Ferros Forjados
De uma função meramente utilitária durante muitos séculos, o ferro forjado foi-se acrescentando de valor decorativo. A grande afirmação artística dos mestres ferreiros vem da renovação da sua arte impulsionada e divulgada pelos Cistercienses, paralelamente ao nascimento e expansão do estilo gótico. A partir do século XII, foi extraordinária a difusão do artesanato de ferro. Portas e portões góticos de madeira tornaram-se peças de beleza distinta graças às ferrarias de fixação, gonzos, charneiras, espelhos de fechadura, chaves, batentes, tachas.
A casa passou a ser o grande campo de aplicação e inspiração dos mestres eximios no manejo do martelo, do buril e das tesouras, como das técnicas de forjar, cinzelar, ajustar. Aos portões e portas juntaram-se varandas, corrimões, janelas e postigos, cofres de segredo, arcas e baús de viagem, ferragens de móveis, balanças, castiçais, candeias, fogareiros e tocheiros, ferros de lareira e assadoras, ferragens de poços, em desafio à criatividade qie acompanhava a evolução formal dos estilos arquitecturais.
Em Portugal, após o barroco severo, assinalável pela grande simplicidade e sentido arquitectónico dos gradeamentos, guardas de varanda e outras peças de ferro, os séculos XVII e XVIII conheceram novo magnífico período desta arte, por vezes em felizes conjugações com o cobre ou com inscrutações de bronze e latão. Amplamente realizado em todo o País, é no Sul que a arte da ferraria alcança maior relevo.
Nos princípios do século XIX as fundições fizeram quase morrer o artesanato da forja. Os ferros fundidos conquistaram os mercados graças aos seus baixos preços, embora produtos menos gratos à vista, mais débeis e de difícil reparação. Já bem entrado, o século XX fez reviver o ferro forjado com vigor e também com os inevitáveis inconvenientes de se ter tornado moda.
Ao longo dos séculos, o ferro forjado demonstrou a qualidade invulgar não só de se afeiçoar bem a qualquer estilo arquitectural, mas de valer por si só como obra de arte independente.
in As Mais Belas Vilas e Aldeias de Portugal, Verbo
Em Góis são vários os exemplos de guardas de varandas em ferro forjado como demonstram as imagens que se seguem:
A casa passou a ser o grande campo de aplicação e inspiração dos mestres eximios no manejo do martelo, do buril e das tesouras, como das técnicas de forjar, cinzelar, ajustar. Aos portões e portas juntaram-se varandas, corrimões, janelas e postigos, cofres de segredo, arcas e baús de viagem, ferragens de móveis, balanças, castiçais, candeias, fogareiros e tocheiros, ferros de lareira e assadoras, ferragens de poços, em desafio à criatividade qie acompanhava a evolução formal dos estilos arquitecturais.
Em Portugal, após o barroco severo, assinalável pela grande simplicidade e sentido arquitectónico dos gradeamentos, guardas de varanda e outras peças de ferro, os séculos XVII e XVIII conheceram novo magnífico período desta arte, por vezes em felizes conjugações com o cobre ou com inscrutações de bronze e latão. Amplamente realizado em todo o País, é no Sul que a arte da ferraria alcança maior relevo.
Nos princípios do século XIX as fundições fizeram quase morrer o artesanato da forja. Os ferros fundidos conquistaram os mercados graças aos seus baixos preços, embora produtos menos gratos à vista, mais débeis e de difícil reparação. Já bem entrado, o século XX fez reviver o ferro forjado com vigor e também com os inevitáveis inconvenientes de se ter tornado moda.
Ao longo dos séculos, o ferro forjado demonstrou a qualidade invulgar não só de se afeiçoar bem a qualquer estilo arquitectural, mas de valer por si só como obra de arte independente.
in As Mais Belas Vilas e Aldeias de Portugal, Verbo
Em Góis são vários os exemplos de guardas de varandas em ferro forjado como demonstram as imagens que se seguem:
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