Campo: CAMPO LAGARES - Terra Batida
Árbitro: TELMO GREGORIO FERNANDES
Assistência: 100 espectadores
LAGARES BEIRA: Diogo, Paulo Santos, Leonel, Mário, Ferrão, Paulo Lopes “Cheiras”, Cide, Carlos Alves “Alzira”, Galo, Rui Lopes e Daniel.
Treinador: Luis Mendes
Suplentes: Zé, João, Jorge Peres, Meira.
GÓIS: Diogo, Pepe, Branco, Bruno, Gonçalo, Miguel, tantan, Xico, Serra, Ricardo e Lobo.
Treinador: António Dias
Suplentes: Nuno Braga, Moita, João Brito e Palrinhas.
Golos: Daniel (44 min e 68min)
Esta tarde, e para alguns, era o verdadeiro teste aos lagarenses que recebiam uma equipa sempre candidata a subir de divisão, o Góis, que pela mão de António Dias apresenta-se sempre em qualquer campo como se jogasse em casa, sem receio e para discutir os três pontos.
Da parte do Lagares o facto de ter alguns jogadores castigados obrigou a ligeiras alterações e ajustes no 11 inicial mas as diferenças não se fizeram sentir e a equipa entrou coesa e confiante, como tem sido hábito.
A primeira parte foi muito equilibrada, num jogo muito bem estudado de parte a parte em que as equipas se equivaleram no seu todo, tanto que não houve grandes situações de golo de parte a parte, nem os guarda-redes foram obrigados a grandes intervenções.
Na maioria dos casos as defesas sempre certinhas íam resolvendo as situações mais preocupantes e sempre com grande à vontade, o que não é de admirar porque estávamos na presença de dois conjuntos muito seguros, onde o meio campo também tem um papel fulcral na segurança e consistência defensiva.
Assim tornou-se cada vez mais evidente que a haver um golo este surgiria apenas de um rasgo individual, ou que a outra equipa cometesse um erro defensivo que permitisse um golo. Também era ponto assente que quem marcasse um golo ficaria dono do resultado, tal era o equilíbrio patente em campo.
Foi já quando se caminhava para o intervalo que a equipa do Lagares e numa insistência pela direita marcou o primeiro golo. Uma disputa de bola junto à linha final acabou com a mesma centrada sem muita força rente ao solo e que parecia ir acabar facilmente nas mãos de Diogo, mas alguém esqueceu-se de marcar Daniel que para surpresa de todos apareceu de rompante e mesmo quando o guardião já estava no chão para defender, com um ligeiro toque levanta a bola por cima do mesmo para dentro das redes, marcava o relógio o minuto 44, e assim pouco depois se foi para as cabinas.
Para a segunda parte as coisas não mudaram, o futebol que acabou na primeira foi o mesmo que continuou neste período. Mesmo assim logo aos 3 minutos um erro defensivo (só podia) lagarense, deixou Serra com hipótese de empatar isolando-se à entrada da área e que á saída do guarda-redes levantou a bola por cima de Diogo encaminhando-a para a baliza... já se gritava golo quando o capitão Mário que nunca perdeu noção do lance e já em esforço corta a bola para a barra com tal violência que esta volta para a entrada da área onde Ferrão despacha rapidamente para longe.
Foi o primeiro e melhor lance de verdadeiro perigo da equipa do Góis em todo o jogo.
Estávamos a caminhar para o meio desta segunda parte quando numa insistência pela esquerda, Daniel finta dois defesas entra na área e remata com força para o poste mais próximo fazendo não só um grande golo como arrumava a questão.
Foi então que ambos os treinadores começaram a mexer nas equipas entrado à vez e no espaço de poucos minutos três novos atletas para cada lado. No Lagares uma das substituições foi a de Daniel que saiu esgotado (e lesionado?) a 15 minutos do fim mas com a noção de dever cumprido e um jogo para mais tarde recordar. Melhor sorte nas substituições para Luís Mendes que manteve não só o rigor táctico como o resultado até final, obtendo uma suada mas justa vitória.
Pouco mais houve de realce até final, num jogo extremamente equilibrado e que valeu sobretudo pelos golos e pela actuação defensiva quase perfeita de ambos os lados que resolveram quase tudo o que havia para resolver.
Se este era o teste que o Lagares precisava para demonstrar que é equipa a ter em conta, ele foi passado com distinção, um excelente grupo que demonstrou que não são só 11 a ter em conta, por isso muitas dores de cabeça para Luis Mendes mas no bom sentido.
Já o Góis apresenta 3 derrotas em 6 jogos mas tendo em conta a prestação da equipa e a maneira como o campeonato parece estar tão equilibrado entre tantas formações, não é preocupação de monta. António Dias já mostrou que é um técnico com bastante capacidade e que a equipa está muito bem entregue, um pouco mais de sorte em certas alturas incluindo o ano passado e esta época até estava na Divisão Honra com este mesmo Góis.
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