quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

O Comunicado do PSD - Secção Concelhia de Góis

O Partido Social Democrata - Secção Concelhia de Góis, em reunião realizada no dia 27/1/2007, decidiu tornar público o seguinte comunicado:
1. No último mês de Dezembro, verificaram-se alguns acontecimentos públicos que vieram sobremaneira aumentar a preocupação dos Goienses relativamente ao funcionamento institucional dos seus principais ógãos autárquicos, a saber:
a) Em reunião da Câmara Municipal de 7/12/2006, na votação do Plano de Actividades e Orçamento para 2007 os vereadores da maioria PS criticaram a elaboração dos documentos em apreço por não terem sido consultados. Na mesma acta o Presidente da Câmara acusa todos os vereadores, sem ser desmentido, de que lhes foi solicitada cooperação e não a recebeu.
b) Na reunião de 14/12/2006, relativamente a uma decisão algo polémica sobre a instalação de umas bombas de combustível, os mesmos vereadores abstiveram-se tendo a proposta sido aprovada com o suporte dos votos minoritários dos vereadores do PSD.
c) A reunião da Assembleia Municipal de 29/12/2006 funcionou sem a presença de dois membros do PS por ausência, entre eles o líder parlamentar, o que significa que a maioria precisou do PSD para que a assembleia tivesse quorum.
d) As reuniões das assembleias de freguesia de Vila Nova do Ceira e Colmeal também realizadas em Dezembro e de maioria socialista, vieram trazer a público críticas directas quer dos presidentes respectivos quer dos órgãos relativamente à actuação da Câmara Municipal no seu relacionamento com as citadas freguesias.
e) O Sr. Presidente da Câmara, em face de rumores insistentes sobre a sua possível demissão, veio em comunicado público desmentir tal hipótese reafirmando a sua intenção de levar o mandato até ao fim.
2. Ora, perante esta série de acontecimentos o PSD retira as seguintes conclusões:
a) Não se tratam de actos fortuitos nem circunstâncias. A existência de problemas institucionais continuados e reiterados, demonstram o desmorenar da solidariedade e da coesão interna da maioria socialista, passando somente um ano após as eleições.
b) Está instalada de facto uma crise de legitimidade política funcional junto da maioria socialista, que já levou à paralisia quase total da gestão municipal e que pode pôr em causa o normal funcionamento da Autarquia.
c) Não contando com o apoio da Comissão Política local do PS, a Câmara Municipal encontra-se entregue à sua sorte e não consegue gerir a conflitualidade interna do partido.
d) A situação está a prejudicar gravemente o concelho. Góis não tem condições para suportar o ónus das quazílias internas do PS, pois necessita de um trabalho firme, articulado e continuado da parte da Câmara Municipal e das freguesias, respeitando o interesse dos munícipes e a sua vontade eleitoral.
3. É pois entendimento desta Comissão Política o seguinte:
a) O interesse vital do concelho deve sobrepor-se às questões partidárias, sendo certo que os problemas dos partidos devem resolver-se internamente e sem comprometer o normal funcionamento das Instituições.
b) Esta situação configura um problema de legitimação política, que terá de ser dirimida pelo PS local através dos seus órgãos, a quem exigimos uma tomada de posição pública. O concelho de Góis precisa de saber se o funcionamento da Câmara Municipal e dos seus órgãos tem a cobertura política do Partido Socialista, ou se, pelo contrário, estes se encontram por sua conta e risco como parece ser o caso. Lavar as mãos como Pilatos, à espera da derrocada total e definitiva, não é uma postura séria e honesta.
c) Para o PSD, os mandatos são para cumprir até ao seu termo. No entanto não podemos permitir que a degradação política institucional arraste o concelho para uma situação de inoperacionalidade funcional que ponha em risco o seu desenvolvimento imediato e futuro. Em política há limites que, objectivamente, não podem ser ultrapassados, sendo nosso entendimento que já o foram, facto que não pode ser escamoteado nem escondido.
d) O PSD vem ainda exigir, que a Câmara Municipal manifeste publicamente enquanto Instituição responsável, se sente estarem reunidas as condições políticas essenciais para prosseguir o mandato legitimado eleitoralmente em 2005. Em face da situação criada os munícipes têm esse direito que o PSD subscreve inteiramente. Não bastam palavras de intenção, são imperativas acções concretas.
A Comissão Política (Góis, 28/01/2007)

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Estes senhores não se terão lembrado de denunciar a crise política na autarquia mais cedo? Não sabem o que é fazer oposição política? São estes senhores que querem ganhar as próximas eleições ao Partido Socialista em Góis? Esta equipa, assim, não vai lá. Quem não sabe fazer política não se meta nela.

01 fevereiro, 2007 21:40  
Anonymous Anónimo said...

O Silvino ja devia ter batido a Asa nao é uma pessoa credivel em Góis... é como o Vitó enquanto andar por ai armado em TÓTÓ, nada anda para a frente no seio do PSD..

04 fevereiro, 2007 00:03  
Anonymous Anónimo said...

Esperem lá...quem é a Comissão Política do PSD em Góis? Esse orgão é constituído por pessoas ou por fantasmas? É que, de vez em quando aparece aí alguém, a fingir que ainda ''existe'', em nome da Comissão Política. Alguém acredita nisso?

25 fevereiro, 2007 12:44  

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