POR AMOR
ou
"... Posso escrever os versos mais tristes esta noite"
A Pablo de Neruda
Talvez ainda te ame, amor, mas já não te amo
"É tão curto o amor, e é tão longo o esquecimento."
É tão grande a dor quão cruel é o abnegamento
Acordado te nego e, adormecido, te chamo
Já não te quero, amor, mas teu amor reclamo
É tão dura a partida, foi tão belo o sentimento!
É feia e longa a estrada do acobardamento
E é tão breve o iato em que na saudade inflamo
Renuncio! Deixo a porta da verdade aberta
Recuso olhar pra trás para não decidir ficar
Ficarás a olhar-me? Doce expectativa incerta...
E, partindo, nem uma lágrima vou gritar...
Porque seguro de ser a decisão certa...
Ou... silêncio!... Talvez me possas chamar...
Abílio Bandeira Cardoso
ou
"... Posso escrever os versos mais tristes esta noite"
A Pablo de Neruda
Talvez ainda te ame, amor, mas já não te amo
"É tão curto o amor, e é tão longo o esquecimento."
É tão grande a dor quão cruel é o abnegamento
Acordado te nego e, adormecido, te chamo
Já não te quero, amor, mas teu amor reclamo
É tão dura a partida, foi tão belo o sentimento!
É feia e longa a estrada do acobardamento
E é tão breve o iato em que na saudade inflamo
Renuncio! Deixo a porta da verdade aberta
Recuso olhar pra trás para não decidir ficar
Ficarás a olhar-me? Doce expectativa incerta...
E, partindo, nem uma lágrima vou gritar...
Porque seguro de ser a decisão certa...
Ou... silêncio!... Talvez me possas chamar...
Abílio Bandeira Cardoso
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