segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Aigra Nova

Fotografia de António Vieira

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terça-feira, 1 de setembro de 2009

AX Trail - Corrida de Montanha

Nos próximos dias 26 e 27 de Setembro, nas aldeias de Góis e da Lousã, o AX Trail regressa com um novo formato e novos percursos seguindo à risca o conceito que o define: trail em estado puro. Em simultâneo com as provas irá decorrer o Caminho do Xisto, para que possa trazer a sua família e passar um fim-de-semana em cheio nas Aldeias do Xisto. Não falte!

Em simultâneo com as provas poderá optar por fazer o percurso pedestre do Caminho do Xisto, para que possa trazer a sua família e passar um fim-de-semana em cheio. Não perca!
Este é um percurso pedestre na zona envolvente dos percursos. Este percurso disponibiliza aos familiares, amigos dos atletas ou a todos os interessados, uma actividade acessível e um motivo para a visita à região.

Esta edição do Ax Trail percorre caminhos antigos muito técnicos e alguns estradões. O forte relevo do terreno, os Penedos de Góis e as Aldeias do Xisto da Pena, Comareira e Aigras Nova e Velha misturam-se em paisagens de cortar a respiração.

Dia 27 de Setembro o percurso passará pelas Aldeias do Xisto do Talasnal, Chiqueiro e Casal Novo, pelo Castelo de Arouce, não faltando sequer uma incursão na Ribeira de S. João.

A pensar naqueles que queiram conhecer um pouco mais da Serra da Lousã, realizam-se em simultâneo os Caminhos do Xisto, percursos pedestres que, com o apoio de guias conhecedores da área, lhe mostrarão o património e as riquezas naturais desta Serra, tornando a sua caminhada numa experiência mais enriquecedora.

Para saber mais, clique Aqui.


Organização
Go Outdoor
(+351) 239 561 392 / 916 292 279
info@go-outdoor.pt
www.go-outdoor.pt
in www.aldeiasdoxisto.pt

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quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Aigra Nova


Fotografias de António Vieira

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terça-feira, 18 de agosto de 2009

"Um Olhar; Estrangeiro" sobre as aldeias serranas

Voluntária na Lousitânea Liga dos Amigos da Serra da Lousã, a Zoé GÉMIN revela o seu olhar de estrangeira numa exposição de fotografias. Esta francesa de 22 anos, efectua um Serviço Voluntário do Europeu (SVE) em Portugal durante 8 meses. Este programa da União Europeia permite-lhe ajudar a associação sem fim lucrativo Lousitânea nas suas actividades de protecção do ambiente e de promoção das tradições rurais. A Zoé trabalha tão na "Maternidade de Árvores Autóctones" que nas oficinas de broa e queijo ou na Loja das Aldeias de Xisto de Aigra Nova (GÓIS).
Através das suas fotografias, encontram-se pormenores da serra e das aldeias com os seus habitantes que atraíram o seu olho ... se calhar porque tem uma cultura diferente? Para descobrir esta outra maneira de ver a vida nas montanhas portuguesas, podem ver a exposição está patente na Casa do Artista de Góis até ao dia 20 de Agosto, e na Aigra Nova de dia 22 até dia 30 de Agosto, sendo a entrada livre.
Para mais informações, contactar a Lousitânea - Liga dos Amigos da Serra da Lousã: 235778644 lousitanea@ sapo.pt
in Jornal de Arganil, de 13/08/2009

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terça-feira, 11 de agosto de 2009

Exposição de fotografias

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quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Aldeias serranas da Lousã vistas por um olhar estrangeiro

Uma voluntária francesa da Lousitânea -- Liga dos Amigos da Serra da Lousã expõe até 20 de Agosto, na Casa do Artista de Góis, um conjunto de fotografias com pormenores "da serra e dos seus habitantes".

Zoé Gémin, de 22 anos, participa num Serviço Voluntáriado Europeu (SVE) em Portugal durante oito meses, trabalhando nas actividades de protecçao do ambiente e de promoção das tradições rurais promovidas pela Lousitânea.

"Através das suas fotografias, encontram-se pormenores da serra e das aldeias com os seus habitantes que atrairam o seu olhar... se calhar porque tem uma cultura diferente", refere uma nota do município de Góis.

A exposição, que é inaugurada no dia 10 de Agosto, vai estar também exposta na aldeia de xisto de Aigra Nova, no concelho de Góis, de 22 a 30 de Agosto.
in http://dn.sapo.pt

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domingo, 24 de maio de 2009

Aigra Nova

Fotografia de António José Santos

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terça-feira, 19 de maio de 2009

CAMINHADA: "Rota das Tradições do Xisto – Penedos de Góis – Serra da Lousã”

11 de Junho (5.ª feira)

Percorrendo as Aldeias do Xisto da Serra da Lousã no concelho de Góis Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena, com a companhia dos imponentes Penedos de Góis. O percurso passa por um conjunto de aldeias vivas do concelho de Góis onde os participantes podem desfrutar de características e tradições únicas do território do xisto: alambique, eira, forno e moinho comunitários, hortas e culturas serranas, visita à uma exploração de cabras, soutos, cozinhas e caniços tradicionais, gateiras, pocilga do porco, produtor artesanal de mel da Serra da Lousã. Momento único será a visita à aldeia de Aigra Velha que ainda dispõe de um sistema defensivo apenas visto nas aldeias e vilas medievais mais antigas do nosso país e a visita aos fósseis marinhos existentes no Penedo de Góis. Com alguma probabilidade será possível avistar uma rapina ou uma manada de veados neste percurso.
Tipo de percurso: Circular.
Extensão: cerca de 12km.
Duração: 5 a 6 horas.
Declives: Moderados.
Dificuldade: Média.
Início e final de percurso: Aigra Nova.
Ponto de encontro: na aldeia de Aigra Nova, na Loja do Xisto, pelas 9h30.
Preço: 10€/pax – inclui guia, seguro.

Para inscrição é necessário indicar um telemóvel de contacto e é obrigatório o envio prévio do nome completo dos participantes, para efeitos de seguro.

Para inscrições e informações:
Bairro de S. Paulo, 2, 3330-304 GÓIS
tel / fax 235 778 938
telem 966 217 787
mail geral@transserrano.com

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domingo, 10 de maio de 2009

Apresentação do projecto 'Tradições do xisto' em Aigra Nova

No próximo dia 18 de Maio, o Município de Góis e a Lousitânea, no âmbito das comemorações do Dia Internacional de Museus, este ano sobre a temática “Museus e Turismo”, irão apresentar o projecto TRADIÇÕES DO XISTO. NÚCLEO VIVO DAS ALDEIAS DO XISTO DE GÓIS. ECOMUSEU DAS ALDEIAS DO XISTO E DA NATUREZA DA SERRA DA LOUSÃ.
O projecto traduz-se na criação de um ecomuseu no território das quatro aldeias do xisto de Góis – Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira, Pena – e na área abrangida pela Serra da Lousã, com o objectivo fulcral e fundamental de atrair os próprios habitantes das povoações e/ou novos habitantes para aí encontrarem perspectivas de futuro. Esta ideia pretende ir mais além, dando continuidade e solidez ao preconizado pelo programa da Rede das Aldeias do Xisto.
De acordo com um comunicado enviado ao RCA NOTICIAS, esta iniciativa vai ter lugar na aldeia do xisto de Aigra Nova, no Concelho de Góis, dia 18 de Maio, pelas 10h00m.
in www.rcarganil.com

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quinta-feira, 7 de maio de 2009

Apresentação do Projecto "Tradições do Xisto"

No Dia Internacional dos Museus, 18 de Maio de 2009, a Câmara Municipal de Góis em parceria com a Lousitânea apresentam um projecto único e inovador para as 4 Aldeias do Xisto de Góis (Comareira, Aigra Nova, Aigra Velha e Pena).

Este Projecto denominado "Tradições do Xisto" tem 2 grandes objectivos:
- Contribuir para a fixação dos habitantes locais, valorizando as infra-estruturas rurais e etnográficas, aumentando a sua auto-estima, melhorando as condições de vida e criando postos de trabalho nestas aldeias através da valorização turística dos espaços a intervir;
- Atrair nova população ou regresso de população que resida noutros pontos do pais e do estrangeiro, conseguindo assim estancar o processo de desertificação humana e cultural que sofrem estas 4 aldeias.

Paralelamente, este projecto será uma experiência piloto em toda a rede de Aldeias do Xisto. Poderá mesmo vir a ser o modelo de desenvolvimento que poderá ser implementado em todas as aldeias da rede.

O projecto "Tradições do Xisto" implica a criação de um Núcleo Vivo das Aldeias do Xisto de Góis, Ecomuseu das Aldeias do Xisto e da Serra da Lousã. Existirá um Museu das Tradições do Xisto (núcleo-sede) e 20 núcleos interpretativos:

- Aigra Nova: 1 - Casa tradicional serrana; 2 - pocilga, palheiro, capril e galinheiro; 3 - forno e alambique comunitários; 4- eira e palheiro comunitários; 5 - núcleo do mel; 6 -ervas tradicionais autóctones; 7 - lavadouro e fonte pública
- Aigra Velha: 8 – forno e alambique comunitários; 9 – capril e palheiro tradicional;
- Comareira: 10 - adega e lagar de vinho; 11 – alminha
- Pena: 12 – moinho de cima e de baixo do Poço da Lontra; 13 – forno e alambique comunitários; 14 - alminha; 15 – núcleo museológico da família neves; 16 – aglomerado de construções antigas (etno-arqueologia); 17 - núcleo dos fósseis marinhos

Em todas as aldeias existirão os núcleos das Hortas Tradicionais (18) e dos Soutos Centenários (19).
Na aldeia de Aigra Nova existirá uma reserva de burros para passeios turísticos (20).
Na aldeia de Aigra Velha existirá um parque de campismo rural (21).

Os turistas poderão visitar estes núcleos autonomamente, de forma guiada com monitores da Lousitânea ou com os próprios habitantes locais e através de programas activos como a alambicada, o atelier da broa e do queijo de cabra, o magusto e outros programas em que os visitantes podem participar nas actividades diárias da comunidade.


Programa:

10h00 - Animação na Aldeia –
4 animações de recepção
- Concentração de cabras das aldeias.
- Oficina da broa
- Mesa de estacaria
- Bancada de degustação do mel das aldeias com os utensílios e com explicação dos habitantes locais

Estas actividades permitem um contacto com a cultura e etnografia local

11h00 - Cerimónia oficial de apresentação pública - Loja da Aldeia
Com a presença do Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Góis - Sr. José Girão Vitorino, Exmo. Sr. Presidente da Lousitânea, Dr. Paulo Silva, Exmo. Sr. André Claro.
Convidados:
Exmo. Sr. Dr. Alfredo Marques, Presidente da CCDR-C, Exmo. SR. Presidente da Entidade Turismo do Centro, Dr. Pedro Machado, Exmo. Sr. Presidente da ADXTUR, Dr. Paulo Fernandes.

11h30 - Visionamento do documentário “Núcleo Vivo das Aldeias do Xisto”.

12h – Brinde de Licor de Mel e Licor de Castanha.


Lousitânea - Liga de Amigos da Serra da Lousã
Rua dos Bois - Aigra Nova
3330-222 GÓIS
Tel/fax: 235778644
lousitanea@sapo.pt
www.lousitanea.no.sapo.pt

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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Apresentação do Projecto "Tradições do Xisto"

Dia 18 de Maio vai-se realizar a apresentação pública do Projecto "Tradições do Xisto", na Aldeia do Xisto de Aigra Nova, concelho de Góis.

Este projecto passa por uma estratégia de desenvolivmento real de projectos comuns, que se insere na estratégia da Rede das Aldeias do Xisto.

Comno curiosidade: os participantes serão recebidos no Largo da aldeia com um arranjo de flores e plantas silvestres serranas.

PROGRAMA
10h00 - Animação na Aldeia
11h00 - Cerimónia oficial de apresentação pública
11h30 - Apresentação pública do projecto “Tradições do Xisto”, com visionamento do vídeo “Núcleo Vivo das Aldeias do Xisto”
12h – Brinde de Licor de Mel e Licor de Castanha

Organização
Lousitânea
Tel/fax: 235 778 644
lousitanea@sapo.pt
www.lousitanea.no.sapo.pt
in www.aldeiasdoxisto.pt

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quinta-feira, 23 de abril de 2009

Plantadas em Aigra Nova e apadrinhadas em todo o mundo

A Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal não podia ter celebrado o Dia Mundial da Terra de melhor forma. Na aldeia de Aigra Nova, várias crianças plantaram 60 árvores.


É de pequenino que se aprende a amar a natureza. Mas, como só se ama aquilo que se conhece, é preciso ensinar às crianças a linguagem da terra. Ontem, na aldeia de Aigra Nova, concelho de Góis, foram elas que plantaram 60 árvores de espécies da floresta autóctone portuguesa. "Num mundo tão complicado há coisas simples que nos acalentam a alma e que nos fazem andar para a frente", tinha dito, minutos antes, Marli Monteiro, da Agência Regional de Promoção Turística (ARPT). "É um orgulho poder promover noções muito perto do nosso coração e, ao mesmo tempo, renovar o tecido económico", salientou.
A iniciativa partiu da agência que, em parceria com a Câmara Municipal de Góis, e no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Terra e da campanha promocional "Centro Experience - Carbono 0", desenvolveu uma acção de promoção ambiental e de desenvolvimento sustentado do território.
Afinal, a assunção de boas práticas em matérias ambientais aplicadas ao sector do turismo representa "um caminho de futuro e um compromisso de responsabilidade social", como referiu Pedro Machado, presidente da agência. "É na excelência e na diferenciação dos produtos que nos queremos afirmar", acrescentou.
A campanha "Centro Experience - Carbono 0" teve "dois momentos de excelência" aquando das mais importantes feiras de turismo internacionais: a FITUR em Madrid (em Janeiro de 2009) e a ITB em Berlim (em Março). Em ambos os certames, os visitantes (oriundos dos mais variados países) foram convidados a apadrinhar uma árvore para depois ser plantada no Centro de Portugal. As árvores foram adquiridas na Maternidade das Árvores da Aigra Nova - aldeia integrada na Rede das Aldeias de Xisto.
Ontem, foi naquela aldeia que muitos se juntaram para plantar as árvores apadrinhadas. Também ontem, cada um dos padrinhos das árvores recebeu, em formato digital, via correio electrónico, informações de que as árvores iam ser plantadas. A partir de agora podem, sempre que quiserem, visitá-las no Centro de Portugal.
Deslumbrado com a aldeia, o secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, enalteceu o projecto. "Uma prática profundamente sustentável como esta, é aquilo que pode tornar o país diferente em termos de ofertas turísticas".
Antes, o vice-presidente da Câmara de Góis, Diamantino Garcia, tinha lembrado a importância do turismo que "tem que ser uma âncora do desenvolvimento", num concelho com apenas cinco mil habitantes. Em resposta, o secretário de Estado destacou o esforço das autarquias ao "perspectivarem o futuro dos concelhos e das actividades económicas que se podem desenvolver" através de investimento público que permite "criar riqueza na área do turismo mas, sobretudo, combater a desertificação".
in Diário As Beiras, de 23/04/2009

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quarta-feira, 22 de abril de 2009

SET promove boas práticas no Turismo

O secretário de estado do Turismo, Bernardo Trindade, junta-se hoje às comemorações do Dia da Terra. É nesse âmbito que vai presidir, pelas 11h30, à apresentação do "Centro Experience - Carbono 0" na Loja da Aldeia do Xisto, em Aigra Nova, concelho de Góis.
A cargo da Agência Regional de Promoção Turística Centro de Portugal, a iniciativa consiste na plantação de árvores na Aigra Nova, uma aldeia integrada na Rede das Aldeias do Xisto, em colaboração com as Escolas de Góis e a Câmara Municipal de Góis.
A Campanha "Centro Experience - Carbono 0", pretende promover as boas práticas turísticas, o desenvolvimento sustentado, a valorização do factor pedagógico e da paisagem, bem como “evidenciar eixos de oferta absolutamente diferenciadores e consequentemente de elevado valor acrescentado”, assinala uma nota informativa da Secretaria de estado.
“A promoção da qualidade da oferta ambiental, do património cultural e arquitectónico, dos empreendimentos e dos serviços turísticos, são factores fundamentais para a manutenção da competitividade e afirmação de um destino turístico”, salienta a mesma nota informativa.
in www.turisver.com

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sábado, 18 de abril de 2009

CAMINHADA: "Rota das Tradições do Xisto – Penedos de Góis – Serra da Lousã”

Dia 17 de Maio (domingo)

Percorrendo as Aldeias do Xisto da Serra da Lousã no concelho de Góis Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena, com a companhia dos imponentes Penedos de Góis. O percurso passa por um conjunto de aldeias vivas do concelho de Góis onde os participantes podem desfrutar de características e tradições únicas do território do xisto: alambique, eira, forno e moinho comunitários, hortas e culturas serranas, visita à uma exploração de cabras, soutos, cozinhas e caniços tradicionais, gateiras, pocilga do porco, produtor artesanal de mel da Serra da Lousã. Momento único será a visita à aldeia de Aigra Velha que ainda dispõe de um sistema defensivo apenas visto nas aldeias e vilas medievais mais antigas do nosso país e a visita aos fósseis marinhos existentes no Penedo de Góis. Com alguma probabilidade será possível avistar uma rapina ou uma manada de veados neste percurso.

Tipo de percurso: Circular.
Extensão: cerca de 12km.
Duração: 5 a 6 horas.
Declives: Moderados.
Dificuldade: Média.
Início e final de percurso: Aigra Nova.
Ponto de encontro: na aldeia de Aigra Nova, na Loja do Xisto, pelas 9h30.
Preço: 10€/pax – inclui guia, seguro.


Aos preços acresce IVA a 20%

Para inscrição é necessário indicar um telemóvel de contacto e é obrigatório o envio prévio do nome completo dos participantes, para efeitos de seguro.

Para inscrições e informações:
Bairro de S. Paulo, 2, 3330-304 GÓIS
tel / fax 235 778 938
telem 966 217 787
mail geral@transserrano.com

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sexta-feira, 17 de abril de 2009

Dia da Terra: Plantação de árvores em Aigra Nova

Dia 22 de Abril, Dia da Terra, irá-se proceder à plantação de árvores que a Marca Centro de Portugal adquiriu no âmbito da Campanha "Centro Experience - Carbono 0".

No âmbito da Campanha "Centro Experience - Carbono 0", procede-se no dia 22 de Abril - Dia da Terra, à plantação de árvores que a Marca Centro de Portugal adquiriu no âmbito da Campanha "Centro Experience - Carbono 0".
Este é um Evento que terá a colaboração da Lousitânea - Liga dos Amigos da Serra da Lousã.

Este conceito de "Carbono 0" permite não só focalizar a comunicação para a promoção de boas práticas turisticas como evidenciar eixos da oferta absolutamente diferenciadores e consequentemente de elevado valor acrescentado, como é o caso da Maternidade das Árvores da Aldeia do Xisto de Aigra Nova.

A acção que decorre às 11h30, na Aigra Nova, e conta com a colaboração do agrupamento das Escolas de Góis e da Câmara de Góis.

PROGRAMA
11h30 - Recepção na Aldeia do Xisto Aigra Nova, concelho de Góis
11h45 - Apresentação do "Centro Experience - Carbono 0" na Loja Aldeias do Xisto de Aigra Nova
12h - Plantação das Árvores na Maternidade das Árvores de Aigra Nova
in www.aldeiasdoxisto.pt

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sexta-feira, 27 de março de 2009

Comemoração do Dia da Floresta



No dia 27 de Março os alunos da Escola EB 1, 2, 3 e Jardim-de-infância de Góis comemoram o Dia Mundial da Floresta e da Água, com um conjunto de actividades dirigidas às diferentes faixas etárias, cujo objectivo principal é o de sensibilizar as crianças para a necessidade de conservar, proteger e respeitar a floresta e a água.

Enquanto os alunos do Jardim-de-infância e do 1º ciclo desenvolveram actividades no Parque do Lazer da Quinta do Baião, os dos 2º e 3º Ciclo desenvolveram uma acção numa das aldeias de Xisto do concelho, a Aigra Nova. Programou-se um pedi-paper de 4 quilómetros, com a plantação de 100 exemplares de espécies autóctones em local tecnicamente adaptado e um piquenique no final. Para esta iniciativa foram ainda convidadas diversas entidades relacionadas com a protecção da floresta: Equipas de Protecção Florestal, SEPNA, GIPS, Autoridade Florestal Nacional, Associação Florestal do Concelho de Góis, Sapadores Florestais e Bombeiros.

O evento foi organizado pelo Município de Góis e EB 2,3 com a colaboração do programa Escolhas de Futuro.


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quinta-feira, 26 de março de 2009

Alunos de Góis comemoram Dia Mundial da Floresta e da Água

Amanhã, dia 27 de Março os alunos da Escola EB 1, 2, 3 e Jardim-de-infância de Góis comemoram o Dia Mundial da Floresta e da Água, com um conjunto de actividades dirigidas às diferentes faixas etárias, cujo objectivo principal é o de sensibilizar as crianças para a necessidade de conservar, proteger e respeitar a floresta e a água.
Enquanto os alunos do Jardim-de-infância e do 1º ciclo irão desenvolver actividades no Parque do Lazer da Quinta do Baião os dos 2º e 3º Ciclo irão desenvolver uma acção numa das aldeias de Xisto do concelho a Aigra Nova, estando programado um pedi-paper de 4 quilómetros, com a plantação de espécies autóctones em local tecnicamente adaptado e um piquenique no final, serão ainda convidadas diversas entidades relacionadas com a protecção da floresta, como as Equipas de Protecção Florestal, SEPNA, GIPS, Sapadores Florestais e Bombeiros.

Programa
DIA 27 DE MARÇO DE 2009
09:30h – Saída do autocarro da Escola Básica 2,3 de Góis
10:00h – Chegada do autocarro à AIGRA NOVA
Distribuição de brindes alusivos à Floresta
Visita à Maternidade de árvores

10:30h – Início da actividade “Caça ao Tesouro”
Objectivo:
1 – Sensibilizar os participantes para o espaço – Espécies Florestais e Cursos de Água;
2 – Interacção com a Polícia Florestal – sensibilização dos comportamentos a ter quando se está na floresta;
3 – Interacção com os Bombeiros Voluntários de Góis – sensibilização para atitudes defensivas perante um incêndio florestal;

11:00h – Encontro com os Sapadores Florestais, GIPS e SEPNA, que ajudarão na plantação de folhosas autóctones, em local pré definido para o efeito.
12:30h – Regresso dos alunos à Aigra Nova para Piquenique.
Almoço convívio com as entidades convidadas.
13:30h – Regresso à Escola EB 2,3 de Góis.
in www.rcarganil.com

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sábado, 14 de março de 2009

Aigra Nova - Conhecer no presente as recordações e tradições do passado

A Aigra Nova, com a Aigra Velha, a Comareira e a Pena, no concelho de Góis, integram a Rede das Aldeias do Xisto.
E foi através deste Programa das Aldeias do Xisto, que estas aldeias outrora tão cheias de vida e que depois foram sendo abandonadas pelos seus habitantes e durante anos ficaram praticamente esquecidas no meio das serranias da Lousã, voltaram a ser recuperadas no seu património mas, apesar disso, infelizmente essa recuperação não trouxe de volta as pessoas que ali habitavam.
Ficaram alguns, valentes e teimosos, para depois da recuperação destas aldeias de xisto mostrar aos visitantes (estes sim, começam a ser muitos) os seus usos e costumes, dar-lhes a conhecer as suas histórias, o artesanato, provar da sua gastronomia, percorrer os caminhos sinuosos mas de belezas ímpares no meio da montanha abrupta e agreste mas de onde brota ainda a água pura e cristalina e correm ventos sempre frescos, às vezes fortes e agrestes, que obriga a procurar o aconchego da lareira à volta da qual, sobretudo nas longas noites de Inverno, a família quase sempre numerosa se reunia para depois de um dia de trabalho duro, comer o caldo, quente, às vezes «adubado» com a carne de porco, salgada, o enchido guardado no azeite ou na banha, ou naco de presunto que era guardado na salgadeira e que tão bom governo davam às mulheres que tinham de governar a casa.

Iam para o trabalho a cantar, andavam no trabalho a cantar, regressavam do trabalho a cantar

Eram tempos difíceis, mas muito saudáveis. E alegres. Porque nas noites mais quentes, sobretudo, depois do trabalho e da ceia, as pessoas juntavam-se no largo da aldeia, à luz dos lampiões, para conviver, cantar e dançar, para combinar os trabalhos do dia seguinte, em que todos se ajudavam mutuamente. E iam para o trabalho a cantar, andavam no trabalho a cantar, regressavam a casa a cantar. Era assim na Aigra Nova, no tempo em que a aldeia tinha muita gente, nova e menos nova, moçoilas bonitas e casadoiras, que levavam os rapazes das redondezas a subir até lá e um ou outro com a concertina às costas fazia o bailarico e todos se divertiam noite fora ou nas tardes calmas de domingo.

Susana Marques, uma citadina que se apaixonou por estas terras

E é um pouco de tudo isto, destas histórias e memórias, que o Programa das Aldeias de Xisto também quis recuperar. E está a conseguir, trazendo às aldeias pessoas de todo o lado, que além das paisagens têm à sua disposição as «oficinas» que mostram os saberes e os sabores de outrora. Foi um pouco de tudo isto que numa destas últimas tardes, fomos ouvir à Aigra Nova, no aconchego da lareira da Loja da Aldeia, onde fomos recebidos pela dr.ª Susana Marques, uma psicóloga que veio da cidade e que se apaixonou por estas terras e que há 10 anos vive no concelho e, através da Lousitânea, tem desenvolvido um trabalho notável na divulgação e promoção destas aldeias.

À volta do lume e de uma mesa onde não faltou o queijo de cabra, o chouriço e a broa, em amena cavaqueira

E enquanto lá fora caía a chuva e soprava forte o vento frio e agreste, à volta do lume e da mesa onde não faltou o queijo de cabra, o chouriço e a broa, em amena cavaqueira, juntaram-se ainda a D. Júlia Maria de Nazaré Nunes, nascida há 76 anos na Aigra Nova e onde é uma das últimas residentes, o seu genro, Manuel Claro, a sua neta, Sandra Cristina, enquanto a filha Lurdes ficou em casa a recolher as cabras e a tratar do «vivo».
A D. Júlia é uma dos dois habitantes que restam na aldeia. O genro, agora reformado e embora com residência em Arganil, ali passa a maior parte do seu tempo, enquanto a Sandra, apesar de jovem, continua a subir com muita frequência à também sua Aigra e naquele dia veio ajudar a avó a encher as chouriças, que já estavam penduradas no caniço, a secar.
Na sua desenvoltura de mulher dinâmica, apesar de curtida pela dureza do trabalho e da montanha, D. Júlia começou a recordar os tempos saudáveis da sua criação. Da mesa farta que dava o trabalho do campo e mesmo que ao tempo não fosse obrigatório ir à Escola, ela frequentou a Escola da Ponte do Sótão e fez a 3.ª classe. Com 19 valores, que só muito mais tarde, quando as netas andavam a estudar, é que acabou por perceber o valor que tinham... aqueles valores. E como se perderam tantos valores, tantas inteligências, porque não havia possibilidades de irem muito mais além nos seus estudos.
E ao descer para a escola e ao subir para a aldeia, a pequena Júlia «tirava as tamanquitas», como recorda, e ia descalça para caminhar mais rápido. Mais tarde e como era das poucas que sabia ler e escrever, escrevia as cartas para namorados daquelas que não sabiam ler e pelo meio até uns versos, certamente românticos, umas «flores», acabando mesmo por ser a confidente das raparigas casadoiras da aldeia, algumas até «nem comiam, como acontecia à minha irmã, quando sabiam que ali estavam os rapazes com uma concertina para fazer o bailarico. E não havia ninguém como os do Franco para tocar concertina», recorda.
No largo da Quintã, eram as reuniões das gentes da aldeia. Ali se convivia, ali se combinavam os trabalhos para o dia seguinte. Ali eram tratados os assuntos que interessavam ao povo da Aigra Nova. E com que orgulho a D. Júlia nos disse que ali tinha nascido, sido criada e de onde nunca saiu, numa casa onde eram 5 irmãos, acabando depois por casar com um rapaz da Ribeira Cimeira, o saudoso Cassiano das Neves Rodrigues, de quem é viúva há 12 anos.
Numa terra onde «a maior parte das famílias tinham 10 a 12 filhos» todos os habitantes eram como uma família. «Os vizinhos eram como irmãos», recorda, com saudade, D. Júlia, que pequena ainda, recorda também a alegria «quando vinha o padeiro, do Pontão do Seladinho, com o cabaz às costas vender aqui o pão. E nesse dia comíamos um paposeco», disse-nos, que ao tempo era uma guloseima que não estava ao alcance de todos.
O trabalho era muito e duro, mas na mesa não faltava o pão, lembra D. Júlia, que no seu tempo de menina e moça andava à frente dos bois, no amanho das terras. «Nunca julguei na minha vida ver uma mulher à frente dos bois», diziam alguns quando viam a jovem nos trabalhos da lavoura ou a passar com os animais em locais onde os acessos eram muito difíceis. E a ensinar os animais, que vinham pequenos, eram criados e faziam os trabalhos na lavoura, «para depois serem vendidos na Feira do Mont'Alto», disse-nos. E com o dinheiro que sobrava voltava a ser comprada outra junta de bois para criar e o resto era para alguma necessidade que surgisse, para comprar os bens necessários para casa.
Os tempos foram mudando, a fábrica de papel da Ponte do Sótão (onde trabalhavam algumas pessoas da aldeia) fechou e começou o abandono das terras e da aldeia à procura de melhores condições de vida. E depois de muitos anos, acabou por surgir «esta revolução, que veio tarde», como nos disse a D. Júlia, que foi a recuperação das aldeias através do Programa Aldeias do Xisto.

Um amor que leva às lágrimas

Primeiro com alguma desconfiança, quando se começou a falar deste Programa, como nos disse Manuel Claro, que de quando em vez e enquanto a sogra ia falando, ia dando algumas achegas e os olhos chegaram mesmo a encher-se de lágrimas não só de saudade, mas também pelo amor que tem por estes pedaços de chão onde nasceu e que tanto ama. Com o irmão, André, serve a Associação de Melhoramentos das Aigras, Comareira e Cerejeira, que com a Lousitânea, que gere a Loja da Aldeia, celebrou um protocolo para a cedência do espaço e onde está também instalada desde há 1 ano.
Um ano que foi celebrado em festa no passado dia de Carnaval. Que foi um dia grande para a aldeia, porque a Lousitânea, que ali tem também a Maternidade das Árvores (espaço de educação ambiental), inaugurou o Caminho de Xisto de Aigra Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena (integrado na Rota das Tradições do Xisto) e que une estas quatro aldeias do concelho de Góis.

Um Caminho que enriquece as Aldeias de Xisto do concelho de Góis

Num percurso de 9,2 quilómetros, este Caminho leva quem percorre a sair da Aigra Nova, e subindo o caminho antigo passa pela Fonte dos Bois, onde ainda hoje os pastores levam o gado a beber água. Aigra Velha e uma vez no topo do caminho continuar a descer em direcção à Ribeira da Pena, avistando os Penedos de Góis. Seguindo a levada pela ribeira abaixo, chega-se à Pena e saindo da aldeia, chega-se à Pena e saindo da aldeia por um carreiro a subir a encosta ao chegar ao topo avista-se a Serra da Estrela, de longe, para começar a descer para a Comareira até à Aigra Nova, que fica ao lado.
Os pontos de maior interesse, devidamente identificados, durante o Caminho são a Fonte dos Bicos, o açúde e levada antiga e o penedo da Abelha e tem dois pontos de partida e chegada: na entrada de Aigra Nova e Pena, inserindo-se este percurso pedestre, devidamente homologado pela Federação, na Rede Natura 2000 - Serra da Lousã, «devido ao facto de aqui se poderem ainda encontrar algumas espécies de fauna e flora de grande relevância», além das paisagens bonitas dos montes e vales, inóspitos e selvagens, que caracterizam este rico património cultural.

Muitas pessoas, festa, na inauguração do Caminho de Xisto mas a ausência (notada) da Câmara Municipal

É essa a preocupação da Lousitânea, dar a conhecer e a divulgar toda esta riqueza, como nos disse Sandra Marques, que todos os dias está na Loja da Aldeia da Aigra Nova (ou Isabel Martins), que se comove, vive e vibra com os resistentes que ali se encontram e é mais uma no meio deles. Como aconteceu no dia da inauguração, onde mais de 100 pessoas vieram de todo o país para conhecer o novo Caminho posto à sua disposição. E em cada aldeia, as «oficinas» para dar a conhecer aos caminheiros como se cozia a broa, como se ensinavam os cabritos e mamar e a comer dentro do capril, como se moía o milho. Na Comareira a surpresa dos habitantes, a oferecerem presunto e vinho, terminando em festa na Aigra Nova, com o lanche, o jogo do pau e até um baile. Não faltou o artesão sr. Joaquim, que veio de Castanheira de Pera para oferecer uma réplica da Loja da Aldeia. Só faltou um representante da Câmara Municipal.

«Eu sou de Góis»

O que não falta é vontade a Sandra Marques, que ninguém diz que veio da cidade, há 10 anos, e aqui se fixou, apaixonou-se por estas paragens e aqui quer continuar, porque acredita, apesar das vicissitudes, que estas terras poderão ter futuro. No Inverno, como nos confessou, «não são muitas as pessoas que aqui vêm, mas no Verão há gente todos os dias». E nesta caminhada não está sozinha, não está sozinha nesta paixão que é partilhada com o marido e com o filho, de 9 anos, que no dia da festa dizia, com muito orgulho, alto e bom som: «eu sou de Góis».
J. M. Castanheira
in A Comarca de Arganil, de 11/03/2009

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domingo, 1 de março de 2009

Diário de viagem no concelho de Góis

DIÁRIO DE VIAGEM DO JORNALISTA NUNO FERREIRA (EX-EXPRESSO, EX-PÚBLICO) QUE EM FINAL DE FEVEREIRO DE 2008 INICIOU EM SAGRES A TRAVESSIA A PÉ DE PORTUGAL.

CORTA FOGO EM DIRECÇÃO AO CONCELHO DE GÓIS


POVORAIS (GÓIS) VISTA DO CORTA FOGO



A CAMINHO DE POVORAIS



CAMINHO ENTRE TREVIM E POVORAIS



NO TOPO DA SERRA, DO LADO DO CONCELHO DE GÓIS



CASA DE POVORAIS (GÓIS)



"PENA? É POR ALI!" (EM POVORAIS, GÓIS)



POVORAIS (GÓIS)



PENA (GÓIS) VISTA DO CAMINHO DAS FRAGAS



PENA



PENA- AIGRA VELHA (GÓIS)




A CAMINHO DE AIGRA NOVA (GÓIS)



AIGRA NOVA LÁ EM BAIXO



COMAREIRA




FÁBRICA DE PAPEL ABANDONADA EM PONTE DO SÓTÃO (GÓIS)




PONTE DO SÓTÃO (GÓIS) VISTA DA ESTRADA PARA VILA NOVA DO CEIRA



VILA NOVA DO CEIRA, 16 DE OUTUBRO DE 2008



VILA NOVA DO CEIRA-GÓIS A 16 DE OUTUBRO DE 2008




NA SERRA DA LOUSÃ

O homem velho tinha um boné vermelho na cabeça. Cortava rente pinheirinhos inofensivos junto a uma Ford encarnada gasta e sumida, a parte traseira semeada de resina e pedaços desfeitos de toros de madeira. A placa de matrícula era daquelas antigas, de fundo preto e letras e números brancos. Avistei-o do corta-fogo, a uma distância suficiente para não que me avistasse a mim. Quando desci a serra, já a luz ía a meio, cortada em diagonal pelas copas dos pinheiros plantados em filas muito certas e correctas. Passara por uma placa onde lera “maternidade das árvores” e calculara que aquela fosse uma parcela semeada de filhotes, fruto do labor de quem ainda ama a montanha.
O homem velho já estacara e se plantara em frente à dianteira do camião, uma expressão de desconfiança e interrogação no rosto. Não sorriu mas também não foi deliberadamente hostil. “Você anda perdido?” Eu vira-me no topo da Serra da Lousã entre as antenas de comunicações e a pista vazia e solitária do Trevim por volta das quatro da tarde e aventurara-me a descer o corta-fogo que rasgava a encosta como um tobogan enlameado. “Daqui para baixo você não vai a lado nenhum, é só matagal, silvas e pedras”.


Eu queria alcançar as bandas de Góis. Partira de Castanheira de Pêra nessa manhã. Em Outubro, a piscina das Rocas, onde em Agosto milhares de pessoas brincam nas ondas artificiais, está posta em sossego. Não é mais uma piscina, é antes um lago parado e tranquilo, umas palmeiras azuis holywodianas a contradizer todo o restante cenário serrano. Abalei dali sem grande vontade de ficar. “Então, não se faz nada?”, perguntou um de dois varredores numa travessa.
O caminho em Outubro faz-se de folhas amareladas e avermelhadas das vinhas e forra-se das cascas espinhosas das castanhas. Cheira a mosto sempre que me aproximo de uma casa. De vez enquanto alguém assoma a uma janela ou cruza uma esquina. É quase meio dia quanto alcanço o Coentral, o último posto humano antes da liberdade suprema da serra.
Os homens, todos em idade de reforma, rodam os copos no café da aldeia, insultam-se alegremente- “ainda era gajo para te ir ao rabo”-e conversam sobre a castanha. “Eu vendo castanha”, diz um, o mais falador e o que entorna mais líquido pelas goelas. “ Vendo castanha. Não é essa merda que aparece lá na feira de Castanheira”. Um aldeão expectante solta umas fumaças junto à porta. Escuta a conversa e goza o sol primaveril de um Outono reluctante. Não chove, não faz frio, é a primavera na serra em Outubro. Um fio curto de água a lamber as rochas é tudo o que resta da cascata do Coentral. “A ribeira está quase seca”, lamenta uma mulher.
O outro a dar-lhe com a mesma lengalenga. “A minha castanha é castanha. E não a vendo a dois euros como alguns. Um euro e meio e há um aí que não leva nenhuma este ano”. Faz-se silêncio, um vazio calculado para que o outro homem possa perguntar “quem?”. “O António. Encomendou-me dez quilos ano passado e ainda cá faltam os 15 euros. Este ano vá pedir a outro”.
Dali para cima são mais uns cinco ou seis quilómetros até à Capela de Santo António da Neve e aos neveiros. Reza a História que terá sido o neveiro da casa real que a mandou construir no século XVIII, de seu nome Júlio Pereira de Castro, para que as pessoas que trabalhavam então nos neveiros pudessem assistir à missa. Ali não há ninguém, nada a não ser um silêncio perturbante. Calco pequenos troncos entre ervas macias e verdes, respiro o ar puro e absoluto da Lousã e espreito os neveiros vazios. São redondos, em pedra, grandes o suficiente para armazenar ali durante o inverno a neve que abastecia no Verão a corte e a “Casa das Neves”, o Café Martinho da Arcada, em Lisboa.
Um pouco mais acima fica a pista de aviação do Trevim. Alguém, amante da natureza, escreveu em defesa dos veados livres na pequena casa assombrada que dá assistência aos aviões na época dos fogos. Agora, pode-se pular, dançar, cantar, inalar com todo o tempo do mundo os ares que cruzam a fronteira invisível do concelho de Castanheira de Pêra e o de Góis.
O homem velho do boné vermelho vira-me a descer furiosamente o corta-fogo que rasga a encosta desde o cabeço e na aproximação ao camião, estacou. Sabia que dali o incauto caminhante não passava mais. “Para as bandas de Góis? Você vai ter que andar muito. Está a ver aquela aldeia ali do outro lado, chama-se Povorais. Siga por esse caminho aí à direita, sim, esse aí e vá sempre em frente mas vai ter que andar muito”.
Caminhei até me doerem as barrigas dos músculos das pernas. Um solitário alcoolizado dormitava junto a umas placas tortas a indicarem Povorais para um lado e Góis para o outro. “Bocê num sabe, bocê num sabe…Góis é loonge”. A boca parecia um saco de batatas. Segui o conselho do homem velho. Desisti da estrada de asfalto e segui de novo pela terra batida. Povorais é um pequeno amontoado de casas perdido no verde da encosta.
“Você agora vai sempre em frente até à Pena, sempre em frente”, gritou uma mulher. “Vai sempre em frente”. Cocei a cabeça à medida que o tapete verdejante se foi estreitando. A princípio, perdi-me junto a um galinheiro e umas hortas. Mais tarde, a trilha dividiu-se em três. Sempre em frente? Calculei a aldeia da Pena do lado direito. Dei por mim atolado num carreiro enlameado, entre fragas. Até que ela apareceu, a Pena, o casario muito lá em baixo numa correnteza encosta acima, os telhados muito vermelhos, vozes de crianças a ecoarem no vale.


Seriam umas sete da tarde quando cruzei a ribeira da Pena, os penedos já cobertos pela sombra. “Café? Só no Esporão, mas ande depressa, ainda vai ter que andar bem até ao Esporão”. Cheguei ao restaurante regional do Esporão a tempo de devorar um jantar de lombo e vinho e em conversa com um pedreiro de Arganil, atendido por uma moça de óculos graduados a sorrir muito por detrás do balcão. “Qualquer coisa é só pedir. Castanheira de Pêra a pé? Isso são muitos quilómetros…”


DIÁRIO DE VIAGEM

Estou agora pelas bandas de Góis sem o apoio confortável de uma publicação mas mais determinado do que nunca a ir até ao fim. Temos um país lindíssimo, seguro e fantástico e fingimos que não sabemos, entretidos a ler as colunas diárias dos jornais sobre a crise. Por mim, que se lixe a crise. Aqui respira-se ar puro.



OUTONO EM GÓIS



GÓIS, OUTUBRO DE 2008



PONTE EM GÓIS



CASTANHAS ENTRE GÓIS E CABREIRA



FOLGOSA AO LONGE



PAÍS VAZIO



CABREIRA





ENTRE TARRASTAL E CADAFAZ (GÓIS)



CADAFAZ (GÓIS)





CANDOSA (GÓIS)



COLMEAL (GÓIS)



PERDIDO NO BOSQUE (ENTRE COLMEAL (GÓIS) E CEPOS (ARGANIL)




OUTUBRO EM GÓIS

O frio chegou de repente vindo dos penedos da Pena, varreu os camiões estacionados em frente aos restaurantes de estrada do Esporão, soprou pelo vale de Góis e trepou pela Cabreira em direcção a Arganil. Afugentou as gentes para dentro das lojas, arrastou folhas amarelas e avermelhadas, invólucros espinhosos de castanhas e a ramagem seca e outonal dos plátanos para o Ceira. Até os cardumes de peixes fugidios e pequeninos a correr atrás uns dos outros por entre as pedras pareciam querer fugir da súbita invernia. “Oh Dona Maria, faça-me um favor, feche-me essa porta”, pediu a dona da padaria, entre o quente aconchegante dos fornos e a rispidez gelada do vento entrando pela porta de madeira branca entreaberta.
Na serra, entre curvas de asfalto, as bermas cobertas de castanhas, um fumo branco de queimada ergueu-se no verde desfocado e triste da encosta contrária, mal se distinguindo entre o cinzento aborrecido do céu e a silhueta enevoada dos penedos de Góis. “Dão granizo para amanhã e neve para a Serra da Estrela”, diz um homem desocupado, de mãos nos bolsos, procurando conversa junto de outro a trabalhar uma latada. “Isto ainda não é nada”, responde o outro secamente, dirigindo-se para junto de uma pequena casa de xisto, a porta da garagem autenticada com a inscrição a branco “Garagem do Pirolito”.


Num dia de semana de Outubro, poucas pessoas se dão a ver na Cabreira. Uma avó cuida do neto e da filha na solidão do Café e Esplanada “Sonho da Juventude”. Uma idosa conversa com a vendedora de peixe que acaba de parar a carrinha na pequena praça da povoação. Dois homens consertam um algeroz junto ao restaurante “Tranca da Barriga”. Dois velhos espantam o frio sentados na tasca do taxista da Cabreira, que os ouve desfiar histórias requentadas e lentas à frente de dois copos de vinho a 30 cêntimos. “E eu ontem procurei-la, ela disse que ele 'teve um acidente mas que já saíu do hospital. Atão não era de vir falar co' a gente?” O segundo idoso, boina preta cobrindo a cabeça redonda e branca, esfrega demoradamente o queixo, depois o maxilar inferior como se acariciasse uma barba imaginária e aperta os beiços antes de levar o copo à boca: “Para quê? Ela não quer falar com vocês”.
A caminho da aldeia fantasma do Tarrastal, as copas de eucaliptos magrinhos chiam por cima da minha cabeça como baloiços. Soam vozes distante de homens e moto serras, algures perdidos na serrania. Um casal trabalha uma horta num vale perdido sem nunca dar pela minha presença. Umas botas de montanha repousam junto à porta de madeira de uma casa de xisto.


No Cadafaz, duas idosas irrompem de um beco conduzindo as últimas cabras da serra: “Está muito frio, sim senhor”, diz uma entre um sorriso envergonhado meio encoberto por uma manta de lã. A aldeia prolonga-se num casario que corre o topo da encosta de um lado ao outro, desemboca numa capela junto a um miradouro e segue pela Rua Doutor Oliveira Salazar, num misto de xisto e tijolo. Nos fundos da aldeia, espantando a solidão, um homem: “Tantas casas e tão poucas pessoas, não é? Vou p'ra dentro que está a ficar frescalhote”.


FUNERAL NA SERRA

Um homem vestido com uma samarra escura passa por mim ainda eu tenho a vista presa ao Ceira iluminado pelo sol das duas da tarde que corre entre pastos verdejantes da Candosa. O homem ultrapassa-me em passos largos e caminhada de aldeão. Quando dou por ele já está a ler um papel branco com letras pretas. Depois, desaparece entre pinheiros e eucaliptos, para lá da curva. “Gostava de ter a pedalada dele”, penso. O papel anuncia o funeral de Manuel do Colmeal.


Quando chego à aldeia, uns três quilómetros adiante, já um magote de gente se vai juntando no largo perto de um café. “Lá se foi o Manel, era o seu destino...”, comenta um homem de suíças e popa à Elvis Presley vestindo um blusão preto de cabedal. “Chega a vez a todos, não é?”, diz a mulher que atende no café da terra. “Serve-me um copo”, diz o homem. “Tinto ou branco?” O homem das suíças acizentadas e grisalhas como cinza num rescaldo encolhe os ombros: “Tanto faz. Pobre do Manel. 'Inda era novo, não era?” A mulher, as mãos embrulhadas num casaco de malha, por cima do balcão: “Então não era...59 anos. Olha, este é que não teve sorte nenhuma na “bida”. Depois do primeiro acidente, disseram-lhe para parar de trabalhar. Continuou, teve o segundo acidente”. Um segundo homem entra no café, depois um terceiro, mais um quarto. “Não bebem nada?”, pergunta o homem das suíças grandes. “Pode ser um copito”, diz um. “Eu não posso, pode ser um sumo”, diz outro, muito magro, um homem jovem precocemente envelhecido, a pele seca e esticada no pescoço, os olhos avermelhados. “O segundo acidente foi de quê? Não caíu de um aindaime?” A mulher serve mais copos: “Olhem que vocês hoje têem de me ajudar, o patrão 'tá para o funeral e eu estou para aqui emprestada. As minis já sei que são 55...o copo de vinho? Trinta?”
Lá fora, uma multidão silenciosa de vultos negros cerca a Igreja branca erguida entre ciprestes no topo de um monte. Tudo o que se ouve no vale perdido na serra é o “vxxxxxhhhhh...” das eólicas pairando como fantasmas brancos sobre o Colmeal.


“É às quatro, não é?”, pergunta um homem encostado a um calendário com uma paisagem de uns picos de neve muito brancos e um vale muito verde. Por cima, há raposas, um esquilo e um mocho empalhados. Ao lado, uma lareira. “Se for o padre Xavier, é às quatro. Com ele, não há atrasos. Se fosse o padre Carlos...” A mulher sorri: “Ui, esse nem amanhã...” Está escrito que o funeral do Manel do Colmeal é uma oportunidade para os cada vez menos habitantes da serra se juntarem. Veio gente de Góis, do Cadafaz, de Cepos, da Cabreira. Todos conheciam o Manel. “Ele tinha invalidez e continuava a trabalhar...Não era homem de parar. Deixou para aí obras espalhadas...” Um aldeão não perde tempo: “Os filhos acabam-nas, “num” é? É para isso que servem os filhos”. A mulher ao balcão: “Eles são muito trabalhadores...” Até que alguém ganha coragem depois de mais um copo: “Afinal, de que morreu o Manel?” O Manuel, já andava mal do fígado e vesícula, terá falecido de um fulminante cancro no pâncreas. “Pobre Manel, foi o dia dele”.


Lá fora, o largo deserta. A serra encolhe-se de frio. Um a um, os homens vão saíndo. As mulheres há muito que estão na Igreja. O café esvazia. Só lá fica um idoso de bigode escuro, boina preta e olhos de raposa, as maçãs do rosto rosadas. “Eu já não tenho pernas para acompanhar o funeral, vou beber mais um copito. Coitado do Manel, este já não vai ao meu funeral. Dá-me lá mais um copito”.


DIÁRIO DE VIAGEM


Passei os últimos dias a descer e subir a serra, de Góis à Cabreira, por aldeias perdidas como Cadafaz e Colmeal(...).

Fotografias de Nuno Ferreira
in http://portugalape.blogspot.com

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