FOGOS CONTROLADOS PODEM REDUZIR DURANTE O VERÃO
A utilização de fogos controlados no Inverno reduz a matéria combustível e o risco de incêndios florestais durante o Verão, defendeu hoje, em Góis, um investigador da Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC).
"Temos dados que mostram uma grande degradação dos solos e dos ecossistemas depois dos incêndios florestais. Os fogos controlados são uma medida que pode ser usada, sobretudo durante os meses de Inverno, para reduzir o combustível e o risco dos incêndios durante o Verão", disse aos jornalistas António Dinis Ferreira.
O docente da ESAC integra uma equipa coordenada pela investigadora holandesa Cathelijne Stoof, que hoje realizou um fogo experimental numa encosta junto aos Penedos de Góis, experiência inserida no projecto da União Europeia 'Desire', que pretende combater a desertificação.
Na parcela de cerca de 10 hectares de terreno baldio, em declive acentuado e povoado por pequenos arbustos, as chamas foram ateadas e depois controladas por equipas de Sapadores Florestais.
Dinis Ferreira lembrou que em Portugal já existem "muitos meios" de prevenção e combate a incêndios florestais mas, ainda assim, a floresta "continua a arder".
"Neste momento o que nos falta é fazer a gestão dos combustíveis, dos matos. Esta [o fogo controlado] é uma das técnicas possíveis para fazer essa gestão, também já começa a ser utilizada sobre pinheiro e eucalipto", afirmou.
Segundo o investigador, caso a área adjacente àquela hoje utilizada para o fogo experimental fosse afectada por um incêndio florestal, as chamas acabariam por se deter no terreno baldio.
"Um incêndio florestal chega aqui e pára", garantiu, referindo que o solo afectado hoje pelas chamas vai regenerar-se rapidamente e, durante o Verão, terá "pequenos arbustos e pouca matéria combustível".
O desenvolvimento do incêndio de hoje foi monitorizado pelos investigadores - as chamas, de intensidade moderada, registaram temperaturas máximas de 870 graus centígrados, "ligeiramente acima do esperado" - e vão agora analisar o solo afectado para perceberem as razões das cheias e da erosão.
"As nossas análises preliminares mostram que o fogo controlado tem um efeito muito suave sobre as questões da conservação do solo e da água. Será uma técnica que pode ser usada para preservar os ecossistemas nestas regiões", frisou Dinis Ferreira.
O projecto de investigação, coordenado pela especialista em solos e hidrologia da universidade holandesa de Wageningen, integra, para além da Escola Superior Agrária de Coimbra, a Universidade de Swansea (País de Gales, Reino Unido).
in O Ribeira de Pena, de 15/03/2009
"Temos dados que mostram uma grande degradação dos solos e dos ecossistemas depois dos incêndios florestais. Os fogos controlados são uma medida que pode ser usada, sobretudo durante os meses de Inverno, para reduzir o combustível e o risco dos incêndios durante o Verão", disse aos jornalistas António Dinis Ferreira.
O docente da ESAC integra uma equipa coordenada pela investigadora holandesa Cathelijne Stoof, que hoje realizou um fogo experimental numa encosta junto aos Penedos de Góis, experiência inserida no projecto da União Europeia 'Desire', que pretende combater a desertificação.
Na parcela de cerca de 10 hectares de terreno baldio, em declive acentuado e povoado por pequenos arbustos, as chamas foram ateadas e depois controladas por equipas de Sapadores Florestais.
Dinis Ferreira lembrou que em Portugal já existem "muitos meios" de prevenção e combate a incêndios florestais mas, ainda assim, a floresta "continua a arder".
"Neste momento o que nos falta é fazer a gestão dos combustíveis, dos matos. Esta [o fogo controlado] é uma das técnicas possíveis para fazer essa gestão, também já começa a ser utilizada sobre pinheiro e eucalipto", afirmou.
Segundo o investigador, caso a área adjacente àquela hoje utilizada para o fogo experimental fosse afectada por um incêndio florestal, as chamas acabariam por se deter no terreno baldio.
"Um incêndio florestal chega aqui e pára", garantiu, referindo que o solo afectado hoje pelas chamas vai regenerar-se rapidamente e, durante o Verão, terá "pequenos arbustos e pouca matéria combustível".
O desenvolvimento do incêndio de hoje foi monitorizado pelos investigadores - as chamas, de intensidade moderada, registaram temperaturas máximas de 870 graus centígrados, "ligeiramente acima do esperado" - e vão agora analisar o solo afectado para perceberem as razões das cheias e da erosão.
"As nossas análises preliminares mostram que o fogo controlado tem um efeito muito suave sobre as questões da conservação do solo e da água. Será uma técnica que pode ser usada para preservar os ecossistemas nestas regiões", frisou Dinis Ferreira.
O projecto de investigação, coordenado pela especialista em solos e hidrologia da universidade holandesa de Wageningen, integra, para além da Escola Superior Agrária de Coimbra, a Universidade de Swansea (País de Gales, Reino Unido).
in O Ribeira de Pena, de 15/03/2009
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