Góis recordou a Revolução dos Cravos
Volvidos 35 anos após a Revolução dos Cravos, o município de Góis comemorou o 35º aniversário do 25 de Abril, oferecendo à população um programa variado de actividades culturais, lúdicas e desportivas.
Depois do hastear da bandeira que ocorreu logo pela manhã, teve lugar uma cerimónia evocativa ao 25 de Abril, no auditório da Biblioteca Municipal”António Francisco Barata”, seguindo-se a apresentação de um espectáculo denominado “Canções de Resistência”, o lançamento do Balão da Liberdade, pelo Grupo de Escoteiros n.º 74, na Praia Fluvial das Canaveias, e por fim a cerimónia de inauguração do polidesportivo de Cortes, na freguesia de Alvares.
No uso da palavra, presidente da Câmara Municipal de Góis começou por frisar que o 25 de Abril de 2009, tem que representar “esperança, no sentido que seremos capazes de ser mais justos, solidários e esforçados a fim de liderar as expectativas das gerações mais jovens”. Reconhecendo que dos mais jovens é necessária “a sua força, determinação e vontade”, José Girão Vitorino enalteceu que igualmente “precisamos da experiência de vida e da abnegação dos mais velhos, porque é importante não perder o significado da realidade, tão necessária e consentânea com o saber esperar pelos momentos certos para avançar e investir”. “A aproximação geracional estreita os laços afectivos, reafirma uma vontade conjunta de que todos precisamos de todos para viver, tal como acontece no seio das nossas famílias” considerou o autarca, constatando que “as regras da vida ditam e impõem as condições da continuidade”.
Por conseguinte, Girão Vitorino afirmou que "se somos verdadeiramente uma sociedade educada, ciente dos valores e ideais da Revolução do 25 de Abril" saberemos também "ser e estar na vida, na senda dos reais valores republicanos e democráticos, dando lugar aos mais capazes de liderar o nosso concelho, e em equipa, lutar em nome de todos". Assim sendo, de forma colectiva, o Poder Local afirmou-se e "cimentou a democracia", continuou o edil, enaltecendo que "as pessoas beneficiaram com o debate cívico", tendo sido responsáveis todos os partidos, uma vez que "aprenderam a interpretar as regras do jogo democrático e, progressivamente, fomo-nos tornando uma sociedade mais madura", disse, desafiando todos a continuar a trabalhar "a bem de todos e do concelho".
Recordando as três décadas dedicadas ao serviço público, o presidente do município goiense revelou que "vi um pouco de tudo e aprendi que sozinhos não somos uma resposta válida, que sozinhos não dialogamos, que sozinhos temos mais limitações para chegar às populações", concluindo que "apenas em equipa podemos trabalhar para todos". Terminado o seu mandato, Girão Vitorino expressou-se "satisfeito e orgulhoso com tudo o que foi feito" já que "soubemos interpretar Abril, lutando em nome de Góis. Sendo realistas, ousamos pugnar pelos nossos direitos", considerou, referindo que "acreditámos, dialogámos, projectámos, construímos, modernizámos, apoiámos sem nunca hipotecarmos o nosso futuro colectivo". "Se não fosse em equipa, não teria conseguido chegar tão longe", reforçou o autarca, compreendendo que "a renovação geracional é natural" e neste sentido, apelou a "este trabalho de equipa, porque as equipas capazes são as que juntam novos e mais velhos, a fim de formar atempadamente quadros competentes e solidários, que saberão liderar com rosto humano a política, em nome dos seus concidadãos, dando continuidade a projectos anteriormente lançados".
Em representação do grupo municipal do Partido Social Democrata, Alexandre Vieira sublinhou que a Revolução dos Cravos, veio permitir "o direito de votar, de escolher, de decidir, liberdade de expressão, sem opressão, esperança de uma vida melhor, de melhor distribuição da riqueza, de prosperidade, de justiça de felicidade". Porém, o líder do grupo do PSD na Assembleia Municipal questionou "passados trinta e cinco anos, o que é que na realidade mudou?", verificando que "todos temos televisão, o rendimento mínimo, telemóvel, as criancinhas tem o «Magalhães», entre outros bens, no entanto continuamos "cabisbaixos, caladinhos e com salários baixos, com impostos dos mais altos, já pouco produzimos, quase tudo compramos".
Por sua vez, Jaime Garcia, do grupo municipal do Partido Socialista, reconheceu que pese embora as conquistas de Abril, ainda nos dias de hoje e "em territórios como o do concelho de Góis, marcado pelo estigma da interioridade e da baixa densidade populacional, as dificuldades sociais revelam-se ainda mais profundas". Frisando das consequências da grave crise económica e social que assolam o país, o líder do grupo do PS advogou que "a prática da acção dos governantes nacionais e locais deverá sempre pautar-se por uma atitude de respeito pelos cidadãos, ouvindo-os e responsavelmente procurar ajuda a resolver os seus problemas e anseios".
Para o presidente da Assembleia Municipal de Góis, passados 35 anos após o 25 de Abril, alguns preceitos fundamentais da Constituição "não foram atingidos" nomeadamente em áreas como "educação, habitação, emprego, saúde, justiça". Depois de fazer um pouco de história sobre a efeméride evocada, José Carvalho interrogou "fará sentido hoje comemorarmos o 25 de Abril?", chegando à conclusão de que "sim, como corolário da Democracia, como processo incessante e inacabado de luta quotidiana e permanente, em memória dos inúmeros portugueses que se viram na contingência forçada de participar numa guerra colonial, onde lutaram e morreram por este país".
Seguidamente foram visionados pelo público presente, dois pequenos filmes, dedicados a todos os homens e mulheres que lutaram e lutam pelo país, servindo simultaneamente como forma de homenagem.
Inaugurado Polidesportivo de Cortes
Já da parte da tarde, e integradas nas comemorações do Dia da liberdade, decorreu a inauguração do polidesportivo de Cortes e foram levadas a efeito actividades desportivas pelos alunos do pré-escolar e jogo inaugural entre a Junta de Freguesia de Alvares e Câmara Municipal de Góis.
Satisfeito, o presidente da Junta de Freguesia de Alvares lembrou a "grande luta e empenho de todos" travada durante a execução do polidesportivo. "Hoje conseguimos ter uma infra-estrutura desportiva na nossa freguesia, que nos dignifica ao nível das outras que nós vemos na nossa região", manifestou Vítor Duarte, realçando até que se trata da "melhor infra-estrutura desportiva ao ar livre do concelho de Góis". Lembrando o empenho de muita gente, para que a mesma fosse uma realidade, o autarca destacou sobretudo a marca pessoal do presidente da Câmara Municipal de Góis, referindo que "foi ele que deu corpo a este anseio", bem como destacou o contributo de todos os cortenses. "Cumprimos mais uma peça deste puzzle, que é a nossa freguesia", reconheceu Vítor Duarte, agradecendo por fim a presença de todos, representativa do "apoio e incentivo" para que "possamos continuar a trabalhar em nome do desenvolvimento local".
Destacando o trabalho em equipa, o vice-presidente do municipio goiense, Diamantino Garcia, fez votos para que a infra-estrutura "seja utilizada pelos cortenses, pelos alvarenses, pelos goienses e por todos aqueles que ficaram com uma infra-estrutura que nos orgulha a todos e que poderá fazer com que novas pessoas, nova juventude se comece a fixar aqui".
O presidente de direcção da Comissão de Melhoramentos de Cortes, João Reis Antão referiu que "estamos a inaugurar a obra recentemente concluída, num dia que nos enche de orgulho". Sublinhando da "luta" para que o polidesportivo fosse uma realidade, o dirigente associativo lembrou o trabalho da Câmara Municipal de Góis desde 2002, "não foi simples, foram quatro Assembleias Municipais, algumas reuniões de Câmara, alguns arrufos mesmo, foram situações à maneira do antigamente, mas é assim que as coisas têm mais valor".
Por último, em representação da Assembleia Municipal, José Carvalho, salientou que a infra-estrutura "vem valorizar a própria terra e dotar a juventude da terra e não só de meios que até aqui não existiam". E por isso "estão de parabéns a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal, e também os residentes da freguesia de Alvares e não só", considerou, acrescentando que a partir de agora a freguesia está dotada de um sítio polivalente que permite às "crianças e adultos poderem jogar futebol, ténis, badmington", enumerou.
in A Comarca de Arganil, de 29/04/2009
Depois do hastear da bandeira que ocorreu logo pela manhã, teve lugar uma cerimónia evocativa ao 25 de Abril, no auditório da Biblioteca Municipal”António Francisco Barata”, seguindo-se a apresentação de um espectáculo denominado “Canções de Resistência”, o lançamento do Balão da Liberdade, pelo Grupo de Escoteiros n.º 74, na Praia Fluvial das Canaveias, e por fim a cerimónia de inauguração do polidesportivo de Cortes, na freguesia de Alvares.
No uso da palavra, presidente da Câmara Municipal de Góis começou por frisar que o 25 de Abril de 2009, tem que representar “esperança, no sentido que seremos capazes de ser mais justos, solidários e esforçados a fim de liderar as expectativas das gerações mais jovens”. Reconhecendo que dos mais jovens é necessária “a sua força, determinação e vontade”, José Girão Vitorino enalteceu que igualmente “precisamos da experiência de vida e da abnegação dos mais velhos, porque é importante não perder o significado da realidade, tão necessária e consentânea com o saber esperar pelos momentos certos para avançar e investir”. “A aproximação geracional estreita os laços afectivos, reafirma uma vontade conjunta de que todos precisamos de todos para viver, tal como acontece no seio das nossas famílias” considerou o autarca, constatando que “as regras da vida ditam e impõem as condições da continuidade”.
Por conseguinte, Girão Vitorino afirmou que "se somos verdadeiramente uma sociedade educada, ciente dos valores e ideais da Revolução do 25 de Abril" saberemos também "ser e estar na vida, na senda dos reais valores republicanos e democráticos, dando lugar aos mais capazes de liderar o nosso concelho, e em equipa, lutar em nome de todos". Assim sendo, de forma colectiva, o Poder Local afirmou-se e "cimentou a democracia", continuou o edil, enaltecendo que "as pessoas beneficiaram com o debate cívico", tendo sido responsáveis todos os partidos, uma vez que "aprenderam a interpretar as regras do jogo democrático e, progressivamente, fomo-nos tornando uma sociedade mais madura", disse, desafiando todos a continuar a trabalhar "a bem de todos e do concelho".
Recordando as três décadas dedicadas ao serviço público, o presidente do município goiense revelou que "vi um pouco de tudo e aprendi que sozinhos não somos uma resposta válida, que sozinhos não dialogamos, que sozinhos temos mais limitações para chegar às populações", concluindo que "apenas em equipa podemos trabalhar para todos". Terminado o seu mandato, Girão Vitorino expressou-se "satisfeito e orgulhoso com tudo o que foi feito" já que "soubemos interpretar Abril, lutando em nome de Góis. Sendo realistas, ousamos pugnar pelos nossos direitos", considerou, referindo que "acreditámos, dialogámos, projectámos, construímos, modernizámos, apoiámos sem nunca hipotecarmos o nosso futuro colectivo". "Se não fosse em equipa, não teria conseguido chegar tão longe", reforçou o autarca, compreendendo que "a renovação geracional é natural" e neste sentido, apelou a "este trabalho de equipa, porque as equipas capazes são as que juntam novos e mais velhos, a fim de formar atempadamente quadros competentes e solidários, que saberão liderar com rosto humano a política, em nome dos seus concidadãos, dando continuidade a projectos anteriormente lançados".
Em representação do grupo municipal do Partido Social Democrata, Alexandre Vieira sublinhou que a Revolução dos Cravos, veio permitir "o direito de votar, de escolher, de decidir, liberdade de expressão, sem opressão, esperança de uma vida melhor, de melhor distribuição da riqueza, de prosperidade, de justiça de felicidade". Porém, o líder do grupo do PSD na Assembleia Municipal questionou "passados trinta e cinco anos, o que é que na realidade mudou?", verificando que "todos temos televisão, o rendimento mínimo, telemóvel, as criancinhas tem o «Magalhães», entre outros bens, no entanto continuamos "cabisbaixos, caladinhos e com salários baixos, com impostos dos mais altos, já pouco produzimos, quase tudo compramos".
Por sua vez, Jaime Garcia, do grupo municipal do Partido Socialista, reconheceu que pese embora as conquistas de Abril, ainda nos dias de hoje e "em territórios como o do concelho de Góis, marcado pelo estigma da interioridade e da baixa densidade populacional, as dificuldades sociais revelam-se ainda mais profundas". Frisando das consequências da grave crise económica e social que assolam o país, o líder do grupo do PS advogou que "a prática da acção dos governantes nacionais e locais deverá sempre pautar-se por uma atitude de respeito pelos cidadãos, ouvindo-os e responsavelmente procurar ajuda a resolver os seus problemas e anseios".
Para o presidente da Assembleia Municipal de Góis, passados 35 anos após o 25 de Abril, alguns preceitos fundamentais da Constituição "não foram atingidos" nomeadamente em áreas como "educação, habitação, emprego, saúde, justiça". Depois de fazer um pouco de história sobre a efeméride evocada, José Carvalho interrogou "fará sentido hoje comemorarmos o 25 de Abril?", chegando à conclusão de que "sim, como corolário da Democracia, como processo incessante e inacabado de luta quotidiana e permanente, em memória dos inúmeros portugueses que se viram na contingência forçada de participar numa guerra colonial, onde lutaram e morreram por este país".
Seguidamente foram visionados pelo público presente, dois pequenos filmes, dedicados a todos os homens e mulheres que lutaram e lutam pelo país, servindo simultaneamente como forma de homenagem.
Inaugurado Polidesportivo de Cortes
Já da parte da tarde, e integradas nas comemorações do Dia da liberdade, decorreu a inauguração do polidesportivo de Cortes e foram levadas a efeito actividades desportivas pelos alunos do pré-escolar e jogo inaugural entre a Junta de Freguesia de Alvares e Câmara Municipal de Góis.
Satisfeito, o presidente da Junta de Freguesia de Alvares lembrou a "grande luta e empenho de todos" travada durante a execução do polidesportivo. "Hoje conseguimos ter uma infra-estrutura desportiva na nossa freguesia, que nos dignifica ao nível das outras que nós vemos na nossa região", manifestou Vítor Duarte, realçando até que se trata da "melhor infra-estrutura desportiva ao ar livre do concelho de Góis". Lembrando o empenho de muita gente, para que a mesma fosse uma realidade, o autarca destacou sobretudo a marca pessoal do presidente da Câmara Municipal de Góis, referindo que "foi ele que deu corpo a este anseio", bem como destacou o contributo de todos os cortenses. "Cumprimos mais uma peça deste puzzle, que é a nossa freguesia", reconheceu Vítor Duarte, agradecendo por fim a presença de todos, representativa do "apoio e incentivo" para que "possamos continuar a trabalhar em nome do desenvolvimento local".
Destacando o trabalho em equipa, o vice-presidente do municipio goiense, Diamantino Garcia, fez votos para que a infra-estrutura "seja utilizada pelos cortenses, pelos alvarenses, pelos goienses e por todos aqueles que ficaram com uma infra-estrutura que nos orgulha a todos e que poderá fazer com que novas pessoas, nova juventude se comece a fixar aqui".
O presidente de direcção da Comissão de Melhoramentos de Cortes, João Reis Antão referiu que "estamos a inaugurar a obra recentemente concluída, num dia que nos enche de orgulho". Sublinhando da "luta" para que o polidesportivo fosse uma realidade, o dirigente associativo lembrou o trabalho da Câmara Municipal de Góis desde 2002, "não foi simples, foram quatro Assembleias Municipais, algumas reuniões de Câmara, alguns arrufos mesmo, foram situações à maneira do antigamente, mas é assim que as coisas têm mais valor".
Por último, em representação da Assembleia Municipal, José Carvalho, salientou que a infra-estrutura "vem valorizar a própria terra e dotar a juventude da terra e não só de meios que até aqui não existiam". E por isso "estão de parabéns a Junta de Freguesia, a Câmara Municipal, e também os residentes da freguesia de Alvares e não só", considerou, acrescentando que a partir de agora a freguesia está dotada de um sítio polivalente que permite às "crianças e adultos poderem jogar futebol, ténis, badmington", enumerou.
in A Comarca de Arganil, de 29/04/2009
Etiquetas: cortes, fotografia, góis
4 Comments:
-O Sr. Girão é um Homem Bom e um Bom Homem. É o nosso Presidente.
-Com ele, Góis é mais Humano e Solidário.
VIVA O POVO LIVRE!
«o vice-presidente do municipio goiense, Diamantino Garcia, fez votos para que a infra-estrutura "seja utilizada pelos cortenses, pelos alvarenses, pelos goienses e por todos aqueles que ficaram com uma infra-estrutura que nos orgulha a todos e que poderá fazer com que novas pessoas, nova juventude se comece a fixar aqui".»
Falava aqui o eng Diamantino do polidesportivo. Pergunta-se: onde é que uma infra-estura deste tipo serve como motivo para que a juventude se fixe nalgum lugar?
VIVA A CENSURA!!!
oh anónimo cromo
30 Abril, 2009 20:38
Sabes que as infra-estruturas criam condições para o bem estar e o benifício da saúde. Tudo isso melhora a qualidade de vida.
Õ mais cego é o que não quer ver, ou, aquele que é da oposição. Os cromos da bola, os lambe botas e os que nada fazem
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