Lançamento do livro “Memórias do Antigamente” em Cortes
No âmbito da IV Jornada Cultural da freguesia de Alvares, subordinada ao tema “Referências”, que teve lugar em Cortes, no sábado, decorreu o lançamento do livro “Memórias do Antigamente – Monografia de Cortes”, da autoria de Samuel Mateus, uma obra que aborda as tradições, costumes e hábitos desta aldeia do concelho de Góis, divulgando o folclore e a etnografia da Beira Serra. Pretendendo homenagear também todos os cortenses, este livro, que foi editado com o apoio da Comissão de Melhoramentos de Cortes, e cujo paginador foi Joaquim Ribeiro, é dedicado à avó do escritor, Maria Alves, que lhe deu a conhecer muitas das vivências do quotidiano, raízes históricas e culturais da aldeia.
Contando que desde a primeira hora teve o apoio da Comissão de Melhoramentos, Samuel Mateus fez referência à avó materna que “sabe muitas coisas, tal como muitos cortenses”. “Foi com o intuito de não perder a sabedoria popular que escrevi este livro”, revelou, acrescentando que o objectivo é que “haja uma memória imortal que permita não esquecer pequenas coisas importantes da vida”. De acordo com o escritor, que é licenciado e mestre em Ciências da Comunicação, e que desde cedo visita Cortes, este livro é composto por “uma reunião de memórias indviduais unidas numa manta de retalhos”.
“O antigamente está presente, hoje somos o que fizemos no passado”, sustentou o autor desta monografia de Cortes, defendendo que “as pessoas devem orgulhar-se das suas tradições”, até porque “muitas delas são raras”. Desta forma, no livro fala-se “do que as pessoas comiam e vestiam”, referiu Samuel Mateus, contando que “a alimentação era diferente e no vestir, havia tecidos resistentes que hoje em dia já não se encontram”. Nesta ocasião, o escritor avançou com algumas hipóteses sobre a origem do nome Cortes, alegando que a possibilidade mais viável diz que o nome desta aldeia surgiu da palavra latina “Cornes”, que “significa coragem, preserverança”.
“Os sons nasais desapareceram e ficou Cortes que significa um povo heróico”, explicou, constatando que “o povo de Cortes tem de ser heróico para ao longo dos séculos resistir aqui”. Para além disso, “Cortes tem muitos olivais e “Cornes” significa também vasilha de azeite”, continuou Samuel Mateus, enaltecendo que há ainda uma terceira coincidência com este nome, uma vez que a palavra latina também significa localidade junto a um braço do rio e “estamos a um braço do rio Unhais”.
O autor da obra recordou ainda que Cortes é uma aldeia que pode ter “200 a 300 anos”, tendo tido uma “forte ocupação no tempo dos romanos”. “Temos de ficar orgulhosos por termos nas nossas origens sangues tão dispersos”, advogou, apelando aos presentes para que “tenham curiosidade de ler esta obra” que contém cerca de duas centenas de fotografias, de forma a facilitar a leitura. “Leiam e tenham um espírito construtivo”, reforçou, anunciando que no seio do livro colocou o seu endereço electrónico para os leitores enviarem os seus comentários, já que “este livro é de todos, é uma homenagem aos cortenses”.
Após a leitura de alguns excertos, o presidente da Comissão de Melhoramentos de Cortes congratulou-se com o facto de Samuel Mateus ter tido a ideia de escrever este livro, lembrando que o Padre Ramiro Moreira já tinha escrito uma monografia, assim como existem outros escritos sobre a região, no entanto, “este tem a filosofia de quem soube beber referências”. Destacando o trabalho desenvolvido pelo autor da obra, João Manuel Antão teceu alguns elogios aos seus familiares, nomeadamente à avó, que é a pessoa que “tem responsabilidade nisto tudo”. “Encontra-se aqui o que há de mais genuíno no Ser Humano, a humildade”, concluiu.
Já Maria de Lurdes Castanheira, que foi convidada a participar nesta jornada cultural enquanto “cidadã e defensora” desta iniciativa, realçando que os habitantes de Góis são “uma referência”, referiu que este evento veio enriquecer todos os presentes. Satisfeita com o tema escolhido, a também candidata do PS à Câmara Municipal de Góis frisou que “Cortes e a freguesia de Alvares são uma referência a vários níveis”, sobretudo no que respeita à obra social, de que é exemplo o Centro Social e Paroquial de Alvares, e ao nível do tecido empresarial, já que em Cortes existe uma panificadora, comércio e um pólo industrial. “São também uma referência em termos de regionalismo porque têm colectividades com décadas de existência”, esclareceu ainda Lurdes Castanheira, mostrando-se satisfeita com a edição deste livro que “retrata tudo aquilo que pode servir de aprendizagem para os mais novos”, desde a geografia, fauna, flora, tradições e costumes.
No uso da palavra, o responsável pela revisão ortográfica endereçou as suas primeiras palavras a Samuel Mateus fazendo votos para que continue a “persistir na sua acção de pesquisa e investigação em busca das raízes do nosso povo” que, por sua vez, “constituem a razão de ser do nosso presente”. “O Dr. Samuel partiu à descoberta, viu com os seus próprios olhos, escutou, apalpou terreno, conversou, relacionou-se, obteve informação e entusiasmou-se”, contou João Rui, explicando que esta obra “espelha a vivência, a tradição, usos e costumes de Cortes”. “É um verdadeiro retrato de um passado que não deixa de ser presente”, realçou, alertando que ao leitor cabe “apreciá-la e censurá-la”.
Note-se que no final desta cerimónia a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, Helena Moniz, felicitou o escritor responsável por esta monografia de Cortes pelo “trabalho de levantamento e recolha que é muito importante para a cultura, não só de Cortes mas do concelho”. Posteriormente decorreu uma sessão de autógrafos e os interessados tiveram a oportunidade de adquirir um exemplar.
in www.rcarganil.com
Contando que desde a primeira hora teve o apoio da Comissão de Melhoramentos, Samuel Mateus fez referência à avó materna que “sabe muitas coisas, tal como muitos cortenses”. “Foi com o intuito de não perder a sabedoria popular que escrevi este livro”, revelou, acrescentando que o objectivo é que “haja uma memória imortal que permita não esquecer pequenas coisas importantes da vida”. De acordo com o escritor, que é licenciado e mestre em Ciências da Comunicação, e que desde cedo visita Cortes, este livro é composto por “uma reunião de memórias indviduais unidas numa manta de retalhos”.
“O antigamente está presente, hoje somos o que fizemos no passado”, sustentou o autor desta monografia de Cortes, defendendo que “as pessoas devem orgulhar-se das suas tradições”, até porque “muitas delas são raras”. Desta forma, no livro fala-se “do que as pessoas comiam e vestiam”, referiu Samuel Mateus, contando que “a alimentação era diferente e no vestir, havia tecidos resistentes que hoje em dia já não se encontram”. Nesta ocasião, o escritor avançou com algumas hipóteses sobre a origem do nome Cortes, alegando que a possibilidade mais viável diz que o nome desta aldeia surgiu da palavra latina “Cornes”, que “significa coragem, preserverança”.
“Os sons nasais desapareceram e ficou Cortes que significa um povo heróico”, explicou, constatando que “o povo de Cortes tem de ser heróico para ao longo dos séculos resistir aqui”. Para além disso, “Cortes tem muitos olivais e “Cornes” significa também vasilha de azeite”, continuou Samuel Mateus, enaltecendo que há ainda uma terceira coincidência com este nome, uma vez que a palavra latina também significa localidade junto a um braço do rio e “estamos a um braço do rio Unhais”.
O autor da obra recordou ainda que Cortes é uma aldeia que pode ter “200 a 300 anos”, tendo tido uma “forte ocupação no tempo dos romanos”. “Temos de ficar orgulhosos por termos nas nossas origens sangues tão dispersos”, advogou, apelando aos presentes para que “tenham curiosidade de ler esta obra” que contém cerca de duas centenas de fotografias, de forma a facilitar a leitura. “Leiam e tenham um espírito construtivo”, reforçou, anunciando que no seio do livro colocou o seu endereço electrónico para os leitores enviarem os seus comentários, já que “este livro é de todos, é uma homenagem aos cortenses”.
Após a leitura de alguns excertos, o presidente da Comissão de Melhoramentos de Cortes congratulou-se com o facto de Samuel Mateus ter tido a ideia de escrever este livro, lembrando que o Padre Ramiro Moreira já tinha escrito uma monografia, assim como existem outros escritos sobre a região, no entanto, “este tem a filosofia de quem soube beber referências”. Destacando o trabalho desenvolvido pelo autor da obra, João Manuel Antão teceu alguns elogios aos seus familiares, nomeadamente à avó, que é a pessoa que “tem responsabilidade nisto tudo”. “Encontra-se aqui o que há de mais genuíno no Ser Humano, a humildade”, concluiu.
Já Maria de Lurdes Castanheira, que foi convidada a participar nesta jornada cultural enquanto “cidadã e defensora” desta iniciativa, realçando que os habitantes de Góis são “uma referência”, referiu que este evento veio enriquecer todos os presentes. Satisfeita com o tema escolhido, a também candidata do PS à Câmara Municipal de Góis frisou que “Cortes e a freguesia de Alvares são uma referência a vários níveis”, sobretudo no que respeita à obra social, de que é exemplo o Centro Social e Paroquial de Alvares, e ao nível do tecido empresarial, já que em Cortes existe uma panificadora, comércio e um pólo industrial. “São também uma referência em termos de regionalismo porque têm colectividades com décadas de existência”, esclareceu ainda Lurdes Castanheira, mostrando-se satisfeita com a edição deste livro que “retrata tudo aquilo que pode servir de aprendizagem para os mais novos”, desde a geografia, fauna, flora, tradições e costumes.
No uso da palavra, o responsável pela revisão ortográfica endereçou as suas primeiras palavras a Samuel Mateus fazendo votos para que continue a “persistir na sua acção de pesquisa e investigação em busca das raízes do nosso povo” que, por sua vez, “constituem a razão de ser do nosso presente”. “O Dr. Samuel partiu à descoberta, viu com os seus próprios olhos, escutou, apalpou terreno, conversou, relacionou-se, obteve informação e entusiasmou-se”, contou João Rui, explicando que esta obra “espelha a vivência, a tradição, usos e costumes de Cortes”. “É um verdadeiro retrato de um passado que não deixa de ser presente”, realçou, alertando que ao leitor cabe “apreciá-la e censurá-la”.
Note-se que no final desta cerimónia a vereadora da Cultura da Câmara Municipal de Góis, Helena Moniz, felicitou o escritor responsável por esta monografia de Cortes pelo “trabalho de levantamento e recolha que é muito importante para a cultura, não só de Cortes mas do concelho”. Posteriormente decorreu uma sessão de autógrafos e os interessados tiveram a oportunidade de adquirir um exemplar.
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