terça-feira, 30 de setembro de 2008

80º
Aniversário
do Regionalismo Goiense


Festa da Freguesia de Vila Nova do Ceira

25 de Outubro de 2008


Casa do Concelho de Góis
Rua de Santa Marta, nº 47, r/c dto.
1150 – 293 LISBOA



Programa

15:00 Sessão de Abertura
Abertura da Exposição *

15:30 Intervenção sobre o Regionalismo pelo
Presidente do Conselho Fiscal da C. C. Góis, Sr. António Lopes Machado

16:00 Apresentação do livro “Rosários do Amor” de Clarisse Barata Sanches

17:00 Actuação do “Grupo Cantares da Várzea”

17:30 Actuação do agrupamento “KAOS”

18:00 Teatro “Nova Geração da Várzea”

19:00 Lanche Regional

20:30 Actuação do agrupamento “KAOS”

21:00 Actuação do “Grupo Cantares da Várzea”

* Glória, H. Mourato, Henrique Tigo, Júlia Fernandes, Filipa Reis


Organização
Comissão de Lisboa de Propaganda de Melhoramentos em Vila Nova do Ceira
Casa do Concelho de Góis – Conselho Regional


Apoio
Casa do Concelho de Góis



Comissão de Lisboa de Propaganda e Melhoramentos em Vila Nova do Ceira *

A 21 de Fevereiro de 1929, na residência de Dr. Diogo Barata Cortez, na Várzea Grande, a quem terá pertencido a iniciativa, reuniram-se mais de duas dezenas de varzeenses, no sentido de criação de uma comissão de melhoramentos da freguesia. Sob a presidência de Dr. António Alberto Torres Garcia, foram definidos objectivos, aprovada uma comissão instaladora de 52 personalidades locais, e nomeada uma comissão executiva, composta por João Antão Dias, António Alberto Monteiro e Aníbal Santos. A colectividade veio a ser constituída oficialmente a 2 de Agosto de 1931. No início, as principais preocupações centraram-se na construção do edifício escolar, na mudança do cemitério e no abastecimento de água. Percorrendo depois uma longa lista de obras realizadas na freguesia, não se torna fácil assinalar as principais. Realce-se contudo duas delas, talvez as mais emblemáticas, a construção da escola da Várzea Grande e a electrificação de toda a freguesia. Em ambas a comissão se empenharia bastante, tendo pago os projectos, adquirido os terrenos necessários, intercedendo politicamente junto do Governo Central, nunca baixando os braços perante as dificuldades.
Também de referir a comparticipação para os postos escolares da Monteira e do Barreiro; a construção do posto médico; o calcetamento das ruas da Várzea Grande e da Várzea Pequena; a comparticipação para a abertura da estrada entre Telhada e Chapinheira; a reparação das ruas do Carapinhal, do Inviando, de Vale de Egas, da Monteira, do Juncal, do Linteiro e de Campelo; a exploração de água da Várzea Pequena, em que a comissão suportou os custos de projecto, a instalação e o respectivo chafariz; a exploração de água do Cerejal, com o seu chafariz…
A comissão prestou homenagem António Patrício Dias, Venâncio Moreira e Dr. Torres Garcia, com lápides nas casas onde nasceram. Dionísio Antunes Fernandes, que esteve à frente da colectividade durante 17 anos, por vezes em períodos difíceis, teve a honra de ser o primeiro Sócio Benemérito. Ao dar-se o nome da colectividade a uma rua da Várzea Grande, numa sessão pública a 14 de Outubro de 2000, quis-se reconhecer a sua obra notável, uma justa comemoração do seu passado, de que todos se orgulham, lembrando o esforço, dedicação e entusiasmo de muitos varzeenses.
* fonte: Eng. João Nogueira Ramos
“Memórias e esperanças” (2004)




Vila Nova do Ceira *


Está situada no extremo noroeste do concelho, na margem esquerda do rio Ceira, afluente da margem esquerda do rio Mondego, dista cinco quilómetros da vila de Góis. É distribuída por: Várzea Grande, Várzea Pequena, Inviando, Murtinheira, Monteira, Sacões, Carapinhal, Juncal, Telhada, Campelo, Passô, Linteiro, Casal da Ribeira, Terras, Picarotos, Covas do Barro, Chão dos Santos, Cabril, Topa, Chapinheira, Cerejal, Formiga, Vergada, Bolsas, Cruzinhas, Oliveirinhas, Vale de Oleiros, Vale de Egas, Caracol, Rojão, Fonte de Soito, Santo Velho e Farroiba. Sobre o passado de Vila Nova do Ceira, devido à própria situação num território que carece talvez em absoluto de documentação anterior à nacionalidade ou ao século XII, nada se pode afirmar com rigor histórico. De acordo com a "Grande Enciclopédia Portuguesa Brasileira", apenas "a toponímia poderia dar alguma elucidação sobre a antiguidade de povoamento local. Assim o nome de lugar Inviando, que é precisamente a forma romance do nome pessoal medievo, muito usado antes do século XII, "Invenandu (s) ". Sacões e Rojão poderão ter origem germânica, muito anterior à nacionalidade. Telhada deverá ter sentido arqueológico, aludindo a um arcaico forno de telha ou local onde apareciam telhas; Vale de Oleiros contém no seu segundo termo a possibilidade manifesta desse facto. Cabril, topónimo referente a fauna extinta destas montanhas, a cabra selvagem, e por isso de evidente antiguidade. Jurzais, sem dúvida alusivo à cultura antiga da cevada, arcaico "orjo". Campelo e Passô importam ser índices de medievismo. S. Silvestre é um hagiotopónimo notável e antigo. Interessante é também o nome do lugar e antiga freguesia de Chapinheira. O topónimo Várzea, finalmente, é notável por ter denominado esta freguesia até tempos recentes (ainda nos finais do século XIX se chamava Várzea de Góis). O culto local a S. Pedro deve considerar-se muito remoto, existindo já a paróquia de S. Pedro da Várzea, ao que parece, do século XIII para o século XIV, mercê do repovoamento operado nos primeiros tempos da nacionalidade a que a toponímia faz algumas alusões mais ou menos evidentes: Campelo, Jurzais, Vale de Egas, Carapinhal, Cerejeira, Monteira, etc., para só se citarem alguns casos que parecem bem expressivos sem particular explicação (a não ser Cerejeira, que pode vir de "Cerzeira". A freguesia de Chapinheira foi extinta pelos meados do século XVIII e reunida à de Várzea (de que, por certo, já se havia anteriormente desmembrado), de modo que a freguesia foi muito tempo denominada "Várzea de Góis e Chapinheira". A Igreja de S. Pedro era da apresentação dos condes de Vila Nova de Portimão (marqueses de Abrantes, depois), que nomeavam o vigário, com uns 60 mil réis de renda anual, do século XVIII para o século XIX. O tempo, pela sua incapacidade e antiguidade, foi restaurado em 1881, pelo povo, com a participação do estado, que recorreu, para isso, ao "cofre das bulas".

Curiosidades:

Orago: S. Pedro.

População: 1074 habitantes.

Actividades económicas: Exploração florestal e transformação de madeira, agro-pecuária, pequeno comércio e cerâmica.

Feira Mensal: 3º Domingo.

Festas e Romarias:
- Santo António (13 de Junho)
- Nossa Senhora da Candosa (15 de Agosto)
- Rainha Santa (Agosto) e Santa Bárbara (finais de Agosto)
* fonte: C M Góis

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5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Caros Amigos:

Se é o 80º Aniversário do Regionalismo Goiense então porque é que:
1º a Exposição contempla apenas "Artistas" do Ceira.

2º As actividades de âmbito cultural contemplam unica e simplesmente grupos de Vila Nova do Ceira.

3º A freguesia de Góis só é contemplada com a apresentação do livro da srª. D. Clarisse Sanches.

4º Até porque o concelho de Góis tem 5 freguesias e só vejo 2 representadas.

5º O tema ideal seria 80º Aniversário do regionalismo de Vila Nova do Ceira, uma vez que o Evento é organizado pela CMPVNC.

6º Não se é nem se mostra ser Regionalista quando muitos ficam de fora

01 outubro, 2008 09:59  
Blogger Carrasco Morgado II said...

Apoiado!!!!muito bem

01 outubro, 2008 20:29  
Anonymous Anónimo said...

O Conselho Regional da Casa do Concelho de Góis tem reunido e debatido maioritariamente, assuntos relativos ao plenário de Fevereiro. A comemoração do 80.º Aniversário do Regionalismo Goiense tem sido a ordem de trabalhos mais importante à mesa.

Com grande surpresa, verifica-se o desinteresse de algumas Juntas de Freguesia do concelho em quererem-se mostrar nesta Casa manifestando desta forma o desinteresse por tão grandiosa data de elevada importância e referência entre todos os goienses. Desta forma, no seguimento do aprovado no plenário do último Conselho Regional, foram convidadas algumas colectividades para representarem as respectivas freguesias.

Existem já algumas datas agendadas para as comemorações do aniversário em questão.

Dia 25 de Outubro, a Casa do Concelho de Góis abrirá as suas portas para que seja realizada a festa da Freguesia de Vila Nova do Ceira que está a ser organizada pela Comissão de Melhoramentos e Propaganda de Vila Nova do Ceira (visto não haver resposta da Junta de Freguesia), onde se espera muita animação e a deslocação massiva de muitos naturais e amigos desta aldeia, como já é habitual.

Dia 15 de Novembro, será representada nesta Casa a Freguesia de Alvares com a organização da Sociedade de Melhoramentos de Roda Cimeira e que contará com a colaboração da Junta de Freguesia de Alvares.
Estão a ser elaborados os respectivos programas que posteriormente serão divulgados, estando desde já, todos os sócios desta Casa, goienses e amigos, convidados para presenciar todos os eventos.

Na falta de resposta da freguesia do Cadafaz, serão tomadas medidas rápidas de abordagem para que esta freguesia seja representada com toda a sua riqueza cultural.

A representação da Freguesia do Colmeal está assegurada pela União Progressiva da Freguesia do Colmeal que, tanto quanto se sabe, irá fazer uma aproximação junto de outras colectividades para que em conjunto, possam ter o sucesso pretendido. Estamos a estudar uma hipótese para que a freguesia do Colmeal se mostre em Lisboa durante o mês de Janeiro de 2009.

A freguesia de Góis irá fechar as comemorações do 80º Aniversário do Regionalismo Goiense, também numa data a confirmar, numa organização da Junta de Freguesia de Góis.

Já foram feitos contactos junto dos mais variados órgãos de comunicação social e regional no intuito de promover e divulgar tão importante comemoração.

Em breve daremos notícias.

P’O Conselho Regional
Henrique Miguel Mendes

01 outubro, 2008 23:23  
Anonymous Anónimo said...

Em resposta ao ponto 3º do anónimo 1:

Várzea de Góis

Nasci numa terra de Góis, graciosa,
Vibrante e perfeita no meu recordar…
Foi lá que meu pai conheceu uma Rosa
No Adro da Igreja e frente ao Altar

Chamavam-lhe Várzea! Que terra ditosa!
Mais lá, a Capela onde iam rezar
À Santa que tem seu lar na Candosa,
Ternuras e bênçãos no seu meigo olhar!

Ah! Que uvas tão doces pra Góis eu trazia
Quando era criança e a avó as colhia
Naquelas “Cruzinhas”, a pouca distância!

E quando lá passo lembro a suspirar
O sino da Torre que ouvia tocar
Nas “rezas” da tarde dos anos de infância!

Clarisse Barata Sanches

01 outubro, 2008 23:33  
Anonymous Anónimo said...

Mais uma iniciativa para mostrar aos parvos da CMG como se trabalha.
Parabéns!
Os caes ladram e a caravana, avança.

10 outubro, 2008 12:57  

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