Espera, de Abílio Bandeira Cardoso
Esperou…
Tanta gente passou ao lado
E nem ergueu os olhos,
A multidão vinha vazia
Como as suas mãos,
Que escondeu
Esperou…
Soube sempre que nessa espera
Estava tudo o que lhe restava
E que a espera seria vazia
Como as suas mãos,
Que escondeu
Esperou…
Sem nunca fitar a porta
Sem levantar os olhos do chão
Ninguém viria na multidão
Pegar nas suas mãos vazias
Que escondeu…
Esperou…
Emparedada na invisibilidade
Mas não podia deixar de esperar
Ou a sua alma ficaria vazia
Como as suas mãos vazias
Que escondeu…
Esperou…
E às vezes ainda espera!
Nas horas vazias
Pela multidão vazia
Com as mãos vazias
Que ninguém encontrou…
Abílio Bandeira Cardoso
Tanta gente passou ao lado
E nem ergueu os olhos,
A multidão vinha vazia
Como as suas mãos,
Que escondeu
Esperou…
Soube sempre que nessa espera
Estava tudo o que lhe restava
E que a espera seria vazia
Como as suas mãos,
Que escondeu
Esperou…
Sem nunca fitar a porta
Sem levantar os olhos do chão
Ninguém viria na multidão
Pegar nas suas mãos vazias
Que escondeu…
Esperou…
Emparedada na invisibilidade
Mas não podia deixar de esperar
Ou a sua alma ficaria vazia
Como as suas mãos vazias
Que escondeu…
Esperou…
E às vezes ainda espera!
Nas horas vazias
Pela multidão vazia
Com as mãos vazias
Que ninguém encontrou…
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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