxima Jornada (30/12)

A. Gândaras - Góis
União FC - Brasfemes
Atl. Arganil - Tourizense
Adémia - Mirandense
C.O.J.A. - Eirense
Cernache - Vilela
Condeixa - Lousanense

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Campeonato Distrital de Infantis - Série A - 14.ª Jornada

Resultados da 14.ª Jornada

Atl. Arganil 1-12 Tourizense
Nogueirense 0-7 Poiares A
Brasfemes 3-1 Lousanense B
Tabuense 10-0 Poiares B
Lousanense A 6-0 A. Gândaras


Classificação

1. Tourizense 39 pontos (-1 jogo)
2. Tabuense 36 (-1 jogo)
3. Poiares A 30 (-2 jogos)
4. Lousanense A 27 (-2 jogos)
5. Lousanense B 19 (-1 jogo)
6. Atl. Arganil 19 (-1 jogo)
7. Nogueirense 12 (-1 jogo)
8. Góis 12 (-1 jogo)
9. Brasfemes 12 (-1 jogo)
10. Poiares B 1 (-1 jogo)
11. A. Gândaras 1 (-1 jogo)


Próxima Jornada (29/12)

Poiares A - Brasfemes
Lousanense B - Atl. Arganil
Tourizense - Tabuense
Poiares B - Lousanense A
A. Gândaras - Góis

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Campeonato Distrital de Escolas - Série A - 13.ª Jornada

Resultados da 13.ª Jornada

Góis 1-0 Atl. Arganil
Souselas 9-0 Pedrulhense
Lousanense A 10-0 Poiares
Adémia 1-0 Brasfemes
Tabuense 1-0 Lousanense B
Tourizense 9-1 Nogueirense


Classificação

1. Lousanense A 36 pontos (-1 jogo)
2. Tourizense 31 (-1 jogo)
3. Tabuense 30 (-1 jogo)
4. U. Coimbra 24
5. Souselas 22 (-1 jogo)
6. Adémia 19 (-2 jogos)
7. Pedrulhense 15 (-1 jogo)
8. Brasfemes 12 (-1 jogo)
9. Góis 11
10. Atl. Arganil 10 (-2 jogos)
11. Nogueirense 10 (-2 jogos)
12. Lousanense B 5 (-1 jogo)
13. Poiares 2 (-1 jogo)


Próxima Jornada (29/12)

Tourizense - U. Coimbra
Tabuense - Nogueirense
Adémia - Lousanense B
Lousanense A - Brasfemes
Souselas - Poiares
Góis - Pedrulhense

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Aldeia Velha


Fotografias de João R. Costa

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Festa de Natal das escolas de Vila Nova do Ceira

Foi com grande entusiasmo e espírito Natalício que a Escola E.B.1 e Infantário de Vila Nova do Ceira receberam no dia 14 de Dezembro (último dia de aulas do primeiro período), todos os pais e amigos para assistirem à sua, já habitual, festa de Natal. Aconteceu na sede da Associação dos Amigos da Várzea Pequena e promoveu um momento de convívio inesquecível entre alunos, pais, professores, auxiliares e comunidade em geral.
O espectáculo infantil com a arte, o saber e a inteligência de artistas que mais pareciam profissionais transmitiu uma mensagem de Natal e proporcionou entre os presentes muitas gargalhadas e animação.
Nada faltou na festa: desde o teatro à música, passando pela dança...
O cenário muito bem conseguido e ornamentado adaptava-se a todas as variedades que iam passando pelo palco.
Houve música para todos os gostos: canções de Natal, música de outrora e até a música mais moderna que se pode imaginar, acompanhada de guitarras electrónicas.
Os teatros representaram as mais diversas peças onde até animais vivos entraram em cena: era o pato que teimava em se levantar, era a galinha que pulava de contente...
Bailarinas, anjos, fadas... ninguém ficou em casa. Todos se apresentaram no espectáculo, com uma única finalidade: rir e fazer rir.
Parabéns a você... Chegou o momento de se cantar os parabéns a um aluno que completou mais um ano de vida. O Nero subiu ao palco, e comovido de alegria, deixava transparecer a felicidade que sentiu ao ter um salão cheio a cantar-lhe os parabéns.
Sem dúvida, esta actividade de Natal só foi possível graças ao empenho dos professores, educadora e funcionárias da escola e pré-escola, que se dedicaram com muito carinho e entusiasmo para ensaiarem os seus alunos e prepararem toda a festa.
No final do espectáculo subiram ao palco todos os alunos, professores, educadora, presidente do Agrupamento de Escolas do Concelho, Prof. José Albuquerque e auxiliares de acção educativa para se despedirem e desejarem um bom Natal a todos os presentes, extensivo a todo o povo.
Mas, o momento alto da tarde foi quando chegou o Pai Natal carregado de presentes, oferecidos pela Cooperativa Silvo Agro Pecuária de Vila Nova do Ceira, para distribuir por todos os meninos.
O convívio encerrou com um lanche entre todos os presentes e uma mensagem de Boas Festas para os alunos.
in O Varzeense, de 15/12/2007

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Aniversário da Maestro da FILVAR

O Maestro da Filarmónica Varzeense (Nelo Paiva) completou no passado dia 27 de Novembro meio século de vida. Graças às muitas amizades que tem construído em Vila Nova do Ceira escolheu a sede da FILVAR para fazer a sua festa de aniversário, que reuniu mais de 100 convidados: familiares e amigos, na sua grande parte músicos, num jantar convívio, que teve lugar no dia 1 de Dezembro.
Manuel Silvestre Santos Paiva é natural de Miranda do Corvo e rege a banda de Vila Nova do Ceira desde 1991, tendo contribuído muito para o engrandecimento da cultura musical varzeense. Pela sua forma simpática e divertida de lidar com todos, tem conseguido conquistar muitas amizades, o que ficou provado na festa extraordinária que os amigos lhe proporcionaram.
Para festejar o aniversário não faltaram os directores da FILVAR, executantes da filarmónica, alunos da escola de música, antigos elementos das bandas Catapulta e Tara Perdida, Artur e Gama nas concertinas, o grupo de fados com o António Rodrigues - Toni - na guitarra Portuguesa, Nelo Paiva na viola, Fernando Araújo no baixo, Henriqueta na voz e a banda Chauffer Navarrus. Com todo este elenco musical não há palavras para descrever a animação e variedade de músicas que acompanharam todo o serão.
Os músicos e dirigentes da Filarmónica também quiseram perpetuar o momento com a entrega de uma tela ao aniversariante. Esta retrata a singela e estrita união entre o Maestro e Vila Nova do Ceira: com uma imagem de fundo da Igreja Matriz e a sobreposição de fotos do regente, onde poderá recordar alguns momentos passados nesta sua segunda terra.
in O Varzeense, de 15/12/2007
Fotografia em http://filvar.blogspot.com

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FILVAR em festa

Depois do sucesso que foi o aniversário da Maestro, excedendo largamente as expectativas mais optimistas, eis que a sede da Filarmónica Varzeense voltou a encher-se, no passado dia 7 de Dezembro, num jantar convívio. O encontro visou essencialmente a confraternização e a angariação de fundos para a centenária banda de Vila Nova do Ceira.
A Filarmónica reuniu directores, executantes, alunos da escola de música, respectivos familiares e alguns simpatizantes e amigos da FILVAR numa festa que, para além do jantar em torno do leilão e muitas outras iguarias contou também com a música ao vivo do Duo "Os Dois Vikins".
Muito entusiasmado o regente (Nelo Paiva), acompanhado pelos seus filhos, interpretaram também algumas peças musicais alusivas ao Natal. E foi caso para se dizer: "filho de peixe sabe nadar". Se o pai é profissional na arte musical, os filhos também seguiram as pegadas do seu progenitor e não lhe ficaram atrás.
Mas... os músicos foram contagiando os presentes e ninguém ficou sem dançar, cantar e manifestar muita alegria e animação.
Desta forma, a FILVAR aproveitou, nesta época de Natal e de menos saídas musicais, para se manter activa promovendo a amizade e o espírito de união entre os músicos e a população em geral.
in O Varzeense, de 15/12/2007

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quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

O Paraíso.. tão perto






Fotografias de Mariana Brás da Costa


As quatro primeiras fotografias deixam-nos na dúvida e levam-nos a pensar que estamos num qualquer recanto paradisíaco na Costa Rica, no Suriname, nas Guianas ou no interior da selva amazónica.
Será que foram retiradas de uma qualquer revista de promoção turística?
Na última foto as dúvidas desfazem-se e os receios de encontrar uma terrível anaconda ou de sermos devorados por piranhas esfomeadas desaparecem por completo.
A ponte identifica-nos este belo local da freguesia do Colmeal. O Ceira, sem muito se cansar lá vai indo devagarinho ao encontro do Mondego.
A nossa praia fluvial ali fica a vê-lo passar e à espera que lá voltemos, proximamente, para uma banhoca ou para mais uma fotografia.
Venha até cá porque vale a pena!
in http://upfc-colmeal-gois.blogspot.com

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Natal Inesquecível

Tinha eu os meus 17 anos quando na véspera do Natal fui escalado para ir ao Rabadão retirar cerca de 30 quilos de volfrâmio, que tinham deixado escondido no mato e se destinavam ao contrabando.
Fui à Várzea, comi uma sopa e voltei a Góis já depois das dez da noite. Por caminhos e atalhos, pouco usados, lá cheguei ao local e carregando o saco às costas segui pelo leito da ribeira do Mota, até ao lagar, atravessei a ribeira das Senhoras da Guia e dirigi-me ao açude do Rio Ceira ao cimo da Quinta do Baião.
Uma oliveira mais grossa, no olival, deu-me um susto de eriçar os cabelos, que nessa altura ainda tinha, e me fez tremer de medo. Era o companheiro que se tinha adiantado do lugar onde tínhamos combinado encontrar-nos, e viera ao meu encontro.
Sempre apressados dirigimo-nos para o açude. O rio levava bastante água e só se poderia atravessar tirando a roupa. Assim fizemos, e com ela fizemos uma trouxa que atámos por cima do saco do volfrâmio, e pé ante pé, apalpando onde punhamos os pés, lá conseguimos chegar ao outro.
Escorrendo a água do corpo, da cabeça aos pés, vestimos novamente a roupa, agasalhamo-nos bem e partimos, afastados uns 50 metros um do outro, de modo a evitar sermos apanhados juntos.
Chegados à estrada, olhámos para trás, e só nessa altura verificámos que a quinta estava toda branquinha, coberta de geada e até a própria estrada era um alvo lençol.
Estugamos o passo e pouco depois entravamos em casa, escondemos em lugar seguro o minério, e bem quentes da caminhada, sentamo-nos à lareira, onde minha Mãe fazia filhós.
A cafeteira estava ao lume, mas outra, com vinho, foi posta a aquecer e num instante já uma caneca de vinho quente, com café e mel, e filhós, nos deliciava.
O fogo crepitava, com grandes labaredas e com a família que estava a consoar comemos a refeição cantando canções natalícias, esquecemos o frio que fazia lá fora, pois todos estávamos bem quentinhos.
Quando era meia-noite a minha mãe entregou-me um prato de filhós e bolos para ir levar a uma família necessitada, que vivia a cem metros de nossa casa, e que mal tinha comido umas colheres de sopa, de couves estremes, como disseram.
Na lareira, as mulheres com xailes pelas costas, nem queriam sair da lareira, pelo calor do ambiente. As crianças já dormitavam e começavam a ser levadas para as suas camas, onde punham botijas com água quente, para não sentirem frio.
Depois de ter comido o bacalhau, a galinha assada, o pão-de-ló, as filhós com mel, coscorões, bebendo uns copos de vinho e depois do vinho do Porto, cada um procurou a sua cama onde botijas já aqueciam os leitos gelados.
Mesmo assim as camas estavam quase geladas. Lençóis de linho, cobertores de para, e cobertas de trapos quase não nos deixavam mexer mas mesmo assim sentíamos frio.
Alguns diziam que não tinham frio pois usavam duas botijas. Uma aos pés com água quente e outras na cabeceira com aguardente.
Adormecia-se em paz e tranquilidade e dormia-se até as crianças nos virem acordar na manhã para receberem as prendas.
Estas eram camisas, blusas, camisolas, cuecas e meias e era o Menino Jesus que tinha ajudado o Pai a ter dinheiro para as comprar.
Nesse tempo havia verdade e não se enganavam as crianças com o Pai Natal.
Depois ia-se à Missa, beijava-se o Menino e mirava-se o Presépio e os padrinhos davam uma peça de roupa, um pão de testa ou um bolo da Várzea, que íamos comendo nos dias seguintes, enquanto nos soava aos ouvidos o cântico:
Alegrem-se os céus e a terra, / Cantemos com alegria, / Já nasceu o Deus Menino. / Filho da Virgem Maria.
Era-se feliz nesta quadra do Natal e acreditava-se que a vinda do Menino podia tornar o Mundo melhor.
Fracassou o Menino? Não. Fracassámos nós, que não soubemos até hoje pôr em prática a mensagem de Paz e Amor que ele nos veio trazer...
Matos Cruz
in O Varzeense, de 15/12/2007

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Concerto de Natal na Igreja de Góis

À semelhança do que tem vindo a acontecer em anos anteriores, a Câmara Municipal, em parceria com a Junta de Freguesia de Góis, promoveram um concerto de Natal levado a efeito na Igreja Matriz da sede do concelho, no final da tarde de domingo (9 de Dezembro).
A presença do Orfeão Dr. João Antunes de Condeixa-a-Nova encheu de calor humano o templo que teimava em regelar todos os presentes. Mas... apesar do frio, de ser hora de jantar e da forte vontade em se voltar ao quentinho de casa, ninguém "arredou pé" da Igreja até ao final do concerto.
A boa disposição do maestro (Dr. António Pedro) e a qualidade das três dezenas de vozes tornaram o momento inesquecível.
O repertório foi composto por onze peças de estilos diferentes, desde as canções natalícias ao internacional hino dos coros "Canticorum Jubilo", passando por cânticos acompanhados ao órgão... todas as melodias deixaram nos presentes uma forte vontade de responder com um "bis" e muitas palmas.
"A Associação Orfeão Dr. João Antunes foi fundada em 1 de Abril de 1997, colmatando uma lacuna que há muito se vinha verificando na tradição cultural de Condeixa". O Grupo foi-se afirmando e organizando os seus encontros de coros e tem participado em muitos concertos e encontros pelo país.
No final do concerto, as entidades promotoras do momento musical (Câmara e Junta de Freguesia) agradeceram a presença do grupo e desejaram um Bom Natal, extensivo a toda a população do concelho de Góis.
in O Varzeense, de 15/12/2007

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Pedras da calçada

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Grandes opções do plano e orçamento para o ano financeiro de 2008

O senhor Presidente iniciou a sua intervenção com uma breve abordagem do que irá ser o Plano para dois mil e oito, um Plano que foi pensado e elaborado para ser concretizado nestes quatro anos, e em seguida leu a nota introdutória.
O senhor vereador Diamantino Garcia referiu que este é um Plano para um ano intermédio de governação, trata-se de uma continuidade dos anos anteriores. É um Plano em que participou, sendo suficientemente audacioso e realista.
Mais referiu que, certamente, o QREN vai aportar medidas e programas que permitirão ao Município alcançar condições para concretizar projectos e obras essenciais ao desenvolvimento concelhio, como é o caso do programa PRODER, o que poderá levar a alterações que, de momento, ainda não são possíveis de prever. Por estes factos, votará favoravelmente.
A senhora vereadora Helena Moniz informou que também contribuiu para a feitura do Plano, sendo que vota favoravelmente o Plano apresentado.
Mais referiu que concorda com o senhor Vereador, também ela considera este Plano muito realista, sendo que, tudo o que ali é projectado é passível de ser concretizado. Segundo a senhora Vereadora não serve de nada prever objectivos inatingíveis e pouco passíveis de serem concretizados.
Dada a palavra ao senhor vereador Daniel Neves, iniciou a sua intervenção referindo que o documento apresentado é um documento demasiado extenso, mas importante, para se poder apreciar, analisar e discutir, num período de tempo tão curto, como um ponto ordinário de uma reunião de Câmara. Para o senhor Vereador, só este assunto justificava uma só reunião e um ponto único de trabalho, para ser tratado de forma mais participativa, só assim o seu contributo seria mais cabal e responsável.
Continuou referindo que, como oposição, entende que o “Plano” não deve ser seu, mas como Vereador deste Município tem o direito e o dever de participar nele de forma contributiva, a fim de melhorar as condições de vida dos munícipes. Assim, da presente forma, referiu o senhor Vereador, o seu contributo fica muito aquém do que poderia ser a versão final do documento,
porque a referida reunião prévia não foi feita. No entanto, o senhor Vereador propôs expor um pequeno comentário, o qual é aqui citado: “É um plano pouco ambicioso tanto para 2008, como para os anos seguintes. As GOP’s não demonstram grande investimento no futuro, cerca de
2.930.000 € previsto de 2009 a 2011 é muito pouco. Faço votos para que o “Parque Municipal”, previsto neste plano, seja concretizado este ano, só assim, melhorando as condições de trabalho e equipamento, se pode exigir mais desempenho e produtividade dos funcionários.
Uma previsão só até 2008, no que respeita a Protecção Civil e luta contra incêndios, é insuficiente. Uma previsão no futuro é precisa. Deve-se prevenir para não remediar.
Na Educação, continuamos com um Ensino Profissional esquecido. Não podemos acomodarmo-nos a pequenas formações, ministradas por instituições e por pessoas que provavelmente não estão credenciadas para o fazer. Temos que formar os nossos jovens para o futuro e não remediar a sua aprendizagem, só assim contribuímos para a sua fixação.
Com um decréscimo de cerca de 23% na Acção Social no apoio à 3ª Idade é deplorável. É certo que uma parte do Concelho está coberta, mas o Vale do Ceira está esquecido. Cada vez temos mais idosos e o orçamento não prevê verbas significativas para 2008, nem para o futuro. Será que está esquecido?
O Plano de Pormenor da Quinta do Baião e a revisão do PDM são medidas urgentes que se devem tomar, isto é um facto impeditivo para o desenvolvimento do concelho.
O Rio Ceira, a Ribeira do Sinhel, o Penedo de Góis, o Cerro da Candosa, o Meio Ambiente e o Património, entre outras, são pontos de referência de um potencial turístico que devemos aproveitar. No Rio Ceira junto a Góis e Várzea, algo se fez. A jusante do mesmo rio e nos restantes locais assinalados muito há a fazer, é necessário um levantamento no concelho de todas as potencialidades. (Carta Europeia de Turismo Sustentável). Temos de estar
preparados para o futuro.
A Industria deveria ter uma expressão mais importante. Com três pólos industriais, Góis deveria ser um centro industrial significativo. Não o é, eles não estão concluídos e nem regulamentados e isso é um ponto impeditivo. A rede viária também é um factor impeditivo, é urgente a sua beneficiação, principalmente no sentido dos grandes centros, (fronteiras marítimas e terrestres e outros centros urbanos nacionais), só assim os grandes investidores procuram o nosso Concelho.
Os recursos naturais deverão ser melhor aproveitados, o ar, a água, o subsolo e outros, poderão ser uma mais valia para a nossa economia, já o é o Ar, através das eólicas, porque não a água na hidroeléctrica, desporto e lazer, mas também para o abastecimento das povoações (mini hídrica do Monte Redondo – Carcavelos). A extracção do xisto poderá ser uma indústria de futuro, ou não estamos inseridos na zona dele? Como reconvertemos assim as Aldeias de Xisto?
É urgente definir e construir o Mercado Municipal, criar condições de venda dos produtos endógenos do Concelho aos seus produtores.
Entre outros, seriam os assuntos pertinentes que discutiria de forma global, mas com o seu devido tempo, podendo assim dar o meu contributo e votar assim de forma positiva. Desta forma apresentada, não tenho condições de votar favoravelmente o Plano e Orçamento."
A senhora vereadora Graça Aleixo manifestou o seu descontentamento, por considerar que a participação efectiva das pessoas deve passar pela recolha de propostas e pelo debate participado das mesmas com um objectivo comum. Quando na última reunião do Executivo lhe foi entregue um documento respeitante às GOP’s e Orçamento para 2008 julgou que seria possível concretizar algo no contexto referido. Percebeu em seguida que se tratava afinal de um conjunto de mapas indicativos de valores de receita e de despesa bem como, no que respeita às GOP’s uma listagem de obras a realizar e a previsão da despesa associada. Este documento, com as características referidas, não lhe permitiu ler correctamente o pensamento político subjacente nem perceber a visão de conjunto.
Mais referiu que aguardou que lhe fosse entregue um segundo documento que lhe desse outro tipo de indicações, designadamente no que respeita à reflexão política e que o mesmo lhe foi enviado apenas na passada 6ªfeira.
Este documento, à semelhança do que recebeu no ano passado, apresenta uma lógica de concepção predominantemente técnica em detrimento da componente política. Manifestou a sua surpresa por este facto uma vez que no ano passado foi assumido pelo Senhor Presidente que a elaboração do Orçamento e GOP’s para 2007 foi efectuada por uma Técnica da Câmara sob sua supervisão tendo os vereadores da maioria manifestado que não haviam participado na sua concepção. Estranhou, por isso que este ano a participação e subsequente aprovação por todos os elementos da maioria PS do executivo não tenha contribuído para reduzir a componente técnica e acentuar as opções políticas.
Referiu ainda que o Plano não apresenta um fio condutor traduzindo-se num conjunto de decisões dispersas sem qualquer articulação e que a análise SWOT é inconsequente e sem qualquer ligação às medidas propostas. Conclui que falta sobretudo uma perspectiva estruturante abrangente que permita concretizar políticas que promovam efectivamente o desenvolvimento do Concelho. Assim e porque qualquer outro aspecto que viesse a acrescentar
constituiria mera repetição dos motivos já referidos nos anos anteriores, que, no contexto referido, mantêm toda a actualidade, vota contra a proposta de Grandes Opções do Plano e Orçamento para o Ano Financeiro de dois mil e oito.
A Câmara tomou conhecimento e deliberou com três votos a favor e dois contra, dos senhores Vereadores Daniel Neves e Graça Aleixo, aprovar a proposta das Grandes Opções do Plano e Orçamento para o Ano Financeiro de 2008, remetendo-o à Assembleia Municipal para discussão e deliberação.
in Acta da Reunião Ordinária de Vinte e Sete de Novembro de 2007

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Casa do Povo de Vila Nova do Ceira


Inauguração após recuperação

Dia 30 de Dezembro


Após as obras de recuperação que têm decorrido na Casa do Povo de Vila Nova do Ceira desde há cerca de três anos, vem agora a Direcção da Casa do Povo convidar toda a população para assistir à inauguração a realizar no próximo dia 30 de Dezembro, conforme o programa que se segue:

Programa
11,30 horas - Visita às Instalações
12,00 horas - Sessão Solene
13,30 horas - Beberete
15,00 horas - Sessão Cultural

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Telhada



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Região Centro será a mais afectada com encerramento de SAP

Aguiar da Beira - Almeida - Celorico da Beira - Figueira de Castelo Rodrigo - Fornos de Algodres - Gouveia - Manteigas - Meda - Pinhel - Sabugal - Trancoso...

A região Centro vai ser a mais afectada pelo encerramento de Serviços de Atendimento Permanente (SAP) dos Centros de Saúde, segundo uma lista do Ministério da Saúde, que identifica 56 serviços a fechar.

De acordo com a lista, elaborada pelo ministério em Agosto do ano passado, o Centro do país perde 36 SAP, a região Norte deixa de contar com 10, em Lisboa e Vale do Tejo encerram seis e quatro fecham portas no Alentejo e Algarve.

Dos 56 serviços identificados no relatório, 13 já encerraram, dos quais sete na região Centro, três na região de Lisboa e outros tantos no sul.

O encerramento dos SAP integra-se na polémica reestruturação dos serviços de urgências, que tem motivado protestos um pouco por todo o país.


Lista dos 56 SAP a encerrar:

Região Norte: - Caminha - Monção - Paredes de Coura - Murça - Alfândega da Fé - Carrazeda de Ansiães - Vila Flor - Vimioso - Freixo de Espada-à-Cinta - Vieira do Minho.

Região Centro: - Castelo de Paiva - Mealhada - Oliveira do Bairro - Sever do Vouga - Vale de Cambra - Oleiros - Condeixa-a-Nova (já encerrado) - Góis - Lousã (já encerrado) - Miranda do Corvo (já encerrado) - Montemor-o-Velho - Oliveira do Hospital - Penacova (já encerrado) - Penela - Soure (já encerrado) - Tábua - Vila Nova de Poiares (já encerrado) - Norton de Matos - Coimbra (já encerrado) - Aguiar da Beira - Almeida - Celorico da Beira - Figueira de Castelo Rodrigo - Fornos de Algodres - Gouveia - Manteigas - Meda - Pinhel - Sabugal - Trancoso - Nazaré - Marinha Grande - Armamar - Castro Daire - Resende - Santa Comba Dão - Vouzela

Região de Lisboa e Vale do Tejo: - Ourém (já encerrado) - Azambuja (já encerrado) - Cadaval - Lourinhã (já encerrado) - Sesimbra - Grândola

Região Alentejo: - Beja (já encerrado) - Montemor-o-Novo

Região do Algarve: - Silves (já encerrado) - Lagos (já encerrado).
in Rádio Fronteira, edição online

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Divisão de Honra da AFC - 13.ª Jornada

Na divisão de Honra, a jornada de Natal trouxe alguns dissabores para algumas das equipas dos primeiros lugares.
Em Góis jogou-se “derby”. A equipa da casa levou de vencida o Nogueirense por 2-1. Estando grande parte da partida em inferioridade numérica, a turma de Góis conquistou três preciosos pontos na luta pela manutenção.


Resultados da 13.ª Jornada

Marialva 0-3 Vigor Mocidade
Góis 2-1 Nogueirense
Febres 0-0 Penelense
Vinha Rainha 1-2 Atl. Arganil
Águias 0-2 Moinhos
Carapinheirense 6-0 S. Caetano
Tabuense 0-4 União FC
Ançã 0-0 U. Coimbra


Classificação

1º Vigor da Mocidade 34 pontos
2º Febres 26
3º U. Coimbra 25
4º União FC 24
5º AD Nogueirense 21
6º Marialvas 21
7º Carapinheirense 20
8º Vinha da Rainha 19
9º Atl. Arganil 17
10º Moinhos 17
11º Penelense 16
12º GD Os Águias 13
13º Tabuense 12
14º Góis 10
15º Ançã 9
16º S. Caetano 1


Próxima Jornada (6/01)

Ançã - Vigor da Mocidade
Nogueirense - Marialvas
Penelense - Góis
Atl. Arganil - Febres
Moinhos - Vinha Rainha
S. Caetano - GD Os Águias
União FC - Carapinheirense
U. Coimbra - Tabuense

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Góis - Nogueirense



Estádio: Campo Eng. Augusto Nogueira Pereira
Árbitro: Tiago Antunes
Auxiliares: Fábio Ferreira, António Lopes

Góis: Mário, Pimenta, Pêpê, Serra, Quim, Lapão (Zé Miguel 70m), Reis, Silvério (João Correia 48m), Palrinhas (Chico 50m), Marco (cap) e Rodolfo.
Treinador: Tó Dias

Nogueirense: Márcio, Neves (cap), Tó Tó, Romeu, Ricardo Simões, José Carlos, Diogo Brito (Julinho 30m), David (Nuno Mendes 50m), Bruno (Carlos Santos 45m), Moreira e Quim.
Treinador: Gaivota

Em jogo antecipado para sábado, defrontaram-se Góis e Nogueirense. Duas equipas quase vizinhas.

A equipa de Nogueira do Cravo foi a que melhor entrou na partida, e logo nos minutos inicias o guarda-redes da casa nega o golo, a um cabeciamento de um jogador forasteiro. Mas foram os de Góis a se adiantarem no marcador, aos 13m através e uma grande penalidade que Palrinhas não desperdiçou. Aos 20m a formação do Góis fica reduzida a 10 elementos, por expulsão de Rodolfo que corta com a mão um lance de ataque contrário, e vê o segundo amarelo. A equipa do Nogueirense se até aí já era a mais perigosa, muito mais o foi em superioridade numérica. Mas os avançados visitantes desperdiçavam algumas oportunidades, ora por mérito do guardião Mário, ora por falta concentração no momento de empurrar a bola para a baliza. E eram de bola parada que surgiam os lances de maior perigo. Mas até ao intervalo o placar não sofreu mais alterações.

Na segunda metade a turma de Nogueira do Cravo volta a entrar muito pressionante. E o golo da igualdade acaba por surgir com alguma naturalidade, mas só de grande penalidade, aos 65m Ricardo Simões a 11m da baliza não perdoa. Podia-se pensar que a vitória estaria agora mais próxima dos visitantes, pois eram a equipa com maior domínio de jogo. Mas a falta de esclarecimento do ataque visitante, contrapondo com a concentração do sector defensivo do Góis, mantinham a igualdade a uma bola. Até que aos 82m o Góis apanha o Nogueirense em “contra-pé”, surgindo dois jogadores na cara do guardião Márcio, e com tempo para tudo, Zé Miguel remata para aquele que seria o ultimo golo da tarde. Até final a equipa de Nogueira do Cravo ainda tentou chegar ao golo da igualdade, mas o resultado não sofreria mais alterações. Um prémio para a formação da casa que jogou com menos uma unidade durante 70m, conquistando três importantes pontos na luta pela manutenção. Á equipa do Nogueirense faltou pontaria e também alguma sorte para, no mínimo, garantir um ponto.

O árbitro da partida apesar de estar bem aos assinalar as duas penalidades, deixou passar em claro outra durante os primeiros 45m, um lance em que o guardião da casa agarra Quim impedindo-o de chegar ao golo.

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sábado, 22 de dezembro de 2007

Feliz Natal


Às vezes as coisas mais importantes da nossa vida acontecem quase por acaso. Sem pensarmos, sem desejarmos, sem sequer nos preocuparmos com as repercussões que possam vir a ter, porque elas nascem e crescem com tamanha desenvoltura que só podem ser positivas e únicas. Costumo dizer que toda a gente já teve este sentimento pelo menos uma vez na vida. Aquela certeza inabalável de que aquele é o caminho, mesmo quando parecia tudo confuso, incerto e menos feliz. Para quem não acredita no acaso, então abrem-se as portas de algo mais forte, mais poderoso, que olha sempre por nós e que nos ampara mesmo quando tudo parece desabar. E é neste caminho que o Natal, o verdadeiro, surge como uma etapa perfeita para estarmos mais atentos ao que realmente interessa: as pessoas e os seus sentimentos. Se pensássemos sempre assim, talvez tudo fosse melhor, ou talvez não, mas pelo menos à noite, quando colocássemos a cabeça na almofada, o mundo parecer-nos-ia mais tranquilo. E certamente teríamos mais espaço para os bons momentos, aqueles que parecem saídos do nada quando menos se espera.
Anda agora por aí uma canção que diz que "O Natal és só tu", o que vai de encontro à época que se vive, mas também à perspectiva de um ano melhor. Se cada um de nós se preocupar mais com as suas acções verá a vida de uma outra perspectiva, pois saberá também compreender, sem julgar, os outros. E fará um Natal melhor, porque ele vive de acções e sentimentos singulares. Afinal, o Natal é símbolo de fraternidade e uma época por excelência para a prática dos valores, que devem ser expressos nos actos do nosso quotidiano, pois são as nossas atitudes que nos definem enquanto seres humanos. Mas não podem ser actos isolados, tem de existir, ao longo do ano, um espírito de solidariedade mais forte e uma compreensão que ultrapasse em muito os nossos problemas do dia-a-dia.
Esta quadra, para Góis, é também muito mais do que a troca de presentes. Nesta região, ao contrário do que acontece nos grandes centros, o Natal assume um significado de reunião familiar, tempo de ver os que estão longe e matar saudades. Para muitos é a única oportunidade de ver familiares e amigos que passam o ano todo distantes das suas raízes. Os emigrantes são um exemplo inequívico deste sentimento, onde eles são o verdadeiro menino Jesus do presépio familiar.
O papel do Blogóis, nesta quadra, mas também fora dela, quando o calendário diz que não é Natal, é manter laços, levar um pouco do cheiro e da cor desta terra além fronteiras e, se possível, relembrar os valores que deveriam pautar a vida de todos. Os leitores fora de Góis têm neste blog um pouco dessa tentativa. É verdade que não é uma tarefa fácil e que nem sempre se consegue concretizar, mas enquanto houver um esforço que seja, vai valer a pena. Não há presente maior do que olhar para trás e ver que se tentou e que se deu o melhor. Mesmo sabendo que não se consegue agradar a todos ao mesmo tempo. Claro que ninguém gosta de ver que não conseguiu, mas o Natal é também isso: tentar ajudar os que mais precisam, não julgar, perdoar quando parece impossível, dar o melhor de nós e, para os mais persistentes, voltar a tentar.
Uma palavra de apreço e de profundo agradecimento aos que tornam este caminho possível: Leitores/Visitantes e Colaboradores. O Natal deste blog são, permitam-me a familiaridade, VOCÊS. O Blogóis não teria razão de existir se não estivessem diariamente desse lado.

É tempo de fazer um brevíssimo hiato neste blog enquanto nos reconfortamos junto àqueles que nos querem bem e que nos amam para celebrar o Natal. O Blogóis regressa antes do fim do ano. Até lá, é num espírito de sincera fraternidade, alegria e amizade que desejo a todos os goienses e suas famílias um FELIZ NATAL.


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Góis: Jóia da Natureza

Góis: Princesa do Ceira meu torrão!

Jóia da Natureza e do Universo!

Sem ti eu não faria um simples verso;

Sem ti morria a minha inspiração!



São tantos os motivos de atracção,

Linda pelo direito e p'lo reverso;

Maravilhosa e de um encanto terso,

Que não sei como dar explicação...



A água, o sol, o verde, a Natureza

Modelam Góis de cor e de beleza

Que em qualquer outra terra, assim, não vejo.



Onde quer que estejais mandai-lhe abraços,

E vale a pena vê-la, dar uns passos...

Tirar-lhe o doce véu e dar-lhe um "beijo"!
Clarisse Sanches

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sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Castelo, Dezembro 07

No jardim do Castelo suba até ao topo da Capela, onde um miradouro imaculado o espera, com uma vista abrangente de Góis.
Aqui os sons da civilização e da natureza misturam-se: o chilrear dos pássaros e o movimento da vila, lá em baixo, transmitem-nos paz e harmonia e dão-nos a sensação de que o equilíbrio é possível…












O Jardim do Castelo é um lugar de espantos. Situa-se na encosta do morro do Castelo e aqui o verde é a única constante. Tudo o resto muda durante as diferentes épocas do ano, as plantas e flores, os cheiros, os insectos, a cor das águas do Ceira que correm lá em baixo, até a paisagem.
Aproveite os aromas deste jardim, habitat de borboletas, joaninhas, abelhas, zangões e muitos outros insectos e refresque o olhar no tanque central.







No alto do morro levanta-se a branca Capela do Castelo, manuelina, que D. Luís da Silveira mandou construir no século XVI, sofrendo mais tarde largo abandono até ser salva e restaurada em 1936.






Fotografias de Paulo Afonso

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