Museu, Património e Turismo
Dr.ª Ana Marques de Sá, da Câmara Municipal de Góis, interveio, e muito bem, no "Encontro Arqueologia e Autarquias", incluído nas Jornadas Europeias do Património, que decorreram em Cascais, apresentando os resultados preliminares dos seus trabalhos arqueológicos no antigo Hospital de Góis e as perspectivas que se prevêem de musealização e de instalação de um Centro de Interpretação do Vale do Ceira.
É sempre agradável vermos o nosso concelho ser escutado com deferência e conviver a este nível.
No regresso, deparei-me a reflectir em dois aspectos:
1-Em Outubro de 1957, a Câmara Municipal aprovou a criação de um Museu Municipal, na vila de Góis, tendo sido nomeado como director, Prof. Doutor João de Castro Nunes (felizmente ainda entre nós). Cinquenta e um anos é muito tempo, parece-me ser altura de andarmos um pouquinho mais depressa, isto é, passar dos projectos e das boas intenções à prática. E nada adianta, a não ser levantar poeira, anunciar em grandes letras na Praça da República, centro por excelência do concelho, que se toma publicamente esse compromisso, e depois mostrar não se ter unhas para o cumprir.
2-Continua-se a pensar em projectos megalómanos, esquecendo-nos do trabalho trivial, para o qual até não são necessários grandes investimentos, e que ajudam, a curto prazo, o desenvolvimento da terra.
Faz-se um muito bem elaborado projecto para a zona histórica de Góis, já lá vão talvez meia dúzia de anos, aguardando-se a bênção do céu, e não se faz o mínimo para se ter um simples Centro Histórico (que não o temos, embora continuem, impropriamente, assim a denominá-lo).
Planeia-se um grande museu, quando nada se faz entretanto para criar um simples espaço museológico, adequado à nossa pequena comunidade, para guarda e mostra dos nossos valores e relíquias.
Sonha-se (e anuncia-se indevidamente) grandiosos empreendimentos turísticos para a Quinta do Baião, que iriam, dizem, revolucionar a região, mas os turistas continuam, e continuarão, a terem que pernoitar em Arganil, Lousã ou Coimbra, quantas vezes desistindo de visitarem a nossa terra, por falta de alojamento.
Sabemos bem que o sonho comanda a vida e, quando se sonha, o mundo pula e avança. Mas antes de pular, temos que caminhar, que o caminho se faz caminhando.
JNR
in http://www.portaldomovimento.com
É sempre agradável vermos o nosso concelho ser escutado com deferência e conviver a este nível.
No regresso, deparei-me a reflectir em dois aspectos:
1-Em Outubro de 1957, a Câmara Municipal aprovou a criação de um Museu Municipal, na vila de Góis, tendo sido nomeado como director, Prof. Doutor João de Castro Nunes (felizmente ainda entre nós). Cinquenta e um anos é muito tempo, parece-me ser altura de andarmos um pouquinho mais depressa, isto é, passar dos projectos e das boas intenções à prática. E nada adianta, a não ser levantar poeira, anunciar em grandes letras na Praça da República, centro por excelência do concelho, que se toma publicamente esse compromisso, e depois mostrar não se ter unhas para o cumprir.
2-Continua-se a pensar em projectos megalómanos, esquecendo-nos do trabalho trivial, para o qual até não são necessários grandes investimentos, e que ajudam, a curto prazo, o desenvolvimento da terra.
Faz-se um muito bem elaborado projecto para a zona histórica de Góis, já lá vão talvez meia dúzia de anos, aguardando-se a bênção do céu, e não se faz o mínimo para se ter um simples Centro Histórico (que não o temos, embora continuem, impropriamente, assim a denominá-lo).
Planeia-se um grande museu, quando nada se faz entretanto para criar um simples espaço museológico, adequado à nossa pequena comunidade, para guarda e mostra dos nossos valores e relíquias.
Sonha-se (e anuncia-se indevidamente) grandiosos empreendimentos turísticos para a Quinta do Baião, que iriam, dizem, revolucionar a região, mas os turistas continuam, e continuarão, a terem que pernoitar em Arganil, Lousã ou Coimbra, quantas vezes desistindo de visitarem a nossa terra, por falta de alojamento.
Sabemos bem que o sonho comanda a vida e, quando se sonha, o mundo pula e avança. Mas antes de pular, temos que caminhar, que o caminho se faz caminhando.
JNR
in http://www.portaldomovimento.com
1 Comments:
Fala-se em Museus e em grandes projectos. Mas pergunto eu e afirmo: a Câmara nem os pequenos projectos consegue concretizar quanto mais projectos complexos? Não enganem mais as pessoas Sr.s Políticos, e ao que me parece agora também alguns técnicos que são responsáveis por não terem sido apresentados os projectos a tempo de eles serem financiados também querem enganar o Povo. Para quem não sabe isto já foi discutido até em reuniões públicas. Os técnicos da Câmara não apresentaram o projecto do Futuro Museu por isso foi rejeitado / Chumbado. Esta promessa também ainda só tem 5 anos!
Enviar um comentário
<< Home