quarta-feira, 31 de janeiro de 2007

PSD denuncia crise política no PS

O PSD denuncia, em comunicado, a crise política no seio da maioria PS e exige à câmara clarificação sobre a capacidade para levar o mandato autárquico até ao fim.
O PSD de Góis está preocupado com o funcionamento institucional dos principais órgãos autárquicos do município. Em causa as divergências públicas, entre o presidente da câmara - José Girão Votorino, eleito pelo PS - e os vereadores do seu próprio partido.
Em comunicado, a secção concelhia dos sociais-democratas lembra as críticas dos vereadores da maioria PS à elaboração dos documentos do Plano de Actividades e Orçamento para 2007, discutidos na reunião da câmara de 7 de Dezembro último, alegando não terem sido consultados. Curiosamente, na altura, o presidente da câmara "acusou todos os vereadores, sem ser desmentido, de que lhes foi solicitada cooperação e não a recebeu".
Outra divergência foi notória na deliberação sobre a instalação de umas bombas de combustível, na reunião de 14 de Dezembro. Mais uma vez os mesmos vereadores não acompanharam a posição de Girão Vitorino e abstiveram-se, tendo a proposta sido aprovada com os votos, minoritários, dos vereadores do PSD. Depois, no final do ano, na reunião ordinária da assembleia municipal, faltaram dois dos eleitos do PS, entre eles o líder parlamentar, e "a maioria precisou do PSD para que a assembelia tivesse quorum".
Noutro plano, são públicas as críticas dos presidentes de junta e de outros membros das assembelias de freguesia, de Vila Nova do Ceira e Colmeal, ambas de maioria socialista, à actuação da câmara. Perante tudo isto e os rumores da sua demissão, o presidente da câmara viu-se forçado a reafirmar, em comunicado público, a intenção de levar o mandato até ao fim.

Câmara sem apoio do PS
Ora, o PSD entende que não são actos "fortuitos" e "demonstram o desmoronar da solidariedade e da coesão interna da maioria socialista", com a cãmara a perder o apoio da Concelhia do PS. "Góis não tem condições para suportar o ónus das quezílias internas do PS, pois necessita de um trabalho firme, articulado e continuado da parte da câmara e das freguesias", acrescenta.
Porque considera que o interesse do concelho deve sobrepor-se às questões partidárias e porque admite que a legitimação política é uma questão intetna, "que terá de ser dirimida pelo PS local através dos seus orgãos", o PSD exige uma clarificação pública da situação. "Lavar as mãos como Pilatos, à espera da derrocada total e definitiva, não é uma postura séria e honesta", refere o comunicado da Concelhia.
Para o PSD, os mandatos são para cumprir, mas a "degradação política institucional" pode gerar uma "inoperacionalidade funcional que ponha em risco o desenvolvimento imediato e futuro". Por fim, os sociais-democratas exigem que a câmara manifeste publicamente se "sente estarem reunidas as condições políticas essenciais para prosseguir o mandato ligitimado eleitoralmente em 2005".
in Diário As Beiras, de 31/01/2007

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Se isto está assim, quando as eleições foram há pouco mais de um ano, como será daqui para a frente? Só espero que Góis não fique prejudicado.

01 fevereiro, 2007 19:06  

Enviar um comentário

<< Home