domingo, 21 de janeiro de 2007

Meu tudo, de Abílio Bandeira Cardoso

Entrego-me a ti todo, todo meu futuro
No qual serás toda a minha voz
E teu silêncio será o meu mais puro
Pronuncio de que eu, agora somos nós

Em teu olhar vejo tudo o que procuro
Em tuas mãos todo o conforto dos sós
Em ti é realidade o qu'em sonho murmuro
E o canto dos pardais em todos os algerozes

És canto de pássaro em fim de tarde
És última chama que ainda arde
E a que meu ser dá cor carmesim

Minha alma tocaste sem fazer alarde
Com mãos frias do mais frio cetim
E agora és tudo, meu princípio meu fim

Abílio Bandeira Cardoso

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