Todos os nossos passos nos afastam
As folhas de Outono apagam o rasto
Sepultando, uma a uma em manto vasto,
As pégadas tristes que nos desgastam
Nosso caminho foi o mesmo no verão
Teus passos e os meus no mesmo chão...
Ainda vejo marcadas no verde pasto,
Margaridas são nossas pégadas juntas,
Todas as caricias de tuas perguntas
Apagadas nas perguntas em que me gasto
Não sei onde nosso trilho se perdeu
Se foi no meu coração ou no teu...
Ainda vejo nossos corpos marcados
Nas ervas altas, marcas de saudade,
Marcas vazias da nossa ingenuidade,
Em chãos duros para sempre apagados
Não sei o que nossas marcas apagou
Se o tempo, se o vento que passou...
Nas primaveras nossas marcas lá estao,
Fosseis que o inverno não deixa ver,
Só as margaridas as deixam aparecer
Em alvos tons de saudade no chão...
Não sei o que nossas marcas eterniza
Se o chão, ou saudade soprada na brisa
Às vezes quero esse chão sempre apagado
Sem que as marcas me marquem o peito
Com o ferro de fogo que marcam o leito
Do tempo de amor marcado a teu lado...
Não sei o que nossas marcas alimenta
Se a tua calma, se a minha tormenta...
Sei que quando nossos corpos perecerem
E nossas cinzas voarem livres ao vento
Se juntarão nessas marcas para sustento
Das margaridas que nelas nascerem...
Não sei o que sempre nos faz juntar
Se a saudade, se o que faltou marcar...
E um dia, já mortos, e à luz da lua,
Em espirito vagueando naquele prado,
dar-te-ei margaridas do chao marcado
e marcarei uma pégada atras da tua...
Não sei o que me provoca mais dor
Se o amor apagado, se as marcas desse amor...
Abílio Bandeira Cardoso
As folhas de Outono apagam o rasto
Sepultando, uma a uma em manto vasto,
As pégadas tristes que nos desgastam
Nosso caminho foi o mesmo no verão
Teus passos e os meus no mesmo chão...
Ainda vejo marcadas no verde pasto,
Margaridas são nossas pégadas juntas,
Todas as caricias de tuas perguntas
Apagadas nas perguntas em que me gasto
Não sei onde nosso trilho se perdeu
Se foi no meu coração ou no teu...
Ainda vejo nossos corpos marcados
Nas ervas altas, marcas de saudade,
Marcas vazias da nossa ingenuidade,
Em chãos duros para sempre apagados
Não sei o que nossas marcas apagou
Se o tempo, se o vento que passou...
Nas primaveras nossas marcas lá estao,
Fosseis que o inverno não deixa ver,
Só as margaridas as deixam aparecer
Em alvos tons de saudade no chão...
Não sei o que nossas marcas eterniza
Se o chão, ou saudade soprada na brisa
Às vezes quero esse chão sempre apagado
Sem que as marcas me marquem o peito
Com o ferro de fogo que marcam o leito
Do tempo de amor marcado a teu lado...
Não sei o que nossas marcas alimenta
Se a tua calma, se a minha tormenta...
Sei que quando nossos corpos perecerem
E nossas cinzas voarem livres ao vento
Se juntarão nessas marcas para sustento
Das margaridas que nelas nascerem...
Não sei o que sempre nos faz juntar
Se a saudade, se o que faltou marcar...
E um dia, já mortos, e à luz da lua,
Em espirito vagueando naquele prado,
dar-te-ei margaridas do chao marcado
e marcarei uma pégada atras da tua...
Não sei o que me provoca mais dor
Se o amor apagado, se as marcas desse amor...
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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