Curiosidade sobre Cadafaz

Quantas terras existem no nosso país com o nome de Cadafaz?
Já há alguns anos que li um documento escrito por um jovem descendente do Cadafaz, do concelho de Góis. Esse documento, que tem cerca de vinte anos, foi escrito por alguém que merece todo o meu respeito e consideração.
No segundo e terceiro parágrafo da sua escrita diz o seguinte:
"Cadafaz, em finais da Idade Média, dá-se a sua instituição em feguesia.
Em 1708 era criada no termo de vila de Góis e em 1839 pertencia ao concelho de Seia. Veio a pertencer ao concelho de Arganil em 1852 e é, actualmente, uma das cinco freguesias do concelho de Góis, distrito de Coimbra."
Ao ler estas linhas fiquei muito surpreendida pelo facto de Cadafaz de Góis ter já pertencido ao concelho de Seia. Não descansei enquanto não descobri quantas terras havia com o mesmo nome de Cadafaz.
Durante alguns anos fiz as minhas pesquisas e vim a encontrar quatro terras com o nome de Cadafaz:
1.º Cadafaz - é uma aldeia da freguesia de Vila Chã do Marão, concelho de Amarante.
2.º Cadafaz - é uma freguesia que pertence ao concelho de Celorico da Beira.
3.º Cadafaz - é uma freguesia que pertence ao concelho de Góis.
4.º Cadafaz - é uma aldeia da freguesia do concelho de Gavião.
Em face das referências no documento, leva-me a crer, que Cadafaz de Góis, não teria pertencido em tempo algum ao concelho de Seia, porque o Cadafaz de Góis foi elevado a freguesia em 1612.
"Com o consentimento em 1560 por D. Diogo da Silveira e do Reitor e Beneficiados da Igreja Matriz de Góis, criou-se e houve a capela de Nossa Senhora de Cadafaz e acordaram a nova paróquia, segregada de dita Igreja Matriz de Góis."
As datas referidas no documento seriam em outras situações, a última data, a próxima das grandes obras de ampliação de Igreja, e, quem contribuiu em grande parte do custo das mesmas obras, foi o grande homem, Barão de Louredo, natural de Corterredor e na data apontada residia no Brasil, mais propriamente no Estado de Minas Gerais.
Aqui fica o meu reparo. Se houver alguém que contradiga o que eu escrevi, que faça o favor de o fazer com dados históricos concretos, pois, precisamos sempre de aprender, cada vez mais.
Lucinda Jesus Nunes Rosa
in O Varzeense, de 28/02/2007