terça-feira, 18 de agosto de 2009

Os não residentes no concelho de Góis

Todas nós sentimos e lastimamos os efeitos maléficos da desertificação, ou melhor, do despovoamento que têm assolado o concelho de Góis sem contemplações. Todos nós entendemos que a inversão desta tendência, aliás comum em todo o lado, levará algumas gerações a sentir-se. No entanto, durante as varias décadas em que o êxodo foi decorrendo, hábitos diferentes se foram instalando, conceitos diversos se foram acentuando e outras mentalidades se foram enraizando, aliás fruto da evolução dos tempos é certo, mas sem que houvesse um esforço do poder local, para que se reforçassem e se tornassem mais visíveis e marcantes os elos identitários que tão importantes são.
O próprio poder local foi aceitando este afastamento de participação da colónia como um dado inultrapassável onde nada podia ser feito, entendendo talvez que se tratava de mero capricho, ou arrufos de altivez (?)
Desvalorizando a representatividade das colectividades regionais sitiadas na capital, que podiam desempenhar o papel de elo de ligação privilegiado, para ajudar a resolver problemas de entendimento e de aproximação entre a região e a colónia goiense. Não esquecendo o esforço feito pelas autarquias no último ano, nunca podemos entender esta reserva ostentada, ou mal disfarçada.
É neste momento particularmente importante, altura em que estão formalizadas as candidaturas ao poder local, que nos propomos trazer a público esta velha questão bem actual, na presunção de conseguirmos sensibilizar os candidatos conhecidos, para que encararem esta "contenda" como absurda e se empenhem numa nova abertura de espírito e capacidade de entendimento de modo a ser encontrado o caminho da colaboração, do diálogo e não da hostilidade, de aproximação e não do afastamento. Em benefício duma região fragmentada, que tão desunida vai ficando, se todos continuarmos de costas viradas.
Seria bom ter-se presente que, esta colónia humana de não residentes no Concelho de Góis, é uma enorme fatia de cidadãos goienses que pagam lá os impostos dos seus imóveis tal como qualquer residente. Dão uma nova vida a esta região quando aí se deslocam e o que é mais estranho e aberrante, é que são olhados e considerados como apátridas, ou como alguém que vai ali apenas para desfrutar das belezas naturais ou "fazer o pão caro". Quando apenas vão matar saudades da sua terra que as sentem como ninguém.
Até hoje, verdade seja dita, apenas vimos um presidente de câmara aberto e interessado nesta problemática e que se esforçou bastante para estreitar laços afectivos regionais.
Adriano Pacheco
in Jornal de Arganil, de 13/08/2009

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5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Foi o Vitó.

19 agosto, 2009 08:29  
Anonymous Anónimo said...

O Vitó agora é da "Opus Dei", uma vez que faz artigos muito intelectuais para a imprensa local citando o Escrivan....
Deve ler a "obra" .... nos intervalos das sonecas quase contínuas que faz nas assembleias municipais....

Qua grande mandatário que o "TINO" foi encontrar...
Tinhamos o Tino de Rãs, que penso que também saiu do PS e agora temos o "Tino" de Vila Nova do Ceira...

19 agosto, 2009 16:02  
Anonymous Anónimo said...

" ,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,,
Até hoje, verdade seja dita, apenas vimos um presidente de câmara aberto e interessado nesta problemática e que se esforçou bastante para estreitar laços afectivos regionais.
Não teria siso o do PPD /AD)?

19 agosto, 2009 19:31  
Anonymous Anónimo said...

Temos a KIT

19 agosto, 2009 21:08  
Anonymous Anónimo said...

Pelo que conheço o Vitó, o mesmo deve estar muito satisfeito por falarem nele.

20 agosto, 2009 13:40  

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