É muito estranho que, de repente, alguém passe de perseguidor a perseguido! Nunca se viu alguém que faz parte do poder e que, no caso concreto foi Vereadora pelo PS, é presidente da comissão política local do PS, numa câmara PS, queixar-se de perseguição. Afinal as perseguições são sempre feitas pelo poder, não pela oposição! Como pode alguém, que é poder, querer passar a mensagem de que é perseguida? Perseguida por quem, afinal? Só se for pelas suas próprias fragilidades, pavores e fracassos!
Além do mais, o PS de Góis avançou já com dois candidatos, que se apressaram a colocar-se em cima de um andor e estão à espera que apareça algum “diabo” que os carregue! Ora, seria uma grande falta de estratégia politica do PSD querer, neste momento, derrubar qualquer dessas candidaturas, abrindo caminho à outra. Essa selecção da pior candidatura do Ps não cabe ao PSD fazê-la!
Tal como nos parece uma pura estratégia esta choraminguice abraçada pela auto-proclamada candidata do PS, ao dizer em todo o lado que é perseguida, sobretudo quando começa a ser notória a agonizante derrocada da sua candidatura e a sua total falta de apoios de algumas pessoas que se deixaram arrastar para problemas que querem ver resolvidos e resultantes do triângulo socialista composto por Câmara, ADIBER e Santa Casa.
E que socialista é esta que ameaça à boca pequena avançar com uma candidatura independente caso o PS faça a mais que provável opção pela candidatura oficial de Diamantino Garcia?
Góis precisa de lideranças fortes, não de choraminguices infundadas.
No fundo, o que essa candidata está a tentar fazer é alcançar derradeiros apoios de pessoas ingénuas que possam acreditar que a culpa dos seus sucessivos fracassos e das suas equipas, é de um partido (PSD) que está na oposição há 27 anos em Góis.
Aliás, o PS já percebeu a grande derrocada da candidatura de Lurdes Castanheira e a grande debandada da maioria dos apoios socialistas, e, por isso mesmo, enviou Diamantino Garcia para reocupar a vice-presidência da Câmara Socialista e respectivos pelouros, a que tinha renunciado dias depois de tomar posse, deixando-lhe alguns meses para tentar recuperar os apoios perdidos. E, se dúvidas houvesse, Diamantino Garcia assumiu ser candidato às próximas eleições autárquicas antes mesmo assumir as recomendadas e encomendadas funções.
Das duas uma, ou o PSD está tão forte que consegue anular e destruir candidaturas socialistas, mesmo estando na oposição há 27 anos, deixando os socialistas receosos; ou o PS tem feito tanto disparate na sua administração que está apavorado com a possibilidade de o povo lhe mostrar final e definitivamente o cartão vermelho a essa ruinosa administração socialista, restando ao PS propalar que os seus sucessivos desastres de gestão, são motivados pos perseguição do partido da oposição.
Seriamente, achamos que ambas as coisas têm algum fundo de verdade: o PSD está mais forte e o PS anda há muito tempo à deriva!
Mas duas coisas são certas, O PSD não é perseguidor, mas também não entra nem faz o jogo do adversário!
Fiquem ambas as candidaturas do PS descansadas que o PSD de Góis não os perseguirá. A nossa preocupação é o bem estar das gentes do concelho e das suas freguesias e não as listas que o PS represente, apresente ou rejeite.
Respeitamos o PS, porque é um partido com expressão no concelho, tal como respeitamos todos os outros partidos. Sabemos que o PS terá sempre uma lista, pelo que não nos interessa absolutamente nada se essa lista é encabeçada por uma senhora de Coimbra, que entrou na politica de mão dada com Cabeças e que tem agora de continuar de mão dada com Vitor Batista, que foi Vereadora do PS até há 3 anos e que saiu ou não foi convidada a continuar essa Vereação neste último mandato, que entrou em verdadeira ruptura com a câmara PS e com o seu Presidente, e mesmo com Vítor Batista ( ameaçando até, nas últimas eleições autárquicas, avançar com José Cabeças contra eles, só não alcançando tal desiderato por manifesta falta de apoios após consecutivas sondagens) e que vem agora dizer que é a continuidade dessa câmara, do actual presidente e, provavelmente , também de Vitor Batista. E também não nos interessa se a lista PS é encabeçada por outro senhor, que foi vereador até há 3 anos atrás, que foi reeleito nas últimas eleições autárquicas pelo PS e que saiu logo a seguir a tomar posse porque, passo a citar: “ não queria vir a trair os seus princípios e a sua própria consciência”, e que agora regressou não sabemos se traindo uns ou outra!
E fiquem essas candidaturas mais descansadas ainda, porque nenhum dos auto-proclamados candidatos PS está nos projectos ou planos do PSD de Góis para encabeçar qualquer lista por falta de perfil adequado.
Aliás, não teria qualquer sentido o PSD dar guarida politica a alguém que não soube respeitar quem os elegeu, nem souberam ser leais ao cabeça da lista que aceitaram integrar, dado que abandonaram, ambos, os projectos eleitorais de que fizeram parte; uma não se recandidatando ou não tendo sido convidada a tal, outro, abandonando logo a seguir a tomar posse, sem que um nem outro fosse concreto na justificação que era, então, devida ao eleitorado.
Quanto à polémica falta de sustentabilidade financeira da ADIBER e SANTA CASA, o PSD está, obviamente muito preocupado:
1º porque chegando tal falta de liquidez ao ponto de as obrigações salariais não serem cumpridas, isso gerará grandes dificuldades para algumas famílias do nosso concelho, o que nos preocupa, pois para o PSD as pessoas estão sempre primeiro e, as gentes da nossa terra, são pessoas com magros recursos.
2º Porque são instituições sediadas no concelho e, como tal, todas elas, e exclusivamente enquanto instituições, merecem, como qualquer outra e sem preferencialismos, a atenção do PSD.
3º Porque o município vendeu a um preço vantajoso ( tão vantajoso que o abatimento ao activo imobilizado do Município aprovado de seguida foi, claramente, superior ao produto da venda!) a quinta do Baião, para implementação de um “projecto integrado Agro-Turistico”, à Adiber. Ora é manifesta a falta de capacidade financeira dessa instituição para desenvolver tal projecto nas condições actuais. Tendo, alegadamente essa instituição, sido compelida a devolver ao Leader II todos os financiamentos que tinha obtido. Ora Parece que tal património que era municipal, tem, urgentemente, de regressar ao Município, cumprindo-se o condicionalismo da venda, ou seja, que, no caso de se não desenvolver tal projecto no prazo de dois anos, o património reverteria ao município, existindo, depois de desenvolvido o projecto, ainda assim um direito de preferência em caso de venda a terceiro.
Por outro lado, e se há muito tempo são publicas tais dificuldades financeiras, ficamos perplexos com tal falta de liquidez. Pois, logo que a agora candidata do PS deixou de ter direito, por deixar de ser vereadora, ao veículo da Câmara, a ADIBER apressou-se a comprar-lhe um carro para que ela, Lurdes Castanheira ( mero membro da direcção daquela instituição), usasse, como usa, na sua vida diária Coimbra (onde reside) – Góis ( onde é funcionária da autarquia) e na sua vida politica. E a Santa Casa terá, alegadamente, contratado o seu próprio provedor, José cabeças, para dar consultas de medicina no lar de Vila nova do Ceira, por um avultado salário mensal.
Quanto às erupções de Altruísmo e Voluntarismo que a candidata Lurdes Castanheira faz menção de difundir de si própria, o PSD só tem a dizer que gostaria de perceber se a cedência daquele veiculo é altruísta e voluntariosa para ela ou para a Adiber. E gostaríamos de saber de onde veio o dinheiro para a compra do referido veículo. De algum projecto financiado? Financiado por quem? Algum subsidio da Câmara?
Mas gostaríamos também de saber se existe alguma avença entre Adiber e Lurdes Castanheira ou se ela dá formação naquela instituição, e quanto recebe ou recebeu nestes últimos 3 anos.
Também gostaríamos de saber se existe alguma avença entre Lurdes Castanheira e a Santa Casa e quais os valores.
E gostaríamos de saber, por fim, se recebe e quanto recebe pela direcção técnica do Lar de Alvares, bem como das instituições atrás referidas. Ou se recebe e quanto recebe de algum programa ou projecto dessas instituições.
E só fazemos estas perguntas porque o PSD entende que o Voluntarismo não pode ter contrapartidas, sobe pena de se tornar mero negócio ou oportunismo.
E já não falamos nos objectivos políticos de tais participações de “voluntarismo”.
Contudo, temos de repudiar a atitude da SRª Candidata quando diz que é apenas presidente da assembleia da misericórdia e apenas secretária da direcção da Adiber, pois, toda a gente sabe que é ela a mentora das respectivas administrações e é de lamentar que tenha de se esconder, quando algo corre mal, atrás de figuras de Góis que nos merecem respeito e que também deveriam ter o respeito dela. Não se pode ser auto-designado “salvador” quando as coisas correm aparentemente bem, e apenas mais um na lista quando as coisas correm mal.
Espera, sinceramente, o PSD, que tudo isto seja um equivoco, e que as dificuldades não se arrastem, como parece que já se arrastam na ADIBER, ao foro fiscal ou de comparticipações do Estado, e que essas pessoas atrás das quais Lurdes Castanheira se esconde, não venham a sofrer graves consequências patrimoniais, pois seriam mais famílias de Góis em dificuldades financeiras.
O PSD quer deixar algumas sugestões à candidata Lurdes Castanheira:
1º que não incorpore na sua campanha o lema “perseguida e voluntariosa”, porque ambas as coisas só ela mesma diz de si própria.
2º Que não assuma a figura do “ coitadinha” porque lhe fica, seguramente mal, pois toda a gente sabe que ela sempre foi alguém de incontrolada agressividade política, mesmo contra os seus pares.
3º que não lhe fica bem vitimizar-se à força num concelho em que a Câmara é socialista e, ela, é tão só a presidente da comissão politica socialista.
4º Que não se preocupe com o PSD, pois o PSD nem se lembra que ela existe. O PSD só se preocupa com as pessoas do concelho de Góis, ou com as pessoas cá escolheram viver e com o seu bem estar. Ora não é manifestamente o caso dessa senhora. Mas, uma vez que é presidente da comissão politica do PS, partido do poder, teremos de lhe sugerir que se preocupe mais e encaminhe o seu partido, e os eleitos por ele, a trabalharem mais no bem estar e desenvolvimento do concelho, ao invés de se preocupar tanto com o seu próprio bem estar politico.
5º Que faça uma pré-campanha e campanha limpa e clara e que não diga uma coisa a uma pessoa durante a manhã e o inverso a outra à tarde. Góis é pequeno demais e essa instabilidade de ideias e opiniões acabam por ser debatidas na noite do mesmo dia! E que não ande para aí a dizer que o PSD é contra as instituições, o PSD não é contra as instituições, nem sequer contra as instituições da qual essa senhora faz parte, lembre-se que as instituições não se resumem a ela própria. O PSD até acha que deveriam ser dados mais meios financeiros e técnicos às instituições, o que evitaria que houvesse uma super-instituição a cobrar as candidaturas a projectos nacionais e comunitários. O dinheiro dos projectos deve ser usado na execução das obras e não para pagamento de candidaturas como prestação de serviços. Mas não concordaremos nunca que as instituições sejam usadas para fins políticos.
Em análise do panorama politico de Góis, é notório que a antecipação da auto-proclamação da candidatura de Lurdes Castanheira, e mesmo do aparecimento de uma segunda candidatura, apenas visam servir os interesses socialistas, tratam-se de meros engodos políticos para a população e para a oposição. Estas auto-proclamadas candidaturas servem apenas para desviar as atenções dos problemas graves que o PS bem sabia que iriam surgir naquelas instituições conotadas com as lideranças socialistas do concelho e que podem também bem chegar à própria Câmara Municipal. Querem apenas enganar os eleitores porque, surgindo a público, tais problemas que há muito existem mas estavam camuflados, após o anuncio das candidaturas serem apresentadas, já podem dizer que estão a ser alvo de manobras eleitoralistas, podem vitimizar-se de problemas que só eles próprios criaram.
É óbvio que os auto-proclamados candidatos socialistas farão parte da mesma equipa, e o tempo dar-me-á razão, porque apesar das ameaças, à boca pequena, de Lurdes Castanheira, em avançar para um projecto político independente, nenhum dos candidatos tem coragem politica para o fazer. Estão apenas ambos a disputar lugares políticos e a enganar o povo, acabando, a final, ambos de braço dado ou “empurrando” Lurdes Castanheira para fora de Góis, por falta de condições eleitorais óbvias, nas listas da Assembleia de Republica através das Mulheres distritais socialistas, estrutura socialisto-sectária essa, à qual se pretende candidatar, livrando-se assim dos problemas causados em Góis.
Aliás esta estratégia já não é nova, surgiu de um ensaio que o PS fez nas ultimas eleições autárquicas em Góis, em que também tinha duas listas (a de Girão e a de Cabeças/Lurdes Castanheira).
Esta segunda candidatura de agora surgiu apenas com dois objectivos: desviar as atenções dos verdadeiros problemas que queimarão todas as cúpulas políticas socialistas em Góis. E tentar deixar o PSD em compasso de espera por algum desses candidatos. Aliás, uma das candidaturas já anda a difundir que teria sido abordada pelo PSD, o que é uma redonda mentira. O PSD tem os seus candidatos próprios.
Bem, o PSD não caiu no logro socialista e estamos certos que o eleitorado também não cairá, Portanto restará aos dois candidatos socialistas arrumarem-se numa lista só desde já, ao invés de prolongarem uma tensão inexistente para desviar a atenção de graves problemas que são transversais a ambas as candidaturas.
Uma coisa é certa, não será o PSD a perseguir ninguém, mas falará sempre a verdade. Mesmo que esses senhores se “armem” em vitimas, o eleitorado tem sempre o direito de saber das manobras “sui generis” socialistas. Esses problemas só não surgiram mais cedo porque a Câmara os tem ajudado a protelar com alguns subsídios e através de contratação de serviços à Adiber, sobre proposta desta. Propostas algumas que previam salários extra ou avenças de 600€ mensais para perfis idênticos ao de Lurdes Castanheira e José Cabeças. O PSD não tem, sequer, de se preocupar em fragilizar as candidaturas socialistas, porque estão já ambas destruídas à partida e todos estes estratagemas visam apenas esconder os graves problemas que existem de facto e que só agora começam a ser públicos, mas que são culpa exclusiva das más administrações socialistas. Resolvam mas é os problemas, os que já se sabem e os que se saberão em breve, em vez de os atirarem para inexistentes responsabilidades de terceiros. Resolvam mas é o que interessa verdadeiramente às gentes do concelho de Góis. E, espera o PSD, que não seja o Município a resolver a crise financeira da ADIBER, uma associação que retirou o nome de Góis da sua nomenclatura ( pois era Associação de Desenvolvimento de Góis e da Beira Serra, e passou a ser só da Beira serra) e que tem um raio de actuação sobre 4 municípios, pelo que não tem de ser o dinheiro do povo de Góis a ser usado, sobre a forma de subsídios ou pagamentos de serviços, para resolver problemas financeiros de uma associação da qual fazem parte 4 municípios. Não tire, a ADIBER, dinheiro a Góis, o município mais pobre, para resolver problemas criados com a sua actuação sobre outros três concelhos, todos mais ricos que Góis.
E espera o PSD que a ADIBER não venda a Quinta do Baião, que comprou recentemente por um preço vantajoso à Câmara Municipal de Góis no âmbito de um protocolo. Pois tal possibilidade de segunda venda no prazo de pouco mais de um ano já circula em Góis. Esse património é de Góis e a ADIBER não é nenhuma agência imobiliária. Pelo que, se há outros interessados em fazer o que a ADIBER se propôs fazer e não fez, que devolva ao município de Góis e ao povo de Góis (como, aliás, está expresso no clausulado na escritura) e que encaminhe os interessados para um negócio directo com o Município, assegurando, assim que o lucro obtido com a venda do património de Góis, fique exclusivamente para Góis e para o seu povo e que não seja encaminhado para resolver dívidas de uma associação que actua sobre 4 concelhos.
Que socialismo é esse que quer tirar ao mais pobre para dar aos mais ricos?
Fica o aviso: O PSD não permitirá e levará até às últimas consequências, mesmo com providências judiciais cautelares, se a ADIBER se arvorar em agência imobiliária, que não é, e começar a vender bens que são por direito próprio do povo do concelho de Góis. E não venham depois dizer que são perseguidos!
Por último, ao PSD chegaram depoimentos directos de funcionários da Santa Casa e ADIBER, testemunhando a existência de vários salários em atraso, bem como de pessoas que fizeram parte de projectos de inserção e que foram compelidos a assinar recibos para facilitar a entrega dos valores pelo centro de emprego e que até hoje, já finalizados tais contratos antes do Verão, ainda não terão recebido efectivamente.
O Presidente da Secção Concelhia de Góis do PSD
Abílio Bandeira Cardoso
in Jornal de Arganil, edição electrónica
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