sábado, 16 de fevereiro de 2008

Portugal preparado para os fogos florestais

O ministro da Administração Interna, Rui Pereira, explicou ao pormenor o dispositivo para este ano para enfrentar os incêndios. E não tem dúvidas: o país está preparado para combater os fogos florestais.
A manhã do ministro da Administração Interna, Rui Pereira, no aeródromo da Chã do Freixo, começou com a plantação de árvores autóctones junto à pista. Ao abrigo do projecto Floresta Unida serão plantadas, na Lousã, 7500 e, até 2010, no território nacional, um milhão de árvores.
Os elementos do Grupo de Intervenção, Protecção e Socorro deram uma ajuda preciosa à comitiva, que, além de Rui Pereira, incluía o secretário de Estado da Protecção Civil, José Miguel Medeiros, o governador civil de Coimbra, Henrique Fernandes, o presidente da Câmara Municipal da Lousã, Fernando Carvalho, o presidente da Câmara Municipal de Góis, Girão Vitorino, o vice-presidente da Câmara Municipal de Miranda do Corvo, Reinaldo Couceiro, o comandante-geral da GNR, general Mourato Nunes, o presidente da Autoridade Nacional de Protecção Civil, general Arnaldo Cruz, e o vice-reitor da Universidade de Coimbra, António Avelãs Nunes, entre outras personalidades.
Depois, o membro do Governo dirigiu-se ao Laboratório sobre Incêndios Florestais, dirigido por Xavier Viegas, professor da Universidade de Coimbra (UC), que apresentou as actividades do Centro de Estudos sobre Incêndios Florestais e da Associação para o Desenvolvimento da Aerodinâmica Industrial.
Na ocasião foi assinado um protocolo de colaboração entre a ADAI e a Autoridade Nacional de Protecção Civil que, como apurou o DIÁRIO AS BEIRAS, inclui acções de formação para várias corporações de bombeiros.
O vice-reitor, António Avelãs Nunes, sublinhou a aposta da Universidade de Coimbra na investigação e a qualidade dos resultados obtidos, recebendo a concordância do ministro da Administração Interna.
Antes da visita ao laboratório, Rui Pereira disse aos jornalistas que o país “está preparado para combater” os incêndios florestais, existindo “boa cooperação entre todos os agentes de Protecção Civil”.
Segundo o ministro “estamos agora com uma melhor coordenação” através da acção da Autoridade Nacional de Protecção Civil.
Além da “programação atempada de meios”, Portugal tem ao serviço este ano 56 aeronaves, entre helicópteros e aviões, para combater os incêndios florestais, incluindo o dispositivo definido pelo Governo 9.500 homens e mulheres.
Rui Pereira explicou que a lista de meios aéreos para este ano inclui dois helicópteros e dois aviões pesados, recorrendo ao exemplo grego, “em que existem 20 ou mais aviões pesados e que, apesar disso, o combate aos incêndios não correu bem”, para sublinhar a aposta na “coordenação” e a “cooperação”.
Para o ministro da Administração Interna, a floresta “é um bem comunitário da maior importância”, pelo que “a maior pretensão” do ministério “é reduzir a infelicidade das pessoas”, nomeadamente no combate à sinistralidade rodoviária e aos fogos florestais.
in Diário As Beiras, de 16/02/2008

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