terça-feira, 22 de setembro de 2009

Águas do Mondego – Avançam as obras das ETAR de Vila Nova de Ceira e Ponte de Sótão

Mais 7,5 milhões para tratamento de efluentes e abastecimento de água

Para já, são inauguradas as ETAR de Góis e Cortes. No futuro, o investimento será superior a sete milhões de euros em tratamento de efluentes e abastecimento de água.

As ETAR de Góis e Cortes levaram, ao longo da sua construção, a algumas exigências por parte das entidades envolvidas no processo. “Em ambos os casos, a principal preocupação foi manter o tratamento adequado dos efluentes e minimizar eventuais descargas e paragens dos equipamentos existentes, durante o período de construção das novas infra-estruturas”, explicou ao DIÁRIO AS BEIRAS João Pedro Rodrigues, presidente do conselho de administração da Águas do Mondego.
Para o responsável, ambas as reconstruções eram prioritárias, tendo em conta que as ETAR existentes “estavam obsoletas e subdimensionadas para as actuais populações e caudais produzidos”.
Em Góis, os trabalhos consistiram na remodelação da estação de tratamento já existente, uma vez que esta não tinha capacidade para dar resposta ao acréscimo de população verificado na freguesia, não permitindo assim um tratamento adequado dos efluentes (tendo em consideração as utilizações previstas para a linha de água receptora do efluente tratado).
“Essas utilizações obrigaram a um faseamento e planeamento muito rigoroso dos trabalhos, de forma a manter um nível de tratamento mínimo/adequado do efluente enquanto decorriam os trabalhos da empreitada”, referiu João Pedro Rodrigues.
A ETAR de Cortes é uma infra-estrutura com características técnicas diferentes (ao utilizar um sistema com escoamento vertical), que representa um modelo inovador no tratamento de efluentes. “O tratamento com escoamento vertical é de facto um modelo inovador em Portugal, dentro do tipo de tratamento macrófitas. A principal vantagem deste modelo é uma maior oxigenação e filtração do efluente, aumentando, deste modo, a eficácia do tratamento biológico”, realçou João Pedro Rodrigues, adiantando que, “por outro lado, face aos sistemas tradicionais de fluxo horizontal, esta solução reduz substancialmente as áreas necessárias, em cerca de 75 por cento”, referiu.
Para além destas vantagens, a ETAR de Cortes “é também uma infra-estrutura que se adequa ao meio envolvente e aos aglomerados em questão”, embora “necessite de grandes espaços para pequenos caudais, daí que se utilizem, quase exclusivamente, para pequenos aglomerados, como é o caso presente” explicou o presidente do conselho de administração.
Nos dois casos, a existência de saneamento básico nas localidades abrangidas acabou por facilitar os trabalhos. “Ao mantermos o efluente durante a obra conseguimos que a ETAR entrasse logo em funcionamento”, destacou o responsável.
Nas duas construções, os prazos das obras e os orçamentos foram cumpridos.

Obras em Vila Nova de Ceira
e Ponte de Sótão

No futuro, o concelho irá receber mais “obras”, nomeadamente em Vila Nova de Ceira e Ponte de Sótão.
“A empreitada de construção da ETAR de Vila Nova de Ceira, que representa um investimento de 1,1 milhões de euros, está em fase final de análise de propostas, prevendo-se o início da construção em Janeiro de 2010”, indicou João Pedro Rodrigues. Quanto à ETAR de Ponte de Sótão, a infra-estrutura está prevista “no âmbito do contrato de concessão”, num investimento “da ordem dos 600 mil euros, estando o projecto já executado e pronto a lançar a concurso”, indicou João Pedro Rodrigues.
No total, a Águas do Mondego tem um investimento previsto, em tratamento de efluentes, na ordem dos três milhões de euros.
Ao nível do abastecimento de água, a empresa municipal vai construir os sistemas autónomos de Góis e Arganil, que irão abastecer os dois concelhos, representando um investimento de 4,6 milhões de euros.



José Girão Vitorino
“É uma forte aposta
na defesa do meio ambiente”

A partir de amanhã o concelho de Góis “ganha” duas novas infra-estruturas de relevo. Com a inauguração das ETAR de Góis e Cortes o ambiente e a qualidade de vida das populações acabam por sair reforçados. “Estas são obras muito importantes. Traduzem-se numa forte aposta na defesa do meio ambiente e essencialmente na protecção das linhas de água”, explicou José Girão Vitorino, presidente da Câmara Municipal de Góis.
“Em Góis, a ETAR existente já estava sobrelotada o que provocava algumas preocupações, dada a existência de uma captação de água e uma praia fluvial nas proximidades”, referiu o autarca. O investimento, de cerca de um milhão de euros, dá assim boas garantias às populações.
A ETAR de Góis abrange as localidades de Bordeiro, Manjão, Góis, São Martinho, Vale Moreiro, na freguesia de Góis. “É um empreendimento com capacidade e tecnologia muito avançada”, indicou José Girão Vitorino.
Embora com menos capacidade e com um sistema diferente, a tecnologia usada na ETAR em Cortes, não fica atrás da de Góis. “A que existia estava em funcionamento de forma muito reduzida e estava muito vulnerável”, descreveu o autarca. “Foi toda construída a pensar na natureza e até são plantas a absorver grande parte da matéria”, referiu.
A maior localidade da freguesia de Alvares tem assim assegurada uma estação de tratamento com capacidade para cerca de 250 habitantes equivalentes.
“Esta construção representa também uma clara aposta nos pequenos aglomerados populacionais. É com certeza uma mais-valia para a população local”, realçou o edil de Góis.
Nos próximos tempos, e segundo o autarca, as apostas na área do saneamento viram-se para Vila Nova do Ceira e Ponte de Sotão. “Estes também serão investimentos muito importantes para nós. Em Vila Nova do Ceira já foi realizado o concurso para adjudicação da obra, pois falta construir o emissário e a ETAR”, explicou o presidente.
Quanto a Ponte de Sotão, “dará mais trabalho, pois ainda não existe rede de saneamento”, indicou José Girão Vitorino. Para além da “rede”, o autarca acredita que a construção da ETAR deverá ser em breve uma realidade.


Victor Duarte
“É grande a expectativa das pessoas
para verem os problemas resolvidos”

As obras começaram em Setembro de 2008 e, ao longo de um ano, a ETAR de Cortes foi colocada em funcionamento. Um passo importante para a maior localidade da freguesia de Alvares, em Góis. No local onde está construída a nova estrutura já funcionava uma estação de tratamento, mas “sem as condições devidas”, refere Victor Duarte, presidente da Junta de Freguesia de Alvares. “O que existia nunca foi uma ETAR, apesar de ter sido construída como isso. Causava um imenso mau cheiro e era um foco de problemas”, explica o autarca.
Agora tudo mudou. Os maus cheiros desapareceram e com eles partiram também os mosquitos e as preocupações de cerca de 250 habitantes da localidade. O tempo é de expectativa. “É grande a expectativa das pessoas para poderem ver os seus problemas resolvidos. Por enquanto, a estrutura não apanha toda a população de Cortes mas, a curto prazo, contamos ter os restantes 30 por cento das habitações com rede de saneamento”, indica Victor Duarte.
Em alguns dos fogos já existe a rede, fruto de alguns “arranjos”, elaborados pela freguesia. “Devido às condições do terreno não nos foi possível fazer as ligações todas. Ainda assim, aproveitámos a realização de algumas obras nas vias para construir parte da rede de saneamento em falta”, explica o autarca.
Os espaços colectivos existentes em Cortes (lar de terceira idade, creche e jardim-de-infância), no passado, contribuíram para que a localidade fosse a primeira da freguesia a receber uma ETAR. Hoje, a população tem mais qualidade de vida e bem-estar.
Com os “problemas” resolvidos em Cortes, a prioridade vira-se agora para a sede de freguesia, Alvares. Aí, também existe uma estação de tratamento de resíduos, mas “já não resolve os problemas”, atira Victor Duarte. “Era necessária a construção de uma infra-estrutura nova, um pouco à imagem do que aconteceu em Cortes”, explica o autarca.
Em Alvares, falta “ligar” à rede de saneamento cerca de 20 por cento das habitações. “A nossa esperança é que se termine toda a rede de saneamento e as respectivas ligações”, remata Victor Duarte.
in Diário As Beiras, de 21/09/2009

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

mas o dinheiro vem das eólicas do cadafaz, e o saneamento lá na freguesia?

24 setembro, 2009 15:36  
Anonymous Anónimo said...

Em Ponte do Sotao seria mais importante resolverem o problema da agua pois ja estamos a beber agua da ribeira com algumas focas a descarregar directamente para a ribeira. Vem o verao e ainda o problema e bem pior e entao pensarem depois no saneamento.

25 setembro, 2009 02:09  
Anonymous Anónimo said...

Isto é a maior asneira de sempre. Concentrar m... o que dá é uma m... muito grande. E se é tudo igual à "tecnologia" da Etar de Góis é do melhor... Olhem passem por perto, ali p'ras bandas da ponte nova e da GNr que logo... cheiram! Cambada de tolos...

27 setembro, 2009 09:18  
Anonymous Anónimo said...

Votem PS É FUTURO
João Simões o Homem da Classe Operária.
S.José Duilio
Sr Jorge Bate-Capas
Sr Graciano

Votem vota PS agua PS ????????

30 setembro, 2009 20:04  

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