Girão Vitorino analisa primeiro ano de mandato
“2006 foi um bom ano para Góis”
O balanço que José Girão Vitorino faz do primeiro ano do mandato é positivo, considerando mesmo que «2006 foi um ano bom para o concelho de Góis». O autarca mostra-se confiante no futuro e na concretização de projectos para desenvolver o concelho
Diário de Coimbra (DC) - Como classifica este primeiro ano de mandato. O que foi possível fazer e o que ficou adiado?
Girão Vitorino (GV) – Nós, autarcas, somos sempre pessoas insatisfeitas com o trabalho que desenvolvemos. A Câmara de Góis tem dificuldades financeiras e muitas obras vinham já do anterior mandato. Há obras importantes que não se conseguem fazer num só ano, algumas são mesmo para dois e três anos. Considero que foi um ano bom para o concelho de Góis, estamos a acabar as obras do terceiro QCA. Temos a casa mais ou menos arrumada e estamos preparados para o QREN. 2007 ainda vai ser um ano de muita obra que vem do mandato anterior.
DC- Este primeiro ano ficou marcado pela “demissão” de Diamantino Garcia, que apesar de se manter na autarquia abdicou dos pelouros. Foi uma situação complicada ou facilmente ultrapassável?
GV- Acredito que se não fosse a minha experiência autárquica as coisas seriam um pouco complicadas, mas com essa experiência as dificuldades foram suprimidas. Tive muita pena do engenheiro Diamantino ter saído, mas foi a sua opção. Continua a trabalhar e a dar o seu melhor e continuo a solicitá-lo para dar as suas opiniões. No entanto, a sua ausência a tempo inteiro foi sentida, era um elemento cem por cento válido, mas é uma situação que temos de ultrapassar. Fiquei com os pelouros dele e vou mantê-los até ao fim do mandato.
DC –O Orçamento e Plano para 2007, foram elaborados pelo presidente e por uma técnica, não tendo os vereadores socialistas participado…
GV - Durante o ano vamos fazendo um plano de actividades, com o que nos vão dizendo e pedindo. Eu fiz o meu plano de actividades e disse aos vereadores que precisava da sua ajuda. Como entretanto não apareceu nenhuma sugestão, tive de avançar com o que tinha. Não tem nada de especial em relação a 2006, porque algumas obras inscritas só foram dotadas este ano com verbas para a sua execução, por isso não estive muito preocupado. Seja como for, qualquer vereador em qualquer altura pode querer ver uma obra incluída e se for possível é incluída. Têm é de me dizer onde arranjar o dinheiro para a sua execução. Os planos de actividades podem ter as revisões que quisermos.
DC- Falamos de um orçamento na ordem dos 10 milhões e 375 mil euros. É o possível ou do desejável?
GV - É um orçamento já futurista porque não temos capacidade financeira para, num ano, arranjarmos esses dez milhões de euros. É completamente impossível. Temos uma receita na ordem dos cinco milhões, portanto faltam cinco milhões. Há obras a incluir como a Casa da Cultura, que vai custar à câmara cerca de 2,5 milhões de euros, se tivermos uma comparticipação de 50%, veja o que teremos de arranjar para a sua execução. Com a capacidade de endividamento próxima dos limites, vamos gastar cerca de 500 mil euros em obras por causa das intempéries e, do magro orçamento da câmara, temos de as executar. Estamos a contar com os fundos comunitários, com contratos-programa e verbas do III Quadro comunitário e do QREN.
DC – As acessibilidades são sempre uma reivindicação. Destacam-se as obras a efectuar na EN342, mas certamente não chegam…
GV - Vêm ajudar, mas sabemos perfeitamente que não é nenhuma estrada para o desenvolvimento do interior. No entanto vai remediar e aguardamos que o Governo cumpra a promessa do estudo da EN 342 entre a estrada Lousã - Góis e Arganil, esta sim seria uma estrada com maior desenvolvimento com ligação à A1 para o interior.
DC – No que concerne à saúde, referiu há pouco tempo que o presidente da ARSC garantiu que Góis não será prejudicado. Significa que o SAP não vai encerrar?
GV - Penso que também não vamos escapar. De qualquer forma vamos tendo outras regalias relativamente ao Centro de Saúde, porque havendo médico das 8h00 às 22h00 e estando aberto com horário diferente ao fim-de-semana, em princípio com ambulância e serviço INEM a funcionar e algumas extensões do Centro, não vai ser mau de todo. Com a ajuda dos bombeiros e do INEM podemos suprimir a falta do SAP. O presidente da ARSC garantiu que Góis vai ser tratado de maneira diferente dada a distância a Coimbra.
DC - No que respeita ao turismo, salienta-se a construção de um hotel rural e centro de eventos na Quinta do Baião. Como estão os projectos?
GV – As propostas vão ser estudadas. A concretizar-se, o hotel terá cerca de 40 quartos e o centro de eventos capacidade para cerca de 200/300 pessoas, o que era óptimo para Góis. Temos dois potenciais investidores. Vamos ver qual dará mais condições para a implementação do projecto. O projecto das Aldeias do Xisto também está em fase de conclusão, temos é que ter boas acessibilidades, senão ninguém as vai visitar.
DC- A cultura também é uma aposta forte, com a edificação da Casa da Cultura e do Museu Alice Sande?
GV – A casa de Alice Sande vai ser devidamente restaurada, queremos até ao final do ano ter a casa aberta, estamos a fazer o projecto do museu e vamos tentar, junto do Ministério da Cultura, uma comparticipação para a execução. Apresentámos em Outubro a candidatura para a Casa da Cultura. É um projecto arrojado, são cerca de 2,5 milhões de euros, que poderá vir a ter uma comparticipação de 50%, o que nos coloca na mesma numa situação difícil devido à falta de verba. 250 mil contos é muito dinheiro para o nosso orçamento, poria em risco outras obras. Trata-se de uma infra-estrutura muito importante para Góis, onde não temos um espaço para cultura, por isso, se falhar ao nível do ministério, temos de apresentar uma candidatura ao QREN.
DC- Ao nível do desporto, perspectiva-se a construção de uma piscina coberta, a beneficiação do campo de ténis e arrelvamento do campo municipal…
GV- Em relação à piscina é realmente o meu sonho. O projecto está feito, mas para já não poderá concretizar-se. Temos de optar, ou a Casa da Cultura ou a piscina. Apresentámos o projecto de relva sintética do campo de futebol, temos a contrapartida do Governo de 75% para um montante global de investimento de 60 mil contos. Aguardamos o resultado da candidatura. A direcção do ténis está a tratar de fazer uma candidatura para manutenção e arranjo. A autarquia será parceira na execução.
DC- Relativamente às zonas industriais, como estão os pólos de Cortes, Alvares e Vila Nova do Ceira? Prevê um novo pólo em Alagoa?
GV- O pólo industrial das Cortes está em fase de execução, estamos a preparar mais um lote de terreno, mas já se encontra totalmente a funcionar. Em Vila Nova do Ceira, foram abertas as propostas, vai ser consignada a obra e até final do ano os lotes já devem estar entregues aos investidores, são oito lotes para oito investidores. Em Alagoa há um problema na aquisição dos terrenos, vamos comprar cerca de 13 mil metros quadrados. Já temos o projecto pronto, a dificuldade é só na legalização do terreno. O pólo industrial de Góis está a funcionar em pleno. Os estaleiros da câmara também vão ficar na zona da Alagoa, porque queremos dar o terreno onde actualmente estão as oficinas ao Centro Social Rocha Barros para ampliar o lar da terceira idade.
DC- Como é o relacionamento com a oposição? Que contributos tem dado?
GV- Não sinto grande oposição, mas espírito de ajuda. Estamos ali os cinco prontos a ajudar. Faz-se uma oposição construtiva, todos dão a sua opinião e sugestões. Pela primeira vez, não tenho uma oposição, mas pessoas interessados no desenvolvimento do concelho. Sinto que estou a ser ajudado por todos os vereadores, quer do PS quer do PSD.
in Diário de Coimbra, de 31/01/2007
O balanço que José Girão Vitorino faz do primeiro ano do mandato é positivo, considerando mesmo que «2006 foi um ano bom para o concelho de Góis». O autarca mostra-se confiante no futuro e na concretização de projectos para desenvolver o concelho
Diário de Coimbra (DC) - Como classifica este primeiro ano de mandato. O que foi possível fazer e o que ficou adiado?
Girão Vitorino (GV) – Nós, autarcas, somos sempre pessoas insatisfeitas com o trabalho que desenvolvemos. A Câmara de Góis tem dificuldades financeiras e muitas obras vinham já do anterior mandato. Há obras importantes que não se conseguem fazer num só ano, algumas são mesmo para dois e três anos. Considero que foi um ano bom para o concelho de Góis, estamos a acabar as obras do terceiro QCA. Temos a casa mais ou menos arrumada e estamos preparados para o QREN. 2007 ainda vai ser um ano de muita obra que vem do mandato anterior.
DC- Este primeiro ano ficou marcado pela “demissão” de Diamantino Garcia, que apesar de se manter na autarquia abdicou dos pelouros. Foi uma situação complicada ou facilmente ultrapassável?
GV- Acredito que se não fosse a minha experiência autárquica as coisas seriam um pouco complicadas, mas com essa experiência as dificuldades foram suprimidas. Tive muita pena do engenheiro Diamantino ter saído, mas foi a sua opção. Continua a trabalhar e a dar o seu melhor e continuo a solicitá-lo para dar as suas opiniões. No entanto, a sua ausência a tempo inteiro foi sentida, era um elemento cem por cento válido, mas é uma situação que temos de ultrapassar. Fiquei com os pelouros dele e vou mantê-los até ao fim do mandato.
DC –O Orçamento e Plano para 2007, foram elaborados pelo presidente e por uma técnica, não tendo os vereadores socialistas participado…
GV - Durante o ano vamos fazendo um plano de actividades, com o que nos vão dizendo e pedindo. Eu fiz o meu plano de actividades e disse aos vereadores que precisava da sua ajuda. Como entretanto não apareceu nenhuma sugestão, tive de avançar com o que tinha. Não tem nada de especial em relação a 2006, porque algumas obras inscritas só foram dotadas este ano com verbas para a sua execução, por isso não estive muito preocupado. Seja como for, qualquer vereador em qualquer altura pode querer ver uma obra incluída e se for possível é incluída. Têm é de me dizer onde arranjar o dinheiro para a sua execução. Os planos de actividades podem ter as revisões que quisermos.
DC- Falamos de um orçamento na ordem dos 10 milhões e 375 mil euros. É o possível ou do desejável?
GV - É um orçamento já futurista porque não temos capacidade financeira para, num ano, arranjarmos esses dez milhões de euros. É completamente impossível. Temos uma receita na ordem dos cinco milhões, portanto faltam cinco milhões. Há obras a incluir como a Casa da Cultura, que vai custar à câmara cerca de 2,5 milhões de euros, se tivermos uma comparticipação de 50%, veja o que teremos de arranjar para a sua execução. Com a capacidade de endividamento próxima dos limites, vamos gastar cerca de 500 mil euros em obras por causa das intempéries e, do magro orçamento da câmara, temos de as executar. Estamos a contar com os fundos comunitários, com contratos-programa e verbas do III Quadro comunitário e do QREN.
DC – As acessibilidades são sempre uma reivindicação. Destacam-se as obras a efectuar na EN342, mas certamente não chegam…
GV - Vêm ajudar, mas sabemos perfeitamente que não é nenhuma estrada para o desenvolvimento do interior. No entanto vai remediar e aguardamos que o Governo cumpra a promessa do estudo da EN 342 entre a estrada Lousã - Góis e Arganil, esta sim seria uma estrada com maior desenvolvimento com ligação à A1 para o interior.
DC – No que concerne à saúde, referiu há pouco tempo que o presidente da ARSC garantiu que Góis não será prejudicado. Significa que o SAP não vai encerrar?
GV - Penso que também não vamos escapar. De qualquer forma vamos tendo outras regalias relativamente ao Centro de Saúde, porque havendo médico das 8h00 às 22h00 e estando aberto com horário diferente ao fim-de-semana, em princípio com ambulância e serviço INEM a funcionar e algumas extensões do Centro, não vai ser mau de todo. Com a ajuda dos bombeiros e do INEM podemos suprimir a falta do SAP. O presidente da ARSC garantiu que Góis vai ser tratado de maneira diferente dada a distância a Coimbra.
DC - No que respeita ao turismo, salienta-se a construção de um hotel rural e centro de eventos na Quinta do Baião. Como estão os projectos?
GV – As propostas vão ser estudadas. A concretizar-se, o hotel terá cerca de 40 quartos e o centro de eventos capacidade para cerca de 200/300 pessoas, o que era óptimo para Góis. Temos dois potenciais investidores. Vamos ver qual dará mais condições para a implementação do projecto. O projecto das Aldeias do Xisto também está em fase de conclusão, temos é que ter boas acessibilidades, senão ninguém as vai visitar.
DC- A cultura também é uma aposta forte, com a edificação da Casa da Cultura e do Museu Alice Sande?
GV – A casa de Alice Sande vai ser devidamente restaurada, queremos até ao final do ano ter a casa aberta, estamos a fazer o projecto do museu e vamos tentar, junto do Ministério da Cultura, uma comparticipação para a execução. Apresentámos em Outubro a candidatura para a Casa da Cultura. É um projecto arrojado, são cerca de 2,5 milhões de euros, que poderá vir a ter uma comparticipação de 50%, o que nos coloca na mesma numa situação difícil devido à falta de verba. 250 mil contos é muito dinheiro para o nosso orçamento, poria em risco outras obras. Trata-se de uma infra-estrutura muito importante para Góis, onde não temos um espaço para cultura, por isso, se falhar ao nível do ministério, temos de apresentar uma candidatura ao QREN.
DC- Ao nível do desporto, perspectiva-se a construção de uma piscina coberta, a beneficiação do campo de ténis e arrelvamento do campo municipal…
GV- Em relação à piscina é realmente o meu sonho. O projecto está feito, mas para já não poderá concretizar-se. Temos de optar, ou a Casa da Cultura ou a piscina. Apresentámos o projecto de relva sintética do campo de futebol, temos a contrapartida do Governo de 75% para um montante global de investimento de 60 mil contos. Aguardamos o resultado da candidatura. A direcção do ténis está a tratar de fazer uma candidatura para manutenção e arranjo. A autarquia será parceira na execução.
DC- Relativamente às zonas industriais, como estão os pólos de Cortes, Alvares e Vila Nova do Ceira? Prevê um novo pólo em Alagoa?
GV- O pólo industrial das Cortes está em fase de execução, estamos a preparar mais um lote de terreno, mas já se encontra totalmente a funcionar. Em Vila Nova do Ceira, foram abertas as propostas, vai ser consignada a obra e até final do ano os lotes já devem estar entregues aos investidores, são oito lotes para oito investidores. Em Alagoa há um problema na aquisição dos terrenos, vamos comprar cerca de 13 mil metros quadrados. Já temos o projecto pronto, a dificuldade é só na legalização do terreno. O pólo industrial de Góis está a funcionar em pleno. Os estaleiros da câmara também vão ficar na zona da Alagoa, porque queremos dar o terreno onde actualmente estão as oficinas ao Centro Social Rocha Barros para ampliar o lar da terceira idade.
DC- Como é o relacionamento com a oposição? Que contributos tem dado?
GV- Não sinto grande oposição, mas espírito de ajuda. Estamos ali os cinco prontos a ajudar. Faz-se uma oposição construtiva, todos dão a sua opinião e sugestões. Pela primeira vez, não tenho uma oposição, mas pessoas interessados no desenvolvimento do concelho. Sinto que estou a ser ajudado por todos os vereadores, quer do PS quer do PSD.
in Diário de Coimbra, de 31/01/2007
3 Comments:
Espero que o prometido hotel seja uma realidade e que não fique preso nas teias da burocracia,pelo que sugiro ao senhor presidente e a toda a Câmara que dê prioridade so seguimento deste projecto.
Análise de alguns pontos da entrevisa do senhor presidente da câmara:
- Sobre a demissão de Diamantino Miranda: "Acredito que se não fosse a minha experiência autárquica as coisas seriam um pouco complicadas, mas com essa experiência as dificuldades foram suprimidas." Logo, Diamantino Miranda não faz falta na Câmara.
- Sobre o orçamento camarário de 2007: "Eu fiz o meu plano de actividades e disse aos vereadores que precisava da sua ajuda. Como entretanto não apareceu nenhuma sugestão, tive de avançar com o que tinha." Que estão a fazer os vereadores na câmara? E que necessidade tem o presidente de vir dizer isto publicamente? As coisas vão mesmo mal. Zamgam-se as comadres...
- ..."referiu há pouco tempo que o presidente da ARSC garantiu que Góis não será prejudicado. Significa que o SAP não vai encerrar?
GV - Penso que também não vamos escapar." O SAP vai fechar. Já o esperávamos.
- A última resposta é caricata. "Não sinto grande oposição" (só da vereação socialista), "mas espírito de ajuda" (do PSD, que nem parece oposição). "Estamos ali os cinco prontos a ajudar" (ou para comerem todos do mesmo tacho). "Faz-se uma oposição construtiva, todos dão a sua opinião e sugestões" (faltaram as sugestões dos vereadores para o plano 2007). "Pela primeira vez, não tenho uma oposição" (nem ninguém, pelos vistos), "mas pessoas interessados no desenvolvimento do concelho" (ou no seu próprio). "Sinto que estou a ser ajudado por todos os vereadores, quer do PS quer do PSD" ( a ir para onde, senhor presidente? Mas não arraste o concelho de Góis consigo).
A recente entrevista do Sr Presidente da Câmara Municipal de Góis teve o condão de nos fazer reflectir, levando o nosso pensamento ao período eleitoral, mais precisamente ao Manifesto Eleitoral do PS apresentado na altura. De entre as múltiplas acções prometidas destaco apenas as seguintes:
1. Criar um Centro de Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências.
2. Promover a criação de condições para o funcionamento de Cursos Nocturnos.
3. Criação, em conjunto com a DREC, de um Pólo de Ensino Profissional.
4. Dinamizar a criação de uma Sociedade de Investimento para a Região da Beira Serra.
5. Incentivar a instalação de novas Unidades Hoteleiras.
6. Estudar medidas que visem minimizar os efeitos sazonais do Turismo.
7. Aquisição de terrenos para a construção de habitação para venda aos jovens a preços controlados.
8. Dinamizar a criação de uma Pousada da Juventude.
9. Dinamizar estratégias de utilização e rentabilização da Biomassa Florestal.
...........
Ainda bem que continuamos a acreditar que o ano 2006 foi bom para Góis !
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