Sem Poemas de Amor, de Abílio Bandeira Cardoso
Sem poemas de amor ou de loucura
Escritos nas brancas praias do esquecimento
Sem versos, sem silêncios nem desalentos
Sem poemas sem fel, nem mel e nem doçura
Sem poemas da mais bela formusura
Sem rimas, sem estrutura ou sofrimento
Sem poemas, sem voz nem lamento
Nem sentimentos que os encham de ternura
Só eu, a caneta, o papel em branco
Só eu neste auto de auto-paixão
Só eu, om minha face escondo a mão
A mão que escreve, pregada num tranco
De letras invisíveis. Eu, caixa forte sem guardião,
Sem poemas que não escrevo... que não escrevo... não...
Abílio Bandeira Cardoso
Escritos nas brancas praias do esquecimento
Sem versos, sem silêncios nem desalentos
Sem poemas sem fel, nem mel e nem doçura
Sem poemas da mais bela formusura
Sem rimas, sem estrutura ou sofrimento
Sem poemas, sem voz nem lamento
Nem sentimentos que os encham de ternura
Só eu, a caneta, o papel em branco
Só eu neste auto de auto-paixão
Só eu, om minha face escondo a mão
A mão que escreve, pregada num tranco
De letras invisíveis. Eu, caixa forte sem guardião,
Sem poemas que não escrevo... que não escrevo... não...
Abílio Bandeira Cardoso
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