terça-feira, 1 de setembro de 2009

Candosa

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quarta-feira, 22 de julho de 2009

Candosa - Festa em Honra a Nossa Senhora dos Remédios

Após um dia de festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira de Candosa, abrilhantada pelo grupo musical Duo Oásis, a Comissão de Melhoramentos de Candosa organizou um almoço de confraternização, no passado dia 12 de Julho (Domingo), no qual estiveram presentes cerca de 70 pessoas, entre as quais a Dra. Maria de Lurdes Castanheira, amiga e incentivadora dos projectos da Comissão, que muito amavelmente se deslocou à Candosa para nos acompanhar do desfrute de um café. A Comissão tem vindo a crescer lentamente muito graças à boa vontade dos residentes de Candosa e outros naturais não residentes, que vindo de aldeias vizinhas, de Coimbra, Lisboa e até de fora do país fazem questão de estar presentes e prestar apoio em prol do desenvolvimento desta bela aldeia.
Importa dizer que a Comissão reconhece e enaltece todas as ajudas concedidas! Muito obrigado ao Sr. Casimiro Vicente, Presidente da Junta do Cadafaz, pelo donativo que motivou o lauto festim, à Câmara Municipal de Góis pelo suprimento de mesas e bancos, ao Rancho Folclórico da Freguesia do Cadafaz pelo abono de louças e complementos necessários, à Transserrano pelo amável empréstimo das tendas, e a todos os sócios que trabalharam e auxiliaram na confecção e armação das estruturas para que este almoço ao ar livre, no aprazível espaço verde da Capela, tivesse sucesso.
Brinde a mais almoços repletos de um belo convívio e alegria como este!
in www.candosa-viva.pt.vu

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terça-feira, 21 de julho de 2009

I Torneio Inter-Aldeias de Voleibol no Rio Ceira



Candosa estreou o I Torneio Inter-aldeias de Voleibol No Rio Ceira, no dia 11 de Julho, com uma vitória por 1 a 0 sobre Corterredor. Devido ao adiantar da hora de inicio do Torneio, ficou definido e acordado previamente entre as seis equipas participantes, que não iriam seguir as regras habituais do Voleibol definidas pelos três sets mas apenas por um.
Na final, Corterredor e Candosa lutavam pelo título. Estava em jogo o primeiro lugar no 1ºTorneio Inter Aldeias de Voleibol. Corterredor conseguiu abrir o marcador, após várias jogadas de grande nível onde o ataque era a sua maior arma, Candosa limitava-se a defender tal era o caudal ofensivo dos forasteiros. Mas faltava a esta a frieza no serviço para definir as jogadas e marcar a diferença. O jogo corria de forma renhida e equilibrada, as duas equipas mostraram grande vontade em vencer não defraudando as expectativas do público presente. Candosa reagiu bem à pressão fazendo uma grande recta final e conseguiu fechar o set com parciais de 25/22 a seu favor.
Vitória suada mas justa da equipa mais regular ao longo do torneio.
À noite, durante o animado baile, foi entregue uma lembrança às três equipas do pódio. Os certificados de participação para o Colmeal e Corterredor e a taça à equipa vencedora, Candosa.
Uma palavra de apreço aos apoiantes deste grande evento: Câmara Municipal de Góis e Junta de Freguesia do Cadafaz, um muito obrigado pela vossa cooperação!
in www.candosa-viva.pt.vu

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quarta-feira, 1 de julho de 2009

Comissão de Melhoramentos de Candosa organiza Torneio de Voleibol

No fim-de-semana 11 e 12 de Julho, vai realizar-se em Candosa, freguesia do Cadafaz, concelho de Góis, a festa em honra de Nossa Senhora dos Remédios, padroeira da aldeia, que se iniciará no Sábado com a habitual missa às 15:30h.
A Comissão de Melhoramentos de Candosa com o apoio da Câmara Municipal de Góis e Junta de Freguesia do Cadafaz vai também levar a efeito, no dia 11 de Julho, às 17:20h, em Candosa, o “I Torneio Inter-Aldeias de Voleibol no Rio Ceira”.
A Comissão pretende que este encontro desportivo sirva para reunir as aldeias de forma a promover o convívio entre todos os que nele participam e manter vivo o ritual festivo que se prolongará pela noite fora. A equipa vencedora, representante de uma aldeia, irá ser intitulada como campeã do Torneio e será congratulada com uma taça como prémio final. As inscrições são grátis e estão abertas até dia 5 de Julho, podendo ser efectuadas através dos seguintes contactos cm_candosa@hotmail.com ou 964547495. Para informações adicionais, o regulamento encontra-se em www.candosa-viva.pt.vu.
Note-se que a animação continua na zona da Capela com quermesse, jogos tradicionais e o baile às 22horas, organizado pela Comissão de Festas de Candosa, com o grupo musical Duo Oásis.
Finalmente, no dia 12 de Julho, às 13 horas, a Comissão de Melhoramentos de Candosa levará a cabo um almoço para a angariação de fundos. O preço de inscrição será 8 euros, crianças até aos 6 anos não pagam, e a ementa será composta pelas entradas, bebidas, caldo verde, seguido de torresmos com batata cozida e salada e por fim sobremesa, tudo confeccionado por um grupo de sócias que voluntariamente se disponibilizaram para ajudar a Comissão neste tipo de iniciativas.
Quem quiser participar neste encontro poderá inscrever-se pelo número telf.964547495, ou através do e-mail: cm-candosa@hotmail.com até ao dia 5 de Julho.
in www.rcarganil.com

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sábado, 13 de junho de 2009

Candosa - 11 e 12 de Julho: Festa em honra a Nossa Senhora dos Remédios

Programa


11de Julho

Início da festa com aparelhagem "Sons de Verão"

15:30h-Missa em honra de Nossa Senhora dos Remédios

16:30h-Leilão de ofertas

17:20h-I Torneio Inter-Aldeias De Voleibol No Rio Ceira

Quermesse

Jogos Tradicionais

22:00h-Baile com "Duo Oásis"



12 de Julho

13:00h-Almoço da Comissão de Melhoramentos de Candosa

Inscrições até dia 28 de Junho para cm_candosa@hotmail.com ou 964547495

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terça-feira, 9 de junho de 2009

Almoço da Comissão de Melhoramentos de Candosa

12 de Julho de 2009

Faça a sua inscrição até 28 de Junho através do e-mail da Comissão:

cm_candosa@hotmail.com ou 964547495

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I Torneio Inter-aldeias de Voleibol no rio Ceira


I Torneio Inter-aldeias de Voleibol no rio Ceira

11 de Julho de 2009

Inscreve-te e leva a taça para a tua aldeia!


.Equipas de dois jogadores (duplas)

.Inscrições grátis até dia 5 de Julho para cm_candosa@hotmail.com ou 964547495

.Entrega da taça à equipa vencedora no dia do Torneio às 23 horas na Capela
in www.candosa-viva.pt.vu

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segunda-feira, 8 de junho de 2009

Candosa

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sexta-feira, 22 de maio de 2009

Candosa

Fotografia de António D. Santos

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quinta-feira, 30 de abril de 2009

Candosa - Colheres de Pau

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Candosa - Festa de Nossa Senhora dos Remédios

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quinta-feira, 16 de abril de 2009

Candosa Viva

Uma homenagem aos antepassados que construiram um paraíso na terra! Candosa-Cadafaz-Góis-Portugal
Visite www.candosa-viva.pt.vu


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terça-feira, 31 de março de 2009

Candosa - uma aldeia tipicamente serrana

Candosa é uma aldeia tipicamente serrana, a 15 km da vila de Góis, onde é mais forte a simbiose entre as gentes e a natureza, com uma vasta diversidade de valores culturais e costumes. É uma aldeia diminuta em número de habitantes, mas rica em história e grande em formosura e potencialidades, sendo o Rio Ceira o elemento que lhe dá mais beleza, pois o seu trajecto, em conjunto com a Ribeira do Carvalhal, torna-a numa linda peninsula, única na região.
Situada na margem esquerda do rio Ceira, composta por uma mistura de casas, na sua grande maioria de pedra com telhados de xisto, embora algumas rebocadas, contém variados factores atractivos tais como um moinho movido a água, um lagar tradicional, que trabalha através de um sistema de varas, datado do ano 1860, uma ponte de estilo românico e outra em madeira, uma Capela isolada no ponto alto da aldeia com vista para o harmonioso vale e casas rústicas da antiga aldeia de Candosa, sendo agora utilizadas para a guarida de animais (cabril). A natureza que a envolve, também não é excepção, com espécies de flora raras como azevinhos, azereiros, sobreiros, ervideiros, entre outras, e caminhos antigos à beira rio com paisagens deslumbrantes.
A aldeia orgulha-se da sua gente, tem um produtor de mel, um antigo artesão de colheres de pau e pessoas simpáticas e acolhedoras.
O tempo passou mas as características mais importantes e mais marcantes de Candosa permanecem vigorosas. Para a conhecer, há que mergulhar profundamente nas suas raízes, apreciar a sua cultura e compreender a mentalidade da sua gente, deixando-o embrenhar no seu encanto natural.

Venha visitar esta aldeia e torne-se sócio da Comissão de Melhoramentos de Candosa! Ajude-nos a restaurar e preservar uma das aldeias mais bonitas e de grandes potencialidades da região!
Para mais informações, contacte-nos:
Comissão de Melhoramentos de Candosa
Candosa - Cadafaz
3330-015 Góis
cm_candosa@hotmail.com
964547495 (Isabel Martins)
in O Varzeense, de 15/03/2009

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segunda-feira, 30 de março de 2009

COLMEAL - Canoagem no Ceira com a União

O nosso Ceira voltou a colorir-se com os canoístas que no passado dia 21 de Março nos visitaram para mais uma descida.


A “Residencial Martins” à Eira denotava desusado movimento. O fronteiro parque de estacionamento estava completamente lotado.
Faziam-se os últimos preparativos e a animação era por demais evidente. A pouco e pouco o pessoal foi-se dirigindo para a Ponte de onde se iniciaria a descida.
O dia estava espectacular e convidativo para este género de actividades.


Por volta das onze começaram a deslizar rio abaixo apesar da pouca água. No açude da quinta junto aos escombros do velho moinho, alguns tiveram que pegar na embarcação e assim ultrapassar este pequeno obstáculo.



No salto da Cortada, um dos pontos mais emblemáticos e interessantes do percurso, alguns “mirones” aguardavam nos pontos mais estratégicos para conseguirem o melhor ângulo para uma fotografia que mais tarde irão recordar.
Observação cuidada antes do salto e a escolha do melhor ponto de passagem.
Tudo correu bem e até os menos experimentados nestas andanças passaram “com distinção”.

Depois foi o deslizar até à Candosa, linda aldeia da vizinha freguesia do Cadafaz. Alguns troncos ainda no leito do rio não foram obstáculos de monta que amedrontassem os canoístas.



Passado o “túnel” da Sandinha foi num instante que foram chegando à zona do açude da Cabreira, sempre bela com as suas tulhas e o seu lagar que ainda vai funcionando.
Mais uns metros e a descida chegava ao seu termo. Mas o dia não acabava ali.



Depois foi o rumar até à antiga escola primária onde uns torresmos, feitos à moda da região, esperavam pelos canoístas e acompanhantes, muitos deles vindo de longe.

Um agradecimento especial aos associados Mário Martins e Carlos Dias que se empenharam na organização desta descida e naturalmente um grande bem-haja às senhoras do Colmeal que mais uma vez se quiseram associar a este evento com os seus maravilhosos doces. A nossa Delegação no Colmeal, como sempre, empenhou-se activamente nesta realização.


No domingo, os “resistentes” que ficaram no Colmeal voltaram às águas límpidas do Ceira, repetindo um trajecto mais curto entre a Candosa e a Cabreira, onde o rio é mais estreito e a beneficiar das águas que vêm das ribeiras do Sobral e do Carvalhal.

A União Progressiva da Freguesia do Colmeal continuará a proporcionar eventos deste género para que seja possível atrair à nossa freguesia e ao concelho novos visitantes, que poderão vir a ser excelentes divulgadores da nossa região.

P’la Direcção da UPFC
A. Domingos Santos
in
http://upfc-colmeal-gois.blogspot.com

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segunda-feira, 16 de março de 2009

Canoagem no Ceira


No próximo fim-de-semana vamos ter novamente canoagem no Ceira.
A União Progressiva da Freguesia do Colmeal e a Kompanhia-das-águas estão de novo juntas para mais uma descida.
Os nossos associados Carlos Dias e Mário Martins esperam por todos aqueles que são amantes desta actividade para reviverem ou passarem a conhecer estas belas paisagens e um dos rios mais limpos, senão o mais limpo do nosso país.
A União Progressiva dará apoio em termos de alojamento, alimentação e transporte, se necessário. A população do Colmeal dará o seu habitual carinho e hospitalidade.

Os participantes deverão possuir embarcação própria e equipamento completo.
A Transerrano, Lda, que vai colaborar nesta descida, está em condições de poder alugar embarcações e equipamento completo a quem o desejar. Para tal, os interessados deverão contactar a organização e efectuar a reserva o mais depressa possível.

Serão descidos os seguintes percursos:

No SÁBADO (dia 21): Colmeal - Candosa - Cabreira (Percurso 3 + Percurso 4)
Cerca de 10 km, acessível a canoístas com menos experiência (Cl. II/III). Possibilidade de saída a meio, na povoação da Candosa.
O percurso poderá ser alterado de acordo com as condições do caudal no dia da descida.

No DOMINGO (dia 22):
O percurso a efectuar será escolhido no próprio dia consoante a experiência dos participantes e o caudal existente.

No Colmeal será disponibilizado, como de costume, local para dormir. Basta levar saco cama e colchão (espuma).

As inscrições deverão ser efectuadas até 18 de Março (4ª feira), via e-mail, para o Carlos Dias ( charles_dias10@hotmail.com / 93 8311689 /96 7849386 ) ou para o Mário Martins ( 93 3281944 ) que poderão prestar todas as informações necessárias.

O valor da inscrição é de 10,00 € (dez euros) e inclui o seguro de acidentes pessoais (1º dia) e o jantar desse dia. Os acompanhantes pagam 7,00 € (sete euros) - refeição e acolhimento indicados no programa. As crianças até aos 15 anos não pagam nada.

O programa desta Canoagem no Ceira pode também ser consultado em http://www.kompanhiadasaguas.com/Calendr.htm
in http://upfc-colmeal-gois.blogspot.com

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Tomada de posse dos novos dirigentes da Comissão de Candosa

A Comissão de Melhoramentos de Candosa - Cadafaz, concelho de Góis, fundada em 25 de Junho de 1955, vem por este meio informar para os devidos fins, que a tomada de posse dos novos Corpos Gerentes para o biénio 2008_2009, eleitos no dia 19 de Outubro de 2008 em Assembleia Geral, teve lugar dez dias depois, em 29 de Outubro de 2008 em conformidade com o disposto Capítulo VIII, Artigo 23º dos Estatutos da Comissão de Melhoramentos de Candosa, constituídos pelos seguintes elementos:

ASSEMBLEIA GERAL:

Presidente: Fernando Alves Brás Ramos
1ºSecretário: Nelson Filipe Simões Martins
2ªSecretário: Luís Miguel Nunes Martins

DIRECÇÃO:

Presidente: Andreia Catarina Almeida Brás
Secretário: Maria Isabel da Luz Martins
Tesoureiro: Victor Manuel Nunes Henriques

CONSELHO FISCAL:

Presidente: António da Conceição Nunes
1ºVogal: Márcio Paulo Neves Rodrigues
2ºVogal: Acácio de Almeida Rosa


O Objecto social da Comissão de Melhoramentos de Candosa prende-se com a valorização do património cultural e histórico de Candosa, tendo em conta a conservação da natureza envolvente, promovendo através de todos os meios ao seu alcance o seu progresso, actuando de acordo e em colaboração com as autarquias locais respectivas.
São objectivos e atribuições da Comissão:
• Valorização da paisagem rural e cultural da aldeia como referência na afirmação e identidade como aldeia de xisto;
• Defesa e valorização do património arquitectónico da aldeia, promovendo um plano para a sua reabilitação;
• Protecção e valorização ambiental;
• Fomentar actividades culturais, de animação e de divulgação do património;
• Contribuir para a dinamização e diversificação da actividade económica, nomeadamente na área do turismo;
• Cooperar para a dinamização do turismo no Concelho de Góis.
in www.rcarganil.com

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domingo, 1 de março de 2009

Diário de viagem no concelho de Góis

DIÁRIO DE VIAGEM DO JORNALISTA NUNO FERREIRA (EX-EXPRESSO, EX-PÚBLICO) QUE EM FINAL DE FEVEREIRO DE 2008 INICIOU EM SAGRES A TRAVESSIA A PÉ DE PORTUGAL.

CORTA FOGO EM DIRECÇÃO AO CONCELHO DE GÓIS


POVORAIS (GÓIS) VISTA DO CORTA FOGO



A CAMINHO DE POVORAIS



CAMINHO ENTRE TREVIM E POVORAIS



NO TOPO DA SERRA, DO LADO DO CONCELHO DE GÓIS



CASA DE POVORAIS (GÓIS)



"PENA? É POR ALI!" (EM POVORAIS, GÓIS)



POVORAIS (GÓIS)



PENA (GÓIS) VISTA DO CAMINHO DAS FRAGAS



PENA



PENA- AIGRA VELHA (GÓIS)




A CAMINHO DE AIGRA NOVA (GÓIS)



AIGRA NOVA LÁ EM BAIXO



COMAREIRA




FÁBRICA DE PAPEL ABANDONADA EM PONTE DO SÓTÃO (GÓIS)




PONTE DO SÓTÃO (GÓIS) VISTA DA ESTRADA PARA VILA NOVA DO CEIRA



VILA NOVA DO CEIRA, 16 DE OUTUBRO DE 2008



VILA NOVA DO CEIRA-GÓIS A 16 DE OUTUBRO DE 2008




NA SERRA DA LOUSÃ

O homem velho tinha um boné vermelho na cabeça. Cortava rente pinheirinhos inofensivos junto a uma Ford encarnada gasta e sumida, a parte traseira semeada de resina e pedaços desfeitos de toros de madeira. A placa de matrícula era daquelas antigas, de fundo preto e letras e números brancos. Avistei-o do corta-fogo, a uma distância suficiente para não que me avistasse a mim. Quando desci a serra, já a luz ía a meio, cortada em diagonal pelas copas dos pinheiros plantados em filas muito certas e correctas. Passara por uma placa onde lera “maternidade das árvores” e calculara que aquela fosse uma parcela semeada de filhotes, fruto do labor de quem ainda ama a montanha.
O homem velho já estacara e se plantara em frente à dianteira do camião, uma expressão de desconfiança e interrogação no rosto. Não sorriu mas também não foi deliberadamente hostil. “Você anda perdido?” Eu vira-me no topo da Serra da Lousã entre as antenas de comunicações e a pista vazia e solitária do Trevim por volta das quatro da tarde e aventurara-me a descer o corta-fogo que rasgava a encosta como um tobogan enlameado. “Daqui para baixo você não vai a lado nenhum, é só matagal, silvas e pedras”.


Eu queria alcançar as bandas de Góis. Partira de Castanheira de Pêra nessa manhã. Em Outubro, a piscina das Rocas, onde em Agosto milhares de pessoas brincam nas ondas artificiais, está posta em sossego. Não é mais uma piscina, é antes um lago parado e tranquilo, umas palmeiras azuis holywodianas a contradizer todo o restante cenário serrano. Abalei dali sem grande vontade de ficar. “Então, não se faz nada?”, perguntou um de dois varredores numa travessa.
O caminho em Outubro faz-se de folhas amareladas e avermelhadas das vinhas e forra-se das cascas espinhosas das castanhas. Cheira a mosto sempre que me aproximo de uma casa. De vez enquanto alguém assoma a uma janela ou cruza uma esquina. É quase meio dia quanto alcanço o Coentral, o último posto humano antes da liberdade suprema da serra.
Os homens, todos em idade de reforma, rodam os copos no café da aldeia, insultam-se alegremente- “ainda era gajo para te ir ao rabo”-e conversam sobre a castanha. “Eu vendo castanha”, diz um, o mais falador e o que entorna mais líquido pelas goelas. “ Vendo castanha. Não é essa merda que aparece lá na feira de Castanheira”. Um aldeão expectante solta umas fumaças junto à porta. Escuta a conversa e goza o sol primaveril de um Outono reluctante. Não chove, não faz frio, é a primavera na serra em Outubro. Um fio curto de água a lamber as rochas é tudo o que resta da cascata do Coentral. “A ribeira está quase seca”, lamenta uma mulher.
O outro a dar-lhe com a mesma lengalenga. “A minha castanha é castanha. E não a vendo a dois euros como alguns. Um euro e meio e há um aí que não leva nenhuma este ano”. Faz-se silêncio, um vazio calculado para que o outro homem possa perguntar “quem?”. “O António. Encomendou-me dez quilos ano passado e ainda cá faltam os 15 euros. Este ano vá pedir a outro”.
Dali para cima são mais uns cinco ou seis quilómetros até à Capela de Santo António da Neve e aos neveiros. Reza a História que terá sido o neveiro da casa real que a mandou construir no século XVIII, de seu nome Júlio Pereira de Castro, para que as pessoas que trabalhavam então nos neveiros pudessem assistir à missa. Ali não há ninguém, nada a não ser um silêncio perturbante. Calco pequenos troncos entre ervas macias e verdes, respiro o ar puro e absoluto da Lousã e espreito os neveiros vazios. São redondos, em pedra, grandes o suficiente para armazenar ali durante o inverno a neve que abastecia no Verão a corte e a “Casa das Neves”, o Café Martinho da Arcada, em Lisboa.
Um pouco mais acima fica a pista de aviação do Trevim. Alguém, amante da natureza, escreveu em defesa dos veados livres na pequena casa assombrada que dá assistência aos aviões na época dos fogos. Agora, pode-se pular, dançar, cantar, inalar com todo o tempo do mundo os ares que cruzam a fronteira invisível do concelho de Castanheira de Pêra e o de Góis.
O homem velho do boné vermelho vira-me a descer furiosamente o corta-fogo que rasga a encosta desde o cabeço e na aproximação ao camião, estacou. Sabia que dali o incauto caminhante não passava mais. “Para as bandas de Góis? Você vai ter que andar muito. Está a ver aquela aldeia ali do outro lado, chama-se Povorais. Siga por esse caminho aí à direita, sim, esse aí e vá sempre em frente mas vai ter que andar muito”.
Caminhei até me doerem as barrigas dos músculos das pernas. Um solitário alcoolizado dormitava junto a umas placas tortas a indicarem Povorais para um lado e Góis para o outro. “Bocê num sabe, bocê num sabe…Góis é loonge”. A boca parecia um saco de batatas. Segui o conselho do homem velho. Desisti da estrada de asfalto e segui de novo pela terra batida. Povorais é um pequeno amontoado de casas perdido no verde da encosta.
“Você agora vai sempre em frente até à Pena, sempre em frente”, gritou uma mulher. “Vai sempre em frente”. Cocei a cabeça à medida que o tapete verdejante se foi estreitando. A princípio, perdi-me junto a um galinheiro e umas hortas. Mais tarde, a trilha dividiu-se em três. Sempre em frente? Calculei a aldeia da Pena do lado direito. Dei por mim atolado num carreiro enlameado, entre fragas. Até que ela apareceu, a Pena, o casario muito lá em baixo numa correnteza encosta acima, os telhados muito vermelhos, vozes de crianças a ecoarem no vale.


Seriam umas sete da tarde quando cruzei a ribeira da Pena, os penedos já cobertos pela sombra. “Café? Só no Esporão, mas ande depressa, ainda vai ter que andar bem até ao Esporão”. Cheguei ao restaurante regional do Esporão a tempo de devorar um jantar de lombo e vinho e em conversa com um pedreiro de Arganil, atendido por uma moça de óculos graduados a sorrir muito por detrás do balcão. “Qualquer coisa é só pedir. Castanheira de Pêra a pé? Isso são muitos quilómetros…”


DIÁRIO DE VIAGEM

Estou agora pelas bandas de Góis sem o apoio confortável de uma publicação mas mais determinado do que nunca a ir até ao fim. Temos um país lindíssimo, seguro e fantástico e fingimos que não sabemos, entretidos a ler as colunas diárias dos jornais sobre a crise. Por mim, que se lixe a crise. Aqui respira-se ar puro.



OUTONO EM GÓIS



GÓIS, OUTUBRO DE 2008



PONTE EM GÓIS



CASTANHAS ENTRE GÓIS E CABREIRA



FOLGOSA AO LONGE



PAÍS VAZIO



CABREIRA





ENTRE TARRASTAL E CADAFAZ (GÓIS)



CADAFAZ (GÓIS)





CANDOSA (GÓIS)



COLMEAL (GÓIS)



PERDIDO NO BOSQUE (ENTRE COLMEAL (GÓIS) E CEPOS (ARGANIL)




OUTUBRO EM GÓIS

O frio chegou de repente vindo dos penedos da Pena, varreu os camiões estacionados em frente aos restaurantes de estrada do Esporão, soprou pelo vale de Góis e trepou pela Cabreira em direcção a Arganil. Afugentou as gentes para dentro das lojas, arrastou folhas amarelas e avermelhadas, invólucros espinhosos de castanhas e a ramagem seca e outonal dos plátanos para o Ceira. Até os cardumes de peixes fugidios e pequeninos a correr atrás uns dos outros por entre as pedras pareciam querer fugir da súbita invernia. “Oh Dona Maria, faça-me um favor, feche-me essa porta”, pediu a dona da padaria, entre o quente aconchegante dos fornos e a rispidez gelada do vento entrando pela porta de madeira branca entreaberta.
Na serra, entre curvas de asfalto, as bermas cobertas de castanhas, um fumo branco de queimada ergueu-se no verde desfocado e triste da encosta contrária, mal se distinguindo entre o cinzento aborrecido do céu e a silhueta enevoada dos penedos de Góis. “Dão granizo para amanhã e neve para a Serra da Estrela”, diz um homem desocupado, de mãos nos bolsos, procurando conversa junto de outro a trabalhar uma latada. “Isto ainda não é nada”, responde o outro secamente, dirigindo-se para junto de uma pequena casa de xisto, a porta da garagem autenticada com a inscrição a branco “Garagem do Pirolito”.


Num dia de semana de Outubro, poucas pessoas se dão a ver na Cabreira. Uma avó cuida do neto e da filha na solidão do Café e Esplanada “Sonho da Juventude”. Uma idosa conversa com a vendedora de peixe que acaba de parar a carrinha na pequena praça da povoação. Dois homens consertam um algeroz junto ao restaurante “Tranca da Barriga”. Dois velhos espantam o frio sentados na tasca do taxista da Cabreira, que os ouve desfiar histórias requentadas e lentas à frente de dois copos de vinho a 30 cêntimos. “E eu ontem procurei-la, ela disse que ele 'teve um acidente mas que já saíu do hospital. Atão não era de vir falar co' a gente?” O segundo idoso, boina preta cobrindo a cabeça redonda e branca, esfrega demoradamente o queixo, depois o maxilar inferior como se acariciasse uma barba imaginária e aperta os beiços antes de levar o copo à boca: “Para quê? Ela não quer falar com vocês”.
A caminho da aldeia fantasma do Tarrastal, as copas de eucaliptos magrinhos chiam por cima da minha cabeça como baloiços. Soam vozes distante de homens e moto serras, algures perdidos na serrania. Um casal trabalha uma horta num vale perdido sem nunca dar pela minha presença. Umas botas de montanha repousam junto à porta de madeira de uma casa de xisto.


No Cadafaz, duas idosas irrompem de um beco conduzindo as últimas cabras da serra: “Está muito frio, sim senhor”, diz uma entre um sorriso envergonhado meio encoberto por uma manta de lã. A aldeia prolonga-se num casario que corre o topo da encosta de um lado ao outro, desemboca numa capela junto a um miradouro e segue pela Rua Doutor Oliveira Salazar, num misto de xisto e tijolo. Nos fundos da aldeia, espantando a solidão, um homem: “Tantas casas e tão poucas pessoas, não é? Vou p'ra dentro que está a ficar frescalhote”.


FUNERAL NA SERRA

Um homem vestido com uma samarra escura passa por mim ainda eu tenho a vista presa ao Ceira iluminado pelo sol das duas da tarde que corre entre pastos verdejantes da Candosa. O homem ultrapassa-me em passos largos e caminhada de aldeão. Quando dou por ele já está a ler um papel branco com letras pretas. Depois, desaparece entre pinheiros e eucaliptos, para lá da curva. “Gostava de ter a pedalada dele”, penso. O papel anuncia o funeral de Manuel do Colmeal.


Quando chego à aldeia, uns três quilómetros adiante, já um magote de gente se vai juntando no largo perto de um café. “Lá se foi o Manel, era o seu destino...”, comenta um homem de suíças e popa à Elvis Presley vestindo um blusão preto de cabedal. “Chega a vez a todos, não é?”, diz a mulher que atende no café da terra. “Serve-me um copo”, diz o homem. “Tinto ou branco?” O homem das suíças acizentadas e grisalhas como cinza num rescaldo encolhe os ombros: “Tanto faz. Pobre do Manel. 'Inda era novo, não era?” A mulher, as mãos embrulhadas num casaco de malha, por cima do balcão: “Então não era...59 anos. Olha, este é que não teve sorte nenhuma na “bida”. Depois do primeiro acidente, disseram-lhe para parar de trabalhar. Continuou, teve o segundo acidente”. Um segundo homem entra no café, depois um terceiro, mais um quarto. “Não bebem nada?”, pergunta o homem das suíças grandes. “Pode ser um copito”, diz um. “Eu não posso, pode ser um sumo”, diz outro, muito magro, um homem jovem precocemente envelhecido, a pele seca e esticada no pescoço, os olhos avermelhados. “O segundo acidente foi de quê? Não caíu de um aindaime?” A mulher serve mais copos: “Olhem que vocês hoje têem de me ajudar, o patrão 'tá para o funeral e eu estou para aqui emprestada. As minis já sei que são 55...o copo de vinho? Trinta?”
Lá fora, uma multidão silenciosa de vultos negros cerca a Igreja branca erguida entre ciprestes no topo de um monte. Tudo o que se ouve no vale perdido na serra é o “vxxxxxhhhhh...” das eólicas pairando como fantasmas brancos sobre o Colmeal.


“É às quatro, não é?”, pergunta um homem encostado a um calendário com uma paisagem de uns picos de neve muito brancos e um vale muito verde. Por cima, há raposas, um esquilo e um mocho empalhados. Ao lado, uma lareira. “Se for o padre Xavier, é às quatro. Com ele, não há atrasos. Se fosse o padre Carlos...” A mulher sorri: “Ui, esse nem amanhã...” Está escrito que o funeral do Manel do Colmeal é uma oportunidade para os cada vez menos habitantes da serra se juntarem. Veio gente de Góis, do Cadafaz, de Cepos, da Cabreira. Todos conheciam o Manel. “Ele tinha invalidez e continuava a trabalhar...Não era homem de parar. Deixou para aí obras espalhadas...” Um aldeão não perde tempo: “Os filhos acabam-nas, “num” é? É para isso que servem os filhos”. A mulher ao balcão: “Eles são muito trabalhadores...” Até que alguém ganha coragem depois de mais um copo: “Afinal, de que morreu o Manel?” O Manuel, já andava mal do fígado e vesícula, terá falecido de um fulminante cancro no pâncreas. “Pobre Manel, foi o dia dele”.


Lá fora, o largo deserta. A serra encolhe-se de frio. Um a um, os homens vão saíndo. As mulheres há muito que estão na Igreja. O café esvazia. Só lá fica um idoso de bigode escuro, boina preta e olhos de raposa, as maçãs do rosto rosadas. “Eu já não tenho pernas para acompanhar o funeral, vou beber mais um copito. Coitado do Manel, este já não vai ao meu funeral. Dá-me lá mais um copito”.


DIÁRIO DE VIAGEM


Passei os últimos dias a descer e subir a serra, de Góis à Cabreira, por aldeias perdidas como Cadafaz e Colmeal(...).

Fotografias de Nuno Ferreira
in http://portugalape.blogspot.com

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