quinta-feira, 18 de junho de 2009

Núcleo de Inserção de Góis organiza fórum sobre criatividade e inovação

Começou ontem no auditório da Biblioteca Municipal António Fancisco Barata, em Góis, decorrendo ainda ao longo do dia de hoje, o III Fórum subordinado ao tema “Criatividade e Inovação: Oportunidades de Mudança”, iniciativa organizada pelo Núcleo Local de Inserção de Góis [NLI], e que serve para assinalar a passagem do Ano Europeu da Criatividade e Inovação. O objectivo é “demonstrar com esta iniciativa que inovar é uma exigência no âmbito da acção social”, uma vez que “numa sociedade em constante mutação urge encontrar novas estratégias e novas respostas para as problemáticas sociais que afectam as populações mais desfavorecidas”.
Neste espaço de “reflexão e debate” pretende-se ainda “demonstrar, através de exemplos de boas práticas, que a criatividade e a inovação são factores de promoção da inclusão” que, por sua vez, geram novas oportunidades, no sentido de “fomentar o empreendedorismo de base local, essencial para criar riqueza e emprego mais qualificado nos territórios rurais”. O III Fórum do NLI apresenta-se como “um instrumento dinâmico ao serviço do desenvolvimento social e económico do concelho de Góis”, sendo abordados vários temas, por diversos oradores.
O dia de ontem foi dedicado a temáticas relacionadas com “Políticas sociais para a inclusão”, tendo sido abordado no I Painel o tema “Núcleos Locais de Inserção – do enquadramento jurídico à intervenção prática”, cuja moderadora foi Lurdes Castanheira [assistente social], por representantes das entidades parceiras do NLI de Góis e da equipa técnica do Núcleo. Ainda durante a manhã, foi abordado o tema “A inserção social dos beneficiários do RSI, Protocolos: negociação e acompanhamento”, cuja apresentação esteve a cargo da equipa do Protocolo do RSI da Santa Casa da Misericórdia de Tábua.
Após um debate, ontem à tarde decorreu o II Painel, que teve como moderador José Francisco Rolo [sociólogo], ocasião em que foram apresentados três temas, “Compreender a complexidade, repensar práticas”, “A representação social da pobreza na óptica do beneficiário e na óptica dos técnicos” e “Paradigmas sociais em tempos de turbulência”, sendo estes dois últimos assuntos abordados por Cristina Góis [Técnica Superior na APPACDM de Anadia] e Rui da Eufrázia [presidente de direcção do Grupo Aprender em Festa – Gouveia].
Em representação do NLI de Góis, e durante a sessão de abertura, Maria de Lurdes Castanheira explicou que com esta iniciativa pretende-se “lançar um desafio construtivo”, defendendo que é necessário “reinventar outras soluções”, quer para o concelho de Góis, como para os concelhos limítrofes. Em relação ao Núcleo Local de Inserção de Góis, a assistente social frisou que “é importante que haja a coragem e a vontade de fazermos uma avaliação do trabalho que fez esta equipa e das instituições que têm trabalhado connosco”, uma vez que impõe-se “analisar o que correu mal e o que correu bem”.
Fazendo um balanço positivo da actividade desenvolvida pelo NLI de Góis, Lurdes Castanheira constatou que “temos consciência que muito há a fazer”, apelando sobretudo “à capacidade de inovar” e à procura de “soluções para os problemas sociais”. “Temos de pensar como vamos conseguir promover outras formas de inserção social e no mercado de trabalho”, continuou, realçando que neste momento há 40 pessoas a frequentar os cursos EFA, para obterem o 9º ano de escolaridade, e “é importante que comecemos a pensar nas saídas profissionais”.
No uso da palavra, o presidente da Câmara Municipal de Góis, louvando a realização deste fórum que tem como objectivo “encontrar as melhores respostas que possam ir ao encontro das carências das populações”, assegurou que a autarquia associou-se a esta iniciativa desde a primeira hora. “As nossas preocupações são reais, quando enviamos qualquer técnico ou equipa multidisciplinar para o terreno, decidimos fazê-lo porque consideramos que a primeira resposta deve ser humana e de diagnóstico”, explicou Girão Vitorino, garantindo que “tudo fazemos para aproveitar projectos e fundos sociais que possam ser depois orientados para cada caso”. O autarca fez ainda votos para que esta iniciativa “possa ajudar a compreender estas mudanças, analisar e validar práticas, sugerir pistas de modo a encarar os desafios e transformá-los em oportunidades”.
Nesta ocasião, o presidente da autarquia goiense anunciou que foi aberto um concurso na Câmara Municipal para 15 novos postos de trabalho, de forma a combater a desertificação, ficando a autarquia com 140 funcionários no total. Os candidatos são de diversas áreas, e irão desempenhar cargos de assistentes sociais, engenheiros mecânicos, engenheiros florestais, limpeza, actividade administrativa e financeira e divisão de obras. “Para estes cargos já existem 120 candidatos”, contou José Girão Vitorino, alegando que “em caso de empate privilegiamos as pessoas da terra”, sendo a selecção feita mediante os currículos.
Recordando que “há uma grande esperança” que seja construído o Lar da freguesia do Cadafaz, o edil salientou que, caso isso se verifique, esta valência “criará cerca de 15 postos de trabalho”. “Tudo temos feito para criar novos postos de trabalho”, assegurou Girão Vitorino, enaltecendo que a entrada de mais pessoal implica “um esforço financeiro da autarquia”.
O presidente da Assembleia Municipal de Góis também agradeceu ao NIL de Góis por organizar esta iniciativa que tem em vista “encontrar novas estratégias e respostas para as problemáticas sociais que afectam as populações mais desfavorecidas”, lembrando que “há muitas pessoas a passar mal”. “Dinamizar a economia e criar empregos são prioridades a prosseguir ao nível nacional e municipal”, alertou José Carvalho, deixando uma chamada de atenção para os idosos e pessoas com deficiência, que “são os grupos que têm menos apoios por parte do Estado”.
É de salientar que hoje, a partir das 10h, o fórum é subordinado ao tema “Oportunidades de Mudança”, sendo que no I Painel, cujo moderador é José Albuquerque [director do Agrupamento de Escolas de Góis], começa por ser abordada a temática “A Inovação ao serviço da Educação e da Comunidade”, que tem como oradores Maria Helena Moniz [vereadora da Câmara Municipal de Góis], Liliana Temprilho [coordenadora do Projecto Escolhas de Futuro] e Dalila Neves [coordenadora do Projecto Progredir em Igualdade e Cidadania – Santa Casa da Misericórdia de Góis]. Ainda de manhã, cerca das 11h30, vai ser apresentado o tema “A Inovação ao serviço do empreendedorismo”, por João Luís Ferreira, seguindo-se “A inovação ao serviço do desenvolvimento local”, com intervenção de Jorge Miranda [director do DEC da Câmara Municipal da Amadora].
Após o almoço, pelas 14h30, vai decorrer o II Painel, que tem como moderadora a jornalista Licínia Girão, onde vai ser abordado o tema “As comunidades on line”, por António Filipe; “A Inovação ao serviço da saúde”, por Carlos Oliveira [Centro de Saúde de Góis] e António Sequeira [director executivo do Agrupamento dos Centros de Saúde do Pinhal Interior Norte 1]; “Políticas de juventude para a inclusão digital”, por Susana Ramos [vice-presidente do IPJ]; e “Potencialidades e riscos da sociedade de informação”, por António Gonçalves [inspector chefe da Polícia Judiciária de Coimbra]. Seguir-se-à um debate, prevendo-se o encerramento desta iniciativa para as 17h.
in www.rcarganil.com

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8 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Mais uma tentativa, falhada, da campanha da Lurdinhas. Quando vai reparar que é funcuinária municipal e não política!!!!!.

19 junho, 2009 09:38  
Anonymous Anónimo said...

O mais engraçado é q ela tava lá mesmo mas era como assistente social! ás vezes vale mais estar calado

19 junho, 2009 13:55  
Anonymous Anónimo said...

Não eram "necessários" tantos SMS e ligações telemóveis a "mobilizar" simpatizantes para ouvir a técnica municipal de acção social. OU era.

21 junho, 2009 22:50  
Anonymous Anónimo said...

Hoje de Manha os apoiantes de Lulu deram conta atraves de rápida comunicação ao país em todos os cafés da zona, que era preciso ir à biblioteca porque a Lulu iria discursar.
Perto da célebre intervenção, começaram a circular as mensagens escritas por toda a nação, era urgente ir ouvir a Drª, passados poucos minutos lá sairam da câmara, abandonando o trabalho, os seus apoiantes. A Câmara deveria repensar as autorizações à Lulu para participar nestes iniciativas em horário laboral. É que não só se perde o seu maravilhoso trabalho, mas também os de todos os seus apoiantes que são sempre convocados e sem dispensa...

22 junho, 2009 23:55  
Anonymous Anónimo said...

Que é que ela insere?

23 junho, 2009 17:12  
Anonymous Anónimo said...

Não sei o "Que é que ela insere?" Mas sei que tu que sabes e estás a atirar arei para os olhos dos que ainda têm os "ditos" abertos.

24 junho, 2009 18:07  
Anonymous Anónimo said...

Então aos que os têm abertos é melhor fechá-los, pois pode entrar lixo...

25 junho, 2009 08:28  
Anonymous Anónimo said...

Uma pergunta ... sem direito a resposta. Se fôsse hoje quantos Goienses estariam no Jantar da Lurdinhas?

01 julho, 2009 12:32  

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