quarta-feira, 25 de outubro de 2006

Que a noite oiça toda a emoção
que este vermelho peito carrega
pudesse, ao luar, beijar a tal mão
que já só a esperança nao sonega

Cobriria de rosas vermelhas o chão
de toda a calçada dessa entrega
aos espinhos cravava-os no coração
para nao exagerar a alegria cega

Quantos sonhos morrem na dor
quanta ilusão se perde ao luar
quantos silêncios ficam por gritar

Mas se é puro o desejo e o amor
Que doa o peito até o sol se pôr
e se espere, na lua,... o beijo por dar...

Abílio Bandeira Cardoso

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