Promessa à Lua, de Abílio Bandeira Cardoso
Hoje quis beijar-te tanto, como se mundo
estivesse todo ele nos lábios dum momento
entre minhas mãos, teu olhar, bem fundo,
beijado pela força dum brutal sentimento
Hoje quis beijar tua boca num segundo
(mesmo que efémero, varrido pelo vento
da eternidade que na memória fecundo...)
Hoje teu sabor mão me sai do pensamento
Hoje todos os beijos que vejo são teus,
e, as bocas que os tocam, a minha e a tua
Hoje toda a saudade vem daquele "adeus"
O "Adeus" que nasceu no luar da rua
E que, finda noite, mão mais morreu...
viverá, enquanto alva dor for lua...
Abílio Bandeira Cardoso
estivesse todo ele nos lábios dum momento
entre minhas mãos, teu olhar, bem fundo,
beijado pela força dum brutal sentimento
Hoje quis beijar tua boca num segundo
(mesmo que efémero, varrido pelo vento
da eternidade que na memória fecundo...)
Hoje teu sabor mão me sai do pensamento
Hoje todos os beijos que vejo são teus,
e, as bocas que os tocam, a minha e a tua
Hoje toda a saudade vem daquele "adeus"
O "Adeus" que nasceu no luar da rua
E que, finda noite, mão mais morreu...
viverá, enquanto alva dor for lua...
Abílio Bandeira Cardoso
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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