III Convívio dos Serranos
Porque “ser serrano é ser mais português”, a União Recreativa do Cadafaz voltou a organizar o almoço-convívio dos Serranos, na sua terceira edição. Aconteceu no dia 17, em Góis, e juntou um bom punhado de “jovens de há mais tempo”numa sala repleta e que teve o objectivo também de angariar fundos para a extensão do Lar, ainda em construção. Uma tarde que foi festa, ao qual se associou a ADIBER, na presença de Lurdes Castanheira.
Armindo Neves, presidente da União, não escondeu o contentamento pelo decorrer da festa, a qual mais uma vez recordou a vida dos jovens de há mais tempo, como prefere designar, fazendo assim do almoço, uma causa que considera nobre. “As pessoas que estão agora com oitenta, noventa e quase cem anos, são pessoas que nos anos vinte e trinta iniciaram um trabalho muito difícil criando as suas próprias comissões de melhoramentos para terem água potável, as ruas limpas e electricidade” e mais tarde auferirem de uma casa de convívio. Embora admita que actualmente há mais apoios, nomeadamente, assistência social, evidencia que ainda há muita coisa que falta. “Muitas vezes os jovens de há mais tempo da minha aldeia, são deixados na prateleira da vida”, pelo que, a União Recreativa do Cadafaz tenta honrar os feitos dos antepassados e explica as razões porque devem ser acarinhados. “Temos um povo que tem a arte de bem receber e temos uma grande beleza natural”. Porém, ainda são visíveis muitas dificuldades. “Se não for com estes convívios e estas actividades que fazemos voluntariamente e por amor à causa os nossos jovens de há mais tempo seriam colocados na prateleira da vida”, insiste, queixando-se que de outro modo os governantes desconheciam “este povo”, que tal como o das cidades, paga impostos. “Este povo vive um bocado martirizado pelo vento, chuva e pelas coisas que acontecem de mau na nossa serra”. De modo a tornar a vida na aldeia mais digna, a União fez um investimento num futuro Centro de Acolhimento Nocturno, como extensão do Lar de Cadafaz. “ Ainda não está feito, mas temos de começar a angariar dinheiro por algum lado”, diz justificando outro dos motivos para a realização do convívio. Para tal, defende a construção numa escola que “está desertificada” por falta de alunos, edifício que a Câmara cedeu para estar ao serviço dos idosos. Realizaram-se obras de remodelação e estão já oito quartos feitos e mobilados, com casa de banho privativa, prontos a serem habitados. “Basta agora que haja vontade política. Queremos pagar o equipamento, estamos à porta de o liquidar”, sendo que depois será entregue a uma entidade para se responsabilize pelo seu funcionamento. “Se não pegarem nisto sentir-me-ei amanhã um homem desiludido”, confessou, lamentando a “pouca atenção” que é dada à freguesia.
Com casa “abarrotada”, o terceiro almoço dos Serranos deu esperança para que o convívio de Natal seja novamente um momento importante na freguesia e que os idosos tenham uma vida melhor, já que é em vida que as pessoas devem ser ajudadas.
in Jornal de Arganil, edição electrónica
Armindo Neves, presidente da União, não escondeu o contentamento pelo decorrer da festa, a qual mais uma vez recordou a vida dos jovens de há mais tempo, como prefere designar, fazendo assim do almoço, uma causa que considera nobre. “As pessoas que estão agora com oitenta, noventa e quase cem anos, são pessoas que nos anos vinte e trinta iniciaram um trabalho muito difícil criando as suas próprias comissões de melhoramentos para terem água potável, as ruas limpas e electricidade” e mais tarde auferirem de uma casa de convívio. Embora admita que actualmente há mais apoios, nomeadamente, assistência social, evidencia que ainda há muita coisa que falta. “Muitas vezes os jovens de há mais tempo da minha aldeia, são deixados na prateleira da vida”, pelo que, a União Recreativa do Cadafaz tenta honrar os feitos dos antepassados e explica as razões porque devem ser acarinhados. “Temos um povo que tem a arte de bem receber e temos uma grande beleza natural”. Porém, ainda são visíveis muitas dificuldades. “Se não for com estes convívios e estas actividades que fazemos voluntariamente e por amor à causa os nossos jovens de há mais tempo seriam colocados na prateleira da vida”, insiste, queixando-se que de outro modo os governantes desconheciam “este povo”, que tal como o das cidades, paga impostos. “Este povo vive um bocado martirizado pelo vento, chuva e pelas coisas que acontecem de mau na nossa serra”. De modo a tornar a vida na aldeia mais digna, a União fez um investimento num futuro Centro de Acolhimento Nocturno, como extensão do Lar de Cadafaz. “ Ainda não está feito, mas temos de começar a angariar dinheiro por algum lado”, diz justificando outro dos motivos para a realização do convívio. Para tal, defende a construção numa escola que “está desertificada” por falta de alunos, edifício que a Câmara cedeu para estar ao serviço dos idosos. Realizaram-se obras de remodelação e estão já oito quartos feitos e mobilados, com casa de banho privativa, prontos a serem habitados. “Basta agora que haja vontade política. Queremos pagar o equipamento, estamos à porta de o liquidar”, sendo que depois será entregue a uma entidade para se responsabilize pelo seu funcionamento. “Se não pegarem nisto sentir-me-ei amanhã um homem desiludido”, confessou, lamentando a “pouca atenção” que é dada à freguesia.
Com casa “abarrotada”, o terceiro almoço dos Serranos deu esperança para que o convívio de Natal seja novamente um momento importante na freguesia e que os idosos tenham uma vida melhor, já que é em vida que as pessoas devem ser ajudadas.
in Jornal de Arganil, edição electrónica
Etiquetas: cadafaz, fotografia
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