segunda-feira, 26 de outubro de 2009

João Nogueira Ramos e o seu novo livro sobre Góis

O CONCELHO DE GÓIS
Ensaio de reconstituição da sua História
(do século XII ao século XXI)



vai dentro de dias estar disponível. Na obra o leitor vai poder encontrar a:

Cronologia do poder e da sociedade

A súmula da História de Góis, nos seus principais acontecimentos e personalidades.

Análise das características que deram coesão às terras de Góis, durante os seus nove séculos.

Relação dos senhores do príncipe poder, desde o seu primeiro donatário, em 1114, ao último Presidente da Câmara Municipal, eleito em 2009.

No Prólogo, uma entrevista com o Professor Doutor João de Castro Nunes.


O livro estará disponível, a partir do próximo dia 30 de Outubro, nos seguintes locais:

Em Góis - Papelaria Radical
Av. Eng. A. Nogueira Pereira, Bl. 1, Lj. D 3330-333 Góis

Em Lisboa - Livraria Ferin, Lda
Rua Nova de Almada, 70/4 1200 Lisboa
in www.portaldomovimento.com

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sábado, 17 de outubro de 2009

A História da Sociedade de M. de Roda Cimeira

A colectividade mais antiga do Concelho de Góis vai, em 31.10.09, tornar público a história da Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira, através dum documento com a compilação de actos, festejos e deliberações sobre melhoramentos mais relevantes, ocorridos durante oitenta anos de profícuo trabalho ao serviço da comunidade. Trata-se dum documento despretensioso que tenta apenas dar a conhecer os seus momentos altos, com a finalidade de perpetuar a memória e a dedicação dos seus destacados dirigentes (fundadores), sócios beneméritos e colaboradores mais dedicados.
Numa segunda e atenta leitura pode observar-se, com evidência, a obra ímpar que esta colectividade desenvolveu na sua aldeia ao longo de oito décadas. Obra materializada em equipamentos sociais visíveis, o culto do fervor regionalista desencadeado pela acção permanente que fez crescer e avivar o amor à terra natal. É um pouco o espelho das actas das reuniões e seus debates, seguidos de deliberações, os quais deixam o testemunho de quem esteve presente e viveu intensamente todos os momentos, não só de desânimo mas também de muita paixão regionalista.
Na vida dum ser humano, oitenta anos são preenchidos por muitos dias, por muitas vivências de vários tipos: de frustrações e de contentamento da obra realizada; de angústias e de euforias por mais um passo em frente. Numa colectividade, imagine-se, esses oitenta anos são vividos por muitas pessoas de temperamentos diferentes, de opiniões diversas que resultam num somatório duma riqueza humana incalculável, neste caso, irmanados no mesmo ideal que os trouxe até aqui. É neste aspecto que, para quem não entende, reside e se aviva a grande chama do regionalismo.
Essa é também a poderosa força dum povo que faz mover uma colectividade até ao limite das suas forças. Razão pela qual concluímos que, a Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira tem hoje um historial que lhe confere o direito de se fazer ouvir dentro dos meandros do regionalismo serrano. Tem um legado fantástico para deixar aos vindouros, não se ficou por experiências esporádicas inconsequentes, nem por foguetes de pólvora seca que em nada resultam. Tem uma escola de militância feita, onde são observados os velhos cânones, os quais devem merecer o respeito de todos os regionalistas que trilham o mesmo caminho.
Seria, uma pena que, estas valorosas experiências humanas ficassem esquecidas, este esforço sobre-humano ficasse em cada um dos intervenientes, ou se vertesse apenas das memórias dos actores destas lutas. Hoje, porém, já tem a sua história escrita; um documento que pode ser consultado, criticado e melhorado. É um trabalho inacabado que pode sempre ser actualizado.
Não queremos terminar sem deixar uma palavra de apreço e admiração aos protagonistas desta história, desde os mais remotos aos actuais, bem como aos colaboradores que quiseram contribuíram com os seus testemunhos, para que este pequeno trabalho pudesse ser hoje uma realidade, para elevação desta distinta colectividade.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 15/10/2009

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quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Henrique Tigo lança novo livro de Geografia

No passado dia 19 de Setembro, no Grupo Recreativo Apelaçonense foi lançado mais um livro do Geógrafo Dr. Henrique Tigo, a apresentação do Livro foi feita pelo Dr. José Verdasca Presidente da Ordem Nacional de escritores, que veio despropósito do Brasil para este lançamento; José Carneiro Presidente do Grupo Recreativo Apelaçonense e ilustre Varzeense; pelo Eng. Demétrio Alves antigo Presidente da Câmara Municipal de Loures e ainda pela Prof.ª Dr. ª Margarida Santos Carvalho e finalmente pelo autor.
O livro tem como titulo Apelação “no tempo” e é um retrato histórico ou geográfico da freguesia da Apelação e ainda faz um breve resumo dos 100 anos do Grupo Recreativo Apelaçonense.
José Verdasca disse: “Tem o leitor entre mãos o trabalho do Henrique Tigo, um artista historiador, que, naturalmente enxerga a história com a sensibilidade própria da estética e da poesia da vida. Assim sendo, a história da Apelação é mais uma obra de arte onde a “paisagem geográfica” nos mostra os contornos físicos de uma freguesia quase rural e a “paisagem humana” é retratada com pinceladas de varias cores e matize s revelando as linhas da alma do seu Povo, Guiado por uma cultura ancestral rica e variada, a produzir comportamentos singulares e únicos que merecem ser conhecidos, pela sua riqueza e particularidade, onde podemos retirar ensinamentos além de lições de humanismo que o leitor inteligente sensibilizará.”
O Eng. Demétrio Alves disse-nos que "A actividade monográfica é muito meritória porque contribui para fixar registos das terras portuguesas, neste caso de uma freguesia do Concelho de Loures e da Área Metropolitana de Lisboa. Apelação, antiga terra de caça, agricultura e veraneio de gentes variadas, vê nos dias que correm multiplicarem-se os sinais da urbanização e um sinal disso está no crescimento demográfico. Uma das maiores riquezas desta freguesia é exactamente o potencial social dos moradores que sempre tiveram uma notável capacidade associativa e colectiva. Por tudo isto parabéns ao Henrique Tigo".
A Prof.ª Margarida Santos Carvalho falou-nos, um pouco do crescimento do Henrique Tigo e quanto tinha orgulho em ter sido professora dele e de quanto ele cresceu enquanto pessoa, geógrafo e artista.
O Presidente do GRA José Carneiro salientou que esta iniciativa teve uma grande adesão e proporcionou agradáveis momentos, junto da comunidade apelaçonense e da população em geral, fez ainda um balanço final muito positivo, tanto na afluência como nas vendas, que ultrapassou todas as expectativas.
Queremos terminar dando os nossos sinceros parabéns ao Henrique Tigo, pelo seu terceiro livro geográfico.

Orlando Fernandes
Jornalista

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segunda-feira, 21 de setembro de 2009

"O Rasto dos Barrões" no Corterredor

Aquele vale do Ceira onde as encostas são mais íngremes e o solo mais pedregoso, as margens mais alcantiladas e apertadas, a paisagem reverdejante e a quietude se estende para montante, é o percurso mais genuíno dum rio que galga da montanha para ali ir perdendo o declive, na mira de encontrar um leito mais suave até à foz. O trajecto mais montanhoso mereceu-nos uma observação sobre usos e costumes daquelas gentes, com o propósito de deixar um registo bem vincado na memória. Não se trata duma monografia mas duma verdade ficcionada.
Este registo não pretende ofuscar o enorme e afincado trabalho dum regionalismo feito de lutas e paixões que, ao longo dos tempos, tem clamado pela maior visibilidade das suas aldeias, cujos habitantes vão dando a rica presença humana à serra que, à primeira vista, parece nua intransponível e desabitada. É uma aguarela fresca que estas margens nos deixaram nestes acessos difíceis, onde o verde e as rochas vão coabitando sem conflitos, tal como as gentes beirãs, de grande apego à sua terra, vão estabelecendo uma dimensão humana por aqueles vales além. Não fora a nossa qualidade de serranos e o espanto nos teria assaltado com maior intensidade.
Este vale verdejante onde existe a profunda e verdadeira ruralidade típica, protegida de toda a poluição, aberto ao nosso conhecimento em tempos de "vacas magras", onde a tarefa do carvão era uma marca serrana, cuja figuração, hoje só poderia existir no nosso imaginário como se duma visão da tarde de calor se tratasse. Pois bem, este vale (melhor ou pior caracterizado) foi palco das personagens de "O Rasto dos Barrões" que retratam bem a têmpera dos homens que foram capazes de lutar contra adversidades que a montanha lhes impunha, os meios lhes restringem o folgo, mas o querer e a vontade indómita lhes aguçava o engenho e a arte. Tempos difíceis!
Aqui, neste palco oferecido pela natureza, vai ocorrer uma cerimónia em homenagem aos carvoeiros, executantes duma tarefa árdua tão difícil quanto perseguida, aos santuários erguidos pela montanha em que o homem é apenas e só contemplador, excepção feita à capela da Sr.ª do Desterro. Destes marcos históricos, "O Rasto dos Barrões" vai deixar um testemunho público, na aldeia do Corterredor onde a Marquinhas tinha a taberna, o Raimundo se desunhava para conquistar esta beldade beirã. Não esquecendo a ti'Zulmira sardinheira que atravessava a serra com a canastra à cabeça para ganhar a vida sem vergonhas do mundo. Vida difícil!
Ficam assim convidadas as gentes das Mestras, Corterredor, Cabreira e toda a freguesia do Cadafaz, para uma cerimónia que dentro em breve terá lugar na aldeia do Corterredor, dando a conhecer o livro "O Rasto dos Barrões" que fala da vossa terra.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 17/09/2009

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terça-feira, 28 de julho de 2009

A IV Jornada Cultural e o Livro "Memórias do Antigamente"

No seguimento das notícias vindas a público sobre a IV Jornada Cultural da Freguesia de Alvares, a qual veio a ter lugar em Cortes seguindo os parâmetros usuais, aliás dignos dum acto cultural merecedor do melhor registo. Tratou-se de um evento importante para a aldeia e para a região, onde estiveram representadas as forças vivas do Concelho de Góis.
Os pormenores da jornada são já do domínio público, entre os quais recuperamos a importante intervenção do Dr. Pedro Pita, Director Regional da Cultura do Centro, que destacou com toda a eloquência o acto cultural que vamos acrescentando no nosso dia-a-dia, acto esse que vai levando a presença enriquecedora da ideia em movimento, que, mais tarde, lhe chamamos história.
Outro pensamento que queríamos recuperar, lançado pelo Presidente da Comissão de M. Alvares António Rui Dias, está no mote que sacudiu as águas mornas, quando se referiu ao impacto positivo levado pelos "novos residentes'; duvidando seriamente que "a comunidade sitiada esteja preparada e receptiva para os receber". Dada a pertinência deste assunto baseado em experiências vividas, mais tarde, gostaríamos de voltar ao tema.
Da parte da tarde apresentou-se ao público o autor do livro "Memórias do Antigamente" - Monografia de Cortes, Dr. Samuel Mateus, Mestre em comunicação social, que nos revelou usos e costumes, hábitos e tradições, sabores e saberes, além duma versão inédita sobre o topónimo de Cortes. Fez também uma explanação dos trabalhos rudes e das canseiras, do rolar manso dos dias intervalado com as festividades, das grandezas e das misérias e da profunda religiosidade deste povo com características muito próprias onde se destaca o apego à sua terra-natal.
O Dr. Samuel Mateus expôs-se ao seu público de maneira simples e despretensiosa, dissertando sobre o valoroso povo de Cortes onde crescem as suas raízes, solo que faz brotar a fonte do seu saber e bebe o entusiasmo da inspiração que lhe aviva e refresca a memória da sua avó Maria Brilhantina Alves, temperada com pesquisas que foi fazendo ao longo dos dias verdes de menino e moço, envoltas duma paixão arreigada que foi crescendo através dos tempos. O sentimento e apreço revelados pela maneira como escreve' sobre este povo, é a forma mais eloquente de destacar a admiração que tem por ele. Trata-se duma revelação de afectos, própria de beirão, que só lhe ficam bem.
"Memórias do Antigamente" é uma monografia bem estruturada onde cabe o perfil sócio-profissional do homem comum, da mesma forma que nos fala do temperamento do trabalhador rural dentro dum colorido da ruralidade serrana, com as suas vestes típicas dos dias de festa religiosa, dos trajes domingueiros e das tradições pagãs que povoam o imaginário de qualquer criança. Abre, assim, espaço às estórias habituais que são tão do agrado de qualquer povo.
Fala-nos também do tipo de habitação e das habituais divisões, dos materiais utilizados na sua' construção. Não se esqueceu da alimentação daqueles tempos, (e que tempos!...) própria da época em que se vivia, algo de importante que marcava a tradição segundo um calendário religioso, ou as tradições pagãs que o homem comum tanto gosta de relembrar. São registos importantes que só tempo saberá falar deles.
Desta monografia levada ao pormenor, só podemos congratularmo-nos com o seu contributo para a cultura local e manifestarmos o nosso mais vivo contentamento por quem sabe o que significa escrever para que outros leiam.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 23/07/2009

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quinta-feira, 25 de junho de 2009

Lançamento do livro “Memórias do Antigamente” em Cortes

No âmbito da IV Jornada Cultural da freguesia de Alvares, subordinada ao tema “Referências”, que teve lugar em Cortes, no sábado, decorreu o lançamento do livro “Memórias do Antigamente – Monografia de Cortes”, da autoria de Samuel Mateus, uma obra que aborda as tradições, costumes e hábitos desta aldeia do concelho de Góis, divulgando o folclore e a etnografia da Beira Serra. Pretendendo homenagear também todos os cortenses, este livro, que foi editado com o apoio da Comissão de Melhoramentos de Cortes, e cujo paginador foi Joaquim Ribeiro, é dedicado à avó do escritor, Maria Alves, que lhe deu a conhecer muitas das vivências do quotidiano, raízes históricas e culturais da aldeia.
Contando que desde a primeira hora teve o apoio da Comissão de Melhoramentos, Samuel Mateus fez referência à avó materna que “sabe muitas coisas, tal como muitos cortenses”. “Foi com o intuito de não perder a sabedoria popular que escrevi este livro”, revelou, acrescentando que o objectivo é que “haja uma memória imortal que permita não esquecer pequenas coisas importantes da vida”. De acordo com o escritor, que é licenciado e mestre em Ciências da Comunicação, e que desde cedo visita Cortes, este livro é composto por “uma reunião de memórias indviduais unidas numa manta de retalhos”.
“O antigamente está presente, hoje somos o que fizemos no passado”, sustentou o autor desta monografia de Cortes, defendendo que “as pessoas devem orgulhar-se das suas tradições”, até porque “muitas delas são raras”. Desta forma, no livro fala-se “do que as pessoas comiam e vestiam”, referiu Samuel Mateus, contando que “a alimentação era diferente e no vestir, havia tecidos resistentes que hoje em dia já não se encontram”. Nesta ocasião, o escritor avançou com algumas hipóteses sobre a origem do nome Cortes, alegando que a possibilidade mais viável diz que o nome desta aldeia surgiu da palavra latina “Cornes”, que “significa coragem, preserverança”.
“Os sons nasais desapareceram e ficou Cortes que significa um povo heróico”, explicou, constatando que “o povo de Cortes tem de ser heróico para ao longo dos séculos resistir aqui”. Para além disso, “Cortes tem muitos olivais e “Cornes” significa também vasilha de azeite”, continuou Samuel Mateus, enaltecendo que há ainda uma terceira coincidência com este nome, uma vez que a palavra latina também significa localidade junto a um braço do rio e “estamos a um braço do rio Unhais”.
O autor da obra recordou ainda que Cortes é uma aldeia que pode ter “200 a 300 anos”, tendo tido uma “forte ocupação no tempo dos romanos”. “Temos de ficar orgulhosos por termos nas nossas origens sangues tão dispersos”, advogou, apelando aos presentes para que “tenham curiosidade de ler esta obra” que contém cerca de duas centenas de fotografias, de forma a facilitar a leitura. “Leiam e tenham um espírito construtivo”, reforçou, anunciando que no seio do livro colocou o seu endereço electrónico para os leitores enviarem os seus comentários, já que “este livro é de todos, é uma homenagem aos cortenses”.
Após a leitura de alguns excertos, o presidente da Comissão de Melhoramentos de Cortes congratulou-se com o facto de Samuel Mateus ter tido a ideia de escrever este livro, lembrando que o Padre Ramiro Moreira já tinha escrito uma monografia, assim como existem outros escritos sobre a região, no entanto, “este tem a filosofia de quem soube beber referências”. Destacando o trabalho desenvolvido pelo autor da obra, João Manuel Antão teceu alguns elogios aos seus familiares, nomeadamente à avó, que é a pessoa que “tem responsabilidade nisto tudo”. “Encontra-se aqui o que há de mais genuíno no Ser Humano, a humildade”, concluiu.
Já Maria de Lurdes Castanheira, que foi convidada a participar nesta jornada cultural enquanto “cidadã e defensora” desta iniciativa, realçando que os habitantes de Góis são “uma referência”, referiu que este evento veio enriquecer todos os presentes. Satisfeita com o tema escolhido, a também candidata do PS à Câmara Municipal de Góis frisou que “Cortes e a freguesia de Alvares são uma referência a vários níveis”, sobretudo no que respeita à obra social, de que é exemplo o Centro Social e Paroquial de Alvares, e ao nível do tecido empresarial, já que em Cortes existe uma panificadora, comércio e um pólo industrial. “São também uma referência em termos de regionalismo porque têm colectividades com décadas de existência”, esclareceu ainda Lurdes Castanheira, mostrando-se satisfeita com a edição deste livro que “retrata tudo aquilo que pode servir de aprendizagem para os mais novos”, desde a geografia, fauna, flora, tradições e costumes.
No uso da palavra, o responsável pela revisão ortográfica endereçou as suas primeiras palavras a Samuel Mateus fazendo votos para que continue a “persistir na sua acção de pesquisa e investigação em busca das raízes do nosso povo” que, por sua vez, “constituem a razão de ser do nosso presente”. “O Dr. Samuel partiu à descoberta, viu com os seus próprios olhos, escutou, apalpou terreno, conversou, relacionou-se, obteve informação e entusiasmou-se”, contou João Rui, explicando que esta obra “espelha a vivência, a tradição, usos e costumes de Cortes”. “É um verdadeiro retrato de um passado que não deixa de ser presente”, realçou, alertando que ao leitor cabe “apreciá-la e censurá-la”.
Note-se que no final desta cerimónia a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, Helena Moniz, felicitou o escritor responsável por esta monografia de Cortes pelo “trabalho de levantamento e recolha que é muito importante para a cultura, não só de Cortes mas do concelho”. Posteriormente decorreu uma sessão de autógrafos e os interessados tiveram a oportunidade de adquirir um exemplar.
in www.rcarganil.com

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

Memórias do Antigamente lançado em Cortes

A Comissão de Melhoramentos de Cortes tem o prazer de anunciar o lançamento do livro, integrado na IV Jornada Cultural da Freguesia de Alvares, “Memórias do Antigamente – monografia de Cortes”, da autoria de Samuel Mateus, no dia 20 de Junho de 2009, pelas 14h30m, na sua sede, Casa de Cultura e Recreio Claudino Alves de Almeida.

“Memórias do Antigamente” aborda as tradições, costumes e hábitos desta aldeia mas contextua-se numa visão regional divulgando o folclore e a etnografia da Beira-serra. Feito de uma variedade de memórias e construído à volta das vivências do quotidiano, o livro “Memórias do Antigamente” preocupa-se em homenagear as gentes do antigamente ao mesmo tempo que procura clarificar as suas raízes históricas e culturais.

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quinta-feira, 21 de maio de 2009

Adriano Pacheco lançou mais um livro

"O Rasto dos Barrões" é o mais recente livro editado pelo escritor goiense Adriano Pacheco. A sessão de apresentação da obra decorreu no passado dia 9 de Maio, no auditório da Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra (ADIBER), numa cerimónia presidida pela Dr.ª Maria de Lurdes Castanheira, que contou com a presença de inúmeras pessoas e com a representação de algumas instituições locais.
A iniciar a cerimónia, Maria de Lurdes Castanheira, em representação da ADIBER, depois de dar as boas-vindas a todos os presentes, leu uma mensagem de Armando Gualter Nogueira que referia a sua impossibilidade de estar presente, enviando, no entanto, uma saudação ao autor e felicitando a ADIBER por mais esta edição literária.
Em seguida, a oradora leu ainda uma carta enviada pelo Presidente da Assembleia Municipal, José António Carvalho, que impossibilitado de estar presente, por compromissos anteriormente assumidos, pediu para transmitir ao autor o apreço e consideração que tem pela sua obra.
Entre muitas presenças enumeradas, Maria de Lurdes referiu os nomes: Lisete de Matos, Prof. João Simões, José Rodrigues e Clarisse Sanches, pelas obras que também já publicaram, aproveitando para desafiar a continuação da escrita e incitando ainda para novos talentos que se venham a manifestar.
Com 175 páginas, "O Rasto dos Barrões", com textos que se baseiam no fenómeno migratório dos beirões da Beira Serra, tem prefácio do Eng. João Coelho e capa do Mestre H. Mourato, enaltecido pela representante da ADIBER, que reconheceu o trabalho do "artista de renome internacional", rendendo-lhe ainda homenagem não só pelo trabalho desenvolvido no livro, mas também pelas obras publicadas no jornal O VARZEENSE e pelas inúmeras exposições em que tem participado.
Lurdes Castanheira, consciente que a ADIBER tem uma área de acção abrangente reconhece que esta dá prioridade à formação, emprego e cultura, pelo que, continua a apostar no apoio ao lançamento de novas obras.
Refira-se que, esta décima primeira obra de Adriano Pacheco foi também apoiada pela ADIBER, no âmbito do projecto "Beira Serra Cultura Viva", subsidiado pelo Programa Comunitário Lider+. Lurdes Castanheira fez uma breve descrição do projecto e referiu algumas das formas como este tem impulsionado a cultura na região da Beira Serra.
A oradora aconselhou vivamente a leitura do livro e felicitou o autor pelo magnífico trabalho.
Para além de Lurdes Castanheira, na mesa d'honra estiveram ainda: Valentim Rosa, membro da direcção da ADIBER, Lourdes Barata, presidente do conselho fiscal da ADIBER, o autor do livro, Adriano Pacheco e o autor do prefácio e apresentador da obra, Eng. João Coelho, que mais uma vez, teve a responsabilidade de corrigir a obra de um autor que "acolhe as ideias e transforma-as em contos maravilhosos", conforme disse João Coelho que aconselhou a sua leitura, incentivando os leitores para fazerem inclusive criticas à obra, desde que construtivas.
Referindo-se aos oito contos inseridos na obra, João Coelho disse: "o livro trás á tona a problemática das raízes da infância e o regresso à sua terra natal". "Aborda ainda o debate de gerações e culturas". "Adriano Pacheco é um cavador cuja enxada dá pão à história de Góis", disse o autor do prefácio, que classificou a obra como sendo um livro de histórias verdadeiras ainda que ficcionadas.
Seguiu-se um momento dedicado à poesia, com a Prof.ª Paula Almeida a declamar alguns poemas de Adriano Pacheco.
Por último, o autor mostrou-se emocionado com a leitura dos seus poemas e manifestou a sua gratidão para com a Dr.ª Maria de Lurdes, a ADIBER e o Eng. João Coelho, que apesar da sua vida ocupada tem sempre encontrado tempo para rever os seus textos.
O autor falou um pouco do seu livro e do seu enquadramento no contexto literário das obras já publicadas e finalizou dizendo: "enquanto puder vou escrevendo".
Com alguns textos já nas mãos do seu revisor, pode afirmar-se que o seu próximo livro "já vem a caminho".
A terminar, foram diversas as pessoas que se pronunciaram sobre a escrita de Adriano Pacheco, encerrando a cerimónia com um beberete, oferecido pela ADIBER.
in O Varzeense, de 15/05/2009

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sexta-feira, 15 de maio de 2009

Carta Gastronómica à venda nas Lojas FNAC

O livro “Sabores da Aldeia – Carta Gastronómica das Aldeias do Xisto” está já à venda por todo o país, através da rede de lojas FNAC.Esta obra, que tem merecido elogios dos mais variados sectores da sociedade, junta 153 receitas cedidas pela viva voz dos habitantes das Aldeias do Xisto que, elaboradas pelas mãos de saberes antigos, chegam hoje até nós como gastronomia de elevada qualidade.


Por outro lado, a autenticidade e diversidade dos sabores, a qualidade dos produtos da terra, as tradições ainda vivas ligadas à agricultura de subsistência e ao ciclo da vida comunitária vertido na confecção do receituário, tem aqui, também neste livro, uma proposta de sistematização formal e de contextualização histórico-cultural.
in www.aldeiasdoxisto.pt

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

Apresentação de mais uma obra de Adriano Pacheco em Góis

No próximo sábado, dia 9 de Maio, vai decorrer a cerimónia de apresentação da obra literária “O Rasto dos ‘Barrões’” da autoria de Adriano Pacheco, em Góis. De acordo com um comunicado enviado ao RCA NOTICIAS pela ADIBER, esta cerimónia vai decorrer pelas 16h00, no Auditório da ADIBER, em S. Paulo, Góis.
in www.rcarganil.com

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Hoje, na Feira do Livro (último dia)

04 de Maio [Segunda-feira]

09:30 – Abertura da Feira
Oficina de informática Cid@net
10:00/11:00/14:00/15:00 – Acção de Promoção do Livro e da Leitura com a Escritora Fátima Freitas
18:00 – Encerramento da Feira


"Acho que as relações dum escritor com o seu leitor só começam a ter dignidade para lá das portas da livraria. Cada qual na sua intimidade."

Miguel Torga (1907-1995)

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domingo, 3 de maio de 2009

Hoje, na Feira do Livro

03 de Maio [Domingo]

10:30 – Abertura da Feira
15.00 – Animação “Tocador de Realejo e Malabarista” - Companhia Marimbondo
18:00 – Encerramento da Feira


Os livros. A sua cálida,
terna, serena pele. Amorosa
companhia. Dispostos sempre
a partilhar o sol
das suas águas. Tão dóceis,
tão calados, tão leais.
Tão luminosos na sua
branca e vegetal e cerrada
melancolia. Amados
como nenhuns outros companheiros
da alma. Tão musicais
no fluvial e transbordante
ardor de cada dia.

Eugénio de Andrade (1923-2005
)

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sábado, 2 de maio de 2009

Hoje, na Feira do Livro

02 de Maio [Sábado]

10:30 – Abertura da Feira
15.00 – Animação “Canções, Animais e Outros Frutos – Encerrado para Obras – Associação Cultural e Artística
18:00 – Encerramento da Feira



"A bela e pura palavra Poesia
Tanto pelos caminhos se arrastou
Que alta noite a encontrei perdida
Num bordel onde um morto a assassinou."

Sophia de Mello Breyner Andersen (1919-2004)

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sexta-feira, 1 de maio de 2009

Hoje, na Feira do Livro

01 de Maio [Sexta - feira] [feriado]

10:30 – Abertura da Feira
15:00/17:00 – Peddy Paper «À descoberta da vila de Góis»
15:30 – Animação com “ A Velhota Florência” – Companhia Marimbondo
18:00 – Encerramento da Feira



"As palavras não fazem o Homem compreender, é preciso fazer-se homem para entender as palavras."

Herberto Hélder (1930)

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Hoje, na Feira do Livro

30 de Abril [Quinta-feira]

09:30 – Abertura da Feira
Oficina de informática Cid@net
10:00/11:00/14:00/15:30 – Acção de Promoção do Livro e da Leitura com o Escritor Carlos Canhoto
18:00 – Encerramento da Feira



"Leio e estou liberto. Adquiro objectividade. Deixei de ser eu e disperso. E o que leio, em vez de ser um trajo meu que mal vejo e por vezes me pesa, é a grande clareza do mundo externo, toda ela notável."

Fernando Pessoa (1888 - 1935)

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Hoje, na Feira do Livro

29 de Abril [Quarta-feira]

14:00 – Inauguração da Feira
14:30 – Sessão com o Escritor José Jorge Letria
15.00 - Oficina de informática Cid@net
18:00 – Encerramento da Feira


"Quem não lê, não quer saber, quem não quer saber, quer errar."

"Um livro é um mudo que fala, um surdo que responde, um cego que guia, um morto que vive."

Padre António Vieira (1608-1697)

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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Feira do Livro

Sob o signo “Cidadania” irá realizar-se de 29 de Abril a 04 de Maio a XIIIª edição da Feira do Livro de Góis.
A inauguração deste certame terá lugar no dia 29 de Abril, no Largo Francisco Inácio Dias Nogueira [Lg. Do Pombal], pelas 14.00 horas, estando presente nesta cerimónia o escritor José Jorge Letria.


Os Livros

Apetece chamar-lhes irmãos,
Afagá-los com as mãos,
Abri-los de par em par,
Ver o Pinóquio a rir
E o D. Quixote a sonhar,
E a Alice do outro lado
Do espelho a inventar
Um mundo de assombros
Que dá gosto visitar.
Apetece chamar-lhes irmãos
E deixar brilhar os olhos
Nas páginas das suas mãos.


José Jorge Letria
in Pela casa fora...



Os livros são a metade dos sonhos que tu tens...

José Jorge Letria
in Ler, doce ler


O Pequeno Pintor sabe que os livros às vezes sabem muito mais do que nós supomos que eles sabem. Abre o livro e viaja nele, como se viajasse à proa de um barco enfeitado com fitas coloridas do mês de Maio.

- Gosto que penses que sou um barco - diz-lhe o livro, balançando para os lados como se fosse um barco a sério.

O Pequeno Pintor responde-lhe:

- Leva-me até ao fim das tuas páginas.

E o livro leva-o. Quando chega a uma baía sem nome, pára para descansar. Poisa-lhe uma gaivota dentro das páginas e ele sente cócegas e ri muito. Quando a história acaba, o Pequeno Pintor e o livro aprenderam mais uma viagem.


José Jorge Letria
in O Pequeno Pintor sabe...

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sexta-feira, 24 de abril de 2009

Santuário da Senhora do Desterro

Faz parte do imaginário da geração de sessenta a história fantástica que se desenrola à volta do Santuário da Senhora do Desterro, localizado lá no cimo do cerro, onde ocorria todos os anos uma romaria das gentes serranas, oriundas de todo o vale das Mestras, do Corterredor e do Cadafaz, tal como da vertente dos Amieiros e das Rodas. Romaria esta que, na época, fazia furor o seu folclore e a garridice que lhe deram a notoriedade como sendo uma das mais concorridas, mas sobre a qual já poucos dos vivos poderão testemunhar todo este folguedo.
Esta capela de estilo curioso e pouco vulgar (coisa muito próxima do românico antigo) foi, em tempos, objecto de alguns desentendimentos entre os povos das aldeias vizinhas, os quais, ao que sabemos, estão largamente ultrapassados e esquecidos, tal como as antigas romarias dirigidas a este Santuário, tradição que aos poucos vai ficando no esquecimento dos tempos. O espaço circundante, ermo espantoso de horizontes e serranias, esteve ligado por muitos anos à pobre e difícil actividade da exploração de carvão vegetal, que se estendia por aquelas vertentes abaixo.
Com este cenário vetusto e grandioso, por fundo, desenrola-se uma história que será apresentada ao público no dia 9 de Maio, no auditório da ADIBER, Góis, com a finalidade de deixar um registo desta espantosa margem esquerda do Ceira. Ela envolve a gente serrana nas suas mais duras tarefas, onde é posta à prova a sua capacidade de luta e resistência, cuja fidelidade tem resistido à voracidade dos tempos e ainda hoje são visíveis sinais de preservação e respeito pelo seu valioso e belo património arquitectónico e paisagístico. São indícios fortes da sua autenticidade que se colocam muito para lá da estética ligada à harmonia do espaço, ainda que esta seja muito apreciável. Trata-se duma maneira de ser, um apego indefectível.
A história acima referida, também nos dá conta das gentes que tiveram de procurar outras regiões do País, em busca de melhores condições de trabalho, mas depois de terminado o ciclo laboral, tentaram regressar ao seu cantinho para terminarem os seus dias em paz. Acontece que já nem todos possuíam esse recanto sagrado, o que os deixa numa posição desconfortável. Esta situação é posta em relevo naquele sentido, não de enxovalho ou de recriminação, mas apenas em homenagem àqueles que querendo, já não podem voltar ao seu torrão.
Entendemos ser um dever de cidadania, chamar a atenção para as belezas naturais dum concelho que, dadas as suas características, fica um pouco à margem do desenvolvimento dito moderno, uma vez que tem particularidades invulgares (para outros voos) dignas de serem realçadas, ao ponto de ocuparem um lugar de destaque, se forem devidamente promovidas como imagem de marca.
São as características próprias duma região que a singularizam. Mas temos de ser nós a preservar e valorizar esse nosso património, que pode ser uma mais valia na captação de visitantes.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 23/04/2009

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

13ª edição da Feira do Livro em Góis sob o signo da 'Cidadania'

Sob o signo “Cidadania” irá realizar-se de 29 de Abril a 04 de Maio a XIIIª edição da Feira do Livro de Góis.
A inauguração deste certame terá lugar no dia 29 de Abril, no Largo Francisco Inácio Dias Nogueira [Lg. Do Pombal], pelas 14.00 horas, estando presente nesta cerimónia o escritor José Jorge Letria.

PROGRAMA

XIII Feira do Livro sob o Signo “Cidadania”

29 de Abril [Quarta-feira]

14:00 – Inauguração da Feira
14:30 – Sessão com o Escritor José Jorge Letria
15.00 - Oficina de informática Cid@net
18:00 – Encerramento da Feira

30 de Abril [Quinta-feira]

09:30 – Abertura da Feira
Oficina de informática Cid@net
10:00/11:00/14:00/15:30 – Acção de Promoção do Livro e da Leitura com o Escritor Carlos Canhoto
18:00 – Encerramento da Feira

01 de Maio [Sexta - feira] [feriado]
10:30 – Abertura da Feira
15:00/17:00 – Peddy Paper «À descoberta da vila de Góis»
15:30 – Animação com “ A Velhota Florência” – Companhia Marimbondo
18:00 – Encerramento da Feira

02 de Maio [Sábado]

10:30 – Abertura da Feira
15.00 – Animação “Canções, Animais e Outros Frutos – Encerrado para Obras – Associação Cultural e Artística
18:00 – Encerramento da Feira

03 de Maio [Domingo]

10:30 – Abertura da Feira
15.00 – Animação “Tocador de Realejo e Malabarista” - Companhia Marimbondo

18:00 – Encerramento da Feira

04 de Maio [Segunda-feira]

09:30 – Abertura da Feira
Oficina de informática Cid@net
10:00/11:00/14:00/15:00 – Acção de Promoção do Livro e da Leitura com a Escritora Fátima Freitas
18:00 – Encerramento da Feira
in www.rcarganil.com

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Adriano Pacheco lança novo livro "O Rasto dos Barrões"

No próximo dia 9 de Maio, sábado, pelas 16 horas, o auditório da ADIBER, em Góis, irá ser o palco do lançamento de mais um livro. O conceituado escritor Adriano Pacheco apresentará a sua nova obra intitulada. "O Rasto dos Barrões".
Com prefácio de João Coelho e capa do Mestre H. Mourato, os textos baseiam-se no fenómeno migratório dos beirões da Beira Serra.
A obra que agora será lançada, foi editada pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, que convida todos para estarem presentes no lançamento do novo livro, que muito enriquecerá o espólio cultural do nosso concelho.
in O Varzeense, de 15/04/2009

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