As candidaturas à autarquia goiense
As eleições autárquicas ainda vêm longe, mas já são conhecidos alguns candidatos às mesmas, assim como, já são visíveis as movimentações à volta do assunto que, por via disso, se vão posicionando no ponto de partida, dando mostras de empenhamento na participação da escolha dos próximos governantes do poder local. O que indicia, de algum modo, uma campanha algo combatida para a eleição dum candidato que se deseja com propensão para uma governação inovadora. Esperamos também que elas decorram sem atribuições.
Em princípio, as eleições apresentam-se aos munícipes como uma nova esperança, uma luz brilhante, ou quem sabe se uma lufada de ar fresco no edifício da governação concelhia. As candidaturas conhecidas desencadeiam esse desejo de maior participação nos debates políticos, de melhor clarificação nos programas e nas prioridades dos candidatos: criando à sua volta um núcleo de massa crítica colaborante, que tanta falta tem feito à nossa empobrecida região. Mas não estamos a confundir essa massa crítica com alguém que se dedica a debitar polémica gratuita, ou palavreado fácil sem qualquer proveito ou inovação. Não, desse tipo já estamos muito bem servidos.
Deseja-se acima de tudo, que os debates sejam fecundos e mobilizadores de uma melhor consciência da actual realidade, uma melhor selectividade dos problemas mais prementes com prioridades estabelecidas, recorrendo ao contributo das colectividades para implementação dum projecto mobilizador que tanta falta tem feito, dadas as particulares características dum concelho com largo território, disperso e sem identidade, o que não facilita a governação, nem a mobilização dos munícipes. Mas diz-nos a experiência, que a tendência normal nestas situações, se inclina sempre para a promessa fácil e sonante do cimento, ou do alcatrão, ou para a politiquice das acusações pessoais que, pode ajudar a libertar a bílis, mas deixa no ar um tom "popularesco" e pouco civilizado.
Deseja-se também que os candidatos se empenhem nesta missão com seriedade, que encarem os problemas do concelho com realismo e com conhecimento de causa, já que estas eleições se decidem pelo carisma pessoal e pelo conhecimento que cada candidatos tiver das populações do concelho. A máquina partidária, neste caso, pouco ou nada poderá ajudar, tendo em vista o intrincado cenário em que uma das candidaturas emergiu.
É por demais importante que os candidatos retomem uma postura de dignidade e de credibilidade que a política, como arte de governação, deve conter, postura essa que tão arredia tem andado do país. A política, dentro do seu exercício, deve ser sempre encarada como um serviço público imbuído de toda a entrega e dedicação. Quando alguém se propõe a exercer tal missão dentro deste propósito, tudo será mais consentâneo com o seu natural encaminhamento e, assim, só pode ganhar a admiração dos seus munícipes.
Adriano Pacheco
in O Varzeense, de 15/03/2009
Em princípio, as eleições apresentam-se aos munícipes como uma nova esperança, uma luz brilhante, ou quem sabe se uma lufada de ar fresco no edifício da governação concelhia. As candidaturas conhecidas desencadeiam esse desejo de maior participação nos debates políticos, de melhor clarificação nos programas e nas prioridades dos candidatos: criando à sua volta um núcleo de massa crítica colaborante, que tanta falta tem feito à nossa empobrecida região. Mas não estamos a confundir essa massa crítica com alguém que se dedica a debitar polémica gratuita, ou palavreado fácil sem qualquer proveito ou inovação. Não, desse tipo já estamos muito bem servidos.
Deseja-se acima de tudo, que os debates sejam fecundos e mobilizadores de uma melhor consciência da actual realidade, uma melhor selectividade dos problemas mais prementes com prioridades estabelecidas, recorrendo ao contributo das colectividades para implementação dum projecto mobilizador que tanta falta tem feito, dadas as particulares características dum concelho com largo território, disperso e sem identidade, o que não facilita a governação, nem a mobilização dos munícipes. Mas diz-nos a experiência, que a tendência normal nestas situações, se inclina sempre para a promessa fácil e sonante do cimento, ou do alcatrão, ou para a politiquice das acusações pessoais que, pode ajudar a libertar a bílis, mas deixa no ar um tom "popularesco" e pouco civilizado.
Deseja-se também que os candidatos se empenhem nesta missão com seriedade, que encarem os problemas do concelho com realismo e com conhecimento de causa, já que estas eleições se decidem pelo carisma pessoal e pelo conhecimento que cada candidatos tiver das populações do concelho. A máquina partidária, neste caso, pouco ou nada poderá ajudar, tendo em vista o intrincado cenário em que uma das candidaturas emergiu.
É por demais importante que os candidatos retomem uma postura de dignidade e de credibilidade que a política, como arte de governação, deve conter, postura essa que tão arredia tem andado do país. A política, dentro do seu exercício, deve ser sempre encarada como um serviço público imbuído de toda a entrega e dedicação. Quando alguém se propõe a exercer tal missão dentro deste propósito, tudo será mais consentâneo com o seu natural encaminhamento e, assim, só pode ganhar a admiração dos seus munícipes.
Adriano Pacheco
in O Varzeense, de 15/03/2009
Etiquetas: adriano pacheco, autárquicas
23 Comments:
Também in O Varzeense, de 15/03/2009, está um artigo do Zé de Café esse sim Bom e com qualidade.
Até que enfim alguém tem coragem de Chamar o Burro pelos Nomes!
Viva o Zé do Café!O José Rodrigues, que é o nosso orgulho é que devia ser o Presidente da Junta de Freguesia de Vila Nova do Ceira.
Parabéns Zé!!
Bem Hajam a todos.
O sr. Miguel Mourão
Anda em campanha nas horas de serviço.
Muito Cuidado
Ultima hora, PSD prepara-se para exigir ao seu próprio partido o segundo e o terceiro lugar na lista à Câmara. Grande confusão.
A união em tempo de crise é importante. É em tempo de crise que se devem optimizar os esforços, racionalizar as operações e fazer as melhores opções. Por este motivo é prematuro, nesta fase, afirmar quem é o melhor candidato ou vaticinar cenários, pois nem todos os candidatos são conhecidos nem houve debate para se poder inferir da bondade das suas posições.
Atendendo às situações difusas que se vivem no País, Freeport, BPN, …, tem que se catalisar a participação cívica de forma a haver mais vida para além dos partidos, sob pena das assimetrias se agudizarem e a injustiça social aumentar.
Os Cidadãos devem reflectir bem sobre este assunto e encorajar o aparecimento de Candidatos independentes, que não estejam subjugados ao intricado jogo de interesses partidários.
Os Cidadãos têm o direito de escolher e o dever de escolher com sabedoria.
É muito redutor assumir unicamente como protagonistas os candidatos do PS e do PSD. Há gente Anónima no Concelho que poderá avançar. Porque não?
A Cidadania sairia reforçada se aparecessem vários candidatos independentes. Seria bom que soprasse uma lufada de renovação, desinteressada e descomprometida dos aparelhos partidários.
Não é fácil aparecer uma Candidatura independente, muito menos independente e excelente. No entanto, pode-se tentar criar uma "incubadora de Candidatos independentes": crie-se um fórum de discussão, convidem-se personalidades a participar, e talvez comecem a surgir.
É necessário criar a consciência que os candidatos independentes são necessários. Se aparecerem, deverão ser acarinhados porque não possuem máquina partidária de apoio.
Que debatam e proponham com elevação.
Um Cidadão Anónimo.
Bem hajam.
A mudar de partido
José do café era do PCP agora do PS
Dr.Mario Garcia era PSD agora do PS
EngºNogueira Pereira CDS foi Pres.Camara pelo PS
Dr.José Cabeças era CDS Fre.Santa Clara de Coimbra foi Pres da Camara do PS
O SR.Vitó era do PSD depois concorreu pelo PRD
Quem se salvou disto foi o Sr.Fernando Carneiro sempre Socialista 1º Pres da Camara depois do 25 de Abril
Depois eu explico a voces mais umas coisitas
Um abração ao GENTE SERIA È OUTRA LOIÇA
Oh Cidadão Anónimo, ao teu belo discurso falta "honestidade" quer humana quer política.
As pessoas têm o direito de serem independentes, têm o direito a serem Livre, livres como o vento.
Mas devem ser “Honestas”, quando resolvemos afastarmo-nos deste ou daquele movimento cívico ou político, devemos cortar o mal pela raiz! Não podemos ser independente por um lado e estamos no “poder" por outro, principalmente quando cortamos com que nós dá o Pão!
Mas aí a culpa não é só daquele, que corta, mas não se vai embora, mas também daquele que o deixa ficar e ficar.
Assinado
Outro que tem vergonha de dar a cara
Não se esqueçam do José Matos Cruz que foi vereador por todos os Partidos!
CDS, PSD e PS.
-O Cidadão Anónimo que apela à Transparência Democrática, ao sentido Cívico do Povo e à Honestidade Intelectual dos Cidadãos em Geral, nada tem a ver com quaisquer personalidades da vida Política quotidiana.
-Trata-se dum mero exercício de liberdade de consciência exercido por um Cidadão Anónimo que, à semelhança de todos vós, ama o Concelho de Góis.
-As ideias não têm rosto.
Bem hajam.
Um mero exercício de liberdade de consciência, acha mesmo???
Quando falamos de Política x Compromisso social
A falta de conscientização pode trazer a cada pessoa assim como ao colectivo consequências preocupantes para toda a vida. Ou seja, quando o indivíduo age com impulso momentâneo e não pensa no que está a fazer, perde-se bom tempo tentando corrigir, e grande fez é tarde demais.
A conscientização nas eleições é fundamental para o progresso duma região ou país.
Os indivíduos ficam aptos a elegerem candidatos que apontam propostas às vezes favoráveis e outras vezes desfavoráveis dependendo de cada opção individualista do indivíduo.
Podemos ter consciência, mas por vezes temos uma grande falta de confiança, A confiança é muito subjectiva porque não pode ser medida, é preciso ter confiança em quem se confia para poder confiar, o que torna a confiança um conceito intrínsico.
Mas no assunto em que originou este artigo e discussão saudável e o “Vira Casacas”, para muitos Ele é leal, honesto e acredita no seu próprio senso de justiça, e por isso é adorado por todos os seus subordinados e amigos. Se necessário, ele quebra as regras para fazer o que é certo.
Para mim não, é um cobarde, que quer viver as custas da sociedade ainda nada contribuiu, contudo a sociedade Goiense já contribuiu para lhe encher o bolso.
E sim tem falta de carácter que para mim é o conjunto de características presentes no indivíduo e que o distingue de todos os outros ou os de outros animais.
É um “homem” sem palavra, que só está preocupado com o lucro pessoal.
Claro que não existem “inocentes” nesta corrida eleitoral, mas só mais contra este candidato, porque ele mudou de “camisola” mas ainda está no “poder” pela sua antiga camisola da qual agora diz mal, mas oficialmente está lá ainda a defender.
Assinado
Outro que tem vergonha de dar a cara
O Sistema Económico actual baseia-se no consumo.
As Empresas para sobreviverem têm que reduzir margens e aumentar o nº de unidades vendidas para manter o equilíbrio financeiro. Tal prática implica uma consequente exploração intensiva dos recursos naturais e exploração quase esclavagista dos recursos Humanos: Em pleno Séc XXI, em que a tecnologia ao serviço do Homem é mais vasta do que nunca, verifica-se que, este, cada vez tem menos tempo disponível, tendo vindo a perder Direitos conquistados ao longo dos últimos dois Séculos.
À escala global verifica-se que esta competição leva à exploração de mão-de-obra infantil, da Índia à China. É cruel. Tal prática implica a destruição do eco sistema social.
A partir do momento em que haja quebra no consumo o modelo não tem viabilidade.
Para agravar a situação, este sistema leva ao enriquecimento exagerado duma pequena parte da população. Esta pequena parte consegue sorver grande parte do PIB mundial. Como neste sistema, as remunerações não saturam, criam-se grandes desigualdades sociais.
No passado, as crises Económicas eram resolvidas com expansão, ocupação de novos territórios e exploração esclavagista da mão-de-obra nativa. São exemplos as expansões para África e América, e recentemente a chamada Globalização. O sistema era expansível, era aberto.
Hoje em dia seria necessário uma expansão para Marte para contornar o problema. Ainda se está longe e este modelo, num sistema fechado leva à destruição.
No passado as crises originavam Guerras. O tempo de reconstrução a seguir às guerras, era tempo de se impor novas ordens, com prosperidade económica derivadas das novas ordens e da reconstrução: é exemplo, o plano Marshall para a reconstrução da Europa. Hoje não pode haver Guerra, pois, provavelmente, seria a última.
Pelas razões apontadas o sistema actual não é viável.
Hoje as máquinas, praticamente fazem tudo. Teoricamente o Homem deveria ter mais tempo. Estou em crer que no limite o Homem não necessita de trabalhar de acordo com os padrões actuais: no limite o Homem livre, cria, investiga, compete ludicamente e coopera socialmente. Não serão necessárias Escolas porque a própria sociedade é uma Escola. A diferenciação das pessoas terá por base a sua capacidade criativa. Ainda se está longe.
É necessário interiorizar este contexto e começar a mudar. A Sociedade tem que adquirir consciência que é necessário mudar o paradigma, rumo à Economia da Felicidade.
Utópico? Talvez, mas o caminho faz-se caminhando fazendo-se as escolhas certas.
O Cidadão Anónimo.
Um grande abraço.
A Sociedade está em metamorfose lenta.
O desenvolvimento Tecnológico é muito mais acelerado que o desenvolvimento Social. O Homem nunca viveu uma situação de desajuste tão grande. Até há algumas décadas atrás, as instituições adaptavam-se com relativa facilidade porque os passos da evolução tecnológica eram pequenos. Hoje, esses passos são grandes: uma máquina com poucos anos começa a ser desajustada e as tecnologias de informação mudam com grande frequência o paradigma da comunicação. As instituições não acompanham.
As instituições são compostas por pessoas: as que são dominadas mostram resistência à mudança e as que detêm o poder não estão dispostas a ceder. A evolução deste sistema levará à ruptura da Sociedade.
A Energia que o Planeta absorve é superior àquela que se consome. Não é por factores energéticos que está posta em causa a busca da Felicidade por parte da Humanidade. Não havendo uma racional partilha dos meios provocar-se-á o desequilíbrio fatal do sistema. Seja por excesso de injecção de bens de consumo e falência do sistema económico (já referido noutra reflexão) ou por factores Ambientais associados ao modelo de consumo, a Humanidade está ameaçada.
Porventura a maioria dos Cidadão já tomou consciência desta situação
O que é que falta fazer?
Porque é que as coisas não evoluem?
É aqui que entra a Cidadania e a consequente participação Cívica. Os Cidadãos deverão discutir ideias com elevação, encontrar caminhos e escolher com sabedoria.
Escolher com sabedoria Equipas que queiram cumprir com o novo paradigma de desenvolvimento Social sustentado na Economia da Felicidade.
Já se sabe que há interesses económicos na intricada malha Social. Não é fácil.
Quero agradecer o prazer que me deu escrever algumas, singelas, linhas no vosso BLOG. Sinto-me mais FELIZ por tê-lo feito. Obrigado.
Um grande abraço a todos.
Adeus.
O economista é chato escreve a mesma coisa, em todo o lado, já estavamos fartos dele no varzeense e agora temos de levar com ele aqui.
Ele que escreva um livro, pior que os do Adriano Pacheco não podem ser....
Podiam deixar de repetir os longos textos (ainda que interessantes) em todos os "posts"?
Por favor.
Obrigado.
Ainda existe o PRD? Porque estão ainda a falar nele? Será para recordar o economista da Gândara?
Vou deixar de visitar este blog pois os comentários são sempre os mesmos.
Este gajo, gosta mesmo de se ouvir, já que nem em casa ninguém o ouve, temos nós de levar com ele!
Última: bibi exige lugar elegível na lista no psd
Essa é boa! A Lurdinhas e o Ps queriam isso mas não vão ter sorte nenhuma.
Não tem lugar nem em último, senão lá se vai tudo.
O diamantino pode não ser grande político, mas não cai nessa...
Anónimo 24Março,2009 00:17
Não desanimes e não deixes de visitar o Goisvive pois além de aprenderes alguma coisa ainda vais descarregando muito do que sabes.
Caros senhores,
leio desde há muito tempo todos os comentários deste blog. Choca-me o clima de crispação que aqui é posto em evidência. Conheço Góis muito bem, apesar de viver em Lisboa, mas vejo que poucos ou nenhuns melhoramentos têm sido feitos nas aldeias do seu concelho ( e conheço muitas - o meu falecido pai nasceu em 1911 em Conhais e muito cedo veio com a minha mãe para Lisboa em busca de uma vida melhor para si e para os filhos que haveriam de nascer). Foi este pai que me incutiu a paixão pela Beira e que me levou a conhecer grande parte das aldeias deste concelho e também toda a Beira Serra. Peço aos senhores presidentes da Câmara de Góis, quaisquer que sejam as suas cores partidárias que façam algo por quem vive nessas aldeias. Não olhem só pela vila de Góis.
Outro?!!! Parece-me que você até é bem intencionado. Mas diga-nos: então o que falta nas aldeias? É alguma coisinha que lhe dê transtornos nos escassos dias do ano em que cá faz visita de médico?
Não têm àgua, ou luz, ou estrada, ou... será outra coisa qualquer?
Realmente as aldeias têm carências, algumas nem têm qualquer razão para existir, como a prática da desertificação e abandono comprovam, mas não é com contributos destes que alguém resolve o que seja.
Olho para o comentário do 26 Março, 2009 00:45 e só m apetece dizer uma coisa e utilizando as palavras do mesmo.
Peço aos senhores presidentes da Câmara de Góis, quaisquer que sejam as suas cores partidárias que façam algo por quem vive nessas aldeias. NÃO OLHEM SÓ PARA OS VOSSOS BOLSOS!!!OLHEM PARA UM POVO QUE TRABALHA E SOFRE POR NÃO TER CONDIÇÕES SOCIAIS E ECONOMICAS enquanto os dirigentes políticos aos fim de um mandado na Câmara de Góis, ficam com TUDO!
O POVO é quem mais ordena!
As intenções estão vem elaboradas mas quem lhe vai dar seguimento? A Lurdinhas... não me parece pois isto está muito confuso. AP não desanimes pois quem restar na ADIBER continuará a "acolher" quem fôr da "côr".
Enviar um comentário
<< Home