quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Liga de Aldeia velha e Casais celebrou 43 anos


A Liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais comemorou no passado sábado, dia 24, o 43.º aniversário. A sede ficou completa de associados e amigos da agremiação regionalista, o que deixou o presidente da colectividade quase sem palavras, Manuel Duarte expressou o carinho com que estava a receber os convivas e enalteceu o apreço demonstrado pela população ao Jornal de Arganil. "É bom sentir que as pessoas aparecem, é o que nos dá satisfação", vincou, por ser um trabalho gratuito. Actualmente a obra prioritária está ligada à sede, onde foi feito um anexo, por necessitar de um espaço de arrumo. Está ainda encomendado um projecto para fazer um forno, grelhador e sala de serviços, não só para manter património, mas também para ter as acessibilidades congregadas na Casa de Convívio. O trabalho está a ser desenvolvido, no entanto lamenta a falta de ajuda, ultrapassada por vezes com a realização de leilões. Aliás, a Câmara Municipal é a principal entidade à qual Manuel Duarte aponta o dedo. "A Câmara fecha-nos as portas, não nos deu nada, nem para a Casa, nem para esta obra", reclamou. Angariar fundos não se torna tarefa fácil, mais quando quotização era diminuta. "Havia quotas de 0,60 euros, que nem sequer dava para o correio", atentou, até porque, "normalmente damos um bolo rei pelo Natal aos idosos e mandamos um cartão de aniversário para cada associado". Assim, a pouco e pouco vai sendo aumentada, entre 10 a 12 euros por ano. A sede é o "orgulho", cuja mais-valia é a possibilidade que oferece em acomodar um visitante ou turista, já que tem um quarto equipado para receber um casal.
Com cerca de 300 associados, Manuel Duarte está há dois anos na direcção. O quadragésimo oitavo associado foi "empurrado" para a presidência, sob pena da Liga ficar sem comando nos órgãos sociais. Em Fevereiro realiza-se a Assembleia-geral para a entrada de novos órgãos directivos, mas sem a recandidatura de Manuel Duarte. Quando organizou a lista, chamou pessoas para conseguir integrar na colectividade, mas lamenta não haver "grande interesse do pessoal novo. Gostam de vir a Aldeia Velha, mas como não há atractivos, fogem". Assegura que não fará parte de uma lista, mas garante também que dará apoio aos que forem eleitos. "Ficarei sempre na colectividade. Não viro as costas a ninguém", afirma, defendendo a rotatividade dos associados na presidência. Para já, não tem conhecimento de nenhuma lista a sufrágio.
Henrique Vaz Mendes, presidente da Junta do Colmeal e da Assembleia-Geral da colectividade, foi um dos fundadores da liga dos Amigos de Aldeia Velha e Casais, a 15 de Novembro de 1964. Em dia de aniversário, recordou o trabalho que tem sido feito, entre arruamentos, instalação eléctrica, calçada, entre outras, cuja obra inicial foi a ampliação do abastecimento de água. Saudou os melhoramentos feitos, mas defendeu a ideia de que a missão actual das comissões de melhoramentos sejam diferentes. Revelou o papel reivindicativo das colectividades, dando-lhe, ao mesmo tempo, responsabilidades culturais. Uma opinião partilhada pelo presidente da União Progressiva do Colmeal, que delegou às comissões actividades em torno da cultura e lazer, e ao Município outras obrigações.
Diana Duarte
in Jornal de Arganil, de 29/11/2007

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