quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Estudo avalia potencial energético do Pinhal Interior

Um estudo sobre o potencial energético de cinco concelhos do Pinhal Interior, focado sobretudo na sua capacidade hídrica, deverá estar concluído no prazo máximo de dois anos, revelaram hoje responsáveis ligados ao projecto.

O estudo será feito pelo grupo FDO, através da sua participada Urbancraft, e abrangerá os municípios de Pampilhosa da Serra, Arganil e Góis (distrito de Coimbra) e Castanheira de Pêra e Figueiró dos Vinhos (Leiria).

Os acordos de colaboração para a realização do estudo foram celebrados hoje, na Câmara da Pampilhosa da Serra, entre as cinco autarquias e o grupo FDO.

A Urbancraft, que resulta de uma parceria com a empresa ABB, «compromete-se a efectuar um levantamento exaustivo do potencial dos recursos hídricos e florestais com vista a avaliar o potencial energético de cada um dos municípios», segundo uma nota do grupo FDO.

A empresa efectuará ainda «a análise da área do município, avaliando os locais passíveis de instalação dos empreendimentos de aproveitamento das energias renováveis, cuja origem pode ser hídrica, fotovoltaica, solar ou de biomassa».

«Vamos fazer um levantamento muito focado nos recursos hídricos, mas olhar também para outras oportunidades. Este conjunto de municípios tem um potencial grande», disse hoje à agência Lusa Luís Graça, administrador do grupo FDO.

Segundo o mesmo responsável, o prazo máximo para a realização do estudo é de dois anos, mas a empresa vai tentar ser «o mais célere possível».

Ao destacar as «grandes potencialidades energéticas» desta região, o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, José Brito Dias, realçou igualmente os «impactos muito positivos, em termos financeiros», que empreendimentos neste âmbito terão para as autarquias envolvidas.

«As autarquias têm grandes dificuldades em gerar receitas próprias. Temos de aproveitar o melhor possível estes recursos endógenos», disse o autarca à agência Lusa.

De acordo com o presidente da Câmara da Pampilhosa da Serra, este estudo, cujos custos são suportados pela empresa, representa «um trabalho importante para a região».

«É o princípio de uma carta energética desta região, que indicará os caminhos a seguir», referiu José Brito Dias.

No âmbito dos protocolos de cooperação firmados hoje, as autarquias, além de autorizarem os referidos estudos, comprometem-se a facultar dados e elementos de que disponham para a elaboração dos levantamentos relativos à exploração das fontes de energia.

Está também prevista a entrega pela empresa, a cada um dos municípios, de um donativo de cinco mil, que reverterá para obras de acção social, humanitárias ou de interesse público em geral.

Fundado em 1980, o grupo FDO tem como principais áreas de negócio os sectores da construção civil e obras públicas, promoção imobiliária, centros comerciais, hotelaria, serviços e parques de estacionamento, ambiente e energia.
Diário Digital / Lusa

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