terça-feira, 17 de abril de 2007

Amor-te, a morte, de Abílio Bandeira Cardoso

Hoje sou passado do já amanhã
Tudo se movimenta sem se dar conta
Toda a saudade, em breve pronta,
Do agora... é efémera angustia vã...

Cavalo, no cavaleiro, a vida monta
É ela, vida, o fruto proibido, a maçã
É ela, morte, doce leito, breve divã
Da angustia da saudade, essência tonta

O amor na morte irá mais além
A outro amor se une, sem ninguém,
Sem corpo que o sustente... nem se importe

É amor puro, que só amor puro tem
Resumos de vidas, promessas sem sorte
O verdadeiro amor só se ama na morte

Abílio Bandeira Cardoso

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