quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Guardador, de Abílio Bandeira Cardoso

Sem cavalo, sem dragão ou santidade
Sem lança combatente ou combatida
Só de armadura, a vulnerabilidade
De teus sentimentos protegida...

Despe esse metal, sem profanidade,
Solta tua alma, ora escondida.
Abre o coração à minha saudade
Encontra em minha vida tua vida

Guardião de guerreiros doutras eras
Não protegeu sonhos nem quimeras
Protegeu vidas com vigor.

Da minha vida e fado ó guardador,
Em meu plasma impede o cruor
Fá-lo correr em minhas venosas veias.

Abílio Bandeira Cardoso