quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Autarca nega crise e anuncia obras

Girão Vitorino nega, em absoluto, qualquer crise política, no actual momento autárquico. “Pelo contrário, cá estamos a trabalhar e ainda hoje vamos iniciar uma obra de vulto”.

Um dos principais espaços urbanos da vila de Góis, que é por todos conhecido por Largo do Pombal, entra hoje em obras. O objectivo é a sua requalificação urbanística, numa empreitada que ascende aos 350 mil euros e que a câmara municipal assume, integralmente. Em causa uma intervenção de fundo, que envolve a substituição do pavimento, por paralelepípedos graníticos, o reordenamento da circulação e a criação de zonas de lazer e colocação de mobiliário moderno.
A obra no Largo do Pombal resulta de um projecto da autoria do antigo Gabinete Técnico Local e inclui, ainda, um rearranjo do espaço fronteiro à igreja da Misericórdia, que reforça a sua dignidade monumental. “Como se vê, não é por falta de obras que o concelho peca”, ironiza José Girão Vitorino.
O autarca vai mais longe e aponta os casos das localizações industriais de Vila Nova do Ceira e de Cortes de Alvares. O primeiro já tem vencedor – a firma Alberto Vasco, da Lousã –, e está prestes a ser consignado, ao passo que o segundo, executado pela empresa C. Bandeira & Filhos, Lda., está em plena laboração, já com cinco unidades instaladas.
Noutro plano, o edil recorda que foi já aberto concurso para a empreitada de reabilitação dos edifícios dos Paços do Concelho, uma obra de 750 mil euros, comparticipada a 50 por cento por fundos estruturais. Quanto à transformação da sede da Associação Educativa e Recreativa de Góis em Casa da Cultura, admite que vai ter de esperar pelo novo QREN.

Tudo “coisas normais”
Em suma, Girão Vitorino não vê razões para as críticas de inactividade na câmara, mas escusa-se a comentar os reparos e as acusações feitas pelo PSD [ver edições de ontem e de segunda-feira]. “Se houve alguns problemas foram coisas normais, próprias do dia-a-dia da governação de uma autarquia”, adiantou o presidente da câmara, sublinhando que nem toda a gente pode estar sempre de acordo com o que é feito.
Instado a comentar as situações em que propostas dele próprio, nas reuniões do executivo camarário, têm de ser votadas pelos vereadores da oposição para passarem, Girão Vitorino limita-se a dizer: “São decisões naturais; eu entendo que as propostas são viáveis e uns acham que sim e outros que não”.
No mais, o autarca goiense assume uma total tranquilidade. “Fui eleito pela população, de forma livre e democrática, pelo que agora tenho de cumprir o programa que apresentei”, afirma. Girão Vitorino admite, porém, que houve ocasiões em que não contou com o apoio da Comissão Política Concelhia do seu próprio partido. “Mas o facto é que fui apoiado pelo PS, a nível distrital e nacional”, adianta.
Sublinhando ser, desde sempre, militante do Partido Socialista, Girão Vitorino refere estar sempre disponível para se sentar à mesma mesa de todos os seus camaradas. “Aliás, isso foi o que aconteceu, já, no jantar de Natal, e o presidente da Comissão Política fez questão de dizer que havia sintonia política”, remata.
in Diário As Beiras, de 1/02/2007

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1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se não há crise agora, porque houve? Que implicações tiveram para a governação de Góis?
Também não acho natural ser a oposição a votar as propostas do presidente e não os vereadores do seu próprio partido.
Girão Vitorino admite que houve ocasiões em que não contou com o apoio da Comissão Política Concelhia do seu próprio partido. Nesta crise, a concelhia do PS de Góis tem permanecido calada. Porque será? Apoiará, neste momento, o senhor Girão Vitorino?

01 fevereiro, 2007 10:22  

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