terça-feira, 18 de agosto de 2009

Góis precisa (emprego)

Temos sempre em mente as promessas que se fazem nas campanhas eleitorais, muitas vezes enquadradas na ânsia e na dinâmica de se ganhar, sem muitas vezes estarem de acordo com os anseios das populações. Muitas das vezes muito se promete e tão pouco se concretiza. Mas, falando de Góis, de facto, de facto o que é que se precisa, no sentido de fixar a sua população e atrair novas pessoas.
Precisamos de uma politica autárquica consistente na implementação do subsídio de nascimento para as crianças nascidas cujos pais residem em Góis e que mantenham essa residência até à sua entrada para infantário no Concelho. Precisamos ainda da implementação do subsídio de casamento para os casais que após o seu casamento instalem a sua residência oficial em Góis por um período de 5 anos. Precisamos ainda da implementação do subsídio de deslocação para os residentes noutros Concelhos que se queiram instalar em Góis como residência oficial por um período de 5 anos.
Só nestas condições se atrai mais e melhor população que queira residir em Góis, pagando os seus impostos e taxas em Góis e engrossando os clientes do seu comércio instalado.
A par destas políticas autárquicas de fixação de residentes temos de ter em conta a política de atracção pelos impostos. Redução do Imposto Municipal Autárquico para níveis de Concelhos vizinhos e redução de 25% para quem se instalar de novo no Concelho como residência oficial durante 5 anos.
Enquadrado numa política de educação assistencial os livros escolares para o ensino básico até ao 4º ano deveria ser subsidiado ou integralmente pago pela autarquia, consoante o escalão do IRS familiar.
O desemprego em Góis, ou melhor a falta de emprego, pois não existe desemprego, mas sim falta de novos locais de emprego, para os jovens à procura do 1 º emprego que com maior ou menor dificuldade o vão encontrado nos concelhos vizinhos, é uma das grandes lacunas do concelho de Góis.
O altruísmo de alguns, cujo esforço e trabalho é de louvar (Góis Moto Clube, Trans Serrano, etc. etc.) vão escondendo as carências gerais da falta de Indústria instalada. Para estes o futuro tem de caminhar de uma forma semelhante a outros em Portugal, com o apoio autárquico à instalação de um Centro de Ensino de Todo-o-Terreno, com um Terródromo próprio e com a instalação de um Centro de Aventura Radical que, segundo creio se encontra em fase inicial de projecto. A par do Góis Moto Clube a Trans Serrano tem de ser apoiada para a devida dimensão nacional.
O esforço realizado na publicidade e venda do artesanato e da produção agrícola local é de louvar, mas atingiu o limite das ideias, precisando de novo impulso rumo ao futuro.
A criação, registo e publicidade de uma Marca e Logótipo próprio será o futuro que permitirá a identificação da qualidade dos produtos concelhios transaccionados. O apoio autárquico à criação de uma Associação de Produtores e Artesãos cuja missão principal seja a criação de uma rede de postos de venda fixos ou a criação de uma rede de venda itinerante, deverá ser uma das prioridades. Esta concretização criaria postos de trabalho na venda e mais postos de trabalho na produção, criando mais e melhor riqueza nesta estrutura familiar de trabalho.
Góis com uma população de cerca de 5000 habitantes aproximadamente não necessita de muita indústria instalada para fazer o pleno do seu emprego. Precisa de uma grande ou duas médias indústrias instaladas. Nada a fazer neste sector a não ser termos uma gestão autárquica com conhecimentos na área e que se digne levantar da cadeira do poder e ir ao encontro dos potenciais investidores interessados, atraindo-os com a criação de condições económicas (terreno e facilidades a nível de impostos e taxas) e sem burocracia que permitam a sua célere instalação no concelho.
A criação de um Parque de Lazer Temático de índole distrital (com ou sem a participação de outros concelhos limítrofes) captaria a vinda de pessoas de outros Concelhos a nível distrital e quiçá a nível nacional dependendo da dimensão do projecto. Mais uma vez cabe à autarquia a chamada de investidores (que existem) registados no ICEP e em amplas negociações para se instalarem.
Os Parques Industriais não deveriam ser concentrações de pequenas empresas já existentes noutros locais, mas sim assumirem-se como Centros Incubadores de ideias que se transformem em pequenas empresas e estas em médias e grandes empresas de dimensão distrital e nacional.
Acreditem que o que aqui fica dito está ao alcance da dinâmica da autarquia de Góis, não nos esquecendo que um Concelho com qualidade empregadora é procurado cativando a população a fixar-se nele.
Tem o Concelho de Góis mais uma oportunidade para mudar o rumo da inércia e colocar-se na senda da modernidade e do desenvolvimento, a par do que de melhor se pratica no país e fora dele.
Góis precisa de rosto novo que protagonize a vontade de mudar, agir e trabalhar a favor da qualidade de vida e da saúde dos Goienses e que assuma o estatuto de Engenheiro da mudança.
Sejam felizes, sem medicamentos.
Dr. Fernando J. Bandeira
in Jornal de Arganil, de 13/08/2009

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6 Comments:

Anonymous Anónimo said...

De acordo. Contudo do que mais necessita é de “Patrões.

19 agosto, 2009 08:33  
Anonymous Anónimo said...

PALAVRAS E MAIS PALAVRAS!!!!
APENAS TRETAS PARA FICAR TUDO NA MESMA!!!

19 agosto, 2009 15:41  
Anonymous Anónimo said...

Amigos!
Lá empregos anda a LURDES a prometer a toda a gente.
Não me parece que a ADIBER tenha espaço para todas as promessas.

20 agosto, 2009 22:14  
Anonymous Anónimo said...

Mas na Câmara não se promete cumpre-se! Pode-se arranjar aí um concursozinho p'ro meu primo? Ou isso é só p'ra familia dos exemplares autarcas?

21 agosto, 2009 10:49  
Anonymous Anónimo said...

Contaram-me que já não teem secretarias para todos.
Quando uns vão tomar a bica outros sentam-se para descanço.
Por isso trabalhar é bom para o preto.
As bermas dos caminhos no nosso Concelho é só erva e silvas

23 agosto, 2009 12:49  
Anonymous Anónimo said...

Será que o anónimo das 12:49h precisa de uma roçadora? Pode adquirir na Cooperativa, porque são mais baratas do que no AKY.
Pelo paleio deve ser funcionário público, daqueles tempos em que NÃO se entrava por concurso, NÃO se prestavam provas, NÃO se tinham que exibir certificados de habilitações, NÃO se picava o ponto, NÃO se elaborava, anualmente, plano de actividades, NÃO se fazia relatório anual das tarefas atribuídas, NÃO se preenchiam estatísticas, NÃO era necessário saber fazer nada nem havia avaliação de desempenho!
Os tempos mudaram! A pausa de 2 em 2 horas de pelo menos 10 minutos é obrigatória para quem trabalham com informática (embora muita gente não cumpra e leve o horário seguido. Bem contra as recomendações da "medicina no trabalho").
Bem se vê que este amigo não trabalha, é aposentado, ou exerce alguma actividade daquelas que são pagas com os nossos descontos.

23 agosto, 2009 16:23  

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