Até quando?, de Abílio Bandeira Cardoso
Até quando o sonho me adormecerá no colo?
E, em sobressalto, acordará em pesadelo?
Até quando o luar terá toda a cor do gelo?
Até quando o luar terá cor de desconhecido?
Todas as promessas partem e rolam no solo
Como contas de sangue dum rosário que velo.
Todos os "agoras" tardam ou no tempo protelo
E em todos os "nunca mais" ainda vivo me imolo
Quem vive na angústia do desistir de amar
Prometendo que o choro é mesmo de enterro
E o som das lágrimas sinos de funeral
Acaba por, só, morrer perdido no mar
E na espuma das ondas descobrir o erro.
E o azul do mar saber-lhe a sal...
E, em sobressalto, acordará em pesadelo?
Até quando o luar terá toda a cor do gelo?
Até quando o luar terá cor de desconhecido?
Todas as promessas partem e rolam no solo
Como contas de sangue dum rosário que velo.
Todos os "agoras" tardam ou no tempo protelo
E em todos os "nunca mais" ainda vivo me imolo
Quem vive na angústia do desistir de amar
Prometendo que o choro é mesmo de enterro
E o som das lágrimas sinos de funeral
Acaba por, só, morrer perdido no mar
E na espuma das ondas descobrir o erro.
E o azul do mar saber-lhe a sal...
Etiquetas: abílio cardoso, poema
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