terça-feira, 27 de fevereiro de 2007

Deixa-me, de Abílio Bandeira Cardoso

Deixa abrir-te o mundo que ainda é meu
Deixa-te possui-lo ainda que por instantes
Abre esse olhar, embrenha-te no meu eu
Abriga meus desejos... ais ofegantes

Corre comigo no éden dos amantes
Sorri para este sorriso que é só teu.
Abraça-me estas emoções errantes
E leva de mim o que ninguém me deu

Procura em mim o que não imaginaste
Olha-me com o desejo que rejeitas
Pensa em mim como nunca pensaste

Surpreende-me com o que encontraste
Sonha-me no leito em que te deitas
Deixa-te amar-me como nunca amaste

Abílio Bandeira Cardoso