segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Espaços museológicos divulgados em caixinhas

O Município lançou, na semana passada, um novo folheto informativo. Desta feita, goienses e turistas têm acesso a uma pequena caixinha em cartão que contém o percurso museológico do concelho, com sete cartões explicativos dos espaços que podem visitar. Começa com o espaço museológico de Vila Nova do Ceira e segue-se a Colecção Museológica de Góis, (futura) Casa-Museu Alice Sande, Núcleo Museológico da Cabreira, Núcleo Museológico do Soito, Museu Casimiro Martins/Núcleo Museológico do Esporão, Museu Paroquial de Arte Sacra Padre Ramiro Moreira e Casa do Ferreiro. Mais uma vez, a edição é limitada, no sentido de que a «caixinha» está aberta a sugestões da população. Segundo o vice-presidente da Câmara de Góis, Diamantino Garcia, a procura tem sido "imensa", com pessoas a manifestar via Internet o seu interesse em visitar aqueles locais. Satisfeito com o resultado, gostaria que a autarquia tivesse uma estrutura capaz de acompanhar as pessoas e explicar o que verão. Afirmando que Góis pode orgulhar-se do seu património histórico, cultural, arquitectónico e rural, num futuro próximo, o edil gostaria que fosse editado um outro folheto, designadamente sobre o Rio Ceira.
A par da informação museológica, foi lançado um desdobrável sobre a Pedra Letreira. O monumento de arte rupestre dos primórdios da Pré-História recente situa-se na povoação de Cabeçadas, na freguesia de Alvares, e por receio de vandalismo, a autarquia local, a manter-se na Câmara de Góis, deverá encomendar uma réplica. Descoberto nos anos 50 do século passado, o monumento encontra-se classificado como imóvel de interesse público, desde o ano de 1997 e para o edil, a réplica é a única solução de preservação. "Já nos propuseram fazer uma vedação à volta dela, mas está num sítio inóspito e qualquer pessoa pode rebentar com ela", explica, sustentando, por outro lado, que a própria existência de vedação pode incentivar, por si só, o vandalismo, A réplica resolveria essa apreensão e, ao mesmo tempo, funcionaria como preservação da erosão que naturalmente tem sofrido ao longo dos anos.

Casa Museu Alice Sande - "não estamos distraídos"
Foi a última morada de Alice Sande, artista de pintura em miniatura, que faleceu a 8 de Setembro de 2005. A casa e o museu foram legados pela artista ao Município de Góis, por testamento onde manifesta vontade em ver a sua residência transformada em Casa-Museu. Contudo, ainda está fechada em público, por se encontrar em fase de organização. "Tem muita coisinha lá dentro, coisinhas que têm de ser catalogadas, avaliadas, e tem que se perceber o que é que ali está". Apesar de, como confessa Diamantino Garcia, a sua abertura ser um assunto recorrente e não estar ainda concretizada, garante, em nome da autarquia e dos técnicos que "não estamos distraídos" e que "neste tempo todo estamos a fazer alguma coisa". "Estamos de facto a criar a Casa Alice Sande, há um trabalho que já está feito. Há um dossiê com fichas de tudo aquilo que lá está, inventariado, datado, onde foi feito e como foi feito", esclarece, assegurando que "há pessoas que dedicam horas e horas àquele trabalho".
in Jornal de Arganil, de 17/09/2009

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