Associação Amigos do Açor
De acordo com “memórias do passado” já em tempos teria havido um grupo informal, denominado Grupo dos Amigos de Açor, criado em 1965, mas que se desfez ao longo da década de 70. Ainda se dá conta da sua presença no III Encontro de Convívio de todas as Colectividades da Freguesia, realizado em 1979, em Lisboa.
Mais recentemente, já neste século, os seus moradores sentiram a necessidade da constituição oficial de uma associação, tendo em vista “ contribuir para a melhoria das condições de vida da população, através da acção nos domínios económico, social, da cultura e do lazer, da preservação do património natural e construído e da melhoria das infra-estruturas”. E também porque quando o Poder Autárquico pretendia ouvir as populações, fazia-se sentir a falta de uma voz representativa da aldeia.
A Associação Amigos do Açor nasce por iniciativa dos seus moradores actuais e com ajuda de alguns emigrantes, animados de uma grande vontade de participarem colectivamente no desenvolvimento local e regional.
Nas “esperanças do presente”, um terço dos seus habitantes sai diariamente para trabalhar noutros locais, o que caracteriza o Açor como uma das aldeias serranas do concelho de Góis com maior densidade de activos por conta de outrem. A população tem variado ou decrescido pouco (comparativamente com outras aldeias da freguesia do Colmeal) nos últimos quarenta anos (1970 - 22 habitantes; 1981 - 15; 1991 – 17; 2001 -16 e 2003 - 18).
Num Plano de Actividades estabelecido para o ano de 2003 eram bem visíveis as preocupações e as necessidades mais prementes da aldeia.
Encontrando-se em início de actividade, a Associação iria empenhar-se na sua afirmação e visibilidade, como instrumento de acção local e parceiro e interlocutor no desenvolvimento regional.
Entre as preocupações e necessidades mais prementes e no domínio das infra-estruturas, encontramos a melhoria do alpendre junto à Capela, a reparação das captações de água da Sáfara e reparação e continuidade da estrada “velha”. O acabamento das obras da Levada da Fonte do Açor, a ligação da Levada Encoastrada à Capela e o alindamento das Alminhas e dos fontanários. Estudo da recuperação do açude junto ao Moinho Pequeno, na Ribeira de Ádela e sua transformação em praia fluvial, com o objectivo de lazer, atracção de visitantes e preservação e humanização do ambiente natural.
Notória a disponibilidade para participação em projectos de âmbito mais alargado, numa perspectiva de desenvolvimento global e sustentado e também na área de organização de confraternizações e convívios, no sentido de consolidar a pertença e o espírito de comunidade.
Na primeira eleição realizada para os corpos sociais, foram designados Catarina Maria Almeida de Matos, Amílcar de Almeida e Josefina de Almeida para presidentes, respectivamente, da Assembleia-Geral, da Direcção e do Conselho Fiscal."
in "memórias e esperanças", de João Nogueira Ramos, Edição da Casa do Concelho de Góis, 2004
Comissão de Melhoramentos de Ádela
“Formou-se pouco tempo após a União Progressiva, muito antes de se ter iniciado a ruptura da representatividade colectiva da freguesia, que veio a suceder no início dos anos 50. Tal facto deve-se, certamente, à sua situação geográfica. “Sentem-se mais ligados ao concelho de Arganil, dada a proximidade da povoação dos Cepos. Os seus moradores não mantêm frequentes relações com a povoação do Colmeal. Não vão à missa dominical à sede de freguesia, têm com ela insignificantes relações económicas e são quase inexistentes as suas relações sociais. Por estas razões, procuraram associar-se os seus moradores, porque sentiam que só deste modo, era possível melhorar a sua situação material”.
A Comissão de Melhoramentos de Ádela dava os seus primeiros passos a 23 de Setembro de 1936, em reunião havida na Rua da Barroca, 97 – 2º, em Lisboa, com a presença de vinte e cinco conterrâneos, considerados os seus fundadores. “A acta dessa reunião é um documento valioso em que vale a pena meditar. Nela estão descritos os objectivos a atingir e as carências da aldeia distante…”.
Seriam então eleitos, José Domingos Diogo, Carlos de Almeida e José Jacinto de Almeida, para presidentes, respectivamente, da Assembleia-Geral, da Direcção e do Conselho Fiscal.
O primeiro melhoramento foi a compra de uma maca para a condução dos enfermos, o que seria feito à custa de muitos sacrifícios. Fora também deliberado pedir a assistência técnica para o projecto de abastecimento de água, obra que viria a ser inaugurada em 1948. Mais tarde, em 1960, acrescentavam-se mais dois fontanários.
Tendo suspendido a actividade durante alguns anos, a colectividade veio a reorganizar-se, definitivamente, a partir de uma comissão nomeada em Janeiro de 1944 e da aprovação dos estatutos, na Assembleia-Geral de 14 de Junho, que indicavam os fins a prosseguir: “ a) Associar os adelenses e promover o desenvolvimento da povoação de Ádela no âmbito social, económico e cultural; b) Participar empenhadamente nas actividades políticas de desenvolvimento regional, em cooperação com associações congéneres”.
Entre as personalidades que muito ajudaram e prestigiaram a Comissão de Melhoramentos, é justo destacar José Domingos Diogo, fundador e primeiro Presidente da Direcção, António Domingos dos Santos e, mais recentemente, Manuel Simões Nunes.
Para além das obras já referidas, assinale-se também como significativas, entre outras: a primeira estrada que permitiu levar à povoação as primeiras viaturas, aquela que liga a Selada das Eiras, nos princípios dos anos 60; a instalação do primeiro telefone, mantido durante muito tempo a suas expensas; o calcetamento das ruas; vários pontões sobre as ribeiras e o alcatroamento da estrada de Selada das Eiras.
Têm cerca de 230 sócios efectivos e encaram com bastante optimismo a acção da sua Comissão. “Ádela muito deve à sua Comissão de Melhoramentos, na qual os adelenses têm muito orgulho”, sendo referido também o apoio que a autarquia lhe tem dado, numa colaboração frutuosa para ambas.
O principal projecto a curto prazo é a Casa de Convívio, um desejo há muito acalentado pelos adelenses, e que, certamente, vai dar outras perspectivas à vida da povoação. Já possuem terreno e projecto e, em breve, a Casa será uma realidade.
E desejam alindar o seu Largo, prestando homenagem aos seus 25 fundadores.”
in ”Memórias e esperanças”, de João Nogueira Ramos, Edição da Casa do Concelho de Góis, 2004
Liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais
"Antes do nascimento da Liga, houve uma comissão de âmbito local, liderada por Manuel Francisco, tendo feito a abertura do ramal da estrada que ainda hoje serve a aldeia.
Em 1964 foi constituída a actual colectividade, embora a respectiva escritura tenha sido feita em 1970, abrangendo quatro Casais, qualquer deles hoje já sem residentes: Coiços, Loural, Porto Chão e Ribeiro de Além.
Seriam seus fundadores Álvaro Manuel Almeida Braz, António Alcindo Almeida, António Joaquim, Henrique Braz Mendes, Joaquim dos Reis Almeida, José Braz, José Maria Alves, José Martins Mendes, Manuel dos Anjos Antunes e Mário Braz dos Santos. Na primeira eleição realizada para os corpos sociais, foram designados José Braz, Henrique Braz Mendes e José Martins Mendes, para presidentes, respectivamente, da Assembleia Geral, da Direcção e do Conselho Fiscal."
in "Memórias e esperanças", de João Nogueira Ramos, Edição da Casa do Concelho de Góis, 2004
Comissão de Melhoramentos de Malhada e Casais
"Os seus inícios remontam ao ano de 1913, quando se formou uma comissão de moradores, para instalação de um chafariz. Depois, em seguimento aos acontecimentos de Fátima, em 1917, esta comissão, com ajuda da população, faria a nova capela, dedicada a Nossa Senhora de Fátima.
Por volta de 1946-48, formou-se uma nova comissão, juntando também pessoas da União do Colmeal, para fazer uma escola, que seria construída apenas pelos locais, com ajuda financeira do Ministério da Educação.
Em 1953, seria constituída uma outra, a Comissão Pró-Estrada da Povoação da MAlhada, de iniciativa de João Nunes de Almeida, António Silva, António de Almeida e Manuel da Costa Reis, que ia lutar para que a lendária estrada Rolão-Colmeal passasse pela Malhada, uma obra que ainda está bem viva na memória colectiva dos malhadenses, um dos seus símbolos, pelo trabalho arrojado empreendido e por os ter tirado do isolamento em que viviam.
Esta comissão ia estar na base da constituição da actual Comissão de Melhoramentos.
Em Novembro de 1953, reunia-se a Assembleia-Geral e entre os seus fundadores, seriam eleitos para presidentes da Assembleia-Geral e da Direcção, respectivamente, José Maria de Almeida e João Nunes de Almeida.
A colectividade inclui os casais de Carrimá, Foz da Cova e Quinta de Belide."
in "Memórias e esperanças", de João Nogueira Ramos, Edição da Casa do Concelho de Góis, 2004
Textos de A. Domingos Santos
in A Comarca de Arganil, de 24/12/2008
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