sábado, 21 de março de 2009

Em Defesa da Honra

Aproximam-se as eleições e com elas as respectivas movimentações político-partidárias. Tal como no futebol, a mudança de camisola tornou-se, quase, normal. Há quem mude por "dá cá aquela palha", há quem mude por interesses pessoais, ou por falta de convicções e há quem mude porque sim! - Tudo é possível.
Todavia, vestir uma camisola diferente enquanto se está ao serviço de outra cor... bem, aí deve haver algum cuidado e a preocupação de não misturar as cores, para não haver confusão. Pois pode haver sempre a tentação de se promover, pessoal e politicamente, no palco do poder, beneficiando a camisola que irá vestir no futuro, ou minando o próprio poder, e as cores, que irá abandonar.
Desconheço se haverá alguma lei, ou legislação, sobre o assunto, mas em termos éticos não me parece correcto estar com um pé dentro e outro fora. Mesmo que não venha a verificar tal incompatibilidade, todos os políticos que mudam de camisola deviam pedir a demissão de todos os cargos executivos; logo quando assumem ser candidatos por outros partidos, em defesa da honra e em respeito pelos eleitores que lhes deram o voto.
Eu sei que os partidos querem ganhar eleições a qualquer custo, não olhando a meios para atingir fins, mas em política não pode valer mais a política e os políticos.
Sei que os maus exemplos vêem de cima, mas também sei que, por vezes são os próprios partidos que dão cabo da democracia. Porque a ânsia pelo poder, a qualquer preço, aliada à ambição pessoal de alguns candidatos, não é por certo um bom contributo para a democracia.
Na primeira República, quando se mudava de partido, chamavam-lhes: "vira casacas", ou "camaleões", depois veio a versão moderna: "só os burros é que não mudam". Porém, continuo a pensar que para ser um bom político é preciso ter carácter e não andar ao sabor da maré, ou das conveniências de ocasião.
Haja respeito, quanto mais não seja, em defesa da honra da democracia.
"não é bom que os homens honrados se façam verdugos dos seus semelhantes" - Miguel Cervantes.
J. Rodrigues
in O Varzeense, de 15/03/2009

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27 Comments:

Anonymous Anónimo said...

A seu tempo se verá quem são os verdadeiros camaleões e também onde estão de facto os vira-casacas.
É só esperar e já não falata muito.

21 março, 2009 13:31  
Anonymous Anónimo said...

O Sr.José do Café
Fala muito bem mas não nos engana
O sr.Girão e Engº Diamwantino escreveram ele como mmilitante do PS.
Agora tem raiva deles porque será ?
Já nas ultimas eleições fazia campanha a favor do Pro.Daniel.
Aqui tem gato camaradas.
Vamos estar com atenção

21 março, 2009 13:57  
Anonymous Anónimo said...

Brilhante, simplesmente brilhante!
Os meus Parabéns ao Sr. J. Rodrigues e continue, não baixe os braços, Góis necessita de pessoas como o Sr.

21 março, 2009 21:09  
Anonymous Anónimo said...

Ao J.Rodrigues olhe que é de mais para si o ter de enverdar pelo caminho de " intelectual " e esquecer o que o lançou no "prelo" e na roda dos escritores, para "arregenmentar" alguns votos nas próximas eleições.

23 março, 2009 08:45  
Anonymous Anónimo said...

A união em tempo de crise é importante. É em tempo de crise que se devem optimizar os esforços, racionalizar as operações e fazer as melhores opções. Por este motivo é prematuro, nesta fase, afirmar quem é o melhor candidato ou vaticinar cenários, pois nem todos os candidatos são conhecidos nem houve debate para se poder inferir da bondade das suas posições.
Atendendo às situações difusas que se vivem no País, Freeport, BPN, …, tem que se catalisar a participação cívica de forma a haver mais vida para além dos partidos, sob pena das assimetrias se agudizarem e a injustiça social aumentar.
Os Cidadãos devem reflectir bem sobre este assunto e encorajar o aparecimento de Candidatos independentes, que não estejam subjugados ao intricado jogo de interesses partidários.
Os Cidadãos têm o direito de escolher e o dever de escolher com sabedoria.
É muito redutor assumir unicamente como protagonistas os candidatos do PS e do PSD. Há gente Anónima no Concelho que poderá avançar. Porque não?
A Cidadania sairia reforçada se aparecessem vários candidatos independentes. Seria bom que soprasse uma lufada de renovação, desinteressada e descomprometida dos aparelhos partidários.
Não é fácil aparecer uma Candidatura independente, muito menos independente e excelente. No entanto, pode-se tentar criar uma "incubadora de Candidatos independentes": crie-se um fórum de discussão, convidem-se personalidades a participar, e talvez comecem a surgir.
É necessário criar a consciência que os candidatos independentes são necessários. Se aparecerem, deverão ser acarinhados porque não possuem máquina partidária de apoio.
Que debatam e proponham com elevação.

Um Cidadão Anónimo.
Bem hajam.

23 março, 2009 10:59  
Anonymous Anónimo said...

Acertou na mouche ó "arregimentar".
Como a Adiber tem passado o seu tempo a promover "escribas" de meia-tijela (para não dizer outra coisa) mal seria que não viessem apoiar a Lurdinhas.
É o Zé do Café, a Sanches, o de Alvares (nem me lembro do nome), etc. E ainda vão aparecer mais, assim haja umas tretas para publicar, mesmo copiadas. Tudo serve, vão ver...

23 março, 2009 21:30  
Anonymous Anónimo said...

Oh Cidadão Anónimo, ao teu belo discurso falta "honestidade" quer humana quer política.
As pessoas têm o direito de serem independentes, têm o direito a serem Livre, livres como o vento.
Mas devem ser “Honestas”, quando resolvemos afastarmo-nos deste ou daquele movimento cívico ou político, devemos cortar o mal pela raiz! Não podemos ser independente por um lado e estamos no “poder" por outro, principalmente quando cortamos com que nós dá o Pão!
Mas aí a culpa não é só daquele, que corta, mas não se vai embora, mas também daquele que o deixa ficar e ficar.

Assinado
Outro que tem vergonha de dar a cara!

23 março, 2009 21:31  
Anonymous Anónimo said...

-Os imperativos de consciência mobilizam as nossas vontades: a manifestação de uma ideia ou de uma opinião, à laia de "brain storm", não deve necessariamente ter rosto. Deve ser sincera e contextualmente construtiva. O rosto é uma coisa de somenos importâcia.
-Poderia mas não tem.
-Tal como dizia Salvador Dali: "o que importa é que falem de mim, nem que seja para dizer mal". Neste caso, o que importa são as opiniões e ideias, nem que mal delas se fale
-Bem haja e um abraço para si.

23 março, 2009 22:55  
Anonymous Anónimo said...

Um mero exerc�cio de liberdade de consci�ncia, acha mesmo???
Quando falamos de Pol�tica x Compromisso social
A falta de conscientiza�o pode trazer a cada pessoa assim como ao colectivo consequ�ncias preocupantes para toda a vida. Ou seja, quando o indiv�duo age com impulso moment�neo e n�o pensa no que est� a fazer, perde-se bom tempo tentando corrigir, e grande fez � tarde demais.
A conscientiza�o nas elei�es � fundamental para o progresso duma regi�o ou pa�s.
Os indiv�duos ficam aptos a elegerem candidatos que apontam propostas �s vezes favor�veis e outras vezes desfavor�veis dependendo de cada op�o individualista do indiv�duo.
Podemos ter consci�ncia, mas por vezes temos uma grande falta de confian�a, A confian�a � muito subjectiva porque n�o pode ser medida, � preciso ter confian�a em quem se confia para poder confiar, o que torna a confian�a um conceito intr�nsico.
Mas no assunto em que originou este artigo e discuss�o saud�vel e o �Vira Casacas�, para muitos Ele � leal, honesto e acredita no seu pr�prio senso de justi�a, e por isso � adorado por todos os seus subordinados e amigos. Se necess�rio, ele quebra as regras para fazer o que � certo.
Para mim n�o, � um cobarde, que quer viver as custas da sociedade ainda nada contribuiu, contudo a sociedade Goiense j� contribuiu para lhe encher o bolso.
E sim tem falta de car�cter que para mim � o conjunto de caracter�sticas presentes no indiv�duo e que o distingue de todos os outros ou os de outros animais.
� um �homem� sem palavra, que s� est� preocupado com o lucro pessoal.
Claro que n�o existem �inocentes� nesta corrida eleitoral, mas s� mais contra este candidato, porque ele mudou de �camisola� mas ainda est� no �poder� pela sua antiga camisola da qual agora diz mal, mas oficialmente est� l� ainda a defender.

Assinado
Outro que tem vergonha de dar a cara

24 março, 2009 09:45  
Anonymous Anónimo said...

O Sistema Económico actual baseia-se no consumo.
As Empresas para sobreviverem têm que reduzir margens e aumentar o nº de unidades vendidas para manter o equilíbrio financeiro. Tal prática implica uma consequente exploração intensiva dos recursos naturais e exploração quase esclavagista dos recursos Humanos: Em pleno Séc XXI, em que a tecnologia ao serviço do Homem é mais vasta do que nunca, verifica-se que, este, cada vez tem menos tempo disponível, tendo vindo a perder Direitos conquistados ao longo dos últimos dois Séculos.

À escala global verifica-se que esta competição leva à exploração de mão-de-obra infantil, da Índia à China. É cruel. Tal prática implica a destruição do eco sistema social.
A partir do momento em que haja quebra no consumo o modelo não tem viabilidade.
Para agravar a situação, este sistema leva ao enriquecimento exagerado duma pequena parte da população. Esta pequena parte consegue sorver grande parte do PIB mundial. Como neste sistema, as remunerações não saturam, criam-se grandes desigualdades sociais.

No passado, as crises Económicas eram resolvidas com expansão, ocupação de novos territórios e exploração esclavagista da mão-de-obra nativa. São exemplos as expansões para África e América, e recentemente a chamada Globalização. O sistema era expansível, era aberto.
Hoje em dia seria necessário uma expansão para Marte para contornar o problema. Ainda se está longe e este modelo, num sistema fechado leva à destruição.

No passado as crises originavam Guerras. O tempo de reconstrução a seguir às guerras, era tempo de se impor novas ordens, com prosperidade económica derivadas das novas ordens e da reconstrução: é exemplo, o plano Marshall para a reconstrução da Europa. Hoje não pode haver Guerra, pois, provavelmente, seria a última.

Pelas razões apontadas o sistema actual não é viável.

Hoje as máquinas, praticamente fazem tudo. Teoricamente o Homem deveria ter mais tempo. Estou em crer que no limite o Homem não necessita de trabalhar de acordo com os padrões actuais: no limite o Homem livre, cria, investiga, compete ludicamente e coopera socialmente. Não serão necessárias Escolas porque a própria sociedade é uma Escola. A diferenciação das pessoas terá por base a sua capacidade criativa. Ainda se está longe.
É necessário interiorizar este contexto e começar a mudar. A Sociedade tem que adquirir consciência que é necessário mudar o paradigma, rumo à Economia da Felicidade.
Utópico? Talvez, mas o caminho faz-se caminhando fazendo-se as escolhas certas.

O Cidadão Anónimo.
Um grande abraço.

24 março, 2009 09:48  
Anonymous Anónimo said...

é verdade a ADIBER promoveu as escribas de meia duzia de pessoas, quanto a mim maus exemplo da literatura e maus exemplos da nossa cultura.
Mas pensando melhor, não existe mais ninguém, talvez uns "Cobardes" como eu que escrevem anonimamente em Blogs ou em Portas de casa de banho.
Assim sendo e como não tenho moral, pois não posso provar que sei fazer melhor, calo-me muito bem calado, com a vergonha de quem é uma fralde.

Assinado
Outro que tem vergonha de dar a cara!

24 março, 2009 09:49  
Anonymous Anónimo said...

Há passagens menos felizes:
Cobardes?
Escribas?
Portas de casa de banho?
-As ideias têm um contexto que não deve ser descaracterizado.
-O leitor atento saberá distinguir o trigo do joio.
-Seria um prazer trocar algumas ideias consigo, eventualmente, até no âmbito de qualquer tertulia.
Um grande abraço.

24 março, 2009 14:27  
Anonymous Anónimo said...

A Sociedade está em metamorfose lenta.
O desenvolvimento Tecnológico é muito mais acelerado que o desenvolvimento Social. O Homem nunca viveu uma situação de desajuste tão grande. Até há algumas décadas atrás, as instituições adaptavam-se com relativa facilidade porque os passos da evolução tecnológica eram pequenos. Hoje, esses passos são grandes: uma máquina com poucos anos começa a ser desajustada e as tecnologias de informação mudam com grande frequência o paradigma da comunicação. As instituições não acompanham.
As instituições são compostas por pessoas: as que são dominadas mostram resistência à mudança e as que detêm o poder não estão dispostas a ceder. A evolução deste sistema levará à ruptura da Sociedade.
A Energia que o Planeta absorve é superior àquela que se consome. Não é por factores energéticos que está posta em causa a busca da Felicidade por parte da Humanidade. Não havendo uma racional partilha dos meios provocar-se-á o desequilíbrio fatal do sistema. Seja por excesso de injecção de bens de consumo e falência do sistema económico (já referido noutra reflexão) ou por factores Ambientais associados ao modelo de consumo, a Humanidade está ameaçada.
Porventura a maioria dos Cidadão já tomou consciência desta situação
O que é que falta fazer?
Porque é que as coisas não evoluem?
É aqui que entra a Cidadania e a consequente participação Cívica. Os Cidadãos deverão discutir ideias com elevação, encontrar caminhos e escolher com sabedoria.
Escolher com sabedoria Equipas que queiram cumprir com o novo paradigma de desenvolvimento Social sustentado na Economia da Felicidade.
Já se sabe que há interesses económicos na intricada malha Social. Não é fácil.
Quero agradecer o prazer que me deu escrever algumas, singelas, linhas no vosso BLOG. Sinto-me mais FELIZ por tê-lo feito. Obrigado.

Um grande abraço a todos.
Adeus.

24 março, 2009 15:36  
Anonymous Anónimo said...

O Cidadão Anónimo, ou aquele sr. economista que escreve no Varzeense, escreve muito bem, a ADIBER também lhe devia publicar um livro, já que ele nos massa com os seus discursos chatos e grandes, para os quais é necessiato ter pelo menos o 12º ano para entender, e agora também vem para os blog's melgar, mas o que tem a cobardia do Sr. Eng. a haver com economia sem ser e economia no bolso do Eng??'

24 março, 2009 20:24  
Anonymous Anónimo said...

Isto está a ficar muito intelectual, para se tratar de uma pouca vergonha! De um Sr. "gajo" que gostava de Roas e agora prefere Laranjas, mas que continua a tomar banho em agua de rosas!

24 março, 2009 22:44  
Anonymous Anónimo said...

Pois nao! o tacho é bom, rende bem, o trabalho é bom pro preto! Ele na Direcção Reginal de Agricultura tinha de trabalhar em Góis tudo é mais fácil. As pessoas estão atentas.

24 março, 2009 23:15  
Anonymous Anónimo said...

Se está atento, deve ter alguma disfunção mental.
Se quer falar em atenção, vamos falar dos vencimentos de funcionários da Adiber, bem como dos descontos ilegais que lhes andam a fazer!

26 março, 2009 10:35  
Anonymous Anónimo said...

Dá-lhes com força Zé, tudo o que dizes é verdade, eles são uns porcos!
És um homem com muita coragem!|

26 março, 2009 11:00  
Anonymous Anónimo said...

"Força, força companheiro Vasco, nós faremos a muralha de aço."
Qual padeira de Aljubarrota qual quê? Ou há Democracia ou comem todos. Mainada!

26 março, 2009 14:05  
Anonymous Anónimo said...

Oinc!

26 março, 2009 14:12  
Anonymous Anónimo said...

O povo é quem mais ordenha.

26 março, 2009 14:14  
Anonymous Anónimo said...

Pensava que Góis, era uma Vila civilizada, mas afinal existem cá VERMELHO! Que horror, logo eles que comem crianças ao pequeno-almoço! As nossas casa perderam valor comercial.

27 março, 2009 08:13  
Anonymous Anónimo said...

Ordenha, amigo! Leia bem.

27 março, 2009 14:23  
Anonymous Anónimo said...

Cruzes, credo, canhoto: mais vale borrar um pé todo.

27 março, 2009 14:32  
Anonymous Anónimo said...

Quand refere VERMELHO, refere-se a que adeptos?
a)Benfiquistas.
b)Orientalistas.
c)Comunistas.
d)Salgueiristas.
e)Bloquistas.
f)Manchester ...istas
g)Socialistas (estes são pró rosa)
h)Liverpool... istas
i)Período Menstrual... istas

VIVA O POVO LIVRE!

27 março, 2009 18:12  
Anonymous Anónimo said...

Esta já não pega. Hoje ser VERMELHO, em Góis, é estar cheio de vergonha pelo que andou ou andaram a fazer ou a ajudar desde 1982.

28 março, 2009 16:46  
Anonymous Anónimo said...

Bem Amigo, isso já não são contas do meu Rosário.
VIVA O POVO LIVRE!

30 março, 2009 00:04  

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