Impasse, de Abílio Bandeira Cardoso
Os nossos olhos não mais se cruzarão
Todos os olhares já são esgotados
Nos vazios dos olhos vagos cansados,
Cerrados na acompanhada solidão
O teu olhar prende-se no infinito
Voa longe tomado por tua ausência,
Foge pelas vidraças de reticência
Das palavras que nem podias ter dito.
E eu, sem infinito, olho o chão
Abandono-me em tábuas corridas
Linhas paralelas tão desconstruídas
Que nem se tocam pela afeição
Há muito nossos olhares são esquecidos
Quando os encontravas todo eu fugia
Quando eu os procurava não te via
E quando inevitáveis… foram perdidos.
Teus olhos de infinito, só nele vagueiam
E só as vidraças os impedem de fugir
E os meus... só o chão querem abrir
Nele ignorando o que os teus anseiam…
E também meus olhos fogem ao grilhão
Pelas transparências das mesmas janelas
Procurando o olhar que espreita delas
E que tu finges não ver, olhando o chão…
Abílio Bandeira Cardoso
Todos os olhares já são esgotados
Nos vazios dos olhos vagos cansados,
Cerrados na acompanhada solidão
O teu olhar prende-se no infinito
Voa longe tomado por tua ausência,
Foge pelas vidraças de reticência
Das palavras que nem podias ter dito.
E eu, sem infinito, olho o chão
Abandono-me em tábuas corridas
Linhas paralelas tão desconstruídas
Que nem se tocam pela afeição
Há muito nossos olhares são esquecidos
Quando os encontravas todo eu fugia
Quando eu os procurava não te via
E quando inevitáveis… foram perdidos.
Teus olhos de infinito, só nele vagueiam
E só as vidraças os impedem de fugir
E os meus... só o chão querem abrir
Nele ignorando o que os teus anseiam…
E também meus olhos fogem ao grilhão
Pelas transparências das mesmas janelas
Procurando o olhar que espreita delas
E que tu finges não ver, olhando o chão…
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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