Apresentada “Análise Demográfica do concelho de Góis”
O município de Góis tem agora, à disposição de todos aqueles que se interessem por estudar o concelho e as suas freguesias, mais uma obra alusiva ao município. “Análise demográfica do concelho de Góis” é o nome do novo livro de Henrique Tigo
A obra foi lançada no sábado, à tarde, no auditório da Casa do Artista em Góis, resultando de um trabalho de curso do autor, que tem raízes em Góis. Licenciado em geografia e Desenvolvimento Regional pela Universidade Lusófona, Henrique Tigo decidiu, no âmbito de uma cadeira do seu curso, denominada precisamente “Análise Demográfica”, escolher Góis para estudo, surgindo assim este documento valioso para o município.
Nascido em Lisboa nos anos 70, o autor tem raízes em Vila Nova do Ceira, onde ainda tem família. Assim sendo, a escolha de Góis surgiu de forma natural. «No primeiro ano da universidade tive uma cadeira chamada Análise Demográfica, onde nos foi pedido para estudar uma região do pais», explicou o também pintor, escultor e poeta, sublinhando que «estando aqui as minhas raízes, escolhi Góis», até porque, «era um tema que estava pouco estudado e até havia pouca informação».
Tigo não considera a sua obra exaustiva, referindo-se a ela como «um pequeno estudo onde recolhi alguns dados que podem contribuir para que outras pessoas interessadas na matéria possam desenvolver um trabalho para tentar responder a algumas questões que lá deixo», dando como exemplo a pergunta «o que podemos fazer para ajudar a desenvolver o concelho de Góis?».
Decréscimo da população
Trata-se de uma questão que surge no seguimento de ter constado, ao longo do seu estudo, que durou quatro anos, um considerável decréscimo da população goiense. Se em 1864, por exemplo, o município tinha cerca de dez mil habitantes, e nos anos 70 teve treze mil, actualmente conta apenas com quatro mil.
Na nota introdutória do livro, o autor explica que o estruturou em duas partes, uma primeira que se refere «ao levantamento histórico do concelho e evolução económica», caracterizando também cada uma das suas freguesias e a evolução da população ao longo dos recenseamentos. Na segunda parte, «entra definitivamente no estudo demográfico do concelho de Góis, principal objectivo deste trabalho».
Prosseguindo a leitura da nota introdutória, ficamos a saber que este estudo se reporta aos censos de 1991 e 2001, ou seja, aos «dados sobre a população desses anos», frisando, no entanto, o autor, que, não se trata de uma análise «exaustiva, apesar de, no geral, os aspectos focados obedecerem a itens previamente definidos».
Segundo Sónia Barbosa Mourato, que faz uma apreciação na contracapa do livro, está em causa «um estudo demográfico intensivo sobre este concelho histórico», onde a socióloga se “atreve” a dizer que, «não foi feito só com o dever de informar, mas considero ser uma escrita de coração, com alma ou não tivesse ele aqui, as suas raízes».
A obra, apoiada pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, inseriu-se no âmbito de um projecto que esta associação tem vindo a desenvolver, “Beira Serra, Cultura Viva”, integrado no programa Leader +.
José Cabeças, presidente da direcção da Adiber, explicou que, neste sector, resolveram criar um projecto que «apoiasse sobretudo autores da região da Beira Serra» e, uma vez que Henrique Tigo «se dirigiu a nós para apoiar esta edição, só tínhamos que a aceitar e agradecer a sua disponibilidade para elaborar um documento tão importante».
Joaquim Santos, amigo de Henrique Tigo, falou sobre o autor e a obra apresentada.
Segundo o jornalista, Tigo, ao criar esta obra, «deixa a esta terra um tesouro de valor inquestionável», considerando que este livro «vai garantir de forma fiel a imagem e o retrato deste concelho de Góis».
De acordo com Joaquim Santos, «conhecer as origens de uma terra, do seu povo, ligando o passado ao presente, retratar características do meio, relatar aspectos fundamentais de uma região, é um feito que ficará para os séculos e séculos vindouros». Não sendo amigo de Henrique Tigo há muito tempo, o jornalista lembrou que a amizade, «não é sinónimo de quantidade», considerando que «não é necessário termos pessoas durante anos para as podermos considerar amigas, pois o mais importante é conhecer a essência do ser humano».
Quis ainda partilhar com os presentes uma «verdadeira noção de amizade», num texto de Vinicius de Morais do qual aqui deixamos um pequeno excerto: “Um amigo não precisa ser Homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, ter educação. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir… Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar”.
in Diário de Coimbra, de 27/08/2007
A obra foi lançada no sábado, à tarde, no auditório da Casa do Artista em Góis, resultando de um trabalho de curso do autor, que tem raízes em Góis. Licenciado em geografia e Desenvolvimento Regional pela Universidade Lusófona, Henrique Tigo decidiu, no âmbito de uma cadeira do seu curso, denominada precisamente “Análise Demográfica”, escolher Góis para estudo, surgindo assim este documento valioso para o município.
Nascido em Lisboa nos anos 70, o autor tem raízes em Vila Nova do Ceira, onde ainda tem família. Assim sendo, a escolha de Góis surgiu de forma natural. «No primeiro ano da universidade tive uma cadeira chamada Análise Demográfica, onde nos foi pedido para estudar uma região do pais», explicou o também pintor, escultor e poeta, sublinhando que «estando aqui as minhas raízes, escolhi Góis», até porque, «era um tema que estava pouco estudado e até havia pouca informação».
Tigo não considera a sua obra exaustiva, referindo-se a ela como «um pequeno estudo onde recolhi alguns dados que podem contribuir para que outras pessoas interessadas na matéria possam desenvolver um trabalho para tentar responder a algumas questões que lá deixo», dando como exemplo a pergunta «o que podemos fazer para ajudar a desenvolver o concelho de Góis?».
Decréscimo da população
Trata-se de uma questão que surge no seguimento de ter constado, ao longo do seu estudo, que durou quatro anos, um considerável decréscimo da população goiense. Se em 1864, por exemplo, o município tinha cerca de dez mil habitantes, e nos anos 70 teve treze mil, actualmente conta apenas com quatro mil.
Na nota introdutória do livro, o autor explica que o estruturou em duas partes, uma primeira que se refere «ao levantamento histórico do concelho e evolução económica», caracterizando também cada uma das suas freguesias e a evolução da população ao longo dos recenseamentos. Na segunda parte, «entra definitivamente no estudo demográfico do concelho de Góis, principal objectivo deste trabalho».
Prosseguindo a leitura da nota introdutória, ficamos a saber que este estudo se reporta aos censos de 1991 e 2001, ou seja, aos «dados sobre a população desses anos», frisando, no entanto, o autor, que, não se trata de uma análise «exaustiva, apesar de, no geral, os aspectos focados obedecerem a itens previamente definidos».
Segundo Sónia Barbosa Mourato, que faz uma apreciação na contracapa do livro, está em causa «um estudo demográfico intensivo sobre este concelho histórico», onde a socióloga se “atreve” a dizer que, «não foi feito só com o dever de informar, mas considero ser uma escrita de coração, com alma ou não tivesse ele aqui, as suas raízes».
A obra, apoiada pela Associação de Desenvolvimento Integrado da Beira Serra, inseriu-se no âmbito de um projecto que esta associação tem vindo a desenvolver, “Beira Serra, Cultura Viva”, integrado no programa Leader +.
José Cabeças, presidente da direcção da Adiber, explicou que, neste sector, resolveram criar um projecto que «apoiasse sobretudo autores da região da Beira Serra» e, uma vez que Henrique Tigo «se dirigiu a nós para apoiar esta edição, só tínhamos que a aceitar e agradecer a sua disponibilidade para elaborar um documento tão importante».
Joaquim Santos, amigo de Henrique Tigo, falou sobre o autor e a obra apresentada.
Segundo o jornalista, Tigo, ao criar esta obra, «deixa a esta terra um tesouro de valor inquestionável», considerando que este livro «vai garantir de forma fiel a imagem e o retrato deste concelho de Góis».
De acordo com Joaquim Santos, «conhecer as origens de uma terra, do seu povo, ligando o passado ao presente, retratar características do meio, relatar aspectos fundamentais de uma região, é um feito que ficará para os séculos e séculos vindouros». Não sendo amigo de Henrique Tigo há muito tempo, o jornalista lembrou que a amizade, «não é sinónimo de quantidade», considerando que «não é necessário termos pessoas durante anos para as podermos considerar amigas, pois o mais importante é conhecer a essência do ser humano».
Quis ainda partilhar com os presentes uma «verdadeira noção de amizade», num texto de Vinicius de Morais do qual aqui deixamos um pequeno excerto: “Um amigo não precisa ser Homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, ter educação. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir… Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar”.
in Diário de Coimbra, de 27/08/2007
Etiquetas: góis
2 Comments:
Onde posso comprar este livro, alguém me sabe informar?
Talvez contactando o autor do livro. http://henriquetigo.blogspot.com
Enviar um comentário
<< Home