A Freguesia do Cadafaz comemorou os 80 anos do Regionalismo goiense
A Casa do Concelho de Góis, com a colaboração do seu Conselho Regional, tem estado a comemorar por freguesias, o 80.º aniversário do Regionalismo Goiense.
No passado sábado, 18, foi a vez da freguesia do Cadafaz e mais uma vez a Casa do Concelho de Góis se encheu, tendo vindo de Góis e do Cadafaz algumas pessoas, designadamente autarcas concelhios e da freguesia.
São grandes as tradições regionalistas da freguesia do Cadafaz em Lisboa, tendo-se distinguido alguns naturais daquela freguesia quando da fundação das primeiras colectividades regionalistas na capital, designadamente na fundação da Casa da Comarca de Arganil, e pouco depois na fundação da Liga de Melhoramentos da Freguesia do Cadafaz (1932) e o Grupo dos Amigos de Capelo, antes Comissão (1929).
Mais tarde, cada uma das localidades que formam a freguesia foram criando a sua colectividade, que nas localidades que representam foram realizando obra notável de carácter regionalista.
À sessão com que abriram as cerimónias na Casa do Concelho de Góis, presidiu o dr. Luís António Martins, presidente do Conselho Regional, ladeado por José António de Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis; Helena Moniz, vereadora da Câmara Municipal de Góis; Casimiro Vicente, presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz; Valentim Antunes Rosa, Armindo Neves e José Dias Santos, presidente da direcção da Casa.
Após as saudações do dr. Luís Martins e José Dias Santos, que aludiram ao acto que se comemorava, manifestando a sua satisfação por verem mais uma vez aquela Casa cheia, o que bem revela que está vivo o interesse regionalista no concelho de Góis, chamando a atenção para a exposição fotográfica que se encontrava na sede, de Adelino Veiga, da Cabreira, que sempre se dedicou a fotografar temas regionais, mas que por motivos de saúde não se encontrava presente.
Valentim Antunes Rosa disse representar a ADIBER e a dr.ª Maria de Lurdes Castanheira que, por motivos de força maior, não se encontrava presente como pensava estar.
Armindo Neves, presidente da União Recreativa do Cadafaz, começou por dizer ser uma honra para si participar naquele Encontro Regionalista tão significativo para a freguesia do Cadafaz, dando conta do programa que se seguia, sublinhando que a dr.ª Tânia Neves, não poderia estar presente para apresentar o seu livro «Maternidade e Paternidade», como estava programado. Ocupou-se do que tem sido o movimento regionalista na freguesia do Cadafaz e pediu um minuto de silêncio em memória dos sócios falecidos da União Recreativa e saudava Alberto Martins que festejava os seus 101 anos de idade.
Helena Moniz apresentou as saudações da Câmara Municipal de Góis e do seu presidente que por motivos de serviço não permitiram estar presente, afirmando que é sempre com muita satisfação que a Câmara acompanha estas manifestações regionalistas no concelho de Góis, procurando encontrar soluções para muitas das aspirações locais que lhe são colocadas, manifestando o seu apreço pela acção das colectividades regionalistas.
José António de Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis, disse que mais uma vez se deslocava àquela Casa por motivos regionalistas, o que fazia com muito agrado. Recordando as suas passagens por aquela Casa dos goienses em Lisboa e do significado daquele Encontro e o quanto representa para a região goiense a actividade das colectividades regionalistas, às quais manifestou o seu apreço.
Organizada uma nova mesa presidida por Armindo Neves e composta por representantes das colectividades da freguesia do Cadafaz, falou em primeiro lugar o eng.º Carlos Martins, presidente da assembleia geral da União Recreativa do Cadafaz, que começou por se ocupar do Regionalismo na freguesia e da sua passagem pelas reuniões naquela Casa desde há muitos anos. Teve palavras de apreço para com os representantes das colectividades da freguesia e recordou os marmoristas da freguesia do Cadafaz que em Lisboa tiveram grande intervenção na actividade regionalista.
Lembrando que as colectividades regionalistas se deviam hoje dedicar mais à cultura, deixando as obras para as Câmaras, o eng.º Carlos Martins apontou como uma iniciativa importante a criação de um Museu do Volfrâmio e a recuperação, nem que fosse apenas para fins turísticos, os moinhos de água e os lagares, procurando desenvolver a gastronomia e o artesanato. O Cadafaz pode correr o risco de desaparecer se não for feita alguma coisa pela sua existência, perante a desertificação que se verifica cada vez mais nas aldeias serranas, admitindo que numa futura Reforma Administrativa muita coisa pode acontecer em vilas e aldeias em que as pessoas vão sendo cada vez menos.
Falaram seguidamente os representantes das restantes localidades da freguesia, cada um apresentando as suas opiniões, bem como as aspirações de cada uma das localidades, aludindo o dr. Jorge Alves aos compartes na freguesia, que devem definir em assembleia geral aquilo que a cada um compete, entendendo que o que está em causa no interesse geral é a construção de um Lar de Idosos.
Numa segunda parte, interveio ainda o eng.º Carlos Martins, representante de uma empresa de gestão florestal que, com acordo do presidente da Junta de Freguesia, Casimiro Vicente, apresentou um plano do que poderia ser possível realizar na freguesia do Cadafaz, aproveitando possíveis fundos comunitários: «Projecto Integrado da Gestão dos Recursos Naturais».
Para além do Lar de Idosos e de um Parque de Campismo, enveredar pelo turismo cultural, aproveitando recursos florestais era uma hipótese. O mel, o queijo, o medronho, são produtos que a Serra pode produzir.
E a ninguém é proibido sonhar ou dar largas à sua imaginação. A Serra tem os seus recursos que, para frutificarem precisam de imaginação, mão d'obra e dinheiro.
Veio depois a música e o folclore com a actuação do Rancho Folclórico da Freguesia do Cadafaz. E depois dos «Sons do Ceira», os «Sabores do Ceira».
Um jantar volante, em que não faltaram as mais saborosas iguarias regionais.
Nisso se empenhou o presidente da Junta de Freguesia e naturalmente diversos colaboradores, já que o trabalho terá chegado para todos.
Um Encontro que terminou em festa, a recordar as velhas tradições regionalistas da Freguesia do Cadafaz.
No dia 23 de Maio será a festa/encontro da Freguesia de Góis a participar nesta comemoração dos 80 anos do Regionalismo goiense.
António Lopes Machado
in A Comarca de Arganil, de 29/04/2009
No passado sábado, 18, foi a vez da freguesia do Cadafaz e mais uma vez a Casa do Concelho de Góis se encheu, tendo vindo de Góis e do Cadafaz algumas pessoas, designadamente autarcas concelhios e da freguesia.
São grandes as tradições regionalistas da freguesia do Cadafaz em Lisboa, tendo-se distinguido alguns naturais daquela freguesia quando da fundação das primeiras colectividades regionalistas na capital, designadamente na fundação da Casa da Comarca de Arganil, e pouco depois na fundação da Liga de Melhoramentos da Freguesia do Cadafaz (1932) e o Grupo dos Amigos de Capelo, antes Comissão (1929).
Mais tarde, cada uma das localidades que formam a freguesia foram criando a sua colectividade, que nas localidades que representam foram realizando obra notável de carácter regionalista.
À sessão com que abriram as cerimónias na Casa do Concelho de Góis, presidiu o dr. Luís António Martins, presidente do Conselho Regional, ladeado por José António de Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis; Helena Moniz, vereadora da Câmara Municipal de Góis; Casimiro Vicente, presidente da Junta de Freguesia do Cadafaz; Valentim Antunes Rosa, Armindo Neves e José Dias Santos, presidente da direcção da Casa.
Após as saudações do dr. Luís Martins e José Dias Santos, que aludiram ao acto que se comemorava, manifestando a sua satisfação por verem mais uma vez aquela Casa cheia, o que bem revela que está vivo o interesse regionalista no concelho de Góis, chamando a atenção para a exposição fotográfica que se encontrava na sede, de Adelino Veiga, da Cabreira, que sempre se dedicou a fotografar temas regionais, mas que por motivos de saúde não se encontrava presente.
Valentim Antunes Rosa disse representar a ADIBER e a dr.ª Maria de Lurdes Castanheira que, por motivos de força maior, não se encontrava presente como pensava estar.
Armindo Neves, presidente da União Recreativa do Cadafaz, começou por dizer ser uma honra para si participar naquele Encontro Regionalista tão significativo para a freguesia do Cadafaz, dando conta do programa que se seguia, sublinhando que a dr.ª Tânia Neves, não poderia estar presente para apresentar o seu livro «Maternidade e Paternidade», como estava programado. Ocupou-se do que tem sido o movimento regionalista na freguesia do Cadafaz e pediu um minuto de silêncio em memória dos sócios falecidos da União Recreativa e saudava Alberto Martins que festejava os seus 101 anos de idade.
Helena Moniz apresentou as saudações da Câmara Municipal de Góis e do seu presidente que por motivos de serviço não permitiram estar presente, afirmando que é sempre com muita satisfação que a Câmara acompanha estas manifestações regionalistas no concelho de Góis, procurando encontrar soluções para muitas das aspirações locais que lhe são colocadas, manifestando o seu apreço pela acção das colectividades regionalistas.
José António de Carvalho, presidente da Assembleia Municipal de Góis, disse que mais uma vez se deslocava àquela Casa por motivos regionalistas, o que fazia com muito agrado. Recordando as suas passagens por aquela Casa dos goienses em Lisboa e do significado daquele Encontro e o quanto representa para a região goiense a actividade das colectividades regionalistas, às quais manifestou o seu apreço.
Organizada uma nova mesa presidida por Armindo Neves e composta por representantes das colectividades da freguesia do Cadafaz, falou em primeiro lugar o eng.º Carlos Martins, presidente da assembleia geral da União Recreativa do Cadafaz, que começou por se ocupar do Regionalismo na freguesia e da sua passagem pelas reuniões naquela Casa desde há muitos anos. Teve palavras de apreço para com os representantes das colectividades da freguesia e recordou os marmoristas da freguesia do Cadafaz que em Lisboa tiveram grande intervenção na actividade regionalista.
Lembrando que as colectividades regionalistas se deviam hoje dedicar mais à cultura, deixando as obras para as Câmaras, o eng.º Carlos Martins apontou como uma iniciativa importante a criação de um Museu do Volfrâmio e a recuperação, nem que fosse apenas para fins turísticos, os moinhos de água e os lagares, procurando desenvolver a gastronomia e o artesanato. O Cadafaz pode correr o risco de desaparecer se não for feita alguma coisa pela sua existência, perante a desertificação que se verifica cada vez mais nas aldeias serranas, admitindo que numa futura Reforma Administrativa muita coisa pode acontecer em vilas e aldeias em que as pessoas vão sendo cada vez menos.
Falaram seguidamente os representantes das restantes localidades da freguesia, cada um apresentando as suas opiniões, bem como as aspirações de cada uma das localidades, aludindo o dr. Jorge Alves aos compartes na freguesia, que devem definir em assembleia geral aquilo que a cada um compete, entendendo que o que está em causa no interesse geral é a construção de um Lar de Idosos.
Numa segunda parte, interveio ainda o eng.º Carlos Martins, representante de uma empresa de gestão florestal que, com acordo do presidente da Junta de Freguesia, Casimiro Vicente, apresentou um plano do que poderia ser possível realizar na freguesia do Cadafaz, aproveitando possíveis fundos comunitários: «Projecto Integrado da Gestão dos Recursos Naturais».
Para além do Lar de Idosos e de um Parque de Campismo, enveredar pelo turismo cultural, aproveitando recursos florestais era uma hipótese. O mel, o queijo, o medronho, são produtos que a Serra pode produzir.
E a ninguém é proibido sonhar ou dar largas à sua imaginação. A Serra tem os seus recursos que, para frutificarem precisam de imaginação, mão d'obra e dinheiro.
Veio depois a música e o folclore com a actuação do Rancho Folclórico da Freguesia do Cadafaz. E depois dos «Sons do Ceira», os «Sabores do Ceira».
Um jantar volante, em que não faltaram as mais saborosas iguarias regionais.
Nisso se empenhou o presidente da Junta de Freguesia e naturalmente diversos colaboradores, já que o trabalho terá chegado para todos.
Um Encontro que terminou em festa, a recordar as velhas tradições regionalistas da Freguesia do Cadafaz.
No dia 23 de Maio será a festa/encontro da Freguesia de Góis a participar nesta comemoração dos 80 anos do Regionalismo goiense.
António Lopes Machado
in A Comarca de Arganil, de 29/04/2009
Etiquetas: cadafaz, casa do concelho, regionalismo
2 Comments:
As aldeias do Cadafaz e da Cabreira estão muito descaracterizadas: é pena.
Prosa há com abundância.
VIVA O POVO LIVRE!
São espertos quererem fazer obras com o dinheiro que tiram aos outros
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