quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Capela de São Sebastião - Góis


Fotografias de João R. Costa

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Comeal - União Progressiva promove festa de Natal

A União Progressiva da Freguesia do Colmeal vai realizar, no próximo dia 16 de Dezembro, pelas 11 horas, no Centro Paroquial Padre Anselmo, a Festa de Natal para os mais pequenos. O espaço vai ser pequeno para receber tanto calor, amor e carinho.
Não são tantas crianças como há uns anos, mas vamos ver novamente caras alegres e olhos curiosos para verem as prendas que lhe estão destinadas.
Um lanche para todos com a particularidade de, mais uma vez, os doces serem confeccionados pelas senhoras do Colmeal.
in Jornal de Arganil, de 29/11/2007

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Liga de Aldeia velha e Casais celebrou 43 anos


A Liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais comemorou no passado sábado, dia 24, o 43.º aniversário. A sede ficou completa de associados e amigos da agremiação regionalista, o que deixou o presidente da colectividade quase sem palavras, Manuel Duarte expressou o carinho com que estava a receber os convivas e enalteceu o apreço demonstrado pela população ao Jornal de Arganil. "É bom sentir que as pessoas aparecem, é o que nos dá satisfação", vincou, por ser um trabalho gratuito. Actualmente a obra prioritária está ligada à sede, onde foi feito um anexo, por necessitar de um espaço de arrumo. Está ainda encomendado um projecto para fazer um forno, grelhador e sala de serviços, não só para manter património, mas também para ter as acessibilidades congregadas na Casa de Convívio. O trabalho está a ser desenvolvido, no entanto lamenta a falta de ajuda, ultrapassada por vezes com a realização de leilões. Aliás, a Câmara Municipal é a principal entidade à qual Manuel Duarte aponta o dedo. "A Câmara fecha-nos as portas, não nos deu nada, nem para a Casa, nem para esta obra", reclamou. Angariar fundos não se torna tarefa fácil, mais quando quotização era diminuta. "Havia quotas de 0,60 euros, que nem sequer dava para o correio", atentou, até porque, "normalmente damos um bolo rei pelo Natal aos idosos e mandamos um cartão de aniversário para cada associado". Assim, a pouco e pouco vai sendo aumentada, entre 10 a 12 euros por ano. A sede é o "orgulho", cuja mais-valia é a possibilidade que oferece em acomodar um visitante ou turista, já que tem um quarto equipado para receber um casal.
Com cerca de 300 associados, Manuel Duarte está há dois anos na direcção. O quadragésimo oitavo associado foi "empurrado" para a presidência, sob pena da Liga ficar sem comando nos órgãos sociais. Em Fevereiro realiza-se a Assembleia-geral para a entrada de novos órgãos directivos, mas sem a recandidatura de Manuel Duarte. Quando organizou a lista, chamou pessoas para conseguir integrar na colectividade, mas lamenta não haver "grande interesse do pessoal novo. Gostam de vir a Aldeia Velha, mas como não há atractivos, fogem". Assegura que não fará parte de uma lista, mas garante também que dará apoio aos que forem eleitos. "Ficarei sempre na colectividade. Não viro as costas a ninguém", afirma, defendendo a rotatividade dos associados na presidência. Para já, não tem conhecimento de nenhuma lista a sufrágio.
Henrique Vaz Mendes, presidente da Junta do Colmeal e da Assembleia-Geral da colectividade, foi um dos fundadores da liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais, a 15 de Novembro de 1964. Em dia de aniversário, recordou o trabalho que tem sido feito, entre arruamentos, instalação eléctrica, calçada, entre outras, cuja obra inicial foi a ampliação do abastecimento de água. Saudou os melhoramentos feitos, mas defendeu a ideia de que a missão actual das comissões de melhoramentos sejam diferentes. Revelou o papel reivindicativo das colectividades, dando-lhe, ao mesmo tempo, responsabilidades culturais. Uma opinião partilhada pelo presidente da União Progressiva do Colmeal, que delegou às comissões actividades em torno da cultura e lazer, e ao Município outras obrigações.
Diana Duarte
in Jornal de Arganil, de 29/11/2007

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Estevianas - Aldeia que não é esquecida

Foi no dia 3 de Novembro que mais uma vez o povo de Estevianas marcou a sua presença, foi sem dúvida mais um dia de alegria, foi mais de uma centena de pessoas que marcou presença, isto enriquece a nossa terra parece que tudo está a renascer de novo, hoje quero-vos dizer que valeu a pena o esforço das mulheres de Estevianas porque a elas o devemos. Tudo começou com a iniciativa dessas senhoras e no final de mais um ano quero pedir-vos a todos que não parem de lutar, que ajudem todos aqueles que queiram organizar outros convívios, eu ou vocês, foi maravilhoso e é sempre pelo povo de Estevianas, que trabalhamos nesse sentido aqueles que não estão de acordo que fogem a realidade, que nada está bem que se julgam grandes regionalistas, tem a liberdade de fazê-lo melhor e por hoje resta-me desejar a todos os sócios e amigos desta comissão (de Estevianas) um Santo e Feliz Natal. Um Ano Novo cheio de paz e alegria. E de toda a Direcção um abraço amigo.
in Jornal de Arganil, de 29/11/2007

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Saião

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Grande encontro festivo na Casa do Concelho de Góis

A Casa do Concelho de Góis encheu-se no passado sábado para assistir ao magusto da Comissão de Melhoramentos de Vila Nova do Ceira, que teve a presença do Grupo de Músicas e Cantares Tradicionais, que veio da localidade, tal como já aconteceu o ano passado e foi recebido com muito agrado pelas músicas e cantares que apresentou. É um agrupamento de seis homens e seis mulheres, liderado pelo eng. Adriano Baeta Garcia. É um agrupamento com qualidade, que nos apresentou músicas e cantares populares que agradaram à assistência.
Como «aperitivo» para este encontro que reuniu mais de 150 pessoas, tivemos ainda a apresentação do livro de Adriano Pacheco, «Dez Réis de Gente», que já tinha sido apresentado em Vila Nova do Ceira.
Foi assim uma festa muito concorrida, que bem revelou a importância da Casa do Concelho de Góis para receber nestas ocasiões os goienses nas iniciativas das suas colectividades regionalistas, ou individuais de carácter cultural.
À sessão da apresentação do livro de Adriano Pacheco, presidiram José Matos Cruz, eng. João Coelho, Helena Moniz, em representação da Câmara Municipal de Góis, e o próprio autor.
Todos falaram sobre o livro e o seu autor, que continua a ter uma actividade literária intensa, revelada noutros livros que tem já publicado, recorrendo especialmente à poesia e à ficção, sem deixar de abordar temas regionais.
Tal como ele próprio afirmou, "Passados oito anos, aqui temos o «Dez Réis de Gente» que fala de nós como povo; alguém que passa despercebido sem se dar conta dele, passando algum tempo, é vê-lo a trepar pelos penhascos acima, para chegar ao topo, sem atropelar ninguém".
Com capa de A. Mourato e prefácio do eng. João Coelho, o livro será futuramente lançado também em Pedrogão Grande, um concelho vizinho e muito ligado a Alvares, a terra de Adriano Pacheco. «Dez Réis de Gente», é um livro de memórias, de afectos e de solidariedade onde as palavras cheiram a povo. Um livro que Adriano Pacheco escreve com imensa paixão pela sua terra e em inteira identidade com as suas raízes, alargadas estas à Beira-Serra beirã - escreve no prefácio João Coelho".
Adriano Pacheco agradeceu o interesse que têm revelado pelo seu livro, inclusivamente as palavras que ali lhe foram dirigidas, à Casa de Góis e à ADIBER que lhe deu o seu apoio e colaboração na edição, afirmando a concluir a sua intervenção: "Se ouvirem falar, com entusiasmo, das tardes soalheiras do Outono, das águas mansas em escaldante Verão e do pôr do sol deslumbrante no cume dos montes: orgulhem-se porque é da vossa terra que estão a falar".


Um magusto que acabou por ser um jantar com muitos varzeenses
Após a apresentação do livro, o magusto da Comissão de Melhoramentos de Vila Nova do Ceira, a cuja direcção preside José de Matos Cruz, que acabou por ser um jantar em que não faltou comida para todos. E eram muitos, enchendo a casa como raramente se tem visto.
De Vila Nova do Ceira veio uma «embaixada» em transporte cedido pela Câmara Municipal de Góis, sempre pronta a colaborar com as colectividades regionalistas.
O magusto é sempre motivo de encontro e de convívio, que as nossas colectividades regionalistas não perdem. E esta presença dos varzeenses que vieram da terra, com o seu belo conjunto musical e com ofertas para o leilão, foi muito significativa, como acontece sempre nestes encontros regionalistas em que as pessoas se encontram e convivem tendo sempre perante as origens comuns.
Aquela Casa, presidida por um varzeense, José Dias Santos, com os colegas da direcção a darem a ajuda necessária, mostrou toda a sua disponibilidade para estas festas, revelando uma vez mais a sua importância como local de encontro e convívio dos goienses.
As músicas e cantares, apresentadas por Lurdes Alvarinhas, foram ouvidas com agrado e muito aplaudidas, o que revela bem o interesse e a qualidade que lhes estão inerentes. O reportório foi longo e variado e todos se mostraram encantados com a sua apresentação.
Para ajudar às despesas, foi feito um leilão de ofertas, em que revelam a sua compreensão os ofertantes como aqueles que intervieram no leilão, conscientes de que estas iniciativas tenham êxito. E este magusto/jantar foi um autêntico êxito. A Comissão de Melhoramentos de Vila Nova do Ceira fez recordar encontros doutros tempos, em que a colectividade marcou posição de relevo no nosso meio regionalista em Lisboa, em que tanto se empenharam figuras de destaque que não se esquecerão facilmente.
José de Matos Cruz, naturalmente satisfeito com esta iniciativa, agradeceu a todos a ajuda que deram para que este encontro redundasse em êxito, revelando a embaixada que veio de Vila Nova do Ceira e a disponibilidade daquela Casa, que é a casa dos goienses em Lisboa, presentemente com um varzeense a presidir à direcção.
António Lopes Machado
in A Comarca de Arganil, de 27/11/2007

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Troço da EN2 vai ser requalificado

A Estrada Nacional 2, entre o km 272+610 e o km 275, vai ser alvo de beneficiação, numa obra que ascende aos cerca de 275 mil euros. O protocolo, que acorda a reabilitação de 2390 metros do troço, foi assinado entre o presidente da Câmara de Góis.

Segundo o edil goiense, o protocolo reveste de “grande significado” para o concelho, já que representa mais um ponto a favor na luta contra a desertificação da serra. Nesse sentido, manifestou o apreço pela celebração do acordo, que irá permitir inverter a situação. “Sou autarca há mais de 25 anos, estava já com esperanças perdidas de tantas promessas falhadas de Governos anteriores” expressou, congratulando no entanto o Secretário de Estado por estar a “olhar com carinho” para a zona do Alto Distrito de Coimbra, “desprotegida”, nas suas palavras. O autarca aproveitou ainda a presença do governante para agradecer a beneficiação na Estrada Nacional 342 -Lousã/Góis/Arganil - e o estudo prévio para a mesma com extensão até Coja. Reconhecendo-lhe mérito pela atenção dada ao concelho, fez um pedido para que a «Capital do Ceira» se desenvolva e modernize-se. Considerando que o tem condições para ficar mais acessível e atractivo, apelou ainda a mais apoios, já que entende haver obras que só conseguem ser realizadas ajuda governativa. “As acessibilidades são um dos factores mais importantes para o desenvolvimento de qualquer território, quer seja ao nível económico, empresarial, social e cultural e no caso concreto de Góis, ao nível do turismo”. Para tal requiriu que este não esqueça o concelho nos próximos Orçamentos, nomeadamente na ligação do território para Sul, ao IC8 Pedrógão Grande, com a reparação do troço de 10km entre a Portela do Vento e Alvares. Para Norte, equacionou a possibilidade de ser reclassificada a EN2, entre Góis, Vila Nova de Poiares e o IP3, declarando, no entanto, não ter meios para a sua manutenção.

Convicto de que a melhoria das acessibilidades vai permite dar a conhecer a paisagem da Serra goiense, Paulo Campos esclareceu que o que está a ser feito na EN 342 com beneficiação interligação com a sede de município na EN2, e o que vai ser executado na nova EN 342 “é franquear acessibilidades a todos os que aqui vivem, criando uma ligação entre a zona norte e sul do distrito”. Uma ligação que disse ser “relevante” e que vai unir Coimbra ao interior e que só por “desleixo” não foi possível proceder ao reforço da coesão territorial. “Esta é um terra que merece”, sublinhou, alertando para que o investimento seja aproveitado pela autarquia. Em resposta aos pedidos de Girão Vitorino, o Secretário de Estado garantiu estar “empenhado” na resolução dos problemas de acessibilidade.


Estudo prévio da EN 342

O fim da cerimónia protocolar foi concluída com a apresentação do estudo prévio da futura nova Estrada Nacional 342, que abrange os concelhos da Lousã, Góis, Arganil e Tábua, num extensão de 34 km, com uma velocidade base de 80km/h (60km/h mínimo). O custo estimado para a obra é de 50 milhões de euros, cujo prazo de execução é de 15 meses.

Recentemente concluíram-se as obras de beneficiação da Estrada. Houve intervenção ao nível do pavimento e alargamento, onde se procedeu à colocação de sinalização e protecção.
Diana Duarte
in Jornal de Arganil, edição electrónica

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quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Igrejas


Fotografias de Paulo Afonso

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Acções de Formação em Góis

No âmbito do PROGRIDE - Progredir em Igualdade e Cidadania, a Santa Casa da Misericórdia de Góis em parceria com a ADIBER - Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, informa que estão ainda abertas as inscrições para quem pretenda frequentar as seguintes acções de formação: "Montagem e Desenvolvimento de Projectos", turma 2; "Associativismo - Projectos de Desenvolvimento Local", "Linguagem e Comunicação" - nível 1 e "Linguagem e Comunicação" - nível 2.
No final de cada um dos cursos, os formandos terão direito a um Certificado de Formação.
Os interessados devem inscrever-se no Centro Cívico e Cultural de Góis, sito no Largo Francisco Inácio Dias Nogueira - Góis ou através do telefone 235778065 ou e-mail: progride.gois@gmail.com.


Curso de "Montagem e Desenvolvimento de Projectos" já começou
O curso de "Montagem e Desenvolvimento de Projectos" teve início no passado dia 6, irá decorrer todas as terças e quintas-feiras, das 18-30 às 21-30 horas, na ADIBER e terá uma duração de 46 horas.
Actualmente, as sessões deste curso contam com a presença de 16 formandos e, uma vez que existem mais interessados, prevê-se a realização de um novo curso com a mesma temática e a mesma duração. No final, os formandos terão direito a um Certificado de Formação.
A realização deste curso é resultado de uma parceria entre a Santa Casa da Misericórdia de Góis e a ADIBER - Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, no âmbito do Projecto "Progredir em Igualdade e Cidadania".
in A Comarca de Arganil, de 27/11/2007

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Desemprego no concelho de Góis - estatísticas do mês de Outubro/07

No final do mês de Outubro de 2007, a procura de emprego por parte de habitantes do concelho de Góis, registava um total de 108 inscrições. Neste mês registaram-se 20 novas inscrições. Estes desempregados dividia-se da seguinte forma:

- Desemprego registado segundo o género
Homens: 38
Mulheres: 70

- Desemprego registado segundo o tempo de inscrição
Até 1 ano: 74
1 ano e mais: 34

- Desemprego registado segundo a situação face ao emprego
1.º emprego: 12
Novo emprego: 96

- Desemprego registado segundo o grupo etário
Menos de 25 anos: 20
25-34 anos: 31
35-54 anos: 43
55 e mais anos: 14

- Desemprego registado segundo os níveis de escolaridade
Inferior ao 1.º Ciclo EB: 8
1.º Ciclo EB: 27
2.º Ciclo EB: 23
3.º Ciclo EB: 21
Secundário: 18
Superior: 11

- Desempregados inscritos ao longo do mês de Outubro
Homens: 9
Mulheres: 11

- Ofertas de emprego recebidas no mês de Outubro para o concelho de Góis
Número de ofertas: 3

- Colocações efectuadas durante o mês de Outubro
Homens: 1
Mulheres: 3

- Desempregados inscritos por motivos de inscrição (movimento ao longo do mês)
Ex-inactivos: 5
Despedido: 1
Despediu-se: 4
Despedimento por mútuo acordo: 0
Fim trabalho não permanente: 8
Trabalho por conta própria: 2
Outros motivos: 0

Fonte: IEFP,I.P.

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Esporão


Fotografias de Paulo Afonso

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Em Góis vão ser investidos 275 mil euros para beneficiar a EN2

Foi assinado, na passada quarta-feira, 21, o protocolo relativo à beneficiação da EN2 entre o km 272,610 e o km 275, entre a Câmara Municipal de Góis, na pessoa do seu presidente, José Girão Vitorino e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, acto ao qual presidiu o Secretário de Estado Adjunto das Obras Públicas e das Comunicações, Paulo Campos. Trata-se de um investimento orçado em 275 mil euros, que se destina a reabilitar o troço da E.N. n.º 2, numa extensão de 2.390 metros.
Girão Vitorino sublinhou a acção levada a efeito destacando que "tem grande significado para o concelho de Góis". "Sou autarca há mais de 25 anos, estava com as esperanças perdidas de tantas promessas falhadas dos Governos anteriores, as quais ninguém cumpriu", mas acrescentou que o secretário de Estado "está a olhar com carinho para esta zona desprotegida do Alto Distrito de Coimbra", disse o edil, congratulando-se pelo acto que se estava a celebrar, referindo que as promessas a que Paulo Campos se tinha proposto cumpriu.
Girão Vitorino aproveitou para lembrar que o responsável "prometeu que a E.N.342 - Lousã/Góis/Arganil, nesta 1.ª fase, iria ter uma intervenção a nível de pavimento e alargamento onde fosse possível colocação de sinalização e protecção e a obra está concluída", frisou, acrescentando que "prometeu o estudo prévio para a E.N.342 entre Lousã e Góis, Arganil e Coja, com a variante a Góis e cumpriu, o estudo está no terreno", adiantou.
Uma vez que as acessibilidades são um dos factores mais importantes para o desenvolvimento de qualquer território, "quer seja ao nível económico, empresarial, social e cultural e, no caso concreto de Góis, ao nível do turismo", entende o autarca de Góis, que aproveitando a presença de Paulo Campos alertou para novas artérias, referindo "em próximos orçamentos não se esqueça, caso seja possível, da nossa ligação para sul, ao IC8 em Pedrogão Grande, com a reparação do troço de 10 km entre a Portela do Vento e Alvares", adicionando também para norte a Estrada Nacional n.º 2 "está desclassificada, entre Góis, Vila Nova de Poiares e IP3", e deixou o apelo para que de futuro possa ser equacionada a sua reclassificação, "já que não temos meios para a sua manutenção", disse.
O presidente entende que Góis necessita de dar o salto para a modernização e para o desenvolvimento, todavia "sem uma boa rede rodoviária é completamente impossível", mostrando-se confiante no apoio do Secretário de Estado nestes próximos seis anos, referindo que "todos também vamos lutar para que concretize, igualmente, os seus projectos ao nível da sua Secretaria de Estado".
Paulo Campos agradeceu as palavras proferidas, manifestando a sua satisfação por vir a esta zona do país, referindo que "sempre esteve no meu coração e vai continuar a estar", pois considera que "há poucas coisas em Portugal tão bonitas como aquelas que podemos presenciar quando visitamos Góis". E neste sentido, "o que pudermos fazer, nomeadamente na melhoria das acessibilidades", para que mais pessoas venham ver a "beleza desta terra", será uma mais valia, salientando que "o que estamos a fazer na E.N. 342 com a beneficiação na interligação com a sede do município na EN 2, e o que vamos fazer com a nova EN 342, é franquear acessibilidades a todos os que aqui vivem, criando uma ligação que é fundamental entre a zona norte e sul do distrito".
Esta é uma ligação que Paulo Campos entende ser "extremamente relevante", e que "só por desleixo e esquecimento ao longo dos anos não foi possível aprofundar" e para o efeito "é isso que estamos a fazer, é uma opção estratégica que este plano tem", no sentido de "reforçar aquilo que temos vindo a transmitir com o reforço da coesão territorial" e também ligar a cidade de Coimbra ao interior.
E neste contexto, o governante falou que "estamos a dar sequência ao trabalho a que nos propusemos", realçando que "se trata de um passo decisivo para a concretização", declarando que "não há nada melhor e mais motivador para um governante, que é poder sair do seu gabinete e verificar que aquilo em que se trabalha todo o dia está a ser feito".
Por isso, o responsável disse: "fico com um orgulho acrescido, pois o município de Góis é uma terra que merece o que estamos aqui a fazer", referiu, desejando que Góis "tenha condições para aproveitar esse investimento".
Da parte do Governo, o Secretário de Estado, garantiu que "estamos empenhados em tudo fazer para que os problemas das acessibilidades sejam resolvidos" a proveito do desenvolvimento da região, na convicção de que todos juntos "os autarcas, o governo, os agentes económicos, a população, tudo vamos fazer para conseguir um futuro melhor para todos" e para o desenvolvimento da terra.
No final da cerimónia procedeu-se ainda à apresentação do estudo prévio da variante E.N. 342 que abrange os concelhos de Lousã, Góis, Arganil e Tábua, numa extensão de 34 kms, estando orçada a estimativa do custo da obra de 50 milhões de euros.
in A Comarca de Arganil, de 27/11/2007

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Reunião alargada da Comissão de Melhoramentos de Ádela

A direcção da Comissão de Melhoramentos de Ádela reuniu, em 17 do corrente, em Lisboa, na Casa do Concelho de Góis, tendo convidado para este encontro o presidente da assembleia geral, o antigo presidente da direcção, bem como os membros suplentes da mesma, por se irem abordar assuntos que de alguma maneira extravasam a sua competência.
Assim, após cumprir a ordem de trabalhos da reunião da direcção onde, entre outros assuntos, mandatou dois elementos para assinarem a escritura da aquisição da Casa do Cimo, entrou-se numa discussão mais abrangente, sendo focada principalmente na construção da Casa de Convívio, em relação à qual a direcção informou ter já efectuado o respectivo registo matricial e ser sua firme vontade levar a efeito a respectiva construção.
Para tal efeito, questionou os presentes no sentido da apresentarem propostas relativas à forma de aquisição de fundos, tendo sido alvitrada a possibilidade de alienação dos prédios rústicos existentes em nome da Comissão, bem como da Casa do Cimo.
No entanto, foi frisado que estas decisões só poderão ser tomadas em assembleia geral, pois todos estes bens entraram em posse da Comissão por sua deliberação.
Já fora da ordem de trabalhos, os presentes denunciaram a sua preocupação em relação ao estado das portas da captação de água e do depósito da povoação, as quais foram arrombadas por funcionários da Câmara Municipal de Góis para limpeza e nunca mais foram arranjadas.
in A Comarca de Arganil, de 27/11/2007

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Lagar - Carrimá

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Campeonato Distrital de Iniciados - Série A - 8.ª Jornada

Resultados da 8.ª Jornada

Atl. Arganil 2-5 Lousanense
União FC 1-4 Adémia
A. Gândaras 0-5 C.O.J.A.
Góis 1-3 Cernache
Brasfemes 0-6 Condeixa
Tourizense 5-0 Vilela
Mirandense 1-1 Eirense


Classificação

1. Tourizense 24 pontos
2. Condeixa 21
3. Adémia 19
4. Lousanense 16
5. Atl. Arganil 15
6. Vilela 14
7. Mirandense 13
8. C.O.J.A. 10
9. União FC 9
10. Brasfemes 8
11. Cernache 6
12. Eirense 4
13. Góis 1
14. A. Gândaras 0


Próxima Jornada (2/12)

Atl. Arganil - União FC
Adémia - Gândaras
C.O.J.A. - Góis
Cernache - Brasfemes
Condeixa - Tourizense
Vilela - Mirandense
Lousanense - Eirense

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Campeonato Distrital de Infantis - Série A - 10.ª Jornada

Resultados da 10.ª Jornada

Lousanense A 3-0 Atl. Arganil
Góis 2-1 Brasfemes
A. Gândaras 0-4 Nogueirense
Poiares B 0-8 Poiares A
Tourizense 10-1 Lousanense B


Classificação

1. Tourizense 27 pontos (-1 jogo)
2. Tabuense 24
3. Lousanense A 24 (-1 jogo)
4. Lousanense B 16
5. Poiares A 18 (-2 jogo)
6. Atl. Arganil 13 (-1 jogo)
7. Góis 9 (-1 jogo)
8. Nogueirense 9 (-1 jogo)
9. Poiares B 4 (-1 jogo)
10. Brasfemes 3 (-1 jogo)
11. A. Gândaras 1 (-2 jogo)


Próxima Jornada (1/12)

Tabuense - Lousanense A
Atl. Arganil - Góis
Brasfemes - Gândaras
Nogueirense - Poiares B
Poiares A - Tourizense

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Campeonato Distrital de Escolas - Série A - 9.ª Jornada

Resultados da 9.ª Jornada

Lousanense A 7-0 Souselas
Adémia 1-0 Góis
Tabuense 1-0 Atl. Arganil
Tourizense 5-1 Pedrulhense
U. Coimbra 6-2 Poiares
Nogueirense 1-5 Brasfemes


Classificação

1. Lousanense A 24 pontos (-1 jogo)
2. Tourizense 19 (-1 jogo)
3. Tabuense 18 (-1 jogo)
4. U. Coimbra 17
5. Pedrulhense 15 (-1 jogo)
6. Souselas 15
7. Brasfemes 11 (-1 jogo)
8. Atl. Arganil 10 (-1 jogo)
9. Góis 7
10. Nogueirense 7
11. Adémia 7 (-1 jogo)
12. Poiares 2 (-1 jogo)
13. Lousanense B 2


Próxima Jornada (1/12)

Góis - Lousenense A
Atl. Arganil - Adémia
Pedrulhense - Tabuense
Poiares - Tourizense
Brasfemes - U. Coimbra
Lousanense B - Nogueirense

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terça-feira, 27 de novembro de 2007

Beleza de Outono


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O eterno isolamento da região alvarense

A Serra sempre nos marcou o ritmo de vida com os seus rigores, deu-nos também o temperamento e a teimosia com a sua aspereza, obrigou-nos a rasgar horizontes e a despir-nos de nós, activou-nos a perseverança quando nos dificultava a caminhada para alguns objectivos e, por último, deixa-nos a devastação provocada pelas enxurradas que as ribeiras vão debitando nas barragens das bacias hidrográficas do Zêzere e do Tejo que, por sua vez, produzem energia eléctrica para todo o país. É este o seu grande contributo para economia que falta contabilizar e reconhecer.
Mas se a Serra nos dá tudo isto de mão beijada - de bom e de ruim, conforme o ponto de vista - de forma tão abundantemente generosa, por que será que ainda nos castiga com este eterno isolamento? Por que será que a matéria-prima explorada na natureza, raramente, ou tardiamente vai beneficiar os locais da sua proveniência? Por que será?
Em tempos, a Serra tolheu-nos de movimentos certos na direcção do dito progresso, dificultando as vias de comunicação que, mais tarde, nos deixaria nesta exasperante desertificação. Hoje, passado tanto tempo, continua a privar-nos de luz eléctrica com as quebras contínuas de corrente, do sinal da rede de comunicação móvel que não chega às povoações, do acesso imediato aos quatro canais de televisão, etc, etc, etc. Em suma: em pleno século XXI, iluminado pelas modernas e poderosas tecnologias, estamos tão privados dos actuais e sofisticados meios de comunicação como estávamos, no início do século XXI duma estreita e rudimentar estrada. Como é possível?
Perante este estado de coisas, que pode ser confirmado em seu sítio, gostaríamos de saber como é que a Alta Autoridade para a Regulação das Telecomunicações, deste país, encara a indesmentível discriminação duma região provocada pelos operadores oficiais do sector, quando a própria região contribui, de forma abnegada, para a alimentação das fontes de energia hidráulica, eólica e ajuda ao abastecimento de água dos grandes centros? Como pode esta pobre região estar sujeita ao sofrimento das agruras das intempéries anuais, sem que beneficie do bem-estar que ela própria ajuda a gerar?
Esta grande falha dos operadores e das autoridades competentes, já foi objecto de várias reclamações e de chamadas de atenção para a tremenda injustiça que estão a cometer, não é por isso assunto novo, mas, por se tratar duma situação incompreensível, não podemos ficar indiferentes, nem calar a nossa revolta por sermos assim tão mal tratados.
Se há situações gritantes por injustas que são, esta será com certeza, uma delas. É que o todo, sem sempre representa o somatório das partes.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 22/11/2007

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Magusto das Comissão de Melhoramentos de Vila Nova do Ceira

Venho dizer-vos que foi um êxito o magusto da Comissão de Melhoramentos de Vila Nova do Ceira. Mais de 176 pessoas participaram no magusto que teve a animação do Grupo de Músicas e Cantares de Vila Nova do Ceira, orientado pelo Eng. Adriano Baeta Garcia. Uma excursão organizada pela incansável Maria de Lurdes Alvarinhas, com 55 varzeenses, veio dar mais alegria e participação de muitas famílias nesta festa. Um grupo de Senhoras varzeenses confeccionaram um lanche com caldo verde, torresmos, frutas, doces e castanhas e bebidas, que serviram de aperitivo a este convívio. A Sra Helena Moniz, vereadora da Câmara de Góis esteve presente e mostrou a sua alegria por ver esta manifestação de regionalismo. As pessoas de Vila Nova do Ceira que vieram na excursão também deram por bem aproveitado passeio. O leilão das muitas prendas oferecidas foi animador e deixou a direcção satisfeita. Alguns sócios aproveitaram para por ass contas em dia.
in http://terrasdoceira.blogs.sapo.pt

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Igreja de Chã de Alvares

O portão do cemitério de Alvares

Alvares foi sede de concelho até 1855. Era constituído pelas freguesias de Alvares e Portela do Fojo.
Alvares freguesia muito populosa e com muitos castanheiros, que foram atacados por uma moléstia e assim sucumbiram. Com a reforma administrativa dos finais da primeira metade do seculo de 1800, encetada por Passos Manuel e Mouzinho da Silveira, o concelho de Alvares cindiu-se: a freguesia de Portela do Fojo passou para o concelho de Pampilhosa da Serra e Alvares para o de Góis. Na sua última reunião de câmara o presidente Joaquim Baeta de Almeida e também a vereação, decidiram fazer sentir ao governo de sua majestade a injustiça que se lhes havia feito. Em 1855 reinava o que é considerado o rei mais bonito da história de Portugal - D. Pedro V. Morreu com 24 anos já viúvo. Na autópsia que fizeram a sua alteza a rainha D. Estefânia, sua esposa, os médicos detectaram que o casamento não tinha sido consumado. Numa recente biografia de D. Pedro V de Maria Filomena Mónica, esta diz que sua alteza devia ser impotente ou não gostar de sexo. Por outro lado, D. Estefânia lamentava-se em cartas enviadas a sua mãe, lá para a Saxónia, da chatice que era ter de se deitar com um homem.
A conversa é como as cerejas. Vamos ao portão!
Desde muito novo que me lembro de ter acompanhado alguns funerais que iam da Chã para o cemitério de Alvares. Sinceramente, nunca dei importância por desconhecimento, apesar de ter em casa um pai ferreiro, e por isso, ter sido nos meus princípios muitas vezes tentado ser embalado com o som do martelo a bater na bigorna. Estou a falar do portão do cemitério de Alvares; uma relíquia da metalomecânica e um autêntico vestígio da "arqueologia industrial". Obra não muito grandiosa, simples e muito bonita.
De acordo com a obra "Memórias acerca da vila de Alvares" do prof. Anselmo Ferreira de 1955, o cemitério foi construído em 1904, portanto já depois da revolta da Maria da Fonte, que se batia contra os cemitérios, e preferia ver os defuntos sepultados nas igrejas, em solo sagrado, mesmo com influências negativas na saúde pública - o nosso atraso é secular e principalmente de mentalidades. Custou cerca de 787$140 réis. O portão foi construído pelo ferreiro do Casal de Baixo; onde o meu pai aprenderia a "arte" 25 anos depois.
Tendo em atenção a época em que foi construído; sem processos tecnológicos muito desenvolvidos, ferramentas e materiais, é extraordinário o resultado final, só possível com muita mestria, esforço e perseverança. A minha admiração pelo portão, é não só devido à profissão do meu pai, como também à minha actividade profissional. Hoje, nós lá em casa estamos equipados para fazer uns "ganchos" do que esta gente na altura (por inexistência), e que vivia disto. Não havia soldadura; o material incandescente era ligado através de caldeamento. Para fazer um furo não havia brocas. Este era feito por punções que martelavam o material ao rubro. Não havia "laser" para efectuar cortes. Os excessos eram removidos a escopro, hoje existem as rebarbadoras. Os materiais eram maciços, hoje são tubulares o que permite aligeirar as construções.
Presentemente, com um manancial de processos tecnológicos, ferramentas, novos materiais, preparação e planeamento do trabalho, ficamos admirados como foi possível construir obras deste género com tão poucos recursos.
Na década de 90 foi construído um cemitério em Chã de Alvares. Também tem um portão; mais largo e não tão alto, um estilo de construção muito rectilíneo - nada de arabescos. Mais ligeiro por porque é em tubo.
Estamos certos que o portão do cemitério de Alvares, levou muitas semanas a construir; com muito esforço. O portão do cemitério da Chã foi feito por dois homens durante uma semana; assobiando. Separam os dois portões cerca de 90 anos de evolução tecnológica.
Pessoalmente prefiro mais o estilo do portão do cemitério de Alvares. Deve ser preservado aplicando-lhe um produto que remova s corrosão existente e, que ao mesmo tempo, sirva de boa base para aplicação dum verniz protector e decorativo. Um fabricante de tintas e vernizes, dirá como se fará e quais os produtos a aplicar.
Nos maus tempos de menino, ir da Chã a Alvares era quase como fazer hoje uma grande viajem.
Gerava entusiasmo e fascínio. Vestia-se o melhor fatito, calcorreavam-se 3 km e comprava-se um quarto de pão no sr. Baeta. As raparigas, à entrada da recta, escondiam-se atrás dumas moitas e aperaltavam-se. Mais tarde já adolescente, não dispensava o meu banho quase diário no poço da "Maquia", seguido de lanche no ti Raul padeiro e regresso à Chã na camioneta do Adelino Pereira Marques. Para baixo, na hora do calor, tínhamos vindo no carro do Armando (um bocadinho a pé, um bocadinho andando).
Por tudo isto, gosto de ver a minha freguesia bonita e arranjada - não que esteja em desalinho.
Valdemar F. Tomé
in Jornal de Arganil, de 22/11/2007

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Exposição Individual de Pintura de Henrique Tigo

O Presidente da Junta de Freguesia da Buraca, Jaime Pereira Garcia, tem o prazer de convidar V. Exa e família para a inauguração da Exposição Individual de Pintura de Henrique Tigo que se irá realizar no próximo dia 27 de Novembro de 2007 (terça-feira), pelas 15h no Espaço Cultural Fernando António Godinho, Largo Borges Carneiro n.º 3 –G, 2610 – 028 Buraca Amadora.
A exposição estará patente ao publico até dia 30 de Novembro e 50% das vendas revertem a favor da ARCAPS - Associação Com. Para a Reabilitação Psicosocial.

Sobre a obra de Henrique Tigo, J.P. Blanchon escreveu:
È sempre difícil comentar a obra dum artista no início da carreira.
Geralmente o jovem pintor anda à procura da sua via e de maneira muito versátil experimenta diversos caminhos sem aprofundar nenhuma deles, até encontrar o tipo de expressão onde se sente bem, mas as vezes leva longos anos.

Em paralelo trabalha as técnicas que melhoram com a experiência mas no seu percurso cria obras muitas vezes com alguns desequilíbrios por falta da integração harmonia delas (alias nunca ouvi falar dum escritor que realizou a primeira vez uma obra prima: porque seria diferente com um artista, o pincel substitui a caneta).

No caso do Henrique Tigo fiquei logo muito admirado, bem sei que tem pai Pintor (Bom) e que deve ajudar (mas o talento não é hereditário).
Desde o início o Henrique Tigo teve uma personalidade muito independente Para já demonstrou uma vitalidade fora do comum: é só ver o curriculum vitae do homem em 15 anos ( dá para duvidar que o dia só tenha 24 horas).

Já andava no próprio caminho: formas simplificadas que sugerem mais que definem cores básicas fortes que transmitem uma grande luminosidade aos trabalhos. O movimento é sempre presente através dos contornos seguros e puros sublinhando as formas e figuras, o que sempre anima o espectador e tira qualquer lassidão na visão das obras.

Com os anos pode-se ver a técnica progredir mas a simbologia do início continua igual. Afinal trata-se duma pintura alegre que transmite muito bem a boa disposição geral do artista (não é de deprezar em períodos de crise onde as pessoas estão tristonhas).
Aposto que daqui a uns anos, se continuar neste caminho, o Henrique Tigo deverá tornar-se um pintor bastante procurado.

Com a sua vitalidade não duvido que irão aparecer oportunidades favoráveis que ele próprio irá criar se não aparecer em naturalmente.

Resumo do Curriculum Artístico de Henrique Tigo
Henrique Tigo, é um Pintor - Livre dos novos tempos, nascido na década de 70 em Lisboa.
Foi Prof. de Pintura na Universidade - U.S.I.L.A de 2000 até 2003.
Licenciado em Geografia do Desenvolvimento Regional pela Universidade Lusófona de Lisboa, tem ainda o Curso de Gravura da Cooperativa de Gravadores Portugueses tirado em 2003 e em 2005 tirou o curso de Xilogravura de Cordel na Universidade Lusófona de Lisboa. Tirou o curso de Azuleijaria e Cerâmica com a Prof. Isabel Perdigão em 1995.
Foi director das Galerias de Arte FAUL´ arte em Lisboa 1995/96 e da Galeria A Tela na Amadora de 1993/2002.
Foi Comissário da Homenagem a H. Mourato. Criador, comissário e membro do júri da I Bienal de Artes Plásticas da Nazaré Prémio Thomaz de Mello 1999. Comissário e criador da I Exposição Colectiva de Artes Plásticas "Tributo ao Rei do Rock'n'Roll".
Tem exposto individual e colectivamente desde 1993, em Lisboa, Amadora, Barreiro, Nazaré, Sintra, Goís, Cadaval, Lourinhã, Setúbal, Sabugal, Borba, Moita, Portalegre, Arruda dos Vinhos, Região Autónoma da Madeira e em outras localidades.
Tem exposto internacionalmente na Itália, França, Espanha, Alemanha, Reino-Unido, Polónia, Japão e Brasil entre outros.
Está representado no Museu da Assembleia da República (Palácio de S. Bento); Embaixada Portuguesa em Varsóvia na Polónia, Graceland - Elvis Museum ( Memphis - U.S.A); Museo Comunale d'Arte Moderna e dell´Informazione (Itália); Gendaikko Museum - (Japão); Museu Municipal de Santiago do Cacém; Museu República e da Resistência (Lisboa); Museu Municipal do Cadaval; Museu Sport Lisboa e Benfica (Lisboa); Sociedade da Língua Portuguesa (Lisboa); Biblioteca Municipal Camões (Lisboa); Biblioteca Municipal David Mourão - Ferreira (Lisboa); Fundação Mário Soares (Lisboa); Casa Fernando Pessoa (Lisboa); Alto Comissariado para a Igualdade e Direito das Mulheres (Lisboa); UMAR - Movimento para a Emancipação Social das Mulheres Portuguesas, Junta de Freguesia da Buraca (Amadora); Junta de Freguesia da Damaia (Amadora); Câmara Municipal de Sintra, Câmara Municipal de Arruda dos Vinhos; Com painel de azulejos na Antiga Escola Secundária Dona Maria I (Lisboa), Associação Cultural Encontros da Eira (Madeira); Associação 25 de Abril; Confederação Nacional dos Organismos de Deficientes, Bombeiros Voluntários da Pontinha, Amorc - Ordem Rosa Cruz, entre outras representações.
Em Outubro de 2004 em conjunto com o Pintor Carruço realizou a primeira exposição de pintura de artistas plásticos portugueses na Polónia.
Ilustrou a capas e livros. Ilustrador e Colaborador de vários jornais e revistas assim como Jornais on-line.
Coordenou os Pintores Lisboa e Sul do Tejo do I Gois'arte em 1997.
Ilustrou em parceria com o Mestre H. Mourato C.D e o livro de Musica Tradicional da Madeira "Aquintrodia" dos encontros da Eira.
Autor da peça de teatro "As Portas de Abril" levada a cena pelo Grupo de Teatro Passagem de Nível, em 1999, Autor de cartazes do VIII Congresso da CNOD.
Vem representado nos livros de Arte: Arte 98 de Fernando Infante do Carmo; 50 anos de Pintura e Escultura em Portugal da Universitária Editora e no livro Desenhos e Guaches de H. Mourato.
Em 2004 deu uma Palestra sobre Pintura Portuguesa Contemporânea na Universidade de Varsóvia - Polónia Realizou um Workshop de Pintura a convite da Câmara Municipal de Loures e da ISA no Jardim Álvaro Roxo e Castelo de Pirescouxe em S. João da Talha a 12 de Março de 2005.
Foi Presidente e fundador da Associação Escadote Cultural, fundada de 2001 até 2007.

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segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Rio Ceira - Góis


Fotografias: Pátio dos Almeidas

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'Encontro de Gerações' em Góis até dia 30 de Novembro

A Câmara Municipal de Góis e a ADIBER, enquanto Entidade Promotora e Entidade Gestora do Projecto “Escolhas de Futuro”, estão a dinamizar até à próxima sexta-feira, dia 30 de Novembro, a iniciativa denominada “Encontro de Gerações”. Esta iniciativa tem como objectivo dar a conhecer as actividades desenvolvidas pelo projecto “Escolhas de Futuro” na sua comunidade [população e instituições] e, do próprio Programa Escolhas. O programa agendado é o seguinte:

Programa:

26 de Novembro
Sessão de Mini-cinema “Charlie e a Fábrica de Chocolate” na Biblioteca Municipal António Francisco Barata
10h20 – 1.ª Sessão
13h00 – Almoço Livre
14h35 – 2.ª Sessão

27 de Novembro

8h30 - Imprensa na Feira [entrevistas efectuadas à população]
9h15 – Oficina Plástica – “Junto melhoramos o Ambiente” na Biblioteca Municipal António Francisco Barata
13h00 - Almoço Livre

28 de Novembro

Biblioteca Municipal António Francisco Barata

9h00 – Workshop´s temáticos: Oficina Plástica – “Junto melhoramos o Ambiente”, Bonecos de lã, Modelagem e Pintura, Cid@net
10h15 – Pausa para café
10h45 - Workshop´s temáticos: Oficina Plástica – “Junto melhoramos o Ambiente”, Bonecos de lã, Modelagem e Pintura, Cid@net
12h00 – Almoço Livre
14h00 - Workshop´s temáticos: Oficina Plástica – “Junto melhoramos o Ambiente”, Bonecos de lã, Modelagem e Pintura, Cid@net
16h00 – Magusto

29 de Novembro

Biblioteca Municipal António Francisco Barata

Acção de sensibilização – “Sexualidade” [com debate]
8h30 – 1.ª Sessão
12h00 – 2.ª Sessão
13h00 – Almoço Livre

30 de Novembro

18h00 às 21h00 – Divulgação Itinerante do Projecto
in www.rcarganil.com

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Divisão de Honra da AFC - 10.ª Jornada

Resultados da 10.ª Jornada

Góis 0-0 Ançã
Marialvas 0-1 Febres
Vigor da Mocidade 3-0 Vinha Rainha
Nogueirense 2-2 Os Águias
Penelense 0-0 Carapinheirense
Atl. Arganil 0-0 Tabuense
Moinhos 0-2 U. Coimbra
S. Caetano - União FC


Classificação

1º Vigor da Mocidade 27 pontos
2º Febres 21
3º U. Coimbra 21
4º Nogueirense 20
5º Marialvas 17
6º Penelense 15
7º União FC 15
8º Vinha Rainha 15
9º Carapinheirense 13
10º Atl Arganil 11
11º Moinhos 10
12º Águias 10
13º Tabuense 9
14º Ançã 8 (-1 jogo)
15º Góis 6
16º S. Caetano 1 (-1 jogo)


Próxima Jornada (2/12)

Góis - Marialvas
Febres - Vigor da Mocidade
Vinha Rainha - Nogueirense
Águias - Penelense
Carapinheirense - Atl. Arganil
Tabuense - Moinhos
U. Coimbra - S. Caetano
Ançã - União FC

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54.º aniversário da Comissão de Melhoramentos de Malhada e Casais


Para celebrar esta data, a CMMC vai realizar um almoço convívio no próximo Domingo - 2 de Dezembro de 2007, no restaurante "Stadium" localizado na Cidade Universitária em Lisboa.

O início está previsto para as 12h com a celebração de uma missa em memória dos sócios da CMMC já desaparecidos. A seguir ao almoço decorrerá a entrega de emblemas honoríficos aos sócios com 25 e 50 anos de associativismo, o leilão de ofertas, discursos de órgãos dirigentes da CMMC, entre outros.

Convida-mo-lo a si, à sua família e aos seus amigos a estarem presentes e partilhar momentos de boa disposição. Para confirmar a sua presença, deve contactar até ao próximo dia 28 de Novembro uma das seguintes pessoas:

António Martins, Presidente - 21 475 20 00
Nuno Santos, Vice-Presidente - 91 387 66 76 ou 96 788 75 55
António Santos, 1º Secretário - 21 210 66 06 ou 96 840 31 40

Venha sentar-se ao nosso lado. Ontem como hoje, os desafios com que a Malhada e Casais se depara só serão vencidos com o contributo de todos!
in http://malhadaecasais.blogspot.com

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União Recreativa quer alargar lar ao Cadafaz

Para dar cumprimento a um investimento de 40 mil euros, a associação promoveu o 3.º almoço dos Serranos, num restaurante em Góis. O convívio contou com a participação de cerca de 180 pessoas, provenientes não só do concelho de Góis e da freguesia do Cadafaz, mas de vários pontos do país, que tiveram assim a oportunidade de conviver e apoiar a União Recreativa do Cadafaz que, fundada a 9 de Novembro de 1962, aproveitou este almoço para comemorar o seu 45.º aniversário.
A União Recreativa do Cadafaz necessita de cerca de três mil euros para liquidar o investimento feito no equipamento da futura extensão do lar da freguesia do Cadafaz instalada na antiga escola primária, agora encerrada por falta de alunos, cedida pela câmara àquela associação regionalista. De acordo com o presidente de direcção da União Recreativa do Cadafaz, o apoio social aos mais idosos é a principal carência desta freguesia que já dispõe do serviço de centro de dia, efectuado pela Caritas e a Misericórdia, no entanto, carece de um centro de acolhimento nocturno.
“Os jovens de há mais tempo criaram as Comissões de Melhoramentos para terem água potável, as ruas limpas, a luz, e mais tarde lutaram pela Casa de Convívio, actualmente, há mais assistência social mas ainda há muita coisa que falta”, referiu Armindo Neves ao DIÁRIO AS BEIRAS, enaltecendo que a população mais idosa não pode ser esquecida e necessita de ser apoiada ainda em vida. Segundo o dirigente da União Recreativa do Cadafaz, que também desempenha o cargo de presidente da Assembleia de freguesia do Cadafaz, as Comissões de Melhoramentos vivem com dificuldades, conseguindo-se obter apenas algumas receitas através de convívios e animações.
O principal projecto em mãos no Cadafaz é a criação de uma extensão do lar da freguesia, sendo que a União Recreativa já instalou na antiga escola primária o equipamento necessário, estando construídos oito quartos com casas-de-banho privativas que ficarão ao serviço da terceira idade. “Basta agora que haja vontade política dos órgãos sociais”, alegou Armindo Neves, acrescentando que o objectivo da União Recreativa do Cadafaz é “pagar o equipamento” e posteriormente entregá-lo à junta de freguesia, à câmara municipal, à Caritas ou à Misericórdia, ou seja, “entidades que estão a operar na freguesia”, para que coloquem a extensão do lar em funcionamento.
“Sempre disse que o apoio social numa comunidade deve existir antes do fim da vida”, advogou o presidente de direcção da União Recreativa do Cadafaz, lamentando a ausência de um representante da Câmara Municipal de Góis neste almoço de aniversário desta Associação Regionalista, embora a autarquia tenha apoiado a sua realização, bem como as obras na futura extensão do Lar da freguesia do Cadafaz. Nesta ocasião, Armindo Neves apelou também a todas as pessoas que estão ligadas à freguesia do Cadafaz que “não se esqueçam de dar o seu contributo para esta causa social”.
Enquanto presidente da Assembleia de Freguesia do Cadafaz, Armindo Neves revelou ao DIÁRIO AS BEIRAS que a junta de freguesia pretende ainda que também seja instalado um Lar na Cabreira, enquanto a União Recreativa, após ter construído os balneários públicos e a casa mortuária, bem como ter procedido ao alargamento do largo junto à Igreja, pretende “pedir à Câmara Municipal que não se esqueça do saneamento básico e o lavadouro que está prestes a ruir”.
“Queremos também fazer uma homenagem aos regionalistas e autarcas”, anunciou, esclarecendo que a União Recreativa, para além de atribuir nomes às ruas, pretende criar um pelourinho, “uma coisa que vinque que nesta terra há vida”.
Entretanto, de forma a angariar mais algum dinheiro, a União Recreativa do Cadafaz já tem agendada uma Ceia de Natal para o próximo dia 16 de Dezembro, que visa também marcar o encerramento de actividades de 2007. No próximo ano, vai também realizar–se um convívio na Páscoa, uma vez que “é uma forma de juntar as pessoas, conviver, e arranjar algum dinheiro”, iniciativa que terá lugar “no Cadafaz ou noutra aldeia da freguesia”, uma vez que “a nossa intenção é estar em todos os pontos da Serra”, explicou o dirigente.
in Diário As Beiras, de 26/11/2007

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Tributo às Gentes da aldeia do Comeal (Góis)


Pátria

Serra!
E qualquer cousa dentro de mim se acalma…
Qualquer cousa profunda e dolorida,
Traída,
Feita de terra
E alma.

Uma paz de falcão na sua altura
A medir as fronteiras:
- Sob a garra dos pés a fraga dura,
E o bico a picar estrelas verdadeiras.


◊◊◊ ◊◊◊ ◊◊◊


Tomo de empréstimo as palavras telúricas e magistrais do grande poeta Miguel Torga, no poema “Pátria ”, ao jeito de abertura desta breve alocução.

Poeta que, transmontano na sua vertical inteireza, muito acolheu no seu íntimo a Beira Litoral, dada a universalidade do seu verbo. Estudou, abriu banca de médico e viveu na mui bela capital que é a sempre cantada, a sempre amada Coimbra.

Estive na Vossa aldeia no passado dia 3 de Novembro, a convite da associação “União Progressiva”, aquando da realização do “Magusto” deste ameno Outono de 2007. O que quero dizer-vos é mais do que referir a excelência desse convívio. Excelência em todos os aspectos: a abordagem ao meio que íamos conhecer, a aprazibilidade do local do evento, a gastronomia de mão beirã, a celebração, digamos “comunal”, do magusto propriamente dito (que conhecia do saber teórico mas que nunca havia vivenciado), a sensibilidade das oferendas aos visitantes de primeira vez. Tudo teve um carácter de excelência.


Mas do que quero falar-vos mais vivamente é da generosa simplicidade do Vosso acolhimento; da superior singeleza do trato, de que nas Beiras se faz gala; da subtil delicadeza (ou será nobreza…) de do forasteiro fazerem um igual, um dos Vossos.

Permitam que evoque uma parte do histórico das minhas origens, para que melhor se entenda a emoção que coloco na escrita destas linhas.

Sou natural de Lisboa, embora sempre tenha vivido em um dos seus subúrbios operários - Sacavém. No entanto, quatro sextos das minhas raízes são oriundos da Beira Litoral, a que Colmeal também pertence. Minha avó paterna era de Pocariça / Cantanhede, minha avó materna de Castelões / Vale de Cambra, meu avô materno e minha Mãe de Forcadas* / Soure (* lugar já não existente, nominalmente, por “decreto” administrativo).

Durante muito tempo, em que não conhecia quase nada da região das Beiras, uma não clara dualidade de sentimentos me perpassava quando lia, conversava, sabia, escutava, factos de vária índole, normalmente no plano da Cultura, ligados à região. Havia, eu sentia, uma certa mística que me tocava. Mística que, embora se centralizasse na terna, eterna Coimbra, se alargava, de alguma maneira, a toda a região.
Minha Mãe ensinou-me a amar, desde muito criança, a canção e toada Coimbrãs. E a lindeza da região e suas gentes, guardadas em imagens e nas suas lembranças. Ensinou-me o orgulho juvenil de se considerar “Tricana”. Portanto, muito do meu sentir partia daí certamente. Sentir, que seria fortalecido já na juventude quando estudei, e tive o privilégio de conhecer alguns dos Cantores e Poetas, eméritos Trovadores da Lusitana terra dos míticos amores.
E fui a reconhecê-la “do Choupal até à Lapa” como dizia o saudoso amigo “Zeca” Afonso; fui a buscar os ecos da voz do Adriano, fui a respirar os rouxinóis “trinando” na guitarra, aquele “coração fora do peito”, do Paredes; fui a interiorizar o lirismo do “Penedo da Saudade” e o simbolismo da “Torre d’Anto”, lugares incontornáveis na vida e obra do então meu “poeta de cabeceira” António Nobre, e ícones imortalizados na sua obra de referência - “Só”, o livro mais triste de Portugal, no dizer do poeta. Fui à demanda da mítica Academia, das suas pedras, da “Cabra”...


Quando, já adulto, comecei a ser visita regular desta região centro norte (a partir do lugar de Pereira, freguesia de Mouronho, sito na zona em que o concelho de Tábua, a que pertence, confina com o de Arganil, tendo o rio Alva como fronteira natural, local onde o poeta de “Clepsidra” - Camilo Pessanha - buscou “cura de ares” para a “tísica” que “trouxe” de Macau, e aonde nas últimas duas décadas faço estadias) percebi que aquela empatia, que se manifestava no plano intelectual, digamos, tinha forçosamente a ver com as minhas raízes próximas, que se haviam tornado profundas dado o meu percurso cultural.
Foi então, quando comecei a usufruir da realidade das gentes e seus afectos, das suas venturas e desventuras, dos aromas, dos sabores; quando comecei a entender melhor a sofrença que este povo carregava, e as suas envolventes, que os três primeiros versos de Torga, no poema que refiro -

“Serra !
E qualquer cousa dentro de mim se acalma …
Qualquer cousa profunda e dolorida,”

- me mostraram, e sempre mostram, a genuinidade da afeição que tenho tentado relatar-vos.
Porque é facto que qualquer coisa em mim se acalma, quando chego às serranias, às terras do xisto, aos pinheirais (estes, até carrego no nome). E esse “qualquer coisa” voltou a manifestar-se assim que comecei a sentir a Serra, a ver as formas naturais e extrusivas do Xisto, onde alguma arte abstracta buscou inspiração, assim que se iniciou a aproximação ao Colmeal.
Mas digo-vos francamente, continua muito forte em mim o chamamento do Mar. Do Grande Mar Oceano, como diziam os Gregos antigos. Mar que não é um corpo estranho, antes é contraponto, desta Beira porque seu Litoral. Contraponto, enquanto linha de horizonte imaginário que se concebe ao alcançar os cumes das serranias. Não raras vezes me tem acontecido, trazido na frescura das brisas, sentir um discreto odor de maresia nos cimos da Serra do Açor, que visito regularmente a caminho da Fraga da Pena, da Mata da Margaraça ou do Piódão.

Um qualquer ilustre, que não recordo agora qual, terá dito (cito de memória): “A minha Pátria é onde estiverem as minhas raízes.” É disso que Vos falo efectivamente. Das raízes, dos afectos, do Povo que é o meu, o nosso, e que amo, como só ama quem sofre.

Reparo que já vai longa a “breve alocução”. Que hei-de eu fazer se ainda tenho mais para Vos dizer…

Como cheguei ao contacto das gentes do Colmeal.? Tenho tido o subido privilégio da amizade de uma Vossa notável Embaixatriz. Caríssima Amiga, companheira de trabalho de mais de três décadas, Maria Lucília Pinto Silva (membro dos actuais Corpos Directivos da “União”) sempre me foi falando das suas raízes, da beleza, dos usos e costumes da Vossa aldeia e região; foi-me convidando para realizações da “União” a que, por razões diversas não pude corresponder. Este ano proporcionou-se um primeiro contacto por ocasião do passeio ao Douro Vinhateiro. Conheci mais de perto as características da Vossa gente naquele grupo agradabilíssimo, e gostei. Tão simples quanto isso, gostei muito. Daí a ter anuído associar-me, a convite da Maria Lucília, à “União” foi um passo dado com naturalidade.


Como complemento devo referir que já conhecia a família da Maria Lucília - o Francisco Silva seu marido, também “lisboeta”, que se vê a olhos nus ser um apaixonado pelas coisas das gentes beirãs, no trabalho denodado, que sei ele ter, integrando as realizações da “União” (terá também sentido, faz muito tempo, a tal nobreza de do forasteiro fazerem um dos Vossos); o jovem Nuno Miguel seu filho, e a Senhora sua Mãe D. Aurora Pinto, que conheci pessoalmente em uma infausta data (a Vida é também feita de agruras…), mas que, mesmo assim, logo senti ser senhora da solidez característica das Beirãs. Não contactei pessoalmente com seu Pai, Senhor Joaquim Pinto, mas sei, a traços largos, ter sido esforçado trabalhador (a vida assim o exigia), extremoso homem de família, honrando assim o sangue Beirão que trazia nas veias.

Vou terminar falando da “União Progressiva da Freguesia do Colmeal”. Melhor dizendo, do que me parece ser o cerne do seu trabalho, e que testemunhei.

Num tempo em que se cultiva o esquecimento eu privilegio a memória, escrevi num texto faz pouco tempo. Penso assim porque tenho como boa a sabedoria da antiga Grécia, onde havia já quem alvitrava que (de novo cito de memória) -

“Os Povos que não cuidam do seu passado estão condenados a desaparecer”.

Por isso fiquei deveras agradado ao escutar, pela voz do seu Presidente, enquanto representante de um grupo de trabalho, o honrar publicamente a memória, sem enjeitar as dores, relevando as mágoas e dificuldades, do histórico das Vossas gentes e dos Pioneiros da Associação.
E, permitam que o diga, pensei: estou com gente boa (como dizia meu Pai)! Estou com gente cuja matriz é a minha. Respeitadora dos Homens que, com erros certamente mas com inumeráveis qualidades, foram a nossa génese. Homens que, por nós, afrontaram muitos sofrimentos e dificuldades. Carregaram em si, além das iniquidades havidas no país, uma guerra dita mundial, (alguns de nós, seus filhos, tiveram igual sorte, ainda que em outra escala) e arcaram com os escombros e misérias dela decorrentes.

Fácil é adivinhar que Vos falo de António Santos. Homem com quem tive contacto breve mas suficiente para entender que com ele, e com os seus companheiros e companheiras, a “União” vai poder continuar a somar anos à sua já provecta idade.
Com representantes assim empenhados, a aldeia de Colmeal, suas gentes e costumes, não estão condenados ao desaparecimento, enquanto entidade sócio-cultural, conforme avisavam os gregos antigos. Porque estas mulheres e homens sabem que “cuidar do passado” tem como objecto “bem entender o presente” e “melhor dimensionar o futuro”. Aqueles que sabem da justeza destes preceitos, sabem que estão “obrigados” a formar outros e novos companheiros e companheiras, para que a “caminhada” seja imparável.


- Colmeal, ditosa é a terra que tem filhos assim. A pequenez do território nada significa quando a dimensão humana é superior!

Deixem que encerre estas linhas com a citação de um poema apócrifo que, a julgar pelo estilo e ritmo (verso branco, grafia de tempos de respiração), deve ser dos Sec. XX / XXI, e autor anónimo. Este pareceu-me sintetizar cabalmente o contexto da Beira Litoral que tenho vindo a defender. Por isso nele me apoiei e Vo-lo dedico:

“de quando em vez volto costas à cidade
parto a encontrar o silêncio do côncavo dos vales
ansiando a presença redentora das serranias

busco a sapiência dos anciãos, os olhos livres dos pastores
o vento fresco assobiando por entre as fragas
a água ainda pura dos arroios, a sombra generosa dos carvalhos

e reacende-se o sentimento da pertença, sereno e antigo
vivificante, trave mestra da memória, essa alma
essa claridade, esse húmus, essa profunda voz da Terra

mas logo o Mar, esse sangue tonitruante, me reclama
desapiedado e urgente, futuro porque passado, ó dúplice sentir
se as raízes me convocam logo me incitam a partir

e resto dividido, caminhos redescobertos entre contrafortes
rapaces desenhando círculos intangíveis, leiras onde repousa o Sol
ou as barcas, os mastros, o sal curtindo as mãos e a palavra”

Agora termino. Termino enviando-Vos um terno e intemporal abraço. A todos.
Sempre!

Helder dos Santos Pinheiro
(5/6.Novembro.2007)

(helderpinheiro@netcabo.pt)

Nota Última :
estas linhas, escritas “ao correr da pena”, não pretendem ter, nem têm, um carácter digamos “literário”. São a assumpção pública de uma introspecção antiga e pretendem, tão-somente, ser entendidas como, no tom e na cadência, uma despretensiosa conversa de Amigos, à mesa de um outro magusto, ou encontro, em um qualquer tempo futuro.
H.S.P.
in Jornal de Arganil, de 22/11/2007

Fotografias: http://upfc-colmeal-fotos.blogspot.com

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Magusto em Milreu

Realizou-se no passado dia 3 de Novembro em Milreu um Magusto prometido pela U.P.M.P.L
tendo os elementos da Direcção, srs. Armindo Rosa Pires e Amândio Rosa Pires oferecido as castanhas e as filhós. Foi ainda oferecido pelo sr. João Lopes da Conceição, pertencente à Assembleia-Geral, 5 litros de vinho, e pelos sócios sr. David Antunes Neves, 5 litros de vinho e sr. Domingos Tomé Raposo 10 litros de vinho. Foram também feitas ofertas de 5,00€ por alguns dos participantes neste convívio e 10,00€ pelo sr. Armando Neves Oliveira.

Estiveram presentes no referido evento 40 pessoas, sendo estas:

Armindo Rosa Pires, Maria Bertina A. N. Gusmão Pires, Hermenegildo Rosa Pires, Amândio Rosa Pires, Maria Madalena A. do Nascimento Pires, João Lopes da Conceição, Daulina Dias da Conceição, David Antunes Neves, Adélia Neves, Virgolino Neves, Isabel Neves, Joaquim..., Armando Neves Oliveira, Américo Dias, Maria Alice Dias, Domingos Raposo, Idalina Raposo, Américo Lourenço, Aldina Lourenço, Andrea Lourenço, João Pedro Cardeira, Amílcar Lourenço, Palmira Lourenço, Tiago Lourenço, Luís Lourenço, Armindo Lourenço, Duarte Lourenço, Leonardo Lourenço, Carolina Lourenço, Antoninho Lourenço, Isaura Lourenço, Odete Lourenço, Manuel Monteiro da Silva, Amália Encarnação Monteiro, Dulce Monteiro, Pedro Oliveira, Francisco Oliveira, Helder Lourenço, João Costa e Álvaro Rodrigues.

Foi de facto uma tarde bem passada, onde apesar de serem poucos reinou alegria, amizade e boa disposição.

Houve castanha assada com abundância, filhós, e a bela pinga da região.No âmbito do referido evento, salienta-se o toque da concertina e canto à desgarrada, no qual fizeram parte os senhores João Lopes da Conceição e David Antunes Neves. O evento terminou já pela noite dentro com o jogo da sueca.

Correu tudo muito bem, mas espera-se que futuramente se juntem mais elementos para que possa ser cada vez melhor.

Quero, portanto, deixar aqui um apelo ao pessoal de Milreu, arredores e amigos que queiram compartilhar connosco em qualquer evento, que apareçam, em todas as taxas etárias, novos, velhos e de meia idade, porque precisa-se de todos, para chegarmos a um bom porto, ou seja, para podermos avançar com os nossos projectos, “todos por um e um por todos” e conforme lá diz o velho ditado “A UNIÃO FAZ A FORÇA”.

Um bom haja a todos os colaboradores.
in Jornal de Arganil, edição electrónica

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Assembleia Geral Sectorial da Secção Silvícola da Cooperativa de Vila Nova do Ceira

Foi convocada a Assembleia Geral Sectorial da Secção Silvícola da Cooperativa Silvo-Agro-Pecuária de Vila Nova do Ceira, C.R.L., para reunir no próximo dia 28 de Dezembro de 2007, pelas 16.00 horas, na sua sede, com a seguinte ordem de trabalhos:
1- Aprovação da Acta da última Assembleia Geral Sectorial;
2- Discussão e parecer sobre o Plano de Actividades e Orçamento para 2008:
3- Outros assuntos de interesse para a Secção.


Se à hora marcada não estiver presente mais de metade dos Cooperadores com direito a voto ou seus representantes devidamente credenciados, a Assembleia reunirá, com qualquer número de sócios, uma hora depois.

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domingo, 25 de novembro de 2007

Capela do Castelo, em Góis (pormenores)




Fotografias de João R. Costa

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União Progressiva do Colmeal promove Festa de Natal para crianças e idosos

Á semelhança dos anos anteriores, a União Progressiva da Freguesia do Colmeal, concelho de Góis, vai fazer a Festa de Natal para os mais pequenos, para os mais idosos e para a população em geral. Esta festa vai decorrer no próximo dia 16 de Dezembro, pelas 11 horas, no Centro Paroquial Padre Anselmo.
“Sabemos que vão ser momentos agradáveis, de convívio entre diferentes gerações, em que alguns dos presentes se lembrarão dos brinquedos que nunca tiveram quando eram pequenos”, refere a União num comunicado enviado ao RCA NOTICIAS.
in www.rcarganil.com

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O Chão da Igreja Matriz de Vila Nova do Ceira

Logo que o Conselho Económico da Igreja de Vila Nova do Ceira recebeu o subsídio cedido pela Câmara Municipal para colocação de um chão novo na Igreja Matriz, este diligenciou no sentido de angariar pessoas para ajudarem na obra, ao que, o povo respondeu afirmativamente, e foi já no passado dia 12 que iniciaram as obras.
Um grupo de paroquianos juntou-se no final da tarde e cheios de boa vontade arrancaram o soalho do templo. Um chão que, como foi referido no anterior Varzeense contava já 120 anos de existência o que, obviamente se tinha traduzido num soalho com zonas bastante degradadas.
Mas... foi só o início de uma grande obra que irá necessitar do apoio de todos para ser levada "a bom porto".
Cada um saberá certamente no que pode ajudar: desde a mão de obra dos carpinteiros, à confecção de lanches para darem a força necessária aos trabalhadores, passando pela contribuição monetária, a muitas outras ajudas.
A obra, entregue nas mãos dos carpinteiros que se disponibilizam, continuará todos os sábados e em dias que estes venham a conseguir reunir-se em horário pós-laboral.
Informa-se ainda os paroquianos que, por questões de segurança, enquanto decorrem as obras, a Igreja terá que permanecer encerrada e que as Missas Dominicais serão celebradas na sede da Filarmónica Varzeense, no horário habitual - 11 horas.
Tal como foi referido na anterior edição do nosso jornal "Não é uma obra do pároco, nem do Conselho Económico, nem tão pouco das pessoas que vão ao domingo à Missa: é uma obra de todos, porque a Igreja é de toda a Comunidade Cristã de Vila Nova do Ceira: é a nossa Igreja Matriz!"
in O Varzeense, de 15/11/2007

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III Convívio dos Serranos

Porque “ser serrano é ser mais português”, a União Recreativa do Cadafaz voltou a organizar o almoço-convívio dos Serranos, na sua terceira edição. Aconteceu no dia 17, em Góis, e juntou um bom punhado de “jovens de há mais tempo”numa sala repleta e que teve o objectivo também de angariar fundos para a extensão do Lar, ainda em construção. Uma tarde que foi festa, ao qual se associou a ADIBER, na presença de Lurdes Castanheira.

Armindo Neves, presidente da União, não escondeu o contentamento pelo decorrer da festa, a qual mais uma vez recordou a vida dos jovens de há mais tempo, como prefere designar, fazendo assim do almoço, uma causa que considera nobre. “As pessoas que estão agora com oitenta, noventa e quase cem anos, são pessoas que nos anos vinte e trinta iniciaram um trabalho muito difícil criando as suas próprias comissões de melhoramentos para terem água potável, as ruas limpas e electricidade” e mais tarde auferirem de uma casa de convívio. Embora admita que actualmente há mais apoios, nomeadamente, assistência social, evidencia que ainda há muita coisa que falta. “Muitas vezes os jovens de há mais tempo da minha aldeia, são deixados na prateleira da vida”, pelo que, a União Recreativa do Cadafaz tenta honrar os feitos dos antepassados e explica as razões porque devem ser acarinhados. “Temos um povo que tem a arte de bem receber e temos uma grande beleza natural”. Porém, ainda são visíveis muitas dificuldades. “Se não for com estes convívios e estas actividades que fazemos voluntariamente e por amor à causa os nossos jovens de há mais tempo seriam colocados na prateleira da vida”, insiste, queixando-se que de outro modo os governantes desconheciam “este povo”, que tal como o das cidades, paga impostos. “Este povo vive um bocado martirizado pelo vento, chuva e pelas coisas que acontecem de mau na nossa serra”. De modo a tornar a vida na aldeia mais digna, a União fez um investimento num futuro Centro de Acolhimento Nocturno, como extensão do Lar de Cadafaz. “ Ainda não está feito, mas temos de começar a angariar dinheiro por algum lado”, diz justificando outro dos motivos para a realização do convívio. Para tal, defende a construção numa escola que “está desertificada” por falta de alunos, edifício que a Câmara cedeu para estar ao serviço dos idosos. Realizaram-se obras de remodelação e estão já oito quartos feitos e mobilados, com casa de banho privativa, prontos a serem habitados. “Basta agora que haja vontade política. Queremos pagar o equipamento, estamos à porta de o liquidar”, sendo que depois será entregue a uma entidade para se responsabilize pelo seu funcionamento. “Se não pegarem nisto sentir-me-ei amanhã um homem desiludido”, confessou, lamentando a “pouca atenção” que é dada à freguesia.

Com casa “abarrotada”, o terceiro almoço dos Serranos deu esperança para que o convívio de Natal seja novamente um momento importante na freguesia e que os idosos tenham uma vida melhor, já que é em vida que as pessoas devem ser ajudadas.
in Jornal de Arganil, edição electrónica

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Escultor de Góis apresentou mais uma obra de arte

Mais uma vez o escultor de Góis, José Álvaro Antunes Ferreira, lançou o seu décimo quarto brasão, esta agora, sendo um brasão de família.
Como amigo que é do seu filho Jaime, da esposa e da restante família de António Bandeira, mais conhecido pelo sr. António do Munho (Bordeiro), decidiu o escultor José Ferreira fazer um brasão que será colocado no muro da frente da entrada da Quinta do Moinho, quinta essa pertencente outrora à família do Conde de Foz de Arouce (Lousã).
No decorrer dos seus trabalhos foram concebidas artisticamente pelo escultor goiense, obras de arte que têm demonstrado a perfeição e o saber de um profissional com muita qualidade.
in O Varzeense, de 15/11/2007

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quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Pela noite (em Góis) 3





Fotografias de Paulo Afonso

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Portugal e Letónia de "Mãos Dadas"

Com o objectivo de aproximar países diferentes através de experiências nos vários domínios públicos da vida dos concelhos, uma delegação da Letónia esteve em Portugal durante a semana de 22 a 27 de Outubro, sendo que, nos dias 23, 24 e 25 dessa mesma semana parte dessa delegação (Mr. Andris Karasevs e Mr. Maris Niklass - presidentes executivos dos Distritos de Ogre e de Césis) ficaram sediados no concelho de Góis.
Do programa constou a visita à Câmara Municipal de Góis, onde compareceram na reunião de Câmara, e tomaram conhecimento do funcionamento da Autarquia; visita a locais e instituições do concelho, nomeadamente: EB23 de Góis, Espaço Internet, Praias Fluviais, Jornal O Varzeense, Cooperativa Silvo Agro Pecuária de Vila Nova do Ceira, Lagar da Mata, Lar de Idosos de Alvares, e ainda se procurou mostrar algumas das paisagens deslumbrantes que envolvem o concelho.
Ao longo da estadia em Góis, a delegação da Letónia foi acompanhada pelo Dr. Mário Garcia e por uma tradutora. O nosso jornal também acompanhou a visita à Cooperativa de Vila Nova do Ceira onde a delegação da Letónia foi recebida pelo Sr. José Carlos Garcia, presidente dessa mesma Cooperativa e pela Eng.ª Helena Rodrigues. Após a recepção teve lugar uma reunião onde o presidente da Cooperativa explicou todo o funcionamento da mesma, fontes de rendimento, serviços prestados, método da exploração florestal, funcionamento do Lagar, da secção silvícola, do gabinete de contabilidade, do posto de venda, entre outros serviços que a Cooperativa presta aos seus sócios e ao público em geral. No final da reunião, seguiu-se uma visita às instalações da Cooperativa e finalizou com uma troca de lembranças.
A delegação da Letónia visitou também o nosso jornal, onde por motivo de compromisso anteriormente assumido, o seu director António Calixto não pode estar presente, sendo as funcionárias que fizeram a apresentação do jornal, iniciado por relatar um pouco da sua história, data da origem, métodos de trabalho e apresentação de um jornal a ser paginado. Mr. Andris Karasevs e Mr. Maris Niklass fascinados com o processo informático esqueceram o protocolo e aproveitaram para ler o EMEIL e mostrar a Letónia pela Internet.
Segundo informou o Dr. Mário Garcia, chefe da Divisão Administrativa e Financeira da Câmara Municipal de Góis, esta visita no âmbito das actividades desenvolvidas pela ATAM, enquanto membro da União dos Dirigentes Territoriais da Europa (UDITE), no qual estava a ser implementado um programa de colaboração e interacção formativa entre esta Associação e a sua congénere da Letónia. Neste contexto e a convite da ATAM deslocou-se à Letónia, em Maio último, um grupo de dirigentes administrativos pertencentes a autarquias locais portuguesas, no qual figurava um dirigente do Município de Góis, para que, durante uma semana houvesse oportunidade para além de conhecer aquele país, também, e sobretudo, contactar directamente com a realidade da actividade diária de algumas das suas autarquias.
Coube depois a Portugal receber seis Directores-Executivos de diferentes municípios da Letónia.
Da sua estadia na Letónia o Dr. Mário salientou a forma muito calorosa e atenciosa como foi recebido e considerou muito positiva a sua visita a este país pois segundo referiu: "ficou a conhecer um pouco mais de perto a cultura e a História daquele pequeno país do Báltico e constatou a extrema dedicação dos seus habitantes à causa pública e a boa organização da sua Administração Pública Local".
O chefe da Divisão Administrativa e Financeira da Câmara Municipal de Góis acredita que "este género de intercâmbio cultural é muito rico e útil e seria interessante manter um contacto próximo, sobretudo com os países mais pequenos da Comunidade Europeia, designadamente do Báltico, agora que estamos face a um novo tratado europeu que vai alterar profundamente o peso político que os países mais pequenos têm detido na Comunidade Europeia".
in O Varzeense, de 15/11/2007

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O abandono do antigo Hospital Monteiro Bastos

É mais do que sabida a história do antigo hospital Comendador Monteiro Bastos.
Em tempos, acudia às necessidades dos mais pobres que a ele recorriam quando precisavam de cuidados médicos, ou de enfermagem, porque lá residia uma enfermeira, que se não o era por diploma superior, tinha a experiência que o trabalho lhe conferia.
O médico estava disponível duas vezes por semana, o que, para o tempo era um grande bem.
Mas, como tudo tem os seus ciclos, o velhinho tornou-se num moderno dispensário para internamento de tuberculosos e assim continuou o consultório médico por mais uns anos e quando a tuberculose deixou de necessitar do internamento fechou-se outro ciclo.
O consultório médico passou para outras instalações e o belo edifício foi então aproveitado (e bem) para um Centro de Férias e nunca até aí houve tanta vida à sua volta, eram as crianças que vinham usufruir das nossas belezas naturais, muitos postos de trabalho foram criados, embora temporários, eram muito bem vindos.
De há uns anos para cá deixou de funcionar como Centro de Férias e foi instalado numa mínima parte do rés do chão o Centro de Dia que também tem agora um novo espaço no Lar. Começou então a morte lenta para o imponente edifício que era bonito e bem enquadrado na paisagem.
Fecharam-se as portas (algumas) e a água que entra pelas janelas abertas deve estar a fazer estragos muito grandes. As varandas já deixam ver algumas infiltrações de água e muitos vidros partidos dão uma péssima visão do abandono a que está sujeito.
Uma árvore de grande porte já se criou num bonito recanto, que torna quase impossível a sua retirada de lá, e enquanto isso lá vai crescendo cada vez mais, deixando antever o mal que causa.
No meio de tal abandono o busto do Comendador que tinha sido colocado numa sala do edifício, fugiu, deixando o pedestal abandonado, talvez com o medo de estar sozinho no meio de tal desolação.
Maria da Graça
in O Varzeense, de 15/11/2007

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Alvares



Fotografias de João R. Costa

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Protocolo assinado ontem entre a Estradas de Portugal e a autarquia de Góis

O secretário de Estado das Obras Públicas presidiu ontem à cerimónia de assinatura do protocolo entre a Estradas de Portugal e a Câmara de Góis, para reabilitação da EN2. Vão ser investidos cerca de 275 mil euros num troço de 2.390 metros

Girão Vitorino mostrou-se bastante satisfeito com a assinatura do protocolo, uma vez que, sendo autarca há mais de 25 anos, estava com «as esperanças perdidas de tantas promessas falhadas de governos anteriores». Por isso o presidente da Câmara de Góis regozijou-se pelo acto, lembrando igualmente outras promessas que Paulo Campos fez e cumpriu. «Prometeu que a EN 342 Lousã-Góis-Arganil, nesta primeira fase, iria ter uma intervenção a nível do pavimento, alargamento, onde fosse possível, colocação de sinalização e protecção e a obra esta concluída», sublinhou, acrescentado também que «prometeu o estudo para a EN 342 entre a Lousã-Góis, Arganil e Coja, com a variante a Góis e cumpriu, o estudo está no terreno», afirmou.
E porque as acessibilidades, «são um dos factores mais importantes para o desenvolvimento de qualquer território, quer seja ao nível económico, empresarial, social e cultural e, no caso de Góis, ao nível do turismo», Vitorino aproveitou a presença do secretário de Estado para chamar a atenção para algumas artérias. «Em próximos orçamentos não se esqueça da nossa ligação para sul, ao IC 8, em Pedrógão Grande, com a reparação do troço de 10 kms entre a Portela do Vento e Alvares», alertou o autarca, acrescentando que para norte a EN 2 «está desclassificada entre Góis, Vila Nova de Poiares e o IP3». Como tal, Girão Vitorino deixou o apelo para que «no futuro possa ser equacionada a sua reclassificação, já que não temos meios para a sua manutenção». O edil mostrou-se convicto que Paulo Campos «nos vai ajudar nestes próximos seis anos» e «nós também vamos lutar para que concretize, igualmente, os seus projectos ao nível da sua Secretaria de Estado».
Paulo Campos considerou fundamental a melhoria das acessibilidades, para que «as pessoas venham ver as belezas desta terra», sublinhando que «o que estamos a fazer na EN 342 com beneficiação na interligação com a sede do município na EN 2, e o que vamos fazer com a nova EN 342, é franquear acessibilidades a todos que aqui vivem, criando uma ligação entre a zona norte e sul do distrito». Uma ligação que o secretário de Estado considerou «relevante», sublinhando que «só por desleixo não foi possível aprofundar e reforçar a coesão territorial e também ligar a cidade de Coimbra ao interior».
O governante declarou que «estamos a dar sequência ao trabalho que fizemos e a cumprir o que prometemos», por isso «fico com um orgulho acrescido, pois o município de Góis merece o que estamos aqui a fazer», disse, esperando que Góis «tenha condições para aproveitar este investimento».
Como resposta aos pedidos de Girão Vitorino, o secretario de Estado assegurou que «estamos empenhados em que os problemas com as acessibilidades sejam resolvidos», acrescentando ser esse «o nosso compromisso, na convicção de que os agentes em conjunto tudo vão fazer para construir um futuro melhor para os homens e mulheres desta terra».
A cerimónia contou ainda com a apresentação do estudo prévio da variante EN 342 que abrange os concelhos da Lousa, Góis, Arganil e tábua, numa extensão de 34 kms e terá como velocidade base 80kms/hora. A estimativa do custo da obra é de 50 milhões de euros, sendo o prazo de execução de 15 meses.
in Diário de Coimbra, de 22/11/2007

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