sexta-feira, 22 de maio de 2009

Notícias de Milreu

Realizou-se em Milreu, no passado dia 11 de Abril de 2009, na "Casa de Convívio" (provisória), a reunião anual da Assembleia Geral, sendo iniciada pelo Sr. Presidente da Assembleia, que por sua vez mandou ler a acta da reunião anterior. Em seguida passou a palavra à Sr.ª Presidente da Direcção a fim de apresentar o Relatório de Contas respeitante ao ano de 2008; o Orçamento e Plano de Actividades para o ano de 2009, sendo aprovado por unanimidade. Foram ainda discutidos outros assuntos de interesse geral, nomeadamente no que diz respeito à ponte rodoviária a construir entre Milreu e Conhal, tendo sido dito nesta Assembleia que, se as duas Câmaras não procederem o mais breve possível à sua construção, se levasse novamente o assunto aos órgãos de comunicação social, mas com entrevista marcada, expondo todos os trâmites efectuados desde o início até à presente data sobre o desenrolar da mesma.
As promessas da realização da construção desta ponte remontam há longos anos. Lembra-se que no ano de 1995 foi reclamado ter sido ali colocada provisoriamente uma feita de ripas de madeira, foram destruídos os terrenos existentes para o seu acesso, mas na primeira tempestade foi levada pela cheia e até à presente data ainda não foi feita a sua execução em betão. As Câmaras de Góis e Pedrogão Grande desculpam-se uma com a outra; quando uma diz poder começar a outra queixa-se com falta de verba e vice-versa. Embora actualmente o Senhor Presidente de Pedrogão Grande diga que está disposto a avançar se o homólogo de Góis colaborar com ele e ser dito estar nos Planos de Actividade, mas ao consultar-se os mesmos verificou-se terem uma importância muito reduzida que não servirá de modo nenhum para a construção da ponte referenciada, cujo orçamento já se possui. De qualquer modo, essas importâncias poderão ser alteradas. E continua-se à espera da sua resolução.
É de lamentar que esta notícia seja posta a público, mas é o que a população de Milreu no geral, residentes e ausentes, se aprazem em dizer, estarem muito descontentes com as Câmaras já citadas, pela forma como têm agido. Embora exista já um projecto, também existiu um anos anteriores, inclusive no ano de 1997; possuem-se dados da mesma se encontrar no Plano de Actividades desse ano com a promessa da sua construção. Presentemente acontece estar também em Plano, mas por enquanto não se verificam movimentos para a sua execução e estamos já em Maio de 2009. A população pretende não parar até se verificar a resolução do referido assunto.
Foi ainda falado nesta reunião sobre a cedência que foi feita da Escola do 1.º Ciclo de Milreu à nossa União Progressiva de Milreu e Povoações Limítrofes, cuja cedência não é aceitável pela maioria em relação a algumas cláusulas ali mencionadas. Pelo que em data oportuna a "União" pretende marcar uma reunião com o Senhor Presidente da Câmara Municipal de Góis e alguns vereadores, a fim de poderem ter uma conversa informal com vista à alteração dessas clausulas mencionadas no protocolo, por outras a apresentar pela "União". A referida reunião ainda não foi solicitada devido ao estado de saúde da Sr.ª Presidente da Direcção, a qual acompanhará os elementos destinados a comparecerem à mesma, visto possuir todos os dados inerentes ao respectivo assunto, desde o início da sua petição, como doação ou até por uma venda por um preço módico a figurar em nome da UPMPL, mas como as expectativas foram nulas, pretende-se, caso não seja viável a sugestão dada, devolver o imóvel à Câmara. Terá esta "União" que se debruçar sobre a angariação de fundos com a ajuda dos seus sócios, amigos e colaboradores, para construir de raiz a "Casa de Convívio de Milreu", que tanta falta faz, uma vez que já existe terreno compatível oferecido por um benfeitor de Milreu.
É lamentável que a Câmara de Góis, não abra uma excepção, sabendo-se que outras câmaras, além de as doarem ainda oferecem o projecto para a sua reconstrução. Mas a Câmara de Góis parece pretender a degradação desse imóvel, o que aliás já está a acontecer.
Investir-se ali alguma importância que nem sequer a "União" possui, está fora de questão, até porque nunca será dela. Não é do acordo da população de Milreu que isso venha a acontecer, encontrando-se esta totalmente desmotivada, tanto em relação à ponte como ao assunto da Escola Primária, a qual iria ficar financeiramente muito dispendiosa face aos orçamentos já adquiridos por ser de R/C e 1.º andar, não se comparando com as existentes noutros locais só de R/C.
Não há dúvida que Milreu está esquecido, o que origina a que os seus naturais, familiares e amigos estejam ausentes por não possuírem condições propícias na sua terra, levando os mais novos, filhos e netos dos mesmos, a preferirem passar as suas férias noutras localidades, e quando lá vão é só de passagem. E se todos se reunissem, então sim; havia muita população, incluindo os que vão nascendo, e todos juntos compartilhavam para o desenvolvimento e progresso desta terra tão bonita que se encontra na extremidade do concelho de Góis e não tem sido reconhecida.
Deixou-se de fazer uma festa anual, o que era divertido, mas devido ao que foi dito, no nosso Plano de Actividades para este ano foi agendado apenas um almoço de convívio para o dia 1 de Agosto, em local a definir. É triste que devido à falta de condições se tenha que sair da sua própria terra.
Foi igualmente agendado para o dia 31 de Outubro um Magusto para manter a tradição.
Devido às circunstâncias, regista-se a desistência de duas sócias além doutras já anteriores e uma do cargo que exercia na Direcção.
Resumindo e concluindo, Milreu quer condições que só por si não consegue obtê-las. Necessita da ajuda das Câmaras, mas por mais que lute solicitando a estas o seu contributo ainda não o conseguiu. Há cerca de dois anos foram pedidos dois bancos para junto da "Casa de Convívio de Milreu"; mas embora trouxessem os dois, deixaram apenas um, com a promessa de vir outro posteriormente e até à presente data continua-e à espera dele.
Foi ainda proposto pela Direcção e aprovado por unanimidade, passar a ser "Sócio Benemérito" o Sr. João Lopes da Conceição, atendendo aos préstimos que tem dado na nossa mini "Casa de Convívio" (provisória), o qual não tem querido receber nada em troca do seu trabalho.
Foi ainda lido pela Presidente da Direcção e Tesoureiro o movimento anual efectuado pela mesma, dizendo a Sr.ª Presidente estar a aguardar resposta do Sr. Presidente da Câmara Municipal de Pedrogão Grande a duas cartas que lhe dirigiu em 05 e 30 de Março deste ano, sobre a realização da construção da ponte rodoviária.
Bertina Pires
in Jornal de Arganil, de 21/05/2009

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2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

pois acho que não vamos ter ponte nenhuma o pessoal de GOIS não está para aí virado.

25 maio, 2009 23:28  
Anonymous Anónimo said...

E que tal se reconstruissem o moinho de água perto da Ponte do Conhal, Alô à Presidente da Direcção e a todo o seu Staff.
Era uma excelente ideia, pois o moinho é de todos nós da terra .

Por favor façam o alerta

23 junho, 2009 18:49  

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