sexta-feira, 3 de novembro de 2006

Qualidade do ar medida em todos os Centros de Saúde da Região Centro

Todos os centros de saúde da região Centro vão ver testada a qualidade do ar interior. O programa pioneiro é desenvolvido pelo Centro Regional de Saúde Pública e foi um dos exemplos apresentados no fórum que decorreu ontem nos HUC.
O Centro Regional de Saúde Pública (CRSP) do Centro vai alargar a todos os centros de saúde desta zona um programa pioneiro de monitorização da qualidade do ar interior. Depois de algumas intervenções em cerca de 10 dos mais de 100 centros de saúde, que revelaram um panorama geral de falta de arejamento dos espaços e de qualidade na renovação do ar, o programa é agora alargado. De acordo com Isabel Lança, coordenadora do projecto, «a má qualidade do ar interior está associada a más práticas no arejamento e na renovação do ar, na armazenagem de produtos e nos procedimentos de limpeza dos espaços». Insecticidas, materiais de construção, revestimento dos espaços e o próprio dióxido de carbono da respiração, podem ser factores de risco, alertou. Uma candidatura ao Programa Saúde XXI vai permitir a aquisição do equipamento para medir o conforto térmico, as partículas e os compostos gasosos. Isabel Lança falava à margem do Fórum Regional de Saúde, que decorreu ontem, no auditório dos Hospitais da Universidade de Coimbra (HUC), a anteceder o Fórum Nacional de hoje. O programa da qualidade do ar foi apenas um dos exemplos apresentados. Durante a tarde falou-se das Estratégias Locais de Saúde – em Maio de 2007, serão apresentados resultados –, dos programas regionais de nutrição e alimentação, doenças cardiovasculares, vacinação e prevenção das doenças oncológicas.«São uma amostra do que estamos a fazer», sublinhou Fernando Regateiro, na sessão de abertura, acrescentando que o que está em marcha são programas «para ir ao encontro das necessidade em saúde» e para «criar mais e melhores condições». Por isso, «não vale a pena terem medo da mudança», frisou o presidente do Conselho de Administração da Administração Regional de Saúde do Centro (ARS/Centro). Porque «vamos intervir, não vamos esperar que as coisas aconteçam», está lançado o plano de acção para 2006/2008, que funcionará como «um instrumento de trabalho», e não como «uma bíblia intocável», adiantou Fernando Regateiro. Quando indicadores internacionais colocam a região Centro em destaque na prestação de cuidados de saúde, a ideia é continuar a subir. Se surgirem «constrangimentos» são para resolver, sublinhou, recordando que com a nova lei orgânica a Administração Regional de Saúde passa a ser uma instituição pública com a «missão» de fazer cumprir o plano nacional, sem esquecer as funções de «observatório, planeamento e contratualização». «Tem de ser eficaz e eficiente para cumprir a sua missão e ambição», concluiu Fernando Regateiro.
in Diário de Coimbra, de 3/11/2006

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