Reavivar a memória do mineiro goiense
Homenagem ao mineiro goiense e a Stanley Mitchell é o ponto de partida para potenciar a ideia da construção de um museu mineiro.
O Movimento Cidadãos por Góis vai promover uma homenagem ao mineiro goiense e a Stanley Mitchell, um britânico que dedicou parte da sua vida à exploração do volfrâmio em Góis. A iniciativa realiza-se no próximo dia 11 de Agosto, às 15H00, na Casa do Artista, e está inserida nas festas municipais, realizadas pela autarquia.
A ideia, de acordo com Ivone Soares, do Movimento Cidadãos por Góis, constitui um pretexto para lançar o repto para a construção de um museu do mineiro.
A ideia de construir um museu mineiro não é nova, explicou Ivone Soares ao DIÁRIO AS BEIRAS. Grande parte das pessoas da região tem, directa ou indirectamente, um mineiro na família, fruto da abundância destes profissionais no concelho de Góis nas décadas de 30 e 40. É um tema que desde sempre “apaixona a população”, diz Ivone Soares .
Entre “memória e história”, da autoria de João Nogueira Ramos, é o livro que vai ser lançado na cerimónia. O livro, como explica Ivone Soares, aborda a vida de Góis nas décadas de 30 e 40 e transcreve as memórias de Stanley Mitchell, com factos inéditos da vida goiense. Relata ainda testemunhos de dezenas de antigos mineiros e dá a conhecer a história de volfrâmio em Góis.
A cerimónia pretende homenagear todos aqueles que se dedicaram à exploração do volfrâmio. “Não esquecer os perigos, as vivências dos mineiros”, é o objectivo, refere Ivone Soares.
Espera-se então a presença dos protagonistas da homenagem, vários mineiros que ainda estão vivos e que, “felizmente”, continuam a viver em Góis, em especial nas freguesias de Cadafaz e Góis. Também os familiares de Stanley Mitchell, um engenheiro mineiro que, na época, se instalou em Góis, onde desenvolveu a sua actividade na exploração do volfrâmio, vão marcar presença no evento.
O repto para a construção de um museu do mineiro em Góis está lançado. Com vontade, pelo menos do Movimento Cidadãos por Góis, e com espólio disponível para integrar o espaço cultural, Ivone Soares entende que a homenagem que se vai realizar, na Casa do Artista, pode ser “o pontapé de saída” para a realização do museu. Seria uma “mais-valia para o concelho que não é muito rico em termos de património”, conclui, lembrando que há hoje ainda imensos artefactos ligados à exploração mineira, preservados e em boas condições para integrar um possível museu.
Raquel Mesquita
in Diário As Beiras, de 3/08/2007
O Movimento Cidadãos por Góis vai promover uma homenagem ao mineiro goiense e a Stanley Mitchell, um britânico que dedicou parte da sua vida à exploração do volfrâmio em Góis. A iniciativa realiza-se no próximo dia 11 de Agosto, às 15H00, na Casa do Artista, e está inserida nas festas municipais, realizadas pela autarquia.
A ideia, de acordo com Ivone Soares, do Movimento Cidadãos por Góis, constitui um pretexto para lançar o repto para a construção de um museu do mineiro.
A ideia de construir um museu mineiro não é nova, explicou Ivone Soares ao DIÁRIO AS BEIRAS. Grande parte das pessoas da região tem, directa ou indirectamente, um mineiro na família, fruto da abundância destes profissionais no concelho de Góis nas décadas de 30 e 40. É um tema que desde sempre “apaixona a população”, diz Ivone Soares .
Entre “memória e história”, da autoria de João Nogueira Ramos, é o livro que vai ser lançado na cerimónia. O livro, como explica Ivone Soares, aborda a vida de Góis nas décadas de 30 e 40 e transcreve as memórias de Stanley Mitchell, com factos inéditos da vida goiense. Relata ainda testemunhos de dezenas de antigos mineiros e dá a conhecer a história de volfrâmio em Góis.
A cerimónia pretende homenagear todos aqueles que se dedicaram à exploração do volfrâmio. “Não esquecer os perigos, as vivências dos mineiros”, é o objectivo, refere Ivone Soares.
Espera-se então a presença dos protagonistas da homenagem, vários mineiros que ainda estão vivos e que, “felizmente”, continuam a viver em Góis, em especial nas freguesias de Cadafaz e Góis. Também os familiares de Stanley Mitchell, um engenheiro mineiro que, na época, se instalou em Góis, onde desenvolveu a sua actividade na exploração do volfrâmio, vão marcar presença no evento.
O repto para a construção de um museu do mineiro em Góis está lançado. Com vontade, pelo menos do Movimento Cidadãos por Góis, e com espólio disponível para integrar o espaço cultural, Ivone Soares entende que a homenagem que se vai realizar, na Casa do Artista, pode ser “o pontapé de saída” para a realização do museu. Seria uma “mais-valia para o concelho que não é muito rico em termos de património”, conclui, lembrando que há hoje ainda imensos artefactos ligados à exploração mineira, preservados e em boas condições para integrar um possível museu.
Raquel Mesquita
in Diário As Beiras, de 3/08/2007
posted by Damião de Góis at 8/03/2007 02:36:00 da manhã
1 Comments:
Como se afirma, a ideia do Museu Mineiro é antiga e de grande importância para o Concelho de Góis.
Porque a consideramos de elevada importância para o Concelho de Góis, e não só, pensamos que seria um projecto a desenvolver por todo o Concelho, com especial intervenção da Câmara Municipal como elemento coordenador, sem esquecer as Juntas de Freguesia envolvidas e todas as outras entidades e individualidades.
Consciente deste facto, a ANALIB - Associação de Naturais e Amigos do Liboreiro (povoação onde se instalou grande parte da colónia mineira que exercia a sua actividade na exploração mineira, logo desde a sua fundação tem mantido no seu projecto de actividades a instalação de um Museu Mineiro.
Para isso estabeleceu já contactos no sentido de conseguir na povoação o local para a instalação, estando hoje em condições de poder afirmar que, por enquanto verbalmente, é já proprietária do edifício que se destinará a esse fim. Trata-se de uma construção antiga, com cerca de 240 m2 dividida em dois pisos e que possui um grande valor histórico para a localidade, já que era nesse local que, além dos bailes de aldeia, eram realizadas as desfolhadas e malhadas comunitárias. Era, por assim dizer, o Centro Cívico da época.
Situada no centro da aldeia, que se quer preservar, com um vista deslumbrante, é, em nossa opinião, o local ideal para a instalação do Museu Mineiro, até porque possibilitará, para além da visita ao Museu, a visita a algumas das minas que se pretende vir a preservar, fazendo trabalhos de manutenção e preservação, criando assim, no terreno, uma encenação que recrie a situação existente no momento da exploração da mina.
No entanto, indo um pouco mais longe neste projecto do Museu, é nosso entendimento, que este Museu Mineiro se deve inserir num conjunto de uma rede de pequenos Museus a criar ao longo de todo o Concelho, cada um tentando preservar as histórias locais, criando-se assim uma espécie de Roteiro Histórico do Concelho de Góis.
Embora mais dispendiosa, esta ideia, estamos convictos disso, é muito mais interessante do ponto de vista turístico e de grande valor cultural, do que criar apenas um Museu na Sede de Concelho.
Mas, para que este projecto tenha possibilidade de avançar, deve, em nossa opinião, ser antecedido de uma tomada de decisão que leve em linha de conta o rumo que se pretende dar ao Concelho e ao seu desenvolvimento.
O Turismo, especialmente o Cultural e de contacto com a Natureza deve ser a especial aposta para o desenvolvimento do Concelho.
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