Cheira o silêncio
De olhos vendados
E os gritos de cor
Em mim tacteados
Sabe-me grãos de sal
Que o corpo me escorre
Bebe-me beijos ao sol
Come-me a sede que morre
Solta-te odores de sexo
Em campos de trigo maduro
Descobre-me corpo pudor
Suga tudo o que murmuro
E beija-me outra e outra vez
Faz-me vir ao mundo dos sentidos
Solta-me todos os suspiros
Que negados tenho escondidos
Atira-me ao lago de teus braços
Deixa-me nadar nos teus mares
Afoga-me gritos de solidao
Deseja-me como desejares
Quando nossos olhos desvendares
Veremos dois seres sem pudor
Presos no cansaço da ceara
Em soltos rios do feito amor
E ofegando tremuras de prazer
O silêncio em gemidos esgotado
Não terá mais espaço entre nós
No som d'último beijo quebrado
Abílio Bandeira Cardoso
De olhos vendados
E os gritos de cor
Em mim tacteados
Sabe-me grãos de sal
Que o corpo me escorre
Bebe-me beijos ao sol
Come-me a sede que morre
Solta-te odores de sexo
Em campos de trigo maduro
Descobre-me corpo pudor
Suga tudo o que murmuro
E beija-me outra e outra vez
Faz-me vir ao mundo dos sentidos
Solta-me todos os suspiros
Que negados tenho escondidos
Atira-me ao lago de teus braços
Deixa-me nadar nos teus mares
Afoga-me gritos de solidao
Deseja-me como desejares
Quando nossos olhos desvendares
Veremos dois seres sem pudor
Presos no cansaço da ceara
Em soltos rios do feito amor
E ofegando tremuras de prazer
O silêncio em gemidos esgotado
Não terá mais espaço entre nós
No som d'último beijo quebrado
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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